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Contam que Dom Pedro II costumava dizer que, se não fosse Imperador, seria professor. Ainda irei confirmar isso com Lau...

educacao apl academia paraibana letras
Contam que Dom Pedro II costumava dizer que, se não fosse Imperador, seria professor. Ainda irei confirmar isso com Laurentino Gomes, o maior especialista no estudo de nossa Monarquia. Em diversas ocasiões o imperador brasileiro demonstrou afeição pelo Magistério, pois teve gestos concretos ao patrocinar a Ciência e sempre estava com olhar benevolente para as Artes.

A pequena Serraria, que se esparrama sobre o espinhaço de uma nesga de serra no Brejo paraibano, produziu talentos em diferentes ramos...

Piedade Medeiros magisterio paraibano
A pequena Serraria, que se esparrama sobre o espinhaço de uma nesga de serra no Brejo paraibano, produziu talentos em diferentes ramos das artes e do saber. Gente que se destacou no Magistério, no Jornalismo, na Música, na Poesia e na Pintura em tão alto grau, como prova basta citar Hermano José, Roberto Luna, Libânio Mendes, Nathanael Alves e Clóvis dos Santos Lima.

Quando o sangue de Margarida Maria Alves embebeu as terras de Alagoa Grande, umedeceu todos os canaviais da Paraíba. Seu ma...

oscar romero margarida alves luta social
Quando o sangue de Margarida Maria Alves embebeu as terras de Alagoa Grande, umedeceu todos os canaviais da Paraíba. Seu martírio transformou-se em um grito que, quatro décadas depois, continua ecoando pelos córregos e chãs cobertas de cana, fazendo brotar novas margaridas em cada pé de serra.

No silêncio da madrugada de Arara, o galo cantou repetidas vezes e recordei tantas ocasiões semelhantes quando morava no sítio. Acorda...

lirismo cronica nostalgia tapuio canto galo
No silêncio da madrugada de Arara, o galo cantou repetidas vezes e recordei tantas ocasiões semelhantes quando morava no sítio. Acordado por esse canto do galo madrugador bem próximo, tentei descobrir de onde vinha seu cantar, como fazia no tempo de menino camponês, enquanto dormia o sono dos justos.

Entro na Igreja da Misericórdia como quem busca o recolhimento em um templo antigo para a renovação da alma que precisa de arrependi...

igreja templo paraiba centro historico
Entro na Igreja da Misericórdia como quem busca o recolhimento em um templo antigo para a renovação da alma que precisa de arrependimento e perdão.

Os velhos templos religiosos, mais do que os de edificação recente, que são amparados na visão da modernidade, recolhem a mística da igreja reunida para a vivência da fé.

A Misericórdia é uma das quatro igrejas mais antigas da Paraíba. Construída em pedra calcárea esculpida pela mão dos tabajaras e potiguaras, sob a inspiração de jesuítas que trouxeram a visão da fé para o mundo novo que se descortinava, ajuda a observar o Deus invisível, que se revela na alma e transforma a rudeza do homem e da mulher.

Quase sempre começo a trabalhar na madrugada coberta com seu véu do amanhecer, para esperar o sol despontar por entre casas e...

Quase sempre começo a trabalhar na madrugada coberta com seu véu do amanhecer, para esperar o sol despontar por entre casas e edifícios que me consentem avistar o horizonte amarelado sobre o mar, mesmo sabendo distante. Tenho como hábito terminar cedo os afazeres do dia para observar o sol no entardecer, quando me é permitido olhar, mesmo que seja uma nesga ao longo da rua.

A arte nos aproxima de antigas civilizações e com maior efervescência ao período glorioso dos gregos e romanos que moldaram o pen...

paulo galvao poesia literatura paraibana
A arte nos aproxima de antigas civilizações e com maior efervescência ao período glorioso dos gregos e romanos que moldaram o pensamento ocidental. Essa sensação de proximidade proporcionada pela Arte e a Poesia sempre ocorre quando visito algum templo de feições antigas.

