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Reler é sempre melhor que ler. Se algum livro, na sua leitura, lhe deu prazer, deixe passar algum tempo e retorne a ele. Você verá que a segunda leitura será ainda mais prazerosa, tendo em vista a expansão de seu horizonte de expectativa nesse intervalo. Faço sempre esse retorno com os livros de minha predileção. No momento, intercalando com outros livros, estou retornando a A grande história da evolução: na trilha dos nossos ancestrais, de Richard Dawkins (Companhia das Letras, 2009, tradução de Laura Teixeira Motta).

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Acredito que na história da escrita, Dawkins tem o seu lugar garantido como um grande pensador, ainda que numa área que parece insípida para muitos – a biologia evolutiva. Não tem nada de insípido, no entanto. Dawkins escreve não só com conhecimento de causa, mas sobretudo com paixão pelo assunto, procurando ser didático, fazendo de seu texto um prazer para quem o lê, cujo resultado é uma maior recepção do que escreve até por leigos no assunto, o que é o meu caso, que se deliciam com o modo de ele expor o tema. Não é por acaso que Dawkins se tornou o primeiro titular da cátedra de Compreensão Pública da Ciência, em Oxford, criada no ano de 1995. Do mesmo modo, afirmo, sem medo de errar, que A grande história da evolução é um dos cem mais influentes livros jamais escritos no mundo. Quem ainda não o leu, não sabe o que está perdendo.

A minha primeira leitura dessa obra já tem sete anos. O retorno agora, com outros olhos, me fez ver alguns detalhes que, à época, me passaram despercebidos, por total desconhecimento do assunto. Depois da leitura de oito livros de Dawkins, comecei a enxergar melhor o que ele tem para dizer, admirando-me com um conhecimento que deveria estar na escola básica. Enquanto batemos cabeça com uma escola que teima em ser modernosa, deixamos de lado um saber que nos faria entender melhor quem somos, o que poderia nos aproximar um dos outros e nos ver com mais respeito.

Ateu confesso, darwinista ferrenho, Richard Dawkins é chamado por seus detratores de “o bulldog de Darwin”. No entanto, o que ele nos diz abre a nossa compreensão para a nossa origem como seres vivos, não só como seres humanos. A grande história da evolução é um livro singular, por várias razões, a estilística inclusive, mas bastaria uma para encantar o leitor: tendo em vista que a ciência já revelou como aconteceu a evolução da espécie, Dawkins resolve contar a história da frente para trás. Assim, ele parte para uma peregrinação em direção ao passado, do Homo sapiens às Eubactérias. Que cientista compararia, por exemplo, essa visão ao contrário da evolução com os Contos de Canterbury, de Chaucer, tomando, a exemplo do inglês, os seus peregrinos – todas as espécies de seres vivo –, narrando contos, “enquanto se dirigem à sua Cantuária, que é a origem da vida”? (p. 28).

Algumas coisas são fundamentais, para a compreensão de quem somos, nessa aventura inédita que Dawkins nos apresenta. A primeira delas é que o universo não se formou para que nós existíssemos. O que devemos ter em mente é a existência de um universo com a capacidade de nos produzir. O homem, portanto, não é um ser teleológico. Em outras palavras, se o universo foi capaz de nos produzir, não significa que houve uma deliberação para nos produzir. Como a evolução biológica não tem descendência privilegiada ou fim projetado, somos todos seres provisórios, em constante evolução, com o perigo de desaparecermos, e sem, sobretudo, qualquer privilégio hierárquico sobre os demais seres vivos, vez que “um ser vivo está sempre às voltas com a sobrevivência em seu próprio meio” (p. 22). Enfim, somos seres sempre inacabados.

Aproveitamos a oportunidade, acompanhando o raciocínio de Dawkins, para explicar que evoluir não significa, necessariamente, melhorar. Evoluir significa que houve uma volta para fora, que algo se expandiu para além do que era e, dentro da lógica da evolução, não foi o melhor ou mais bonito ou o mais forte, mas aquele que melhor se adaptou ao ambiente e conseguiu passar o seu gene adiante. Saiu de si e expandiu-se para outra geração. Um dos exemplos de Dawkins é excelente para ilustrar e destruir nossa ilusão de melhores entre todos os seres vivos: os andorinhões conseguem se manter no ar por um ano ininterrupto e copular em pleno voo. Eles, se pudessem refletir, falar e escrever se considerariam, com certeza, o ápice do progresso evolutivo... (p. 23).

