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O milagre da poesia viva O CD girando sou eu Vivo o milagre da vida Como se fosse música Livre dos julgamentos seve...

poesia paulista tatui cristina siqueira
O milagre da poesia viva
O CD girando sou eu Vivo o milagre da vida Como se fosse música Livre dos julgamentos severos À espera de um dia de mar Um beijo de criança Um olhar Leve ave Que passeia os olhos Pela janela da sala A planta cresce Os olhos não percebem mas ela cresce … As unhas Os cabelos Crescem

      Silêncio... Contempla em silêncio e os vales se farão ouvir as rochas lhe dirão de ser pó e areia o diamante luzirá n...

poesia paulista tatui cristina siqueira
 
 
 
Silêncio...
Contempla em silêncio e os vales se farão ouvir as rochas lhe dirão de ser pó e areia o diamante luzirá na bateia rios e riachos cantarão em coro a canção da vida tudo que se fez miúdo será enfim gigante as coisas vivas frutificarão enquanto as preces pairam sobre o mundo

Sou muitas e todas as mulheres Sou a mão quentinha do menino negro magrinha de abandono Sou a velhinha feliz que en...

literatura paulista taui cristina siqueira
Sou muitas e todas as mulheres
Sou a mão quentinha do menino negro magrinha de abandono Sou a velhinha feliz que encontrei no rio com a saia levantada e um cajado na mão Sou este espírito livre que passeia na alma da vida sem fronteiras Sou todas as línguas dos homens meu talismã é o amor possível no mundo minha voz é dissonante então não canto entoo intuo e a ouço própria distinta de mim

      Me sinto tão Dona Maria aquela que crê no dia seguinte e sonha com a eternidade Conta da vida o canto de amor aos...

poesia paulistana cristina siqueira tatui
 
 
 
Me sinto tão Dona Maria
aquela que crê no dia seguinte e sonha com a eternidade Conta da vida o canto de amor aos filhos Multiplicados em netos Sinto enjoos matinais Gestando os novos tempos Pode ser Um tempo abençoado Quero crer ! Será longo o tempo deste trajeto de imprevisível fim

Tô aqui deitada sob a cobertura de palha, o corpo listrado de sol e sombra. Brinco os olhos nas folhas descabeladas do coqueiro. No...

repouso reflexao contemplacao leitura
Tô aqui deitada sob a cobertura de palha, o corpo listrado de sol e sombra. Brinco os olhos nas folhas descabeladas do coqueiro. Nos entremeios o céu azul com nuvens ralas. Música, Bahia traz influência de múltiplos lugares.

Cruzei para o outro lado da vida, escrevo no fundo do oceano com o invisível fio do pensamento.

Preparo intenso de muito sol e praia, tarde dormida no vento. Ontem Ravi perguntou de que lugar eu gosto mais e lhe respondi que são os lugares que levo dentro de mim. Trancoso foi ficando, ficando na lua que clareia meus caminhos, em parceria com as estrelas brilhantes.

      Em prece Pelo povo em esperança Pela natureza preservada Pela vida próspera Em prece de joelhos Pela harmonia e...


 
 
 
Em prece
Pelo povo em esperança Pela natureza preservada Pela vida próspera Em prece de joelhos Pela harmonia e paz Pela excelência aos homens justos Por uma vida segura, tranquila Pela liberdade Em prece Pela transmutação da energia da raiva, do ódio, da inveja da ganância, da soberba, do mau agouro, das palavras vãs, da mentira, da miséria, da injustiça, da indiferença

Esperança Violeta vibra ao vento Sonhos de boa fortuna Povo próspero, bem cuidado Trabalho limpo em campos lavrados Ri...

esperanca poesia paulista cristina siqueira

Esperança
Violeta vibra ao vento Sonhos de boa fortuna Povo próspero, bem cuidado Trabalho limpo em campos lavrados Rios nascentes como bebês acalentados Criança de corpo intocado Mente aberta em horizonte Mesa farta, Idosos aconchegados Tribo limpa, sem doença de poder Espalha bons sonhos, Projetos em vias de bom caminho Pulveriza com verdade as mentiras que até o mais bobinho vê.