Carrego comigo a cidade onde nasci, junto com seus habitantes e sua paisagem, como alimento para a alma e antídoto para o banzo. ...

roberto luna avelima musica popular brasileira
Carrego comigo a cidade onde nasci, junto com seus habitantes e sua paisagem, como alimento para a alma e antídoto para o banzo.

Posso até parecer enfadonho, repetitivo e sem assunto, mas falar do lugar onde observei o mundo pela primeira vez é um tema que nunca se esgota. Mesmo que em Serraria tenha passado momentos de tormenta, que prefiro deixá-los dormindo no recanto da memória, sempre retorno à minha terra com a mesma ânsia de outrora, de quando publiquei meu primeiro texto em 1975, justamente sobre uma visita que acabara de fazer a Tapuio, depois de cinco anos afastado do sítio onde fui criado.

Sempre indago por que uma pessoa reserva parte de seu tempo para vascular os empoeirados arquivos, a percorrer quilômetros em busca d...

maria firmina reis horacio almeida
Sempre indago por que uma pessoa reserva parte de seu tempo para vascular os empoeirados arquivos, a percorrer quilômetros em busca de uma informação. Que estranho prazer é esse?

O historiador Capistrano de Abreu e o nosso Irineu Pinto integram o grupo de pesquisadores que removeram montanhas de papéis para remontar nossa História, a ponto de prejudicar sua saúde.

Chegamos para o reencontro com os mestres Flávio Tavares e Gonzaga Rodrigues, que admiramos na extensão sem medidas, amizade alimentad...

gonzaga rodrigues flavio tavares literatura arte paraibana
Chegamos para o reencontro com os mestres Flávio Tavares e Gonzaga Rodrigues, que admiramos na extensão sem medidas, amizade alimentada por conversas amenas e troca de ideias, sempre na perspectiva da inclusão social a partir da Arte.

Em nosso último encontro, numa tarde com o sol de junho, recolhidos ao ateliê da residência de Flávio, um lugar que respira poesia e arte, rodeados de quadros, diversidade de flores, pés de cajueiros, coqueiros e sapotis que ornam o quintal de sua casa, contemplamos suas novas pinturas e desenhos.

Quando meu pai ficou em Tapuio, eu fui em busca de alguma coisa no mundo distante. Andei, virei e mexi, e quanto mais andei, mexi e vir...

Quando meu pai ficou em Tapuio, eu fui em busca de alguma coisa no mundo distante. Andei, virei e mexi, e quanto mais andei, mexi e virei, mais tornei a voltar em busca do menino que fui e que continua a morar nas encostas e veredas do meu lugar.

No dia em que aconteceu a mudança da estação do outono para o inverno, manhã cedinho, com o sol maneiro que iluminava o jardim de...

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No dia em que aconteceu a mudança da estação do outono para o inverno, manhã cedinho, com o sol maneiro que iluminava o jardim de nossa casa, um jardim pequeno, onde há flores e plantas suculentas, quando observava de perto uma roseira, inesperadamente surge um besourinho por entre as pétalas úmidas pelo orvalho.

O lançamento do livro Com os olhos no chão de Gonzaga Rodrigues, na segunda-feira, no Jardim de Academus da Academia Paraibana de L...

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O lançamento do livro Com os olhos no chão de Gonzaga Rodrigues, na segunda-feira, no Jardim de Academus da Academia Paraibana de Letras, reafirmou o quanto ele é amado e admirado. Familiares, amigos e conterrâneos de Alagoa Nova transformaram o evento em momento inesquecível, aspergido com o perfume da amizade, que não se dissolve na menor tempestade.

Releitura de Augusto Voltei à leitura de Augusto dos Anjos com vontade de descobrir respostas às indagações do coração. Talvez...

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Releitura de Augusto

Voltei à leitura de Augusto dos Anjos com vontade de descobrir respostas às indagações do coração. Talvez buscando as minhas próprias sombras.

