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"Celso Furtado é um dos paraibanos mais notáveis do mundo e que mais se destacaram fora do país. Seria o que alguns europeus são para muitos de nós...”, esse foi o início de uma conversa na Livraria do Luiz, um bate papo liderado pelo grande cronista Gonzaga Rodrigues, que nos emprestava um pouco de sua sabedoria e experiência em mais um encontro sabático de quando podíamos nos encontrar.

Agro é tech, agro é pop, agro é tudo — é a marcação forte e enérgica das tônicas a nos encher os olhos e o ânimo com a vastidão certinha e ...

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Agro é tech, agro é pop, agro é tudo — é a marcação forte e enérgica das tônicas a nos encher os olhos e o ânimo com a vastidão certinha e alinhada dos campos da agricultura de primeiro mundo cultivada nas planuras do Brasil abaixo da Amazônia.

Fui ao Google buscar uma definição genérica para a palavra “herói”. E lá encontrei: “Herói é o termo atribuído ao ser humano que executa aç...

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Fui ao Google buscar uma definição genérica para a palavra “herói”. E lá encontrei: “Herói é o termo atribuído ao ser humano que executa ações excepcionais, com coragem e bravura, com o intuito de solucionar situações críticas, tendo como base princípios morais e éticos.”. E um acréscimo importante: a ação do herói, para ser tida como tal, há que ser altruísta, ou seja, desapegada, filantropa, dadivosa. Perfeito. Para mim, esta definição serve muito bem para o grande paraibano Manoel Dantas Vilar Filho, o célebre Manelito, de Taperoá, falecido há poucos dias.

O primeiro foi seu pai. Nem poderia ser diferente. O homem tinha adoração por aquela criatura. Deu-lhe tudo o que pôde e o que não poderia,...

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O primeiro foi seu pai. Nem poderia ser diferente. O homem tinha adoração por aquela criatura. Deu-lhe tudo o que pôde e o que não poderia, pois assim o fez, não raras vezes, com a negação de algo ao restante da família, ou à despensa doméstica. As bonecas da vitrine, as roupinhas da moda, bicicletas e patinetes adquiridos a penas duríssimas quase lhe renderam, de tão constantes, o desquite.

Do alto do décimo nono andar, recluso num apartamento, vejo nas artérias da metrópole mil formigas caminhando. Deslocam-se de cá pra lá, de...

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Do alto do décimo nono andar, recluso num apartamento, vejo nas artérias da metrópole mil formigas caminhando. Deslocam-se de cá pra lá, de lá pra cá, umas indo, outras voltando sem que possamos conhecer o destino de cada uma.

Por entre as flores, a aranha tece, com paciência, o fio do tecido da vida.

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Por entre as flores, a aranha tece, com paciência, o fio do tecido da vida.

Recebi de uma conterrânea um vídeo com imagens de uma viagem que fez para realizar o seu grande sonho: conhecer o Mar Morto, um mar que nun...

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Recebi de uma conterrânea um vídeo com imagens de uma viagem que fez para realizar o seu grande sonho: conhecer o Mar Morto, um mar que nunca foi mar, um morto que nunca morreu.

Criar animais em casa proporciona um grande prazer. Claro que nem todos gostam desta intimidade cotidiana. É uma questão pessoal. Temos de ...

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Criar animais em casa proporciona um grande prazer. Claro que nem todos gostam desta intimidade cotidiana. É uma questão pessoal. Temos de respeitar e compreender as pessoas que, por algum motivo, nem sempre explicável, rejeitam qualquer aproximação. Há quem se arrepie ou tenha medo diante de um simples gatinho, sem nem saber por que. Inadmissível, porém, é maltratar um ser puro e indefeso.

Existe um excesso de crítica nas redes sociais, não? Tudo é motivo para crítica. Fulano espirra, mas você não. Daí, você corre pra sua rede...

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Existe um excesso de crítica nas redes sociais, não? Tudo é motivo para crítica. Fulano espirra, mas você não. Daí, você corre pra sua rede social e posta: "Que feio, a pessoa espirrar".