Queria Queria escrever poesia Mas não posso Entregue aos fatos E a razão Queria o verbo sem condicional Mas não po...

literatura paulistana troncoso cristina siqueira
Queria
Queria escrever poesia Mas não posso Entregue aos fatos E a razão Queria o verbo sem condicional Mas não posso Palavras passam fluidas As mãos não as alcançam Retornam ao coração Queria o querer sem queria Mas não posso Há pressa e prazo A ritmar compasso O tempo é duro É de prestar atenção Queria , Oh como queria ! Largou-se de mim a poesia Cumpro regras, venço o tempo Sufoco em mim a emoção Há um medo de dizer o bem dito A coerção que limita A liberdade de expressão Há algozes No caminho das palavras Seres escuros Sombras tenebrosas Há um oco O recolho ao centro do ovo Onde a vida germina quente Sob a casca branca e fina Na força da oração Só a fé a apontar destino No incontrolável desatino Do caos em turbilhão Queria escrever poesia Mas não posso Há sol Atrás das nuvens escuras Do medo e da coerção Há sol, mas não posso Nem ouço pássaros Mataram as flores Com pés de manadas de burros Sem rédeas e sem direção Há um grito mudo no ar Há reza forte nos lábios De mães e pais Crianças sem esperança Há fome de amor No prédio que chega ao céu E na favela que deságua na lama Queria este querer que asfixia O claro a vencer a treva escura As cores livres ufanando O espaço O tom humano de um abraço A leveza de um traço A boa semente da verdade Que a paz vibrasse agora No coração da humanidade Queria Não são os homens Os que se ostentam ali Estes já se mostraram torpes Embriagados pelos prazeres Que o poder outorga E a ilusão confere O que tolhe é o ha de vir A loucura a olhos vistos O circo com as jaulas abertas O leão nas ruas sem domador Em tempo real o picadeiro A mostra de feras iradas No púlpito da TV aberta Fechando em dor A desalma do futuro E o povo ri feito criança orfã Quando ganha um pirulito É só mais um programa da televisão Só mais um furo Há impotência na pseudo escolha Inocentes , distraídos Com a carcaça da vez Não há escolha Há um restolho de ossos Em travessa de filé mignon Desconheço aqueles homens Que se ostentam irados Propostas de superfície São brados que explodem No imaginário montado Falta brio Corações de gelo Extertores de frio Inferno na primavera do inverno Mulheres com voz de homens Perderam o poder da intuição Assisto Rio também Uma risada nervosa Mas o circo não é imaginário Nas palavras vãs Não há perfume de rosa Nem um Cícero a ocupar o tablado Quero crer no atrás da curva Seguir em paz meu caminho Mas Não posso escrever poesia Não posso
Quero
Quero falar de abelhas Quero falar de vida Abelhinhas Broches delicados Em rolê Entre pistilos Metamorfoseando pólen Criando flores Perpetuando a vida Quero falar de vida Urge falar de vida Plantar e colher Um mundo são

Dolorosa, infeliz e real constatação. Estamos imersos nesta “ desumanidade “ sufocante em estágio avançado e para piorar a situação ain...

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Dolorosa, infeliz e real constatação. Estamos imersos nesta “ desumanidade “ sufocante em estágio avançado e para piorar a situação ainda mais, somos levados a brigar entre nós.

O atraso espiritual é asfixiante, de tirar o ar que respiramos. O que mais horroriza é sentir ruir a humanidade nas mãos de líderes equivocados, gananciosos na perpetuação do poder pessoal e de suas próprias dinastias, clãs familiares e de amigos.

      Queria escrever poesia Mas não posso Entregue aos fatos E a razão Queria o verbo sem condicional Mas não posso Pala...

poesia paulistana tatui cristina siqueira
 
 
 
Queria escrever poesia Mas não posso Entregue aos fatos E a razão Queria o verbo sem condicional Mas não posso Palavras passam fluidas As mãos não as alcançam Retornam ao coração Queria o querer sem queria Mas não posso Há pressa e prazo A ritmar compasso O tempo é duro É de prestar atenção Queria, Oh como queria!

