Calar; apagar; esconder; desfazer; emergir; fingir, são vestimentas adquiridas, ou criadas, para ocultar, ou mesmo proteger a “essência” de brilhar, na sua totalidade e transparência.
A insegurança do “não”, lançada por outros ou por si mesmo, impede que o “verdadeiro” seja mais forte que o “cômodo”.
É mais indolor e fácil calar, e até concordar, do que retrucar, explicar e desmentir.
Quando as nuvens choravam diariamente, sua copa era frondosa, brilhava; dançava; cantava com as carícias da brisa e o frescor das gotículas que vinham do alto.
Nos dias como os de hoje, em que o astro rei se faz mais brilhante, exalando todo seu calor, quase insuportável, ela se encontra solitária.
No deserto que estamos, vejo tantos com dificuldades inúmeras para continuar.
São tantas sedes, nos impondo sofrimento e dor.
A paralisia do isolamento obrigatório, tem transformado o “tempo”, tantas vezes desejado, em verdadeiro prisioneiro da incapacidade.
A intolerância, já faz morada em nós.
A inércia, se transformou na melhor amiga.
A mente e o corpo, sentem sede do ir e vir livremente.
Apesar da cidade estar sempre em efervescência, os moradores daquela rua são pessoas que já estão colhendo os frutos de suas lavouras do viver. Por isso, a calmaria e o sentimento de comunhão lá se enraizaram.
A moradora de rua, daquele bairro, é uma senhora que gasta seu tempo observando o movimento das casas.
Na casa azul, todos os dias, filhos e netos chegam para o café da tarde.
Às vezes não é fácil atravessar a escuridão da noite, mas é indispensável que tenhas força para isso, só assim poderás ver a luz de uma nova oportunidade de fazer diferente, de vencer uma batalha, de iniciar uma nova descoberta, sentir o sorriso do sol ou as lágrimas das nuvens. Enfim, deixando para trás o dia que termina será possível escrever uma nova página no livro da tua vida.
Li que Thomas Edison teria dito: “O maior elogio que ouvi em toda a minha vida de inventor foi: ‘nunca vai funcionar’.”
Encare, também, como elogio quando ouvir: ‘não és capaz’; ‘não é para você’; ‘nunca alcançarás’; ‘não passa de sonho’; ‘não dará certo’; ‘coisa de novela’; enfim, quando acharem, ou você mesmo achar, que algo está além da tua capacidade.
Uma garotinha estava no parque com sua mãe, que lia um livro enquanto esperava a pequena se divertir.
Certo momento, procurou nos balanços e não achou a filha. Preocupada, saiu olhando nos outros brinquedos, quando, finalmente, avistou-a sentada conversando com uma senhora.
Li uma citação de Andrew Carnegie: “Há muitas pessoas vivendo numa prisão imaginária, são os prisioneiros de suas próprias mentes, ali jogados pelas limitações impostas a si mesmas, aceitando a pobreza e a derrota.”
As montanhas dos nossos obstáculos íntimos não são nada fáceis de serem vencidas. Cada um possui as suas com peculiaridades bem únicas, mas todas elas poderão ser vencidas, ultrapassadas, aproveitadas, vividas.
Li que Beethoven teria dito : “Recomende aos seus filhos moralidade; somente isso, e não o dinheiro. Isso poderá fazê-los felizes.”
Descobrindo um mundo totalmente diferente do seu, brigando para ter identidade, decisões e ponto de vista próprio, um jovem guerreiro foi pedir orientação, ao mestre da vila.
Marcos precisou se mudar para uma cidade maior que a sua. Demorou mais do previsto. Depois de tantas tentativas, finalmente passou no vestibular para faculdade de veterinária.
Conforme seu pai descreveu, quando chegou na pensão Paraíso, encontrou o sábio Sr. Manoel sentado na sua cadeira de balanço, pitando seu cigarro de palha enquanto viajava pelos pensamentos.
Precisas ter coragem de confiar na tua sabedoria interna, e prestar mais atenção no que ela te diz. Tens um “deus interior” que tenta, sem descanso, se comunicar contigo.
A irmã de Elle continua falando, enquanto segura sua mão.
— Um dia você me intrigou. Estávamos comprando material de expediente para o seu escritório de casa. Quando reparei, você estava cheirando uma borracha como se fosse uma flor. Lembra? Perguntei o que estava fazendo. Em vez de responder, você me fez uma pergunta. Aliás, a de sempre: “Não gosta do cheiro?”. Então eu disse: "Gosto, mas não fico cheirando borracha nas lojas ou em outro lugar. Compramos tudo, inclusive a borracha. Era daquelas que usávamos em nosso tempo de escola , das que se coloca encaixada no lápis grafite. Na saída você me convidou para tomarmos um café, iria contar sobre o cheiro da borracha. E me contou:
Quando criança, costumava assistir a filmes sobre a paixão de Cristo, com meu pai, mãe e irmãos, na Semana Santa. Lembro que, bem pequena, ouvia a história pelo rádio no terraço de casa. Reuníamos a família e os vizinhos e todos se deleitavam com aquela intensa demonstração de amor.
Inevitavelmente um novo amanhecer nos será ofertado, enquanto formos presenteados com mais um dia para velejarmos pelo oceano do viver.
Se estiveres lendo minha mensagem, claro que ainda precisas estar pelas bandas de cá.
Sendo assim, que tal levantar e se preparar para continuar cruzando os mares que escolheste ou até mesmo mudar de rota?
As marés piores e melhores existem, isso é fato.
