Paraíba, 27 de novembro de 2022
Pauta Cultural (Ep. 65)
Quando a escritora inglesa Virginia Woolf foi convidada para dar uma palestra sobre As Mulheres e a Ficção, ela sentou-se à margem de ...
Mulheres que correm com as Letras
NO AR, O GOL DE VOLEIO Poderia dizer que foi um traçado, ou um desenho que fez no ar, na amplidão de Catar. Não. Foi...
Pintou um arco-íris, um gol de voleio
Poderia dizer que foi um traçado, ou um desenho que fez no ar, na amplidão de Catar. Não. Foi só um gol de voleio no ar, numa acrobacia da nave dos pés
No início de agosto de 1896, o jornal “A União” noticiava a nomeação de João Pereira de Castro Pinto como professor da cadeira de Socio...
O retorno de um professor à sala de aula
De maneira inquestionável ali se constata abandono, invasão e deterioração, desfigurando imagens e representações ainda presentes n...
''Por favor, salvem a balaustrada das Trincheiras''

Refiro-me a uma dada balaustrada que em tempos passados tinha o condão de mostrar a quem a visitava, ou por lá transitava, a beleza singela que transmitia e a oportunidade de admiração de certo verde infindo, proporcionado pela vastidão da várzea canavieira e franjas de matas ainda compactas que ocupavam terras do Baixo Paraíba que desse local se podiam avistar.
Insubmissão Ancestral Não adianta me calar a boca pois a alma é água, brisa e vento. Não adianta me arrancar os olhos...
A África de hoje não se cala
Não adianta me calar a boca pois a alma é água, brisa e vento. Não adianta me arrancar os olhos ver, enxergar, expiar e reparar é coisa de dentro. Não adianta me cortar as mãos para meu povo nação sigo sendo quase tudo, de fé e de sentimento. Não adianta me cerrar os pés minha chama viva corre em pensamento. Não adianta me decepar cabeça Outras iguais a minha seguirão Obstinadas a por nós lutar. Não adianta me atear fogo as labaredas que há em nós são salamandras a bailar. O que, de verdade, adianta; seu branco e ex feitor, é o senhor se lembrar, de que vossa conta é alta, e estou aqui para cobrar! Não adianta xingar, nem gritar, nem fingir. Sua hora já passou e a nossa é de Resistir. De falar, olhar, amar, (re)construir, coisa e tal. Hora de Libertar Ecos de Insubmissão Ancestral!
Eis-me aqui, plena de melanina. Porque assim me fez quem me criou, o/a criador(a). Alcunharam-me de negra. Propositadamente, criaram um apartheid sócio histórico e cultural, mas sigo irrompendo-o, porque a África de hoje não se cala, fala! Minha voz tem sons de outrora, melodias robustas que acalentam sonhos. Ecos que rasgam a tez do preconceito e abrem caminhos de Liberdade, Igualdade, Equidade e Justiça. Minha vida tem caneta própria de reeditar destinos. Minha história fundamenta-se na “pedra angular” da Ancestralidade. Por isso, no mundo novo que fundo; com palavras, amor e arte, Sou Rainha de mim em toda parte. Sem esperar na janela, Sou a Rainha da Nova Era. E na pátria da existência; que canta, escreve, luta e encanta, e nos palácios onde os meus deixaram egrégoras, Sou a Rainha da Esperança, essa Nova Primavera.
À Lugones. Quando uma Mu-lher se cala,... Por "providência" ou fatalidade da existência, é um novo cha-ma-men-to. O universo faz uma nova Con-vo-ca-ção... O grande círculo é (re)feito em volta de uma nova fogueira que, oportunamente, se (re)acende(rá) em algum lugar do u-ni-ver-so. E após a dança, à grande Deusa-Mãe, em um grito u-nís-so-no, reconstitui-se novas vozes a partir daquela que se fez Partícula Universal e multiplicou-se… Isso acontece porque, Voz de Mulher, é Con-vo-ca-ção Ancestral,... É Trans-mu-ta-ção Evocativa: E a carne se fez V-o-z "e habitou entre nós",... E a voz fez-se His-tó-ria e viverá em Nós!