      Sobre adequações Vestiu uma roupa apertada demais queria pele Os sapatos de sola vermelha e saltos altíssimos n...


 
 
 
Sobre adequações
Vestiu uma roupa apertada demais queria pele Os sapatos de sola vermelha e saltos altíssimos não lhe deram os passos da alegria queria rumo Não se incluía Não se conectava Não se sabia Corria os olhos pelas capas de revista buscava o molde de ser artista óculos da moda

Primavera Primavera traz movimento ao olhar balé de cílios Surpresa de cores São flores! Olhos são para as flores ...

poesia paulistana tatui sao paulo
Primavera
Primavera traz movimento ao olhar balé de cílios Surpresa de cores São flores!
Olhos são para as flores
Vejo um mundo cor de rosa No sentido flor da palavra Na janela Olhando a rua do mundo Um imenso coração Debruado em cor de rosa

Madrugada fria, noite de chuva mansa, devagar o dia entra neblinoso pela janela da sala. É muito cedo. Hora de silêncio puro, a cidad...

solidao silencio noite chuva madrugada
Madrugada fria, noite de chuva mansa, devagar o dia entra neblinoso pela janela da sala. É muito cedo. Hora de silêncio puro, a cidade ainda dorme. Meus pensamentos conversam entre si no tom de acordar o sono. Sinto em presença ausente os distantes, onde pousaram os que voaram deixando suas histórias vibrando em mim. Fotos avivam o filme da memória. Tudo é nada no vazio da ausência não preenchida.

Lá fora um sol abrasador das 17 horas. Sol alto, tardes longas. Pausa para o momento repousante e avaliativo. Escrevo em um café. So...

Lá fora um sol abrasador das 17 horas. Sol alto, tardes longas. Pausa para o momento repousante e avaliativo.

Escrevo em um café. Sozinha.

A moça me recebe com um sorriso pendurado nos lábios.Nos entendemos bem - peço um cono de pistacchio e café.

Olho sem olhar o movimento da rua… Digo um verso na minha cabeça,sei que é de Adélia Prado... “a mim que venho vindo desde a infância ...

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Olho sem olhar o movimento da rua… Digo um verso na minha cabeça,sei que é de Adélia Prado...

“a mim que venho vindo desde a infância como se o meu destino fosse o exato destino de uma estrela apelam incríveis coisas..."

Procissão Voz que ecoa dos gestos Um povo em procissão Passos lentos Cadência solene Coreografia do corpo da humanidad...