Se pudéssemos escolher, certamente só navegaríamos pelas mais águas belas, mais límpidas, mais tranquilas e pelas que somente nos trouxessem coisas boas, mas temos um adversário poderoso chamado "eu", além de ter um outro fato importante e que precisamos levar em conta: o de dividir o oceano das nossas vidas com os barcos de outras pessoas.
Muitas vezes o comportamento tanto do "eu" quanto dos outros muda nosso rumo.
Nós mesmos mudamos por causa do outro, ou pelo outro.
Enfim, não podemos negligenciar, precisamos estar sempre preparados para o desafio da travessia do viver.
Posso sugerir?
Queres conseguir atravessar cada dia sorrindo ou chorando, acertando ou errando, mas com a certeza que terminou com a vitória te abraçando?
Esqueça a maquiagem, deixa que vejam a beleza da tua verdadeira face
Apanha água na cachoeira da credibilidade. Rega teu jardim dos talentos. Vê o desabrochar das tuas criações.
Abre a gaiola e deixa teu pássaro da esperança cantar.
Hoje é possível fazer um novo começo e será permitido continuar os bons projetos.
Deixa as feridas descansarem nos braços da compreensão. Elas serão curadas e cada cicatriz terá a beleza particular da superação.
Do guarda-roupa da sabedoria, veste o mais belo que houver.
No armário da serenidade escolhe o adorno que te deixar mais sublime.
Reforça teus pés com sapatos que possam te levar o mais longe possível. Vai até a sapateira da determinação pega aquele que poderá ser usado em qualquer terreno.
Usa o perfume com aroma da amizade, e um toque suave da compreensão.
Não esqueças de colocar o protetor contra os raios das maledicências.
Esqueça a maquiagem, deixa que vejam a beleza da tua verdadeira face.
Pega uma bolsa em que possas colocar os alimentos da autoestima e vai, rumo à vitória de mais uma travessia pelo universo do hoje.
Que nesse novo dia possamos seguir o conselho do mestre Viktor Frankl
“Não aponte para o sucesso. Quanto mais você mira e faz dele seu objetivo, mais rápido você o perderá. Porque o sucesso, assim como a felicidade, não pode ser perseguido, mas deve ser seguido.”
Ana Paula Cavalcanti Ramalho é psicanalista e escritora
Todos os idosos se parecem; alguns aproveitam a alegria do presente, outros, atingidos pela “caduquice”, andam de braços com a saudade, vivem seu passado como se fosse o presente, enquanto o presente lhes parece alheio.
A vida está sempre nos mostrando o quanto devemos aproveitar cada minuto dela. Reclamamos que só vemos tragédias na tv, o que não deixa de ser verdade, mas assistimos meio que anestesiados, acreditando que nunca iremos passar por nada daquilo, e seguimos sem prestar atenção nos sinais.
Quando, mergulhados na nossa distração, somos surpreendidos pelas vulnerabilidades da vida, levamos uma rasteira, e percebemos quão tolos fomos em não ter desfrutado das chances de viver momentos de real felicidade.
O mais grave é que continuamos sem ver, não aproveitamos o quanto poderemos ainda sorrir ou chorar de alegria, estamos sempre deixando para depois, e pior dando chance para o azar.
Infelizmente, SÓ PERCEBEMOS ISSO QUANDO PERDEMOS A CHANCE de ver e falar; sentir e ouvir; tocar, enfim, de simplesmente estar.
Sendo clichê: “Durante nossa vida, aparecem uns cavalos selados. Tem vezes que aparece um só. Tem gente que monta e vai embora, tem gente que deixa passar, esperando outro, um melhor, quem sabe outro... E quando vê, perdeu o primeiro.”
Que hoje possamos prestar atenção aos sinais, sem deixar a chance escapar por entre nossos dedos.
Ontem, quando duas simples perguntas: “Vai para casa? Quer fazer um lanche não?”, foram ignoradas, respondidas pelo grito do silêncio, a tristeza se achegou, e com ela sentei para fazer um lanche, antes de voltar para casa.
Mesmo de cabeça baixa, olhando a tela do celular, percebi alguém chegar e sentar na mesa vizinha. Chamou minha atenção aquela pequena mala. Chegando ou partindo, a pessoa também estava só.
Eu, maldizendo o encontro perdido, nem imaginava que o universo estava derramando sua chuva no terreno arenoso da minha tristeza.
Levantei a cabeça para observar o ambiente, para minha surpresa, ali do meu lado, olhando o celular, estava alguém que há muito não via.
A fisionomia não mudou, apesar dos cabelos brancos e dos sinais avisarem que, realmente, o tempo havia passado.
Arrisquei chamá-lo pelo nome. E, para nosso espanto, as flores do reencontro desabrocharam.
Havia perdido o horário do voo. Veio de longe, para uma reunião. Resolveu prolongar a estadia para poder visitar os lugares que na juventude o encantara. Estava partindo com a tristeza de não ter encontrado as velhas companhias do frescobol, das caminhadas pela orla, das noites de luar, enfim, dias e noites que vivemos intensamente.
Então, hoje para lhes dar o bom dia, ficou impossível não lembrar da passagem dos grãos perdidos, quando a tristeza, de mais uma pergunta não respondida, e a preocupação, por ter perdido o avião, se transformaram em uma noite incrível, com riso solto, conversa maravilhosa, lembranças visitadas, o que era escuridão brotou como momento de luz.
Obrigadaaaaaaaa, universo, por conspirar ao meu favor!
Grata querido amigo, por ter conseguido secar as lágrimas de tristeza que banhavam meu espírito.
Que hoje possamos acreditar que aquilo considerado perdido se transformará em algo bem mais importante, mesmo que seja o aliviar do peso.