Nascida sob o signo do des(cabimento) ratifico que não caibo: nas caixas, malas, nas regras, normas, nos ditames sociais e atemporais da hipocrisia reportadas, nessas, tantas vias: da família da cidade da sociedade da menos valia que, descaradamente, forjam as alegrias das gentes que é maioria da/na nação! Nos amores per(feitos) (des)feitos na maresia do machismo, do racismo, da LGBTQIAPN+ Fobia vigilante senhorial da heteronormatividade que em meu peito, não tem jeito: dói, arde e também não cabe! Descabida como humana, plena, e de querelas, caibo é na vida bela: na imaginação, mas, na fantasia, ilusionada, não quero caber não! Caibo é: na autoria, na alegria na poesia na emoção! Mas, só na vida sem vida é que faço questão e não caibo não, prestimoso, coração! Sou mesmo assim, (des)-ca-bi-da, com ou sem razão, queira você ou NÃO!
Há quem não se dê conta de que um texto, literário ou não, é algo fabricado, urdido, constituído de uma estrutura bem montada. ...
O texto e suas teceduras
MAIÚSCULAS LETRAS DE MIM Sou maiúsculas letras de mim Num eterno diálogo entre o existir e o ser... EU! Feita ...
Nos braços do vento
Esta é a incrível e verdadeira história de Jho Low, um malaio que com menos de 30 anos conseguiu enganar o sistema finance...
Jho Low
Não estranhem. A história aconteceu, assim mesmo, no tempo em que os bichos falavam. Ninguém dava conta de Galileu, a onça. A indiazinh...
A bênção, Ziraldo
Vocês já notaram que a gente não sabe mais como se comportar diante de situações que, até pouco tempo, eram muito simples? ...
E nós, aonde vamos?
Por exemplo, quando a gente se interessava por uma pessoa, tipo, ficar a fim de namorar se rolasse um clima (desculpem pela referência a uma situação recentemente indigesta), a gente paquerava, iniciava uma conversa, e, se o "clima" fosse mútuo, o namoro começava. As pessoas próximas traziam as informações de segurança. Namorador, cachaceiro, gente boa, moça de família, complicada e perfeitinha, falada... Essa era a rede social disponível. Agora a gente precisa oficializar o relacionamento para pessoas que nem nos conhecem, os chamados seguidores das redes sociais, e exigir a senha para ver quem está curtindo as fotos dos nossos recém-amores. Controle tipo "o grande irmão". Para quem não sabe o que é isso, vide 1984, de George Orwell.
Sempre tive no jornal o livro que nunca fecha, que se abre a cada rasgo no cotidiano. Nesse do domingo passado sublinhei de vermelho e...
As diferenças
SONETOS NOUTRA VIDA Noutra vida escrevi uns versos puros, Tão singelos, amáveis, verdejantes; As rimas em estrofes sus...
Vou morrer de manhã, abra as janelas
Vi o soldado paraguaio avançar em minha direção em passo de ganso, baioneta em riste, eu imóvel, as mãos pra trás, segurando o boné, ...
Eu vi
Aquela senhora se dirigia seguida por seus filhos, a um terreno próximo de casa. Lugar coberto de pequenas árvores. Ali, ela escolhia u...
O piso cheirando a cera
Chegando em casa, assentava o galho dentro de um pesado jarro, de forma que ficasse bem firme. Começava a cobri-lo cuidadosamente e de forma homogênea cada galho com algodão, até que tudo ficasse bem branquinho. Trabalho minucioso que exigia paciência,
"O canto de Gal é cura, mas também é curadoria de toda a expressão da música popular brasileira". Carlinhos Brown "S...
Gal Costa: Doce, Bárbara, Divina & Maravilhosa
Carlinhos Brown
Tom Zé