Procissão
Voz que ecoa dos gestos Um povo em procissão Passos lentos Cadência solene Coreografia do corpo da humanidade Destino irrevogável Somos um só Organismo vivo Somos um milagre - Quem nos explica ? O Supremo se derrama sobre nós Presença da estrela Faz brilhar o meu chapéu Rasgadas dores Pise devagar nas flores Cuidado com o degrau Deixe para trás seus pertences O tanque pesado cospe fogo Mata a Pátria O tempo de espera Dos meninos Que não voltam nunca mais A guerra que está lá Bate no meu coração No seu coração No nosso coração Mais coragem do que palavras vãs Para viver a Paz No silêncio claro Onde o amor vacilou Na ganância Na lama dos pés sem descanso Na fome Nos excessos O ar que respiro é um Se eu morrer morres também Aprendo a ler As pedrinhas do chão A mansidão do olhar das vacas A generosidade das abelhas Daí sou rainha Canto o mundo O quero inteiro O igual e o desigual Todos na asa leve do Anjo A cada dia gratidão Saí com vida ! É vida ! Alegria generosa Do jogo insano De mãos dadas com o perto E o longe Com a terra que não nega Fartura Homens sonegam comida e água Roubam encanto Do quintal da liberdade Distraída brincadeira de existir A luz alheia Faz de mim amor O leito do rio doce A morada limpa de sangue A mulher menstrua O homem sangra O coração da espécie O sol da bandeira do mundo Seca feridas No varal do tempo Clamor da fé Em procissão Um acorde Um acordo O estado simples da poesia Sem saber se é noite ou dia Anestesia Cria O caminho onde não há São luzes Da raiz do umbigo Coroa do tempo Que volta do redor do mundo Contas do rosário Na reza das mães Rola uma lágrima Pela terra perdida O sonho senhor da vida Carrega o andor De cetim lilás da esperança O anjo vivo Uma criança.
A rosa mulher
Tua cor rosa pálido A linda príncipe negro Rosa poesia De lábios macios Pele de seda Afrodite Emergindo das espumas Em você , Rosa Sonho acordada Teu rosto clássico A corola guardada Anoitece encarando a lua Olhando para o espaço Tão nua Amanheces vestida de orvalho Em ti meus sentidos Se expandem Sou perfume Na paisagem de ninguém Sinto a terra girar Mas nada importa Penso redondo Que força herdei De tua feminilidade !! Dou- me conta Do tempo Do mundo E do meu lugar Num e noutro Somos Eu e você Empoleiradas num globo giratório Tontas de amor Vidas no espaço Neste viver engolfado Sobreviveremos A séculos de chuvas Mares que se avolumam Guerras injustificáveis E a dor de um mundo Sem graça
I
Entre as margens A vida flui sossegada O corpo é água Na espera ... do instante que a imaginação conduz Apenas estar Hoje lhe compete a ficção a força da água Velejando no asfalto do caminho
II
Acima a noite convés em alto - mar onde deito sonhos no tom azul de águas limpas A lua que olha através das nuvens se sobrepõe a qualquer sentimento Tudo em toda luz espelho Onde escrevo teu nome com batom grená
III
As uvas em Kama Sutra línguas Corpo que desliza no profundo Onde se cose o gemer sem dor

Açucena era o seu nome. Nome de flor, sua mãe havia escolhido este nome porque se lembrava da mocinha ingênua de um filme antigo e o beij...

conto flores encontro frustrado
Açucena era o seu nome. Nome de flor, sua mãe havia escolhido este nome porque se lembrava da mocinha ingênua de um filme antigo e o beijo em seus lábios trêmulos. Nunca esqueceu esta imagem. Açucena seria um nome de amor.

E como Açucena ela desdobrava seu temperamento em outros nomes: lírio da paz, flor de lis, amarílis, flor da imperatriz, íris. Tantos nomes e cores para uma menina só.

Um lugar de nome Água na Boca Bar e planeta de bar no planeta Minhas Gerais Parte de mim Ficou em Beagá Deixei um scar...

Um lugar de nome Água na Boca Bar e planeta de bar no planeta Minhas Gerais Parte de mim Ficou em Beagá Deixei um scarpin vermelho Em alguma calçada da memória Enquanto a quadrilha de amor Passou por mim Não era um nem outro Eram àqueles que vivi A mística cult do edifício Maleta O mexido da madrugada Embriagada em mitos arcaicos

Profundo mergulho Profundo mergulho no sem medida do tempo, no limite oco do espaço. Borbulhas ? Sopro ? Bocejo ? Dentes...

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Profundo mergulho
Profundo mergulho no sem medida do tempo, no limite oco do espaço. Borbulhas ? Sopro ? Bocejo ? Dentes à mostra ? - Suspiro … Línguas que buscam a sinfonia muda do silêncio Palavras se escrevem onde não existe nem tela

Do alto do tempo olho o mundo, imenso mundo de universos desdobrado em universos. O mundo é globalizado mas o longe ainda é longe. Meu T...

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Do alto do tempo olho o mundo, imenso mundo de universos desdobrado em universos. O mundo é globalizado mas o longe ainda é longe.

Meu Théo, de 13 anos, de malas prontas para ganhar o palco do mundo começando por si mesmo. Um pai, hoje de altura quase igual, ensinando a fazer barba, a dar nó na gravata. A mãe organizando a mudança em malinhas de mão e malões para várias estações.