Que tal uma cidade por cujas ruas você pudesse caminhar debaixo de mangueiras, jambeiros, jaqueiras, goiabeiras e outras frutas mais? E...

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Que tal uma cidade por cujas ruas você pudesse caminhar debaixo de mangueiras, jambeiros, jaqueiras, goiabeiras e outras frutas mais? Essas árvores serviriam a todos os propósitos: ampliar a mancha verde em benefício da pureza do ar e do clima e garantir a sombra típica das copas ornamentais com a vantagem da oferta de frutos aos passantes, dos mais pobres aos mais remediados.

De: creusapires@ceu Para: cicerolucena@br Cícero, daqui de cima dá pra ver muita coisa que não conseguimos notar aí embaix...

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De: creusapires@ceu Para: cicerolucena@br

Cícero, daqui de cima dá pra ver muita coisa que não conseguimos notar aí embaixo, porque sempre vivemos com pressa, com tantas preocupações que somente quando chegamos aqui notamos que na maior parte do tempo foi tempo perdido. E o tempo que Deus nos destina aí na terra não pode ser reposto.

      A DOR NA POESIA Poetas escrevinham sobre ela, Confessam, não é dama prazerosa; Nem tampouco mais bela flor formosa, ...

 
 
 
A DOR NA POESIA
Poetas escrevinham sobre ela, Confessam, não é dama prazerosa; Nem tampouco mais bela flor formosa, Que se pinte em singela aquarela. Propaga-se por mares, tal procela, Bocarra de quimera pavorosa, Descrita oralmente numa prosa, É urro numa cena de novela. Fustiga a toda hora, é ventania, Devora com seus dentes a poesia, É ‘musa’ muito triste de se amar.

Madrugada fria, noite de chuva mansa, devagar o dia entra neblinoso pela janela da sala. É muito cedo. Hora de silêncio puro, a cidad...

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Madrugada fria, noite de chuva mansa, devagar o dia entra neblinoso pela janela da sala. É muito cedo. Hora de silêncio puro, a cidade ainda dorme. Meus pensamentos conversam entre si no tom de acordar o sono. Sinto em presença ausente os distantes, onde pousaram os que voaram deixando suas histórias vibrando em mim. Fotos avivam o filme da memória. Tudo é nada no vazio da ausência não preenchida.

O nome de batismo recebido por Platão, quando nasceu em 428 a.C., foi Arístocles. Poderíamos até dizer, em decorrência do nome que nos ...

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O nome de batismo recebido por Platão, quando nasceu em 428 a.C., foi Arístocles. Poderíamos até dizer, em decorrência do nome que nos soa estranho, “pobre Arístocles!”. No entanto, Platão já despontou sólido, forte. Sua ascendência era nobre: seu pai, Aristo, era descendente de Codro, o último rei de Atenas; sua mãe vinha da linhagem de Sólon, notável legislador ateniense.

… depois de sete anos sem querer saber de cinema Em 2002 ou 3, quando eu saía da estreia do cearense “Lua Cambará”, no Festival ...

… depois de sete anos sem querer saber de cinema

Em 2002 ou 3, quando eu saía da estreia do cearense “Lua Cambará”, no Festival de Cinema de Brasília, o cineasta paraibano Manfredo Caldas me alcançou no meio da multidão, segurou-me pelo cotovelo e disse:

- Mai tu tá muito ruim no filme!

E eu:

- Também acho.

Sempre termino o percurso pelos arredores do Convento São Francisco com a alma aliviada. Naquele conjunto arquitetônico de estilo ba...

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Sempre termino o percurso pelos arredores do Convento São Francisco com a alma aliviada. Naquele conjunto arquitetônico de estilo barroco composto de capelas exuberantes, largos corredores, portas e janelas abertas ao horizonte a nos envolver na silenciosa mística emanada do lugar, recolho paz no seu silêncio.

A que ponto chegou o clamor angustiado do nosso povo!... Há poucos minutos, passou aqui em frente a minha casa uma procissão, uma car...

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A que ponto chegou o clamor angustiado do nosso povo!...

Há poucos minutos, passou aqui em frente a minha casa uma procissão, uma carreata silenciosa (lenta), organizada pelo pároco do bairro onde moro. Eram muitos automóveis!

De um carro de som, ouvia-se solos de uma guitarra quase murmurando, como que solidária aos pedidos veementes de fé, de angústia e de oração dos participantes transeuntes.