Augusto foi um poeta que produziu obra indomável, provocante. Por isso gostamos tanto dele. Escrevia para viver, para encontrar sua identidade. Por isso estamos todos no seu único livro.

A literatura feminina paraibana é composta de poetisas, contistas, romancistas, cronistas, ensaístas, críticas literárias ...

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A literatura feminina paraibana é composta de poetisas, contistas, romancistas, cronistas, ensaístas, críticas literárias e historiadoras que produzem em alto nível, e ocupam relevante espaço no mundo das letras na Paraíba e país afora, mesmo que algumas não tenham o reconhecimento merecido.

Para não deixar de fora involuntariamente nomes, desejo neste breve texto lembrar apenas a jornalista, romancista e crítica literária Nevinha Pinheiro, e dela fazer memória porque, nos tempos atuais, poucos a conhecem e quase não é lembrada.

Gonzaga Rodrigues selecionou uma parte de sua produção literária, composta de crônicas, para nos brindar por ocasião dos seus 90 a...

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Gonzaga Rodrigues selecionou uma parte de sua produção literária, composta de crônicas, para nos brindar por ocasião dos seus 90 anos. Como na narrativa das Bodas de Caná, quando foi servido o melhor vinho na festa de casamento, como o primeiro sinal público de Jesus, o mestre-sala ficou contente ao ver os noivos e convidados alegres. O livro que Gonzaga nos oferta como banquete é comparável às iguarias saborosas e o melhor vinho daquele casamento descrito no Livro Sagrado.

A professora Maria Auxiliadora Bezerra Borba, minha confreira no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, escreveu um livro sobre...

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A professora Maria Auxiliadora Bezerra Borba, minha confreira no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, escreveu um livro sobre a Praia de Camboinha, a mais exótica, entre todas a mais bela praia de nossa orla, que se destacava pela frequência de famílias em períodos de veraneios. Eram anos das transformações sociais e todos andavam livremente por sua areia e se banhavam nas águas sem serem importunados. Eram os anos dourados de nossa cidade vivenciados depois da metade do século passado.

O poeta Waldemar José Solha e o maestro José Alberto Kaplan, com assessoramento de Dom José Maria Pires, escreveram e apres...

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O poeta Waldemar José Solha e o maestro José Alberto Kaplan, com assessoramento de Dom José Maria Pires, escreveram e apresentaram a Cantata pra Alagamar, que se tornou um hino de louvor aos camponeses que, em 1978, impuseram a bandeira de lutas por um pedaço de terra. O padre católico, o judeu e o ateu deram voz às famílias espezinhadas na terra ensanguentada, onde antes plantavam e colhiam.

Ainda estou a indagar por que o poeta Marcus Alves me chamou para apresentar seu livro, seja como prefaciador da obra ou na noite ...

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Ainda estou a indagar por que o poeta Marcus Alves me chamou para apresentar seu livro, seja como prefaciador da obra ou na noite de autógrafo. Eu que sou um leitor comum sem se apegar aos conceitos da leitura, da estética ou da métrica das frases.

Marcus Alves não precisa de apresentação, porque todos o conhecemos pelo seu trabalho como poeta e agente público exemplar ligado à cultura. Natural da cidade de Itabaiana, ele é sociólogo, professor e jornalista. Depois de publicar livros de poemas, agora faz sua estreia como contista.

A Carta em que Pero Vaz de Caminha registrou as paisagens da nova terra que passou a ser habitada pelos portugueses, contém o regis...

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A Carta em que Pero Vaz de Caminha registrou as paisagens da nova terra que passou a ser habitada pelos portugueses, contém o registro de que “em si plantando, tudo dá”. O repórter do Reino de Portugal se mostrou admirado com a imponência da mata atlântica encontrada, com a fertilidade do chão, com árvores de muito valor comercial, com o majestoso panorama observado do cume de algum rochedo.