— Dr. Germano está? — Não, não chegou ainda. Sente um pouco, ele não deve demorar. — Obrigado, para o que vim não há pressa. E me ...

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— Dr. Germano está?

— Não, não chegou ainda. Sente um pouco, ele não deve demorar.

— Obrigado, para o que vim não há pressa.

E me veio a ideia de atravessar a rua, da porta do cartório de estilo sempre preservado até a calçada em frente, sem me ocorrer que o semáforo dá vermelho para a Cardoso Vieira e, simultâneo, libera para o acelero de quem vem pela Rua da Areia.

Pintei muitos quadros com a figura de Cristo, assim como escrevi, sobre ele, os romances A VERDADEIRA ESTÓRIA DE JESUS - que adaptei p...

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Pintei muitos quadros com a figura de Cristo, assim como escrevi, sobre ele, os romances A VERDADEIRA ESTÓRIA DE JESUS - que adaptei para o teatro e montei -, e RELATO DE PRÓCULA, além do "tratado poético-filosófico" ESSE É O HOMEM, com algo muito forte, também, no novo "tratado" que vem por aí, 1/6 DE LAJANAS MECÃNICAS, BANANAS DE DINAMITE.

Aos meus ex-alunos, hoje, professores, com os quais aprendi, ao ensinar. A leitura dos detalhes é essencial. Não se faz análise com ...

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Aos meus ex-alunos, hoje, professores, com os quais aprendi, ao ensinar.

A leitura dos detalhes é essencial. Não se faz análise com leituras apressadas e visões generalizantes. Uma palavra deixada para trás, muitas vezes, é a chave de que precisávamos para abrir a porta do enigma, como diria o poeta Drummond. Pensando nessa lição, que repito incansavelmente, como um mantra, aos meus alunos, é que resolvi fazer a leitura de um pequeno trecho de Os sertões, de Euclides da Cunha, pertencente ao Capítulo VI, da parte II de “A Luta” — Travessia do Cambaio, extraído da edição crítica

Era um sábado ensolarado, digno de uma manhã na praia, mas também perfeito para lavar a roupa acumulada no cesto, durante toda a semana...

Era um sábado ensolarado, digno de uma manhã na praia, mas também perfeito para lavar a roupa acumulada no cesto, durante toda a semana.

E assim seria. E assim foi.

Eu fiquei em casa com o pequeno Roberto Neto, meu primeiro filho, e nossa companheira Kely – Dálmata de ano e meio, enquanto Shuka iria, mais uma vez, levar seu tesouro – o “novo” velho Jipe, para a oficina. Programa que durava uma manhã inteira.

O sol se fazia presente em todo terreno da casa. Os lençóis e toalhas não demorariam dançando ao vento.

      RETROSPECTIVA Ando vasculhando meu passado remoto. Às vezes, me reencontro; em outras, me desconheço. Onde foi que eu ...

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RETROSPECTIVA
Ando vasculhando meu passado remoto. Às vezes, me reencontro; em outras, me desconheço. Onde foi que eu errei? Em qual esquina me perdi? No que fui certeira e não me confundi? De tudo, carrego dúvidas e a sensação de que os erros não me resumem. De nada, entretanto, adianta eu me culpar, já que, se eu pudesse reviver, no presente, minhas lutas, tropeços, conquistas e breves alegrias, seria igual tudo o que eu faria.

Cheguei à época em que ninguém poderá dizer, quando eu me for, que morri antes da hora, o que não quer dizer absolutamente que t...

Cheguei à época em que ninguém poderá dizer, quando eu me for, que morri antes da hora, o que não quer dizer absolutamente que tenho a mínima pressa em reencontrar meus amados pais e queridos amigos que partiram antes do combinado.

No entanto preciso deixar registrado para os mais novos algumas presepadas que meus amigos produziram “no meu tempo”.

Os mais adentrados lembram, certamente, de uma das antigas brincadeiras infantis mais requeridas: aquela feita com maços de cigarros va...

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Os mais adentrados lembram, certamente, de uma das antigas brincadeiras infantis mais requeridas: aquela feita com maços de cigarros vazios e abertos, cuidadosamente, a fim de serem usados como se fossem dinheiro. Jogava-se fora o papel de alumínio e o transparente. Em seguida, desmanchava-se o maço, pouco a pouco, pelas bordas coladas, estirando-o no sentido do comprimento. Depois, bastava dobrar as laterais sobre a face interna, em cima de cada vinco. Pronto, estava feito o “dinheiro”.

Ele estava cansado, não de um cansaço comum vindo de um esforço físico, mas daquele tipo de cansaço que domina a gente pelo pensamento ...

Ele estava cansado, não de um cansaço comum vindo de um esforço físico, mas daquele tipo de cansaço que domina a gente pelo pensamento que não pára e vai se repetindo com as mesmas angústias que me chicoteavam há anos. Um cansaço que não vinha também de aborrecimentos ou frustrações concretas, quando sabemos os motivos e as causas.

