Um colega se refugiou num sítio. Deixou o asfalto para viver em contato mais próximo com a natureza. Ou seja, ser fiel à vocação ecológic...
Fugindo do estresse
Especializei-me em poemas longos. Alguns são “tratados poético-filosóficos”, tipo VIDA ABERTA, que foi finalista de poesia do último Jabu...
Marco do Mundo
Presidente Bolsonaro, alguns amigos são absolutamente desnecessários porque só nos dão prejuízos. Sua equipe econômica está fazendo isso c...
Faça isso não, capitão
Noves fora a péssima imagem que o parcelamento do pagamento dos precatórios deixará na imagem do Brasil junto aos investidores, o prejuízo econômico à nação será avassalador.
“Pílulas de Vida do Dr. Ross fazem bem ao fígado de todos nós”. Quem, entre os mais adentrados, não ouvia isso o tempo inteiro no rádio d...
No tempo do Dr. Ross
O Dr. Ross dos anúncios impressos e cantados por vozes masculinas e femininas nos aparelhos do tipo bunda quente (alusão às válvulas incandescentes que existiam antes da invenção dos transistores), foi o farmacêutico Sydney Ross dono do laboratório americano que desenvolveu esse medicamento por volta de 1890, ao que se conta.
Para que servia? Pois bem, para males que iam da prisão de ventre ao intestino frouxo, passando pelo sangue impuro. Com raízes e extratos vegetais na sua composição, as pílulas, de cor rosa, eram apresentadas em propaganda de 1940 como “o remédio que corrige mais erros do que qualquer outra descoberta da ciência moderna”. Servia, até contra divórcio, se a encrenca entre marido e mulher decorresse apenas do mal humor acarretado pela digestão difícil, como neste anúncio se pode ver.
As notas do jingle das Pílulas de Vida, de tão populares, serviram para musicar o deboche de Alvarenga e Ranchinho à campanha política de Plínio Salgado, nos idos de 1955. “Plínio Salgado quando abre a voz faz mal ao fígado de todos nós”, cantava aquela que por muito tempo foi a dupla caipira mais famosa do País.
Mas, em plena madrugada, ocorre-me perguntar por que diabo fui eu lembrar do Dr. Ross. Deve ser por causa da pandemia, essa coisa brutal que nos obriga à reclusão. O isolamento, de fato, inverte o metabolismo, tira o sono de quem precisa dormir e faz o pensamento voar ao destino invariável: o passado. Nunca tive tanta saudade dos meus verdes anos. Agora mesmo, sinto falta até do óleo de fígado de bacalhau.
O restaurante situava-se estrategicamente em um terreno inclinado, exatamente “uma ladeira”, tendo seu estacionamento em sentido perpendic...
Indiferença
Neste ultimo fim de semana, andei retomando algumas leituras, no caso, Malba Tahan (Júlio César de Mello e Souza), um autor capaz de traze...
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O filhote da semente
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Depois disso, os empiristas ingleses (Locke, Berkeley e Hume) envolveram-se em processo um tanto destrutivo e arriscado, afirmando que o conhecimento humano
Não há dia melhor para uma faxina do que a Quarta-feira de Cinzas. Em uma delas, acordei com essa disposição. Curar Ressaca? Não briquei c...
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Sobral Pinto
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Pássaro estendido na lousa
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A hora de reconhecer um erro
Eu ia fazer um texto cheio de imagens literárias que espelhavam meu esforço incessante para manter a minha paz de espírito; o combate ao sentimento de perda e ansiedade que ameaça a mim e a todos nós; a luta diária contra a vaga sensação de tristeza e algum medo que esses tempos infiltram na gente.
Apesar da cidade estar sempre em efervescência, os moradores daquela rua são pessoas que já estão colhendo os frutos de suas lavouras do v...
Pão velho
A moradora de rua, daquele bairro, é uma senhora que gasta seu tempo observando o movimento das casas.
Na casa azul, todos os dias, filhos e netos chegam para o café da tarde.