Mostrando postagens com marcador Modesto Siebra Coelho. Mostrar todas as postagens

É preciso equilíbrio, coragem e fígado para abordar tema como o que se seguirá, pois ele assombra! Mas, é preciso falar! E é tão óbvia ...

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É preciso equilíbrio, coragem e fígado para abordar tema como o que se seguirá, pois ele assombra! Mas, é preciso falar! E é tão óbvia essa necessidade que não tentarei explicar.

Contudo, ninguém além do prolífero escritor e ativista judeu-romeno Ellie Wiesel (Romênia 1928 - Nova York 2016), sobrevivente de Buchenwald e prêmio Nobel da Paz de 1986, teria tanta legitimidade para oferecer argumento mais convincente:

Quando o assunto é a cidade, o bairro ou o rio Jaguaribe da sua infância, a testa se crispa e os olhos brilham como outrora. Hoje, ...

Quando o assunto é a cidade, o bairro ou o rio Jaguaribe da sua infância, a testa se crispa e os olhos brilham como outrora. Hoje, aos 90 anos, bem vividos e recém-completados, motivo pelo qual o estamos homenageando, a memória que guarda da história e da vida no bairro é rica e fascina a quem o ouve falar sobre estes temas. Nos anos de 1940-50, por razões várias, a praia era coisa distante e aonde a meninada mais simples somente ia, vez ou outra, e sob as asas dos pais. O lazer era ali mesmo e o que o Jaguaribe oferecia.

Certa feita, uma professora do ensino médio que fazia sua formação superior por um programa especial que codirigi, de nome que, indescu...

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Certa feita, uma professora do ensino médio que fazia sua formação superior por um programa especial que codirigi, de nome que, indesculpavelmente, já não me recordo, coordenando atividades escolares no colégio público em que trabalhava, a título de estimular seus alunos a aprenderem a escrever, promoveu um concurso de textos, aberto, do qual, além dos alunos da sua instituição, concorreriam convidados de quaisquer níveis de escolaridade.

No momento em que a ONU, com base em estudos científicos recentes, faz alertas incisivos sobre altas temperaturas que o mundo enfrentar...

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No momento em que a ONU, com base em estudos científicos recentes, faz alertas incisivos sobre altas temperaturas que o mundo enfrentará no período 2023-2027, devido ao impacto dos gases do efeito estufa e do fenômeno meteorológico El Niño, a nós urbanos cabem reflexões e questionamentos sobre o ambiente em que vivemos; sobre a região e a cidade em que habitamos.

Hoje, começo a escrever tocado por certa nostalgia. Com este texto, estou dando continuidade a uma prática que venho cultivando há ano...

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Hoje, começo a escrever tocado por certa nostalgia. Com este texto, estou dando continuidade a uma prática que venho cultivando há anos: a de emitir breves comentários pessoais, em torno de livros que escritores amigos me enviam, por deferência que não sei se mereço.

Um pouco mais de tempo e João Pessoa chegará a tal patamar de população, inevitavelmente. Mesmo as projeções mais pessimistas indicam ...

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Um pouco mais de tempo e João Pessoa chegará a tal patamar de população, inevitavelmente. Mesmo as projeções mais pessimistas indicam que isto poderá ocorrer até 2030.

— O que esta dimensão representa? — Um alerta! — Uma luz amarela que se acende para lembrar que é hora de voltar olhares para prospecções em torno das dificuldades e necessidades que esta “vecchia signora”, hoje transformada, expandida e conurbada (com Cabedelo, Santa Rita, Bayeux e Conde) deverá enfrentar no seu porvir, dado que juntas já formam aglomerado urbano único.

Ontem (29/01) foi aniversário de morte de Nam Paik . A arte lhe deve tributos. Este é um texto que deveria ser escrito em linguagem rec...

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Ontem (29/01) foi aniversário de morte de Nam Paik. A arte lhe deve tributos. Este é um texto que deveria ser escrito em linguagem recheada de adjetivos e, quem sabe, até em letras garrafais, só para homenageá-lo.

Não se pode silenciar ou ser econômico diante de personagem de tamanha envergadura nas artes plásticas e visuais, como foi Nam Paik. Sempre muito polêmico, dominou estas artes com soberba e revolucionária criatividade.

Ah! Como é maravilhoso sonhar! Os sonhos, às vezes, dão certo e acabam virando realidade, ou quase. Em 2006, em companhia do saudoso pr...

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Ah! Como é maravilhoso sonhar! Os sonhos, às vezes, dão certo e acabam virando realidade, ou quase. Em 2006, em companhia do saudoso professor Antônio de Souza Sobrinho, ex-Reitor da UFPB, por motivos profissionais, fomos à cidade de Dona Inês, no Curimataú Oriental paraibano.

Em tese, uma cidade nasce, cresce, expande-se sobre a paisagem próxima, desenvolve-se e “faz a região”, como dizem os geógrafos. No en...

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Em tese, uma cidade nasce, cresce, expande-se sobre a paisagem próxima, desenvolve-se e “faz a região”, como dizem os geógrafos. No entanto, no processo de sua própria formação, a cidade recebe influxos da “região”. Dá-se processo de mão dupla: a “cidade fazendo a região” e a região contribuindo para o desenvolvimento da cidade. Em suma, os papéis da primeira são prevalentes: a cidade comanda e a região é a comandada.

Por muito tempo, a Geografia Clássica, por seus cânones e defensores, considerou que concepções formulados por eminentes pensadores, a região que fazia a cidade. A ruptura desses pressupostos se dá a partir de estudos dos quais a Geografia Moderna ou Nova Geografia se serviu.

Como é que não contemporâneos resolviam o problema do consumo de água potável, e do uso doméstico em geral, no porvir de nossas cidades...