Havia um potrinho na fazendola de tia Moça. Como se diz hoje, no linguajar consumista, era meu sonho, minha grande vontade, correr pelas ve...

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Havia um potrinho na fazendola de tia Moça. Como se diz hoje, no linguajar consumista, era meu sonho, minha grande vontade, correr pelas veredas montado naquele animal gracioso, enfeitado em manchas brancas sobre o pêlo marrom.

Aqui, abaixo da linha do Equador, nordeste brasileiro, não há inverno, mas temos a estação das chuvas. Na falta das quatro estações, e de t...

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Aqui, abaixo da linha do Equador, nordeste brasileiro, não há inverno, mas temos a estação das chuvas. Na falta das quatro estações, e de todos os ritmos que o tempo dita, gosto quando chove lá fora. Uma chuva que, como uma bússola, me indica o caminho do aconchego. Com o tempo que passa, venho gostando mais e mais dos tons cinzas e de introspecção. Por um momento, só. Quando chega o verão... é um desassossego!

Os 100 anos de Celso Furtado, lembrados com edição especial do Correio das Artes e anúncio de um conjunto de obras de perfil memorialista e...

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Os 100 anos de Celso Furtado, lembrados com edição especial do Correio das Artes e anúncio de um conjunto de obras de perfil memorialista e mais páginas e excertos do seu pensamento científico, levaram-me a rever umas poucas linhas grifadas de antigas leituras.

Com o toque de Midas de Bráulio Tavares e do autor de “ O Auto da Compadecid a”, eis o "ABC de Ariano Suassuna". Tenho esse li...

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Com o toque de Midas de Bráulio Tavares e do autor de “O Auto da Compadecida”, eis o "ABC de Ariano Suassuna".

Tenho esse livro — lançado pela José Olympio Editora – entre algumas preciosidades, como: "O Escorpião Encalacrado", de Davi Arrigucci Jr. (sobre a obra de Cortázar); "Hamlet e o Complexo de Édipo", de Ernest Jones (que aplica a teoria freudiana no príncipe da Dinamarca e no próprio Shakespeare);
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"Como se Faz um Filme", de Eisenstein (em que ele conta como criou “O Encouraçado Potenkin”); "A Filosofia da Composição", de Edgar Allan Poe (sobre o surgimento e evolução de seu célebre poema "O Corvo") e "Signo e imagem em Castro Pinto", de João Batista B. de Brito.

Como intelectual enciclopédico que é, tão fissurado pelas artes quanto pela ciência e tecnologia, avesso a todo mistério e segredo — se desvendável —, Bráulio revela que foi buscar a ideia estrutural desse perfil biográfico de Ariano em obras como o "ABC de Castro Alves", de Jorge Amado, e o “ABC de Jesuíno Brilhante”, de autor anônimo (reproduzido em "Heróis e Bandidos", de Rodrigues de Carvalho). Mas esse seu livro me remete diretamente, também, ao "Dicionário Khazar", de Milorad Pavić, um romance sérvio que marcou época nos anos 80.

O resultado de todas essas influências é o retrato cubista, por sua fragmentação temporal, espacial e temática, de um personagem fascinante (Suassuna), que nasceu num palácio, o da Redenção, teve o pai assassinado no Rio, viveu a infância e a adolescência em Taperoá, sertão paraibano, estudou Direito e Filosofia no Recife, ficou famoso por suas aulas-espetáculos, por seus ensaios, por uma peça de teatro (O "Auto da Compadecida"), por um romance de título estranho ("A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta"), por suas incursões nas artes plásticas e na poesia, por ter fundado o Movimento Armorial etc etc... e bote etc nisso! Entrou na Academia Brasileira de Letras. Foi tema, no carnaval carioca, do samba-enredo "Aclamação e Coroação do Imperador da Pedra do Reino". Foi assunto do documentário "O Senhor do Castelo", de Marcus Vilar. Foi nomeado – aos oitenta anos – secretário de cultura do governo do estado de Pernambuco e – consagrado – seguiu de rota batida para a imortalidade, devidamente coroado pelos louros do plim-plim.

