NÁUTICA ODISSEIA PARAIBANA Canto I Corcéis e cavaleiros destacados De tradicionais praias paraibanas Partiram com...

NÁUTICA ODISSEIA PARAIBANA
Canto I Corcéis e cavaleiros destacados De tradicionais praias paraibanas Partiram com destinos planejados Pra outras litorais vistas praianas Movidos sem temor pela coragem Do rico e grande desafio da viagem

O gesto de paparicar netos, que extrapola o carisma de pai, ecoou no Dia dos Avôs. Numa perspectiva de vida longa, quando nasce um n...

avo neto infancia amor familia
O gesto de paparicar netos, que extrapola o carisma de pai, ecoou no Dia dos Avôs.

Numa perspectiva de vida longa, quando nasce um neto, completa-se o ciclo da existência humana.

Como pesquisador de sentimentos íntimos, recolhemos os netos em gestos dos filhos, nos mistérios do amor de pai.

A passagem de efemérides, como a do segundo centenário da nossa Independência, faz com que algumas figuras históricas daquele momento s...

A passagem de efemérides, como a do segundo centenário da nossa Independência, faz com que algumas figuras históricas daquele momento sejam rememoradas (em regra, são as mesmas de sempre) enquanto outros personagens, que tiveram papéis até relevantes nos acontecimentos, permanecem relegados a notas de rodapés ou a registros em velhos livros escritos no tempo em que os feitos dos homens se sobrepunham aos fatos históricos. É o caso de João Severiano Maciel da Costa, personagem que teve estreita vinculação com a então Província da Paraíba. Mesmo quando se usa o título de Marquês de Queluz, com que foi agraciado pelo Imperador Pedro I,

Caro Humberto Melo, Não quis incomodá-lo, por mais que saiba a hora do amanhecer dos homens da nossa idade. É que acordei julgando-me...

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Caro Humberto Melo,

Não quis incomodá-lo, por mais que saiba a hora do amanhecer dos homens da nossa idade. É que acordei julgando-me na calçada de livraria de Otacílio Gama, as mulheres de xale ou de mantilha se protegendo do sol molhado daquele fim de inverno para assistirem cedinho à missa da Misericórdia.

(Esse “sol molhado,” você sabe, é coisa do “Quarto minguante” do poeta José Américo. O poeta que ele escondeu na prosa desde a primeira novela.)

Está na moda assistir à série Stranger Things . Ali, para quem é do ramo (época), dá uma certa nostalgia da criatividade extrema, da mu...

livro leitura sucesso anos 80
Está na moda assistir à série Stranger Things. Ali, para quem é do ramo (época), dá uma certa nostalgia da criatividade extrema, da mudança do patamar de sonhador para mais futurista, dos brilhos, dos cabelos revoltos, da música maravilhosa nacional e internacional... tanta coisa que não caberia numa crônica. Nos anos oitenta, toda família tinha um elefante na estante. Se não fosse este, a decoração mais ousada tinha um Buda sorrindo. Todos eram amuletos de prosperidade.

“A infinita riqueza da natureza em coisas belas e sublimes reserva a todo o homem, que tenha os olhos abertos e seja dotado de senso e...

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“A infinita riqueza da natureza em coisas belas e sublimes reserva a todo o homem, que tenha os olhos abertos e seja dotado de senso estético, uma origem inesgotável de gozos dos mais raros.”
Haeckel, Os enigmas do universo, Capítulo XVIII, p. 399-400

DAS INÚTEIS REFLEXÕES O que pensa um gato, quando dormita em sua casinha de plástico? O que ouve um gato se, com voz d...

DAS INÚTEIS REFLEXÕES
O que pensa um gato, quando dormita em sua casinha de plástico? O que ouve um gato se, com voz de afeto e agrado, falo fininho, em falsete apaixonado? O que espera um gato, dia após dia, entre cochilos e sobressaltos? Sem respostas, prossigo e desisto de dar sentido ao que em mistérios já nasceu envolvido.
DE OUTRAS LIBERDADES
Alguém abandonou um papagaio que vivia, há anos, aprisionado. Liberto, leve e solto, ele pôs-se a gritar o nome do dono, no telhado do vizinho. De tanto estar preso, não sabe ser livre e quer voltar para quem o largou sozinho.

Deslizam nos ventos das recordações, fatos, pessoas e datas que assomam renitentes na nossa existência. São eventos e situações vivida...

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Deslizam nos ventos das recordações, fatos, pessoas e datas que assomam renitentes na nossa existência. São eventos e situações vividas que ficam tatuadas na memória como marcas insepultas. Não emergem de lembranças adormecidas no meu subconsciente, elas estão esculpidas numa desperta e ativa consciência. Estão sempre à mão. Precipitam-se ordenadas por um breve olhar sobre as sendas e passos vividos. Sem qualquer esforço memorial se derramam sobre meus ombros dias, fatos por vezes convulsos, datas e imagens de cumplicidade com pessoas que encenaram atos vivenciados no torpor de violências e injustiças ditatoriais.

JOÃO PESSOA, 437 ANOS João Pessoa, meu amor, És o meu jardim de amores, Terra de muitos sabores, Na colina és esplend...

JOÃO PESSOA, 437 ANOS
João Pessoa, meu amor, És o meu jardim de amores, Terra de muitos sabores, Na colina és esplendor. Poeta declamador, Deixo de lado os pudores, Nos versos arrasadores, Me entrego com destemor. Teu cenário inspirador, Tem a força da procela, Tem o toque da magia. Tem o viço em cada flor, Tem as cores da aquarela, Tem o cheiro da poesia.

