Quiseram os compositores de música que sentíssemos o mesmo que os inspirou? Seus arroubos à poesia, conflitos e indagações? Suas dúvidas e...
O gás da vida em chamas
O POLÍTICO Quando ele nasceu, foi batizado com o nome de Carlos (Karl) Frederico (Friedrich), homenagem a Karl Marx e Friedrich Engels...
A caricatura que marcou um político
E se a escritora aceitar o meu convite? Tenho me perguntado cada vez mais, pensando como vai ser, o que devo fazer, pois gosto muito de d...
E se ela vier?
Ah, sim: antes de continuar, deixem-me apresentar a escritora. Trata-se de Marlena de Blasi, jornalista que escrevia para vários periódicos norte-americanos sobre gastronomia internacional e crítica de restaurantes pelo mundo.
Dimas Batista de Toledo era (para não deixar em desuso um velho jargão do economês) um classe-média-baixa originário do serviço público. A...
Num cruzar de porta
Estabelecemos as nossas paralelas a partir de A União de Juarez Batista com um irmão do dr. Osias, Odemar Nacre Gomes, na gerência. Eu me firmando na redação e Dimas do outro lado, na parte contábil.
Volta e meia me pedem para falar sobre a campanha de 1986, aquela em que Burity deu um banho de votos em Marcondes Gadelha na disputa pel...
Outra História
Nas minhas aulas de literatura, costumo repetir, à maneira de um mantra, duas frases, que me parecem essenciais para quem quer lidar com...
Ficção é transfiguração
Só sei que vou te amar I À quantas anda a secura de tua boca? Fulgura ainda em teus lábios a liga do beijo? Entendas que...
Só sei que vou te amar
I À quantas anda a secura de tua boca? Fulgura ainda em teus lábios a liga do beijo? Entendas que é breve o que se diz eterno. E que a intenção revela-se no mesmo segundo que a mão esbofeteia.
Flagrei-me ao lado do escritor, artista, crítico, intelectual e pensador Waldemar José Solha , e de sua adorável esposa Ione, quando os do...
Uma tarde em Paris com W. J. Solha
Poder ter participado de uma tarde dentre os dias dessa festa é algo que guardarei comigo para sempre. Nos dias de hoje, invadido por redes sociais, em que vemos tantos casamentos de fachada, não é para qualquer um passar cinquenta anos de sua vida ao lado de outra pessoa.
Pouquíssimas coisas me falam tanto à alma quanto a velha máquina de costura de Dona Vininha, minha mãe. Tão logo me dei por gente, na idad...
Carretel e linha
Procissão Voz que ecoa dos gestos Um povo em procissão Passos lentos Cadência solene Coreografia do corpo da humanidad...
Procissão
Voz que ecoa dos gestos Um povo em procissão Passos lentos Cadência solene Coreografia do corpo da humanidade Destino irrevogável Somos um só Organismo vivo Somos um milagre - Quem nos explica ? O Supremo se derrama sobre nós Presença da estrela Faz brilhar o meu chapéu Rasgadas dores Pise devagar nas flores Cuidado com o degrau Deixe para trás seus pertences O tanque pesado cospe fogo Mata a Pátria O tempo de espera Dos meninos Que não voltam nunca mais A guerra que está lá Bate no meu coração No seu coração No nosso coração Mais coragem do que palavras vãs Para viver a Paz No silêncio claro Onde o amor vacilou Na ganância Na lama dos pés sem descanso Na fome Nos excessos O ar que respiro é um Se eu morrer morres também Aprendo a ler As pedrinhas do chão A mansidão do olhar das vacas A generosidade das abelhas Daí sou rainha Canto o mundo O quero inteiro O igual e o desigual Todos na asa leve do Anjo A cada dia gratidão Saí com vida ! É vida ! Alegria generosa Do jogo insano De mãos dadas com o perto E o longe Com a terra que não nega Fartura Homens sonegam comida e água Roubam encanto Do quintal da liberdade Distraída brincadeira de existir A luz alheia Faz de mim amor O leito do rio doce A morada limpa de sangue A mulher menstrua O homem sangra O coração da espécie O sol da bandeira do mundo Seca feridas No varal do tempo Clamor da fé Em procissão Um acorde Um acordo O estado simples da poesia Sem saber se é noite ou dia Anestesia Cria O caminho onde não há São luzes Da raiz do umbigo Coroa do tempo Que volta do redor do mundo Contas do rosário Na reza das mães Rola uma lágrima Pela terra perdida O sonho senhor da vida Carrega o andor De cetim lilás da esperança O anjo vivo Uma criança.