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Claro que na ficha catalográfica do ABC consta “Biografia”. Claro que na d“Os Sertões” de Euclides da Cunha não há registro de um "romance". Mas é como eu li todos dois. Com mais ou menos apego à realidade nua e crua, tem surgido toda uma série de famosos romances-verdade, nonfiction novels ou romans-a-clé, como "A Sangue Frio" ("In Cold Blood"), de Truman Capote, "Pé na Estrada" (“On the Road”), de Jack Kerouac, e "Coração das Trevas" ("Heart of Darkness"), de Conrad, e até eu parti para a mesma senda na parte intitulada “A Gigantesca Morgue” na obra "História Universal da Angústia", ao juntar — numa série de contos de extrema violência —, a condensação de 126 reportagens nessa linha, colhidas num período de dez anos. Esse artifício leva o leitor a receber a experiência da realidade com uma força extraordinária. No "ABC", a densa conjunção de solidez, argúcia, clareza e beleza faz com que o livro salte – no meu entender – do terreno simplesmente biográfico para o romanesco. Há um momento em que o próprio Bráulio diz, nesse seu trabalho:

Quanto mais verdadeira uma coisa, mais bela.

Cita Keats:

Beauty is truth, truth Beauty.
Beleza é verdade, verdade, Beleza.

E a Beleza, segundo Plotino (citado por Ariano, idem por Bráulio), é… os seres em máximo de ser.

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O livro mostra como Suassuna, que diz ser feio desde menino, mas apaixonado pela beleza, torna-se, com o tempo, um ser "em máximo de ser", dotado, portanto, de enorme beleza, pelo que passou a ser intensamente amado por todo o país. "A década de 1990 – diz Bráulio – trouxe-lhe notoriedade pessoal de um modo que ninguém seria capaz de supor”. A tal ponto, anota, que surgiu "um grau de impaciência do autor com a quantidade de compromissos a que é submetido". De fato, ele viveu, no final, numa roda-viva "de aulas, feiras-de-ciência, artigos, mesas-redondas, programas de televisão, homenagens, semanas culturais, entrevistas para jornais, orelhas de livros, depoimentos para vídeos e filmes ou revistas, cartas de recomendação para instituições culturais, apresentação em catálogos de exposições”, e a lista prossegue, interminável.

Como diz a raposa ao nosso distante Pequeno Príncipe:

“Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé.

— O que é apprivoisé? — pergunta-lhe o menino.

Apprivoiser é "domesticar, domar, amansar”, diz o dicionário francês-português. Mas a tradução corrente da frase, é "Tu te tornas responsável para sempre por aquilo que cativaste". E o eco responde "domesticaste, dominaste, amansaste”. Parece que Ariano conseguiu, na verdade, em sua luta pela preservação de nossa cultura burro-xucra, domá-la, dominá-la, monopolizá-la – apesar do massacre alienígena. Não só pelo seu trabalho de autor, como pelas influências que exerceu e exerce.

O "ABC de Ariano Suassuna" foi dado à luz ao sol da onça caetana. Louvado seja ele, além de seu autor e de seu tema.


W. J. Solha é dramaturgo, artista plástico e poeta

O estado é seu sócio. Sócio-penetra, que se convidou, se impôs e não tem como você colocá-lo para fora. O Estado entra com nada e abocanha ...

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O estado é seu sócio. Sócio-penetra, que se convidou, se impôs e não tem como você colocá-lo para fora. O Estado entra com nada e abocanha uma parte considerável do que você produz, com a promessa de devolver o que tomou em bens sociais. No mais das vezes, as promessas ficam pelo meio do caminho, pois o Estado acredita e aposta na nossa inércia e resignação. Acredita, ainda mais, no poder das palavras vazias de ação.

Em questão de segundos soaram bombas e foguetões, e se pôde ver muitos deles, subindo, apressados, riscando o céu e detonando. Inevitável a...

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Em questão de segundos soaram bombas e foguetões, e se pôde ver muitos deles, subindo, apressados, riscando o céu e detonando. Inevitável aquela faísca de engano, a impressão instantânea de que se honrava o morto.

Conta-se que a expressão vem da época dos fidalgos e do propósito de acalmá-los durante a longa espera por uma audiência com alguém da real...