Por outro lado, as estrelas foram responsáveis pela nossa existência, pois “sem estrelas não existiriam átomos mais pesados do que o lítio na tabela periódica – e uma química só com três elementos é pobre demais para sustentar a vida” (p. 18-19). O que nos leva a tomar como exata a reflexão de Alexei Filippenko, astrofísico da Universidade de Berkeley, Califórnia, quando diz que se recuarmos o máximo possível o nosso DNA, encontraremos as estrelas na nossa origem. Este é o primeiro passo para que acreditemos que os alienígenas existem...

Este retroceder de que fala Filippenko e que Dawkins faz, tendo como limite a vida na Terra, é necessário, porque assim celebramos “a unidade da vida”, enquanto que contar a história da evolução como já se fez, da bactéria para o homem, “exaltamos a diversidade” (p. 23). Ora, a diversidade já conhecemos e isto nos trouxe muitos dissabores, separações, segregações, ódios, guerras. Precisamos conhecer o que nos une a todos, como seres vivos, para que possamos nos aproximar, tendo a consciência de que somos um único organismo, ainda que disperso num mesmo sistema complexo. O importante nessa peregrinação é a consciência de que o DNA é a grande prova de que “todos os seres vivos são primos” (p. 31).

Esse parentesco nos é garantido pelo esclarecimento que Dawkins nos fornece a respeito do que é o DNA, um alfabeto de 4 letras, com um dicionário limitado de 64 palavras de três letras apenas. Esse dicionário, contudo, “é universal e não muda”. Já o DNA muda muito lentamente e vai deixando, através das gerações sua “história urdida no tecido dos animais e vegetais modernos e inscrita em seus caracteres codificados” (p. 38). Essa mensagem é não só maravilhosa, ela é inconfundível, pois “homens e bactérias possuem sequências de DNA tão semelhantes que parágrafos inteiros são idênticos, palavra por palavra” (p. 43).

Como todas as espécies são primas umas das outras e, pela lei da coalescência – a ação de retroceder ao máximo, em busca dos ancestrais, cujo limite seria o concestral, o ancestral comum a todos os seres vivos – “o progenitor universal de todos os organismos sobreviventes provavelmente foi um semelhante a algum tipo de bactéria” (p. 24). Não é de espantar que os chimpanzés e bonobos, sejam os nossos primos mais próximos, primos peludos e de sangue quente, como está no título deste texto. Nem é tampouco de se admirar que, com relação a alguns genes específicos, somos mais aproximados no parentesco com alguns chimpanzés do que com alguns humanos (p. 85). Quando tomamos a consciência desse parentesco, a barreira separatista, entre as espécies e mesmo entre os de nossa espécie, tende a ruir, ainda que lentamente. Se fôssemos instruídos desde cedo nesse grande milagre que a ciência nos apresenta, tenho certeza de que menor seria o desrespeito à natureza e a nós mesmos.

Uma última palavra. Mesmo sendo ferrenho darwinista e ateu juramentado, a maneira como Richard Dawkins nos apresenta o seu livro faz-nos crer ainda mais numa força poderosa que comanda inteligentemente todo o universo. Veja-se o trecho em que ele se refere aos genes:


“Os humanos como uma espécie, bem como os humanos como indivíduos, são recipientes temporários, com uma mistura de genes de diferentes fontes. Os indivíduos são pontos de encontro temporários nas rotas entrecruzadas que os genes percorrem ao longo da história. Esse é um modo de expressar a mensagem principal de meu primeiro livro O gene egoísta, com base na árvore genealógica. Como afirmei ali, ‘depois de servirmos ao nosso propósito, somos descartados. Mas os genes são cidadãos do tempo geológico: os genes são eternos’” (p. 86).


Troquemos “recipientes temporários” e “pontos de encontro temporários” por “corpo”, e “genes” por “alma” ou “espírito”, e teremos a mesma concepção para a espiritualidade, para o ser espiritual que somos. O gene está para a ciência como o espírito está para a espiritualidade; o corpo continua sendo apenas o recipiente temporário necessário para a evolução de ambos. Sobreviva e passe seu gene adiante, conforme se encontra inscrito no código genético de cada ser vivo, está em estreita relação com “nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre”. Tal é a lei, na ciência ou na espiritualidade.