Para o bem, ou para o mal, nada nem ninguém detém a unanimidade das opiniões. Sempre há quem queira e não queira, quem goste e não gost...

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Para o bem, ou para o mal, nada nem ninguém detém a unanimidade das opiniões. Sempre há quem queira e não queira, quem goste e não goste. É assim, sem escapatória, com tudo aquilo nos envolve, emociona e acalenta. Lembra daquela pessoinha por quem você se apaixonou aos 15 anos, aquele docinho de coco? Pois bem, revire a memória e você encontrará quem a tinha por xaroposa e sem graça. O poema que sua alma declama, a canção das canções, o perfume indispensável? Não se iluda: muitos não perderão um segundo com isso.

Meu colega escritor René Descartes, numa sacada incrível em seu livro “O discurso do método”, foi cirúrgico ao pretender que o bom sens...

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Meu colega escritor René Descartes, numa sacada incrível em seu livro “O discurso do método”, foi cirúrgico ao pretender que o bom senso é a coisa que está mais bem distribuída no mundo, porque nenhum de nós acha que precisa de mais bom senso do que supostamente possui.

No entanto basta observar o atual cenário politico brasileiro para constatar o quão distantes estamos do bom senso. Nem de longe pretendo esgrimir ideias ou candidatos porque desde muito tempo entendi que no Brasil pós 1988 o que menos importa é quem ocupa a presidência.

Por sugestão de amigos, admiradores e, sobretudo, dos que se envaidecem da identidade, das distinções e vocações da Paraíba de todos ...

antonio david diniz vaqueiros arte fotografia
Por sugestão de amigos, admiradores e, sobretudo, dos que se envaidecem da identidade, das distinções e vocações da Paraíba de todos os tempos, o fotógrafo Antônio David se dispôs a selecionar e reunir em álbum tudo ou quase tudo do que surge e ressurge da saga do vaqueiro na memória ufanista nordestina.

Guardo, de algum tempo, duas ou três dessas fotos, e nunca pude deixar de revê-las. Cada vez descubro e redescubro, como se fosse a primeira. Ora é a paisagem, noutra a fúria de tudo, do boi, do vaqueiro inteiro desde a tempestade do rosto aos ímpetos de agilidade e força dos braços, das pernas, dos seus tentáculos reagindo à galharia seca e à quebradeira. Por piedoso que possa ser o olhar em favor do animal, termina rendido ao espetáculo brutal que tentamos sublimar no trato civilizado da vida. Trato que nos deixa aguçados de apetite e fome na hora do grelhado.

Para o aniversário desta cidade que também é minha. Vir de São Paulo para São José dos Campos, de manhãzinha, com o ônibus roncando,...

cidade verde sanatorio serra sao jose dos campos
Para o aniversário desta cidade que também é minha.

Vir de São Paulo para São José dos Campos, de manhãzinha, com o ônibus roncando, a neblina dançando e o sol surgindo por detrás das montanhas, era um prazer que atenuava um pouco a saudade e a falta que o avô me fazia.

Sentado no banco de madeira do jardim do Sanatório Vicentina Aranha, ele logo se distinguia na paisagem, com a sua batina negra de padre ortodoxo, o cachecol cinza enrolado no pescoço e um gorro de veludo bordô de onde deslizavam longos cabelos brancos. Era uma figura! Uma figura alta, pálida e magra, sempre pronta para embarcar em direção à Eternidade...

O TEMPO I Quando o tempo chegar, não te espantes eis que a hora do tempo não é nossa a hora do tempo lhe pertence ...

poesia paraibana tempo
O TEMPO I
Quando o tempo chegar, não te espantes eis que a hora do tempo não é nossa a hora do tempo lhe pertence quando o tempo chegar, chegou a hora. Quando o tempo chegar, não te enganes não uses da astúcia ou de malícia eis que o tempo consegue ser tirano com aqueles que tentam lhe iludir e fugir do controle de suas vistas com aqueles que pensam que o enganam.

As (re)afirmações muitas vezes insistentes de uma pessoa teimosa frequentemente são causadas pelo que é chamada "Síndrome de Gabr...

auto ajuda carater crescimento
As (re)afirmações muitas vezes insistentes de uma pessoa teimosa frequentemente são causadas pelo que é chamada "Síndrome de Gabriela", ou seja:

"... eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim..."

Arthur Coleman Danto (1924—2013) nasceu em Nova York (EUA), foi crítico de arte, filósofo, escritor, pintor, jornalista, historiador de...

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Arthur Coleman Danto (1924—2013) nasceu em Nova York (EUA), foi crítico de arte, filósofo, escritor, pintor, jornalista, historiador de arte e professor. Suas contribuições tratam da estética analítica norte-americana. Afirmava uma possível "morte da arte", nos dias atuais. Suas análises respondem à pergunta de como se distingue um objeto de arte de um objeto funcional? Para ele, uma obra de arte — na contemporaneidade — enquadra-se em um novo "mundo artístico", a fim de intensificar as estratégias de marketing e de aumentar o impacto para o consumo. Diante disso, pode-se concluir que: se esse “mundo artístico” aceita algo como arte, então é arte! Esse imperativo afirma que "a beleza, para a arte, é uma opção, não uma condição necessária". Nesse enquadramento, diante da história da arte, as contribuições de Danto permitem afirmar que o conceito de beleza se foi e nunca mais voltará.