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Conta-se que a expressão vem da época dos fidalgos e do propósito de acalmá-los durante a longa espera por uma audiência com alguém da realeza. Servidos com finos biscoitos em bandejas de ouro e porcelanas raras, os chás dariam a impressão do máximo respeito e da elevada consideração àqueles que em seus anéis maçadas tomavam. Rei é rei, mas precisa de impostos e amigos.

A mim e aos parecidos comigo, sem sangue azul nem grandes posses, ninguém dispensava maiores atenções na antessala do banco de onde a crise já havia afastado a água e o café em copinhos de plástico. E olha que eu fui ali a convite, a fim de conhecer a moça com quem havia ficado o acompanhamento da conta bancária um tanto magra. “Venha conhecer sua gerente pessoal”, me ligaram dois dias antes. Ela faria recomendações para aplicação de alguma sobra do salário.

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E haja espera com uma ficha à mão e o olho no painel eletrônico, atento ao chamado que nunca vinha.

Logo ao chegar, pensei em desistir da conversa assim que vi a multidão ali já sentada. Animava-me, contudo, a inscrição no papelzinho, em letras maiúsculas: PREFERENCIAL. Tomei a coisa como um sinal de distinção e, bobo que sou, decidi ficar.

Doze guichês à disposição, um entra e sai desgraçado, o tempo passando e chamamento nenhum. Notei que isso também incomodava mãe e filha, na fila de cadeiras à frente da minha.

— Que demora, né mãe?
— Pois, não é? Teu pai deve estar uma fera.
— Olha só quem vem ali... Ei, Ritinha, vem para cá. Aqui tem vaga.
— Que bom ver vocês. Estou vendo que hoje vou mofar aqui. Pelo menos, tenho com quem conversar. Sua menina está um moção, dona Alice. Bonita mesmo. Já tem namorado?
— Se tem, anda escondido. Mas espero que ela não me venha tão cedo com essa novidade. E, você, como vai com Luiz?

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— Terminei, minha filha. Aquilo é um galinha. Peguei o bicho de conversa mole com aquela prima de Tereza.
— Vixe... Aquela que o marido deixou?
— Essa, mesmo. A bicha anda solta na buraqueira. Meu primo estava no bar e viu a conversinha dos dois. Ela chegou, sentou com o sem vergonha que, daqui a pouco, estava pegando na mão e comentando o quanto estava apetitosa. Isso é conversa que se tenha com mulher casada? E ela, que também não se dá ao respeito? Não tenho dúvida de que os dois saíram dali para algum canto. Sabe o que meu primo ouviu?
— O quê?
— Dá cá o ouvido. Pichichi, pichichi, pichichi....
— Minha Nossa Senhora. O mundo vai acabar.
— Pois é. A gente passa por cada uma. Mas também já dei o troco. Dispensei o safado e não atendo telefonema dele de jeito nenhum. Foi lá em casa, mas pedi para dizerem que eu não estava. Bloqueei o sujeito no Facebook e no Instagram. Me disseram que rói por mim de manhã, de tarde e de noite. Quero que morra. Sabe de uma coisa? Vou contar, porque a senhora é como minha mãe: eu não faço segredo. Já estou com outro. E a senhora conhece.
— Quem?
Pichichi, pichichi, pichichi...
— Pensa bem, mulher. Isso vai dar certo? Vai criar menino dos outros?
— Não dizem que amor é cego?
— Parece que também é doido.

E mais não ouvi porque, finalmente, fui chamado. A nova gerente da minha conta me empurrou um seguro de carro, fez a aplicação de parte do meu salário e me ensinou a baixar o aplicativo do banco antevendo o fechamento de tudo por conta da pandemia.

À saída, lancei um rabo de olho e lá estavam aquelas três nas mesmas cadeiras, porém, em posição modificada: a que havia chegado por último já sentava entre a mãe e a filha. Pressupus que a conversa andava mais animada, porquanto a mais nova havia largado o celular e era toda ouvidos.

Para que mentir? Juro que quase volto.


Frutuoso Chaves é jornalista