Estilo é o que tem ponta. Estilete que corta com um lado e acerta, quando se excede com o outro. Na cera do tempo que endurece para ganha...

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Estilo é o que tem ponta. Estilete que corta com um lado e acerta, quando se excede com o outro. Na cera do tempo que endurece para ganhar a pedra definida, o papel definitivo, passa por variações de intenção e temperatura até chegar à luz dos olhos de quem não sabe ao certo, através dos séculos, quem firmou primeiro aquilo, que nos desconcerta.

“Oficina de escritores”, de Stephen Koch, é uma dessas bíblias que todo aspirante a escritor deve conhecer. Nele o autor condensa uma exp...

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“Oficina de escritores”, de Stephen Koch, é uma dessas bíblias que todo aspirante a escritor deve conhecer. Nele o autor condensa uma experiência de décadas ensinando a escrita. Ele conhece bem as expectativas, as fantasias e os medos de quem lida com as palavras, mesmo porque na qualidade de autor ficcional sente o problema “por dentro”. Uma coisa é apenas ensinar; outra é também “fazer”, e tirar da experiência lições que se podem passar a outras pessoas.

É Dezembro. É Natal. É tempo de luzes e esperanças renovadas. É momento de trazer à cena o amor por estas delicadezas tão preciosas... ...

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É Dezembro. É Natal. É tempo de luzes e esperanças renovadas. É momento de trazer à cena o amor por estas delicadezas tão preciosas...

Muitas foram presentes de pessoas amadas e vieram de longe (México, Bolívia e Peru). E a árvore (a primeira da minha vida) chegou pelas mãos caridosas e carinhosas da amiga Juvinete, no ano passado, para iluminar o mais triste período natalino da minha vida.

Aqui, cada detalhe, cada Sagrada Família, é fruto de um olhar que bateu e que me fez apaixonada à primeira vista...

Em diversas partes da casa, lembro e sinto a emoção do (re)nascer a história de Cristo. O menino iluminado nasceu simples, numa manjedoura na Terra Sagrada, e há mais de 2 mil anos muda o caminho daqueles que abraçam e amam o próximo; que têm o coração limpo de mágoas e ódios; que combatem o bom combate e que são bem-aventurados...

Na arrumação das minhas relíquias natalinas, lembro da minha mãe... Todos os anos, desde que aqui cheguei, era ela quem dava o "toque final". Há 2 anos, porém, vivo o Natal sem ela; sem sua presença física e sentindo a ausência do carinho e amor que me dedicava...

Sinto o peito acelerar e doer forte, diante de tanta saudade! No entanto, carrego uma retumbante certeza: lá do alto, ela brilha como um estrela cadente!

Agora e sempre, mamãe se junta a papai! Eles iluminam a minha casa, a minha vida, o meu caminho...

Para Fábio Ele trocou o macacão da fábrica pela farda da polícia. Dois modelos de disciplina, porém com feições diferentes. Cresceu c...

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Para Fábio

Ele trocou o macacão da fábrica pela farda da polícia. Dois modelos de disciplina, porém com feições diferentes. Cresceu correndo pelas ruas da pequena cidade, aquela rua cheia de vizinhos, aqueles vizinhos que criam os filhos seus e de outros como se filhos fossem. A vida lhe trouxe um lar, dentro do possível que se é um lar, com seus reverses autoritários, mas sempre com um contrapeso do olhar dos mansos.

Aumentou a fome. Mais de 3 milhões vieram juntar-se aos 10 milhões que já vinham esfomeados na pesquisa de 2018. Não é estatística do PT...

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Aumentou a fome. Mais de 3 milhões vieram juntar-se aos 10 milhões que já vinham esfomeados na pesquisa de 2018. Não é estatística do PT, é do IBGE, até agora insuspeitável em seus registros, seja em que governo for. “Mais de 10 milhões vivem em lares nessa situação” acrescenta.

Carros, calor, asfalto e logo ali há uma flor, num cantinho de muro, nos canteiros do meio-fio. Ela se abre em amarelo e branco durante p...

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Carros, calor, asfalto e logo ali há uma flor, num cantinho de muro, nos canteiros do meio-fio. Ela se abre em amarelo e branco durante poucos instantes da manhã para em seguida se disfarçar de mato. Por entre recantos, ao largo de pneus, de pés em sapatos apressados, de bancas de ambulantes, detalhes urbanos.

