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Sobre Gratuliano Brito
Olhando o espelho retrovisor de tempos vividos, muitas vezes nos surpreendemos com lembranças que nos contam acontecimentos até de muit...
Universitários em Guerra
Nos investíamos das muitas indulgências que a cidade nos concedia, como universitários.
No último dia 10 de novembro, dentro da Programação do 2° Festival de Arte e Cultura do IFPB , a referida instituição, por meio da Pró-...
Memórias, homenagens e reconhecimentos
Para definir a situação atual do País, recordo uma assertiva de Dom Marcelo Carvalheira de vinte anos atrás, quando nosso arcebispo em...
Em defesa dos esquecidos
As palavras “guerra civil” sempre estiveram na minha mente como algo pernicioso à dignidade humana, porque escutava meu pai conversar sobre isso quando me colocava perto do balcão na bodega, em nossa casa.
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Uma cigana alemã
Em meio à caminhada pela estrada canavieira recheada de chuva intermitente, risos aventureiros e lama contínua, percebo que é um novemb...
Em novembro
Há muito tempo não uso relógio. E fui daqueles que tinha relógios coloridos que mudava de pulseira como quem muda de horas. Depois, vi...
O tempo está dentro de nós
Depois, vi que o tempo está dentro de nós. Assim como o sol que viola a janela de meu quarto nessa manhã virótica.
Às vezes, acho que meu relógio do tempo está sempre sendo reiniciado do zero. Como em um filme a que assisti (já faz tempo) e não lembro o nome.
Outro dia coloquei aqui um poema de Cassiano Ricardo sobre o relógio, poema este que gosto muito:
Diante de coisa tão doida Conservemo-nos serenos Cada minuto da vida Nunca é mais, é sempre menos Ser é apenas uma face Do não ser, e não do ser Desde o instante em que se nasce Já se começa a morrer
Curioso que nunca fui muito de venerar relógios.
Quando era guri, queria ter um, porque a gente sempre quer o mundo adulto quando estamos pequenos.
Então, como os demais meninos da rua, costumava desenhar a lápis um relógio em meu braço esquerdo (aliás, nunca entendi porque só se usava relógio em braço esquerdo).
Depois, viraram moda uns relógios coloridos, com as pulseiras de cores diferentes.
A gente comprava um e ele vinha com várias pulseiras de cores diferentes, lembram?
Eu tive um bicho desses, não sei se foi comprado ou se ganhei. Parei de usar relógio depois que comprei meu primeiro celular.
Àquela altura, já usava o relógio apenas para ver as horas, e não mais para enfeitar minha vaidade.
Como o celular já tem a hora na tela, preferi parar de usar relógio. Mas o poema de Cassiano Ricardo guardo comigo até hoje.
Afinal, “cada minuto da vida/ nunca é mais, é sempre menos”...
Segundo pesquisa recente feita na Inglaterra, os homens preferem o futebol ao sexo. Entre pernas cabeludas correndo num campo e pernas ...
Homens e futebol
Isso deixa intrigados sexólogos, antropólogos e terapeutas comportamentais, que não conseguem entender como se pode trocar, por exemplo, um orgasmo por um grito de gol. Ou os pequenos carinhos
Reconstruir uma história familiar pode levar décadas, ou milênios como alguns povos estão tentando em regiões nem tão inóspitas como im...
Sociabilidade contemporânea
Ontem pela manhã descubro que brotaram cogumelos na plantinha do meu banheiro. À tarde se abriram gloriosos, à noite começaram a murch...
O que me assusta é não conseguir sentir a velhice
Paradoxo da vida. Amanhecer e morrer durante vinte e quatro horas.
Conosco não é diferente. Cheguei aos sessenta anos questionando o que virá. Estou no penúltimo ciclo do cogumelo… começando a murchar?
Ela nunca tocara tão bem até então. O artista sabe. Sempre. Quando se sai bem e quando não. Quando se sai mais ou menos também. O artis...
