Um minuto mais e a cidade Some, setada por Raios bruxos, despejados Do ocaso Um minuto só e ela desaparece Dragada por seu Porto Onde ainda vejo aquela mulher Desse porto, o do Capim: Adoecida no leito A pobre mulher se deflagra Por um filete verde De candeia Um minuto mais e a cidade É acuada por um cão Pisoteada pelos cascos De nova revolução Sulcada pelas rodas
ALUVIÕES Um minuto mais e a cidade Some, setada por Raios bruxos, despejados Do ocaso Um minuto só e ela desaparece...
Um leão é cavernoso, mas tem a cor do sol
Um minuto mais e a cidade Some, setada por Raios bruxos, despejados Do ocaso Um minuto só e ela desaparece Dragada por seu Porto Onde ainda vejo aquela mulher Desse porto, o do Capim: Adoecida no leito A pobre mulher se deflagra Por um filete verde De candeia Um minuto mais e a cidade É acuada por um cão Pisoteada pelos cascos De nova revolução Sulcada pelas rodas
No livro "Funes, o Memorioso", Jorge Luís Borges conta a saga de um jovem de 19 anos que caiu do cavalo e sofreu um terrível...
Órfão de Kazan
Borges convida a refletir nossas vidas a partir da construção afetiva da memória. Ele sugere que precisamos esquecer para sobreviver, porque existem verdades que a vida repele; devemos deixar pra trás lembranças sem conteúdo afetivo;
Jô Soares, ao morrer na sexta-feira, 5 de agosto, era um patrimônio nacional. Para além do clichê, isto significa que ele tinha alcança...
Jô, foste rei!
NÁUTICA ODISSEIA PARAIBANA Canto I Corcéis e cavaleiros destacados De tradicionais praias paraibanas Partiram com...
Odisseia de argonautas
Canto I Corcéis e cavaleiros destacados De tradicionais praias paraibanas Partiram com destinos planejados Pra outras litorais vistas praianas Movidos sem temor pela coragem Do rico e grande desafio da viagem
O gesto de paparicar netos, que extrapola o carisma de pai, ecoou no Dia dos Avôs. Numa perspectiva de vida longa, quando nasce um n...
Infinito em sua paternidade
Numa perspectiva de vida longa, quando nasce um neto, completa-se o ciclo da existência humana.
Como pesquisador de sentimentos íntimos, recolhemos os netos em gestos dos filhos, nos mistérios do amor de pai.
A passagem de efemérides, como a do segundo centenário da nossa Independência, faz com que algumas figuras históricas daquele momento s...
Esqueceram o Marquês
Caro Humberto Melo, Não quis incomodá-lo, por mais que saiba a hora do amanhecer dos homens da nossa idade. É que acordei julgando-me...
Praça do refúgio
Não quis incomodá-lo, por mais que saiba a hora do amanhecer dos homens da nossa idade. É que acordei julgando-me na calçada de livraria de Otacílio Gama, as mulheres de xale ou de mantilha se protegendo do sol molhado daquele fim de inverno para assistirem cedinho à missa da Misericórdia.
(Esse “sol molhado,” você sabe, é coisa do “Quarto minguante” do poeta José Américo. O poeta que ele escondeu na prosa desde a primeira novela.)
Está na moda assistir à série Stranger Things . Ali, para quem é do ramo (época), dá uma certa nostalgia da criatividade extrema, da mu...
Mergulhe nos livros
“A infinita riqueza da natureza em coisas belas e sublimes reserva a todo o homem, que tenha os olhos abertos e seja dotado de senso e...
Quando os Artistas se encontram: Ernst Haeckel e Augusto dos Anjos
Haeckel, Os enigmas do universo, Capítulo XVIII, p. 399-400
DAS INÚTEIS REFLEXÕES O que pensa um gato, quando dormita em sua casinha de plástico? O que ouve um gato se, com voz d...
Entre cochilos e sobressaltos
O que pensa um gato, quando dormita em sua casinha de plástico? O que ouve um gato se, com voz de afeto e agrado, falo fininho, em falsete apaixonado? O que espera um gato, dia após dia, entre cochilos e sobressaltos? Sem respostas, prossigo e desisto de dar sentido ao que em mistérios já nasceu envolvido.
Alguém abandonou um papagaio que vivia, há anos, aprisionado. Liberto, leve e solto, ele pôs-se a gritar o nome do dono, no telhado do vizinho. De tanto estar preso, não sabe ser livre e quer voltar para quem o largou sozinho.
Deslizam nos ventos das recordações, fatos, pessoas e datas que assomam renitentes na nossa existência. São eventos e situações vivida...
A Juventude Carbonária, a prisão e o camarada João Manoel
JOÃO PESSOA, 437 ANOS João Pessoa, meu amor, És o meu jardim de amores, Terra de muitos sabores, Na colina és esplend...
João Pessoa, 437 anos
João Pessoa, meu amor, És o meu jardim de amores, Terra de muitos sabores, Na colina és esplendor. Poeta declamador, Deixo de lado os pudores, Nos versos arrasadores, Me entrego com destemor. Teu cenário inspirador, Tem a força da procela, Tem o toque da magia. Tem o viço em cada flor, Tem as cores da aquarela, Tem o cheiro da poesia.
Para o bem, ou para o mal, nada nem ninguém detém a unanimidade das opiniões. Sempre há quem queira e não queira, quem goste e não gost...
Entre o amor e o ódio
Meu colega escritor René Descartes, numa sacada incrível em seu livro “O discurso do método”, foi cirúrgico ao pretender que o bom sens...
Ouvir estrelas
No entanto basta observar o atual cenário politico brasileiro para constatar o quão distantes estamos do bom senso. Nem de longe pretendo esgrimir ideias ou candidatos porque desde muito tempo entendi que no Brasil pós 1988 o que menos importa é quem ocupa a presidência.
Por sugestão de amigos, admiradores e, sobretudo, dos que se envaidecem da identidade, das distinções e vocações da Paraíba de todos ...
Vaqueiros
Guardo, de algum tempo, duas ou três dessas fotos, e nunca pude deixar de revê-las. Cada vez descubro e redescubro, como se fosse a primeira. Ora é a paisagem, noutra a fúria de tudo, do boi, do vaqueiro inteiro desde a tempestade do rosto aos ímpetos de agilidade e força dos braços, das pernas, dos seus tentáculos reagindo à galharia seca e à quebradeira. Por piedoso que possa ser o olhar em favor do animal, termina rendido ao espetáculo brutal que tentamos sublimar no trato civilizado da vida. Trato que nos deixa aguçados de apetite e fome na hora do grelhado.

