As serras, as estradas, o clima mais ameno, os engenhos, as comidas. A região do Brejo é um encontro com novos conhecimentos, paisagens...

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As serras, as estradas, o clima mais ameno, os engenhos, as comidas. A região do Brejo é um encontro com novos conhecimentos, paisagens, histórias e um descobrir constante da Paraíba.

A vaca é que está certa quando decide ir para o Brejo, desde que seja o da Paraíba. Eu fui várias vezes e se me disserem para ir lá outra vez, eu vou. Em dia de sol, mesmo que esteja nublado, ou até com a chuvinha fria, o Brejo guarda cenários sempre agradáveis.

“Esteja atento Existem outros caminhos E, em algum lugar, ainda existe luz” Bukowski Questionando sobre o bem e o mal, o bom e o mau,...

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“Esteja atento Existem outros caminhos E, em algum lugar, ainda existe luz”
Bukowski

Questionando sobre o bem e o mal, o bom e o mau, encontramos respostas que nos levam à ambivalência (termo usado para indicar a presença de sentimentos, impulsos opostos, conflitantes), e a Freud. Como algo, um fato, um acontecimento, uma decisão, pode, ao mesmo tempo, ser muito boa para algumas pessoas e inaceitável para outras? O significado do belo é relativo, e depende dos valores e da visão estética de cada um.

      SOU PASSARINHO NO CÉU Eu conheço a liberdade. Digo sem medo de errar. É nadar em calmo mar, É sentir a imensidade. Um a...

 
 
 
SOU PASSARINHO NO CÉU
Eu conheço a liberdade. Digo sem medo de errar. É nadar em calmo mar, É sentir a imensidade. Um azul, em majestade, Destacando-se um ilhéu, Pescadores num batel, E o cenário se completa, Tenho asas de poeta, Sou passarinho no céu!

Um ano depois, sem a presença física de Walter Galvão no meio de nós, redações de jornais e rádios continuam silenciosas sem en...

Um ano depois, sem a presença física de Walter Galvão no meio de nós, redações de jornais e rádios continuam silenciosas sem entender sua partida repentina.

Em junho de 2021, minha filha recebeu dois livros que ele havia publicado no começo do ano, autografados. Dias depois, com a aragem da noite veio a notícia de sua morte, quando recolhíamos lembranças de décadas de múltipla empatia.

Penso que mantendo os atuais padrões de consumo jamais teremos uma cidade humanizada, sustentável (argh!), com mais espaços naturais pa...

Penso que mantendo os atuais padrões de consumo jamais teremos uma cidade humanizada, sustentável (argh!), com mais espaços naturais para as pessoas e menos pedra, cimento, alvenaria, concreto, asfalto e lixo. Ninguém vê mais terra, chão, verde, ambiente natural nas cidades de hoje. Os parques são uma espécie de "reserva" na paisagem. Quando há parques e praças...

“Queremos seguir espalhando poesia pela cidade” Tudo começou em um ato político em São Paulo para registrar a presença e existência ...

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“Queremos seguir espalhando poesia pela cidade”

Tudo começou em um ato político em São Paulo para registrar a presença e existência de escritoras e mulheres que trabalham com literatura nas cidades, nos países e no mundo afora. A inspiração para a foto veio do registro histórico de 1958 intitulada “Um grande dia no Harlem” do fotógrafo Art Kane, que eternizou o marco dos anos de ouro do jazz.

Vivemos uma época assinalada por duas significativas realidades: o desenvolvimento científico e tecnológico e o vazio existencial. As c...

Vivemos uma época assinalada por duas significativas realidades: o desenvolvimento científico e tecnológico e o vazio existencial. As conquistas científicas e tecnológicas propiciam melhor qualidade de vida com os avanços no campo da saúde, alimentação, energia, comunicação, acesso ao conhecimento, entre outros. Em contraposição, o vazio existencial aparece no cenário das relações interpessoais, expressando-se como uma sensação de perda do sentido existencial que, em maior grau conduz a crises depressivas e, não raro, ao suicídio. Tais constatações merecem do venerável Bezerra de Menezes as seguintes ponderações dirigidas aos espíritas: “[…]. Naturalmente, essa manifestação de fuga da realidade interfere no comportamento geral dos seareiros da Verdade que, nada obstante, considerando serem servidores da última hora, permitem-se os desvios que lhes diminuem a carga aflitiva.” [1]

A caravana de horrores não cessa. Um looping de atrocidades me deixa sem ânimo. As notícias do dilaceramento de famílias nos abatem de ...

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A caravana de horrores não cessa. Um looping de atrocidades me deixa sem ânimo. As notícias do dilaceramento de famílias nos abatem de forma fulminante e me deixa sem ânimo. A notícia do policial penal em Natal me deixa sem ânimo. A notícia do bang-bang de Foz do iguaçu me deixa sem ânimo. A notícia do PM do Paraná que exterminou oito pessoas, sendo seis da sua família, e tirou a própria vida me deixa sem ânimo. A notícia do empresário de Pernambuco que invadiu o prédio da “ex” executando familiares me deixa sem ânimo.