O silêncio de Iago
Uma amiga, viúva dos seus quase 70 anos, com dois filhos já casados e resolvidos financeiramente, vivia se queixando dos inúmeros probl...
Santo remédio
Queria Queria escrever poesia Mas não posso Entregue aos fatos E a razão Queria o verbo sem condicional Mas não po...
Onde a vida germina quente
Queria escrever poesia Mas não posso Entregue aos fatos E a razão Queria o verbo sem condicional Mas não posso Palavras passam fluidas As mãos não as alcançam Retornam ao coração Queria o querer sem queria Mas não posso Há pressa e prazo A ritmar compasso O tempo é duro É de prestar atenção Queria , Oh como queria ! Largou-se de mim a poesia Cumpro regras, venço o tempo Sufoco em mim a emoção Há um medo de dizer o bem dito A coerção que limita A liberdade de expressão Há algozes No caminho das palavras Seres escuros Sombras tenebrosas Há um oco O recolho ao centro do ovo Onde a vida germina quente Sob a casca branca e fina Na força da oração Só a fé a apontar destino No incontrolável desatino Do caos em turbilhão Queria escrever poesia Mas não posso Há sol Atrás das nuvens escuras Do medo e da coerção Há sol, mas não posso Nem ouço pássaros Mataram as flores Com pés de manadas de burros Sem rédeas e sem direção Há um grito mudo no ar Há reza forte nos lábios De mães e pais Crianças sem esperança Há fome de amor No prédio que chega ao céu E na favela que deságua na lama Queria este querer que asfixia O claro a vencer a treva escura As cores livres ufanando O espaço O tom humano de um abraço A leveza de um traço A boa semente da verdade Que a paz vibrasse agora No coração da humanidade Queria Não são os homens Os que se ostentam ali Estes já se mostraram torpes Embriagados pelos prazeres Que o poder outorga E a ilusão confere O que tolhe é o ha de vir A loucura a olhos vistos O circo com as jaulas abertas O leão nas ruas sem domador Em tempo real o picadeiro A mostra de feras iradas No púlpito da TV aberta Fechando em dor A desalma do futuro E o povo ri feito criança orfã Quando ganha um pirulito É só mais um programa da televisão Só mais um furo Há impotência na pseudo escolha Inocentes , distraídos Com a carcaça da vez Não há escolha Há um restolho de ossos Em travessa de filé mignon Desconheço aqueles homens Que se ostentam irados Propostas de superfície São brados que explodem No imaginário montado Falta brio Corações de gelo Extertores de frio Inferno na primavera do inverno Mulheres com voz de homens Perderam o poder da intuição Assisto Rio também Uma risada nervosa Mas o circo não é imaginário Nas palavras vãs Não há perfume de rosa Nem um Cícero a ocupar o tablado Quero crer no atrás da curva Seguir em paz meu caminho Mas Não posso escrever poesia Não posso
Quero falar de abelhas Quero falar de vida Abelhinhas Broches delicados Em rolê Entre pistilos Metamorfoseando pólen Criando flores Perpetuando a vida Quero falar de vida Urge falar de vida Plantar e colher Um mundo são
Em novembro de 1809, quando Henry Koster, atendendo recomendação médica, deixou Liverpool com destino ao Recife, ele somente pensava em...
Um olhar inglês para a Paraíba no início do século 19
O entretempo de 1912 a 1930 se caracteriza como período em que mais fortemente prepondera a influência do paraibano de Umbuzeiro, Epitá...
Porto do Sanhauá: 'Um Porto Político'
A esta altura, a Paraíba, mesmo diante de fortes divergências políticas locais, e de fatores geoambientais limitantes, com relação à construção de um porto no Sanhauá, a ainda não tão pujante capital paraibana aspirou a que o então pequeno Porto do Varadouro, ou Porto do Capim, ganhasse mais envergadura e se estabelecesse como porto competitivo, com maior capacidade de desempenho e com potencial para estimular