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Como é que não contemporâneos resolviam o problema do consumo de água potável, e do uso doméstico em geral, no porvir de nossas cidades coloniais e até mesmo em tempos republicanos não tão distantes, pois água encanada e esgoto são serviços essenciais que as governanças públicas envolvidas têm retardado, em demasia, a oferecer com suficiência e qualidade, às populações aglomeradas de todas as classes sociais e cidades do país? Pela magnitude do problema, meu questionamento poderia ser absurdo, mas não é.

Uma insônia inquietante me atormentava naquela noite. Eu não conseguia dormir. O galo já cantara uma vez e, como um noctívago, saí a ca...

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Uma insônia inquietante me atormentava naquela noite. Eu não conseguia dormir. O galo já cantara uma vez e, como um noctívago, saí a caminhar pelas ruas vazias da pequena cidade, sem rumo, procurando espantar o que me afligia.

No alto, uma meia lua chorosa se escondia entre nuvens semicarregadas que pareciam estáticas, deixando tudo em tênue penumbra.

Vaguei sem medo pelo Centro e o Varadouro. Aqui e acolá, caíam finos chuviscos, mas não me importei. Tivera o cuidado de levar comigo

Foi longo, porém agradável, o período de estudos e coleta de informações, em vista da realização do documentário Meu Jaguaribe, filme ...

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Foi longo, porém agradável, o período de estudos e coleta de informações, em vista da realização do documentário Meu Jaguaribe, filme roteirizado e dirigido pelo cineasta Mirabeau Dias, lançado no auditório do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, no bairro do Jaguaribe, no dia 25 de outubro 2017, do qual me sinto orgulhoso de ter sido um dos participantes.

Tais estudos me levaram a “tietar” ainda mais o bairro onde minha vida profissional teve início, em João Pessoa. Nos idos de 1975-76,

Nada mais incentivador para a elaboração deste ensaio do que a leitura prévia de alguns comentários soltos com os quais me deparei, e u...

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Nada mais incentivador para a elaboração deste ensaio do que a leitura prévia de alguns comentários soltos com os quais me deparei, e uma olhadela num dos quadros atribuídos ao paisagista neerlandês Frans Post (1612-1680), que comporia o acervo do Museu do Louvre, em Paris.

O quadro de Post, do período de sua permanência no Brasil (1637-1644), como membro de comitiva trazida a Pernambuco por Mauricio de Nassau, revela-se tão identificável e autêntico que, mesmo sem assinatura, data ou certificação, como ocorre, ficaria difícil se aceitar de que não são paisagens das margens do Sanhauá-Paraíba, as que ali estão retratadas. Por ângulos e perspectivas, não há quem diga que a panorâmica captada pelo artista, para retratação em tela, não tenha tido a tenda armada nos quintais do Convento de São Francisco, no alto da colina.

De maneira inquestionável ali se constata abandono, invasão e deterioração, desfigurando imagens e representações ainda presentes n...

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De maneira inquestionável ali se constata abandono, invasão e deterioração, desfigurando imagens e representações ainda presentes no imaginário de quem a conheceu de perto, em tempos não tão distantes.

Refiro-me a uma dada balaustrada que em tempos passados tinha o condão de mostrar a quem a visitava, ou por lá transitava, a beleza singela que transmitia e a oportunidade de admiração de certo verde infindo, proporcionado pela vastidão da várzea canavieira e franjas de matas ainda compactas que ocupavam terras do Baixo Paraíba que desse local se podiam avistar.

O entretempo de 1912 a 1930 se caracteriza como período em que mais fortemente prepondera a influência do paraibano de Umbuzeiro, Epitá...

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O entretempo de 1912 a 1930 se caracteriza como período em que mais fortemente prepondera a influência do paraibano de Umbuzeiro, Epitácio Pessoa, na cena política nacional, primeiro como Senador, depois como Presidente da República e, em seguida, como Senador outra vez.

A esta altura, a Paraíba, mesmo diante de fortes divergências políticas locais, e de fatores geoambientais limitantes, com relação à construção de um porto no Sanhauá, a ainda não tão pujante capital paraibana aspirou a que o então pequeno Porto do Varadouro, ou Porto do Capim, ganhasse mais envergadura e se estabelecesse como porto competitivo, com maior capacidade de desempenho e com potencial para estimular

À historiadora Natércia Suassuna ( in memoriam ) As ideias e os livros são assim: mexem com as pessoas. Não tenho dúvidas de que e...

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À historiadora Natércia Suassuna (in memoriam)

As ideias e os livros são assim: mexem com as pessoas. Não tenho dúvidas de que este é um dos seus papéis primordiais. E será sempre desta forma! Acredito que onde se semear uma ideia, onde surgir um livro, os indivíduos se inquietarão.

O Jubileu de Ouro do Jardim Glória, João Pessoa, 2006, Edições Sal e Terra, 650 p. Il., é um livro da Historiadora Natércia Suassuna (1941-2021) que, de maneira leve, despretensiosa e com vasta iconografia, cumpre este desiderato.

Em caminhadas recentes pelos calçadões de Tambaú, netos curiosos e questionadores, vindos de longe, instigaram-me a fazer-lhes breve re...

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Em caminhadas recentes pelos calçadões de Tambaú, netos curiosos e questionadores, vindos de longe, instigaram-me a fazer-lhes breve relato sobre como se deu a expansão da cidade, do Varadouro para a orla marítima. Em tom de quase suspense, para aumentar seu interesse, contei-lhes, de saída, que esta expansão se deu em processo de evolução urbana que demorou cerca de dois séculos e que a cidade viveu suas primeiras décadas sob a ameaça de indígenas que lutavam por seu território e de corsários à procura de riquezas.