Tua cor rosa pálido A linda príncipe negro Rosa poesia De lábios macios Pele de seda Afrodite Emergindo das espumas Em você , Rosa Sonho acordada Teu rosto clássico A corola guardada Anoitece encarando a lua Olhando para o espaço Tão nua Amanheces vestida de orvalho Em ti meus sentidos Se expandem Sou perfume Na paisagem de ninguém Sinto a terra girar Mas nada importa Penso redondo Que força herdei De tua feminilidade !! Dou- me conta Do tempo Do mundo E do meu lugar Num e noutro Somos Eu e você Empoleiradas num globo giratório Tontas de amor Vidas no espaço Neste viver engolfado Sobreviveremos A séculos de chuvas Mares que se avolumam Guerras injustificáveis E a dor de um mundo Sem graça
Entre as margens A vida flui sossegada O corpo é água Na espera ... do instante que a imaginação conduz Apenas estar Hoje lhe compete a ficção a força da água Velejando no asfalto do caminho
Acima a noite convés em alto - mar onde deito sonhos no tom azul de águas limpas A lua que olha através das nuvens se sobrepõe a qualquer sentimento Tudo em toda luz espelho Onde escrevo teu nome com batom grená
As uvas em Kama Sutra línguas Corpo que desliza no profundo Onde se cose o gemer sem dor
Os brasileiros acordaram há 32 anos quase lisos. Só podiam sacar apenas 50 mil cruzeiros novos de todo o dinheiro que mantinham em de...
Quando o nosso dinheiro sumiu
Era o plano Collor, que impôs um feriado bancário de 3 dias. Enquanto a ministra Zélia Cardoso de Melo e o presidente do BC, Eris, tentavam explicar que aquela grana confiscada seria devolvida em 18 meses com juros de 6% ao ano mais correção (o que não aconteceu), a população começou um ciclo de vida que mal comparando seria uma meia pandemia covid, eis que ninguém tinha a menor ideia de como sobreviver sem grana. A justificativa do governo era o controle da inflação e o investimento em projetos econômicos.
Ah, esses meus delírios crônicos! Verdadeiros bálsamos que me salvam das agonias da existência. Vivo um tipo de luta permanente do bem co...
Sobre ir e Voltaire
Da inconsistência de todas as coisas a vida é uma pétala de rosa que brotou no chão de um discurso vazio no olho do furacã...
Silabário mínimo
a vida é uma pétala de rosa que brotou no chão de um discurso vazio no olho do furacão a vida esconde um véu cheio de fragilidades estampada na camiseta à venda na esquina do desequilíbrio fluida e frágil, escapa das intenções e do destino se querem dar-lhe nome de batismo e sobrenome de menino
Apego-me facilmente aos lugares. Não tão facilmente assim. Levantei a vista, numa tarde dessas, e me defrontei com o cadáver da linotipo...
Antônio Vicente
O que chamamos de Universo, hoje, abrange toda a forma de matéria possível. Não há mais espaço para o “nada” da metafísica, na Física a...
O “nada” da Metafísica não tem mais lugar na Física Moderna
Estou feliz, disse ao amigo. Ele me olhou de forma estranha com o canto do olho, talvez procurando uma justificativa para o meu estado. O...
Como surgem as dúvidas
Olhou em volta e praticamente pesquisou a fisionomia dos que passavam, na busca de uma justificativa para minha estranha condição anímica. Quase todos, embora talvez ampliando um certo grau de “otimismo” uns 70%, exibiam ostensivamente um rosto de desaprovação com a vida, no mundo e no Brasil.