Era quase passatempo tamborilar os dedos de forma brincante pelo lápis. Depois de um pensar instantâneo, a mão começava a desenhar...

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Era quase passatempo tamborilar os dedos de forma brincante pelo lápis. Depois de um pensar instantâneo, a mão começava a desenhar no papel os sabores, os cheiros, os desejos, os futuros, a vida, até a morte. Letras, curvas, tinta e papel ganhavam formas imaginariamente definidas. E dali surgiam casas, carros, árvores, mãos, olhos, uma infinidade de pensamentos que soltavam para a superfície do branco mundo.

O que não falta são livros que buscam ensinar a escrever. Não ensinam. Os melhores dão algumas boas dicas e têm a honestidade de mand...

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O que não falta são livros que buscam ensinar a escrever. Não ensinam. Os melhores dão algumas boas dicas e têm a honestidade de mandar o leitor fechá-los e praticar. Assim como samba não se aprende na escola, a escrita não se aprende em guias de redação. Isso não quer dizer que não sejam úteis. Uma das vantagens deles é trazer depoimentos de escritores e mostrar como os problemas de quem se propõe a escrever são comuns a todos, o que serve de estímulo aos iniciantes.

Bovarismo é desejar uma condição que não é sua, imaginar para si uma personalidade que não possui, mas que pode acabar com sua vida. É ...

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Bovarismo é desejar uma condição que não é sua, imaginar para si uma personalidade que não possui, mas que pode acabar com sua vida. É uma tendência que certos indivíduos apresentam de fugir da realidade, imaginando uma condição de vida irreal, passando a agir como se tivessem, ao mesmo tempo, tentando convencer os outros das possibilidades de sua imaginação. Pode ser caracterizada como uma forma de mitomania. Essa designação vem do protótipo da insatisfação conjugal da protagonista Emma Bovary, no romance Madame Bovary.

Marla... Era assim que suas irmãs a chamavam. Marla... Embora seu nome fosse Marlene. Mas, para mim, era simplesmente tia Marla. Quand...

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Marla... Era assim que suas irmãs a chamavam. Marla... Embora seu nome fosse Marlene. Mas, para mim, era simplesmente tia Marla. Quando eu era menino, ficava muitas vezes olhando para ela, admirando sua beleza... Eu ficava fascinado com a semelhança de seu rosto com o de minha mãe. E a voz , tão parecida com a de Mamãe, que às vezes me confundia...

O professor José Jackson Carneiro de Carvalho construiu um espaço que é só seu na literatura paraibana e – por que não? – brasile...

Dostoievski literatura paraibana ensaio
O professor José Jackson Carneiro de Carvalho construiu um espaço que é só seu na literatura paraibana e – por que não? – brasileira. Que eu saiba, só ele, entre nós, logrou estudar, com a profundidade devida, três autores fundamentais das letras universais, Albert Camus, André Malraux e Fiódor Dostoiévski, escrevendo e publicando sobre cada um deles um livro específico, com a qualidade capaz de inscrevê-los, com destaque, na fortuna crítica dos respectivos escritores. Não é pouca coisa, do ponto de vista intelectual, nem aqui, na aldeia, nem em qualquer lugar do mundo.

Paraíba, 14 de agosto de 2022

Paraíba, 14 de agosto de 2022

Foi numa tarde de primavera que as vi pela primeira vez. Vermelhas, amarelas, roxas, brancas e laranjas, estendiam-se como aquarela até...

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Foi numa tarde de primavera que as vi pela primeira vez. Vermelhas, amarelas, roxas, brancas e laranjas, estendiam-se como aquarela até onde a vista alcançava, ao longo da baía de San Francisco.

Acordei pensando nele… será o meu primeiro Dia dos Pais sem o meu "velho"! Corri pra registrar, e só então vieram-me as pr...

Acordei pensando nele… será o meu primeiro Dia dos Pais sem o meu "velho"! Corri pra registrar, e só então vieram-me as primeiras lágrimas, ausentes na última despedida. Continuava intrigado, por que será que não chorei, como meus inúmeros irmãos?

Dormi com esta pergunta ecoando ao inconsciente. De manhã, junto com o sol, veio, afinal, a desejada explicação: fui muito feliz com meu pai, recebi dele o amor que, pródigo, distribuiu com fartura. Desfrutei de seus conselhos, admirei-o, imitei-o com orgulho, pude ser seu amigo e, por fim, recebi a grata honraria de ser seu cuidador.