A vida é como um doce no fogo — minha avó dizia: “Meu filho, se você parar de mexer, engrossa, embola, queima no fundo da panela.”
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Aí vem o desânimo, o medo, o cansaço — e a vontade de largar a colher. Mas se a gente solta, o doce gruda no fundo, amarga, estraga.
Não é sobre fingir que está tudo bem — é sobre não deixar que o desespero te paralise. Tá ruim? Tá difícil? Tá pesado? Tá. Mas a panela ainda está no fogo — então não pare de mexer. Mesmo devagar, mesmo cansado, mesmo sem saber se vai dar ponto, mexa, caminhe, movimente.
A vida tem dessas: quando a gente continua mexendo, mesmo sem certezas, parece que ela se compadece, percebe nosso afinco. Abre-se uma porta, alguém surge com uma dica, uma palavra, uma ideia, um contato. E aquilo que parecia endurecido começa a se transformar outra vez — uma ajuda divina, amém.
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O importante é seguir mexendo o doce, mesmo que o fogo esteja baixo. Porque quem insiste em mexer - mesmo quando tudo parece embolar - um dia sente o cheiro do ponto certo, e saboreia, enfim, o gosto doce do que não desistiu.