Nas décadas de sessenta e setenta, tempo de minha juventude, nosso programa preferido nas tardes de domingo eram as matinês do Astrea. Os ...

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Nas décadas de sessenta e setenta, tempo de minha juventude, nosso programa preferido nas tardes de domingo eram as matinês do Astrea. Os clubes sociais não haviam ainda caído em decadência. Eles eram, portanto, os espaços favoritos dos jovens.

Percorridos os caminhos de “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, por mais de uma vez em trinta anos, livro revelador da alma human...

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Percorridos os caminhos de “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, por mais de uma vez em trinta anos, livro revelador da alma humana, novas impressões me ocorreram.
Muitos motivos me levaram a retardar a releitura, porque é um livro inquietante, provocador e, por todo este tempo, busquei a opinião de estudiosos para alicerçar minha vontade de adentrar no mundo do mineiro que colocou a literatura brasileira num outro patamar. Não escondo, nem renego meu apego por “Grande Sertão: Veredas”, mesmo porque José Lins do Rego é meu consolo literário. Cada leitura refresca como água de riachos.

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A primeira leitura foi estimulada por Nathanael Alves, com a recomendação de não se aperrear se largasse a obra antes do final. Assim ocorrendo, era um bom início. Haveria de retomar tempo depois, mais de uma vez durante trinta anos, contudo abandonado pela metade.

Quando escutei a conferência da professora Ângela Bezerra de Castro sobre a personagem Diadorim, tentado, inevitavelmente retornei a obra de Guimarães Rosa, com premeditara Nathan. Foi uma leitura lenta, rabiscando os contornos do livro, sublinhando palavras para mais tarde iluminar nossos reencontros.

Encontrei o professor Milton Marques Junior numa livraria comprando “Grande Sertão: Veredas” porque a antiga edição estava bastante riscada, para recompor sua biblioteca composta de obras de incontestável valor, com anotações para estudos. Ele motivou meu retorno a esse romance que há décadas me inquieta.

Em casa, naquela mesma noite, reiniciei a leitura deste livro com igual ansiedade de quando o peguei pela primeira vez, afinal continuo o leitor em busca da compreensão de sua leitura. Nathanael, Ãngela e Milton, de modo particular, e outros críticos literários, têm dados pistas para a com preensão desta obra-prima que a literatura brasileira produziu.

Agora, tanto tempo decorrido do primeiro encontro com o livro, que muito amedrontou, ainda passeio por suas páginas tentando desvendar as veredas, situações e entender os viveres que são tão grandes quanto os sertões. O Sertão de Rosas, menos rústico e sem as feridas que esfarelam nosso viver em todo verão entrante, é maior do que imaginamos e quem penetrar nele, sai diferente.

Lemos o livro como refrescando a memória, que se alarga a cada passagem narrada, como um riachinho onde usufruímos da sua água refrescante. A primeira leitura durou o tempo de o milharal crescer, do açude ganhar água, do sol secar a babugem. No decorrer dessa viagem até ouvir a estimulante aula da professora Ângela, outros passeios ocorreram por suas páginas até chegar ao recomendado pelo professor Milton, de que, no caso dessa obra, é pegar sem interrupção da leitura. Seguindo os conselhos dos dois mestres, mais uma vez fui agarrado pela leitura, como se fosse a primeira vez.

A manhã de João ficou feliz quando o contido Antenor lhe falou com entusiasmo sobre uma colega do curso de Química que o tinha encantado. ...

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A manhã de João ficou feliz quando o contido Antenor lhe falou com entusiasmo sobre uma colega do curso de Química que o tinha encantado. Como naquela época ainda havia flerte, apresentação, conversa, aproximação, antes do namoro, levou algum tempo até o domingo em que Antenor apresenta sua namorada a João. Os três conversaram um pouco e João fica de ir à casa de Antenor no mesmo domingo, à tarde. Despediram-se, e João saiu perguntando aos seus botões como alguém poderia ficar encantado com uma “obra” daquelas.

O episódio nº 16 da Pauta Cultural entra no ar na ALCR TV com atualidades do mundo cultural participação dos autores, leitores e telespect...

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O episódio nº 16 da Pauta Cultural entra no ar na ALCR TV com atualidades do mundo cultural participação dos autores, leitores e telespectadores do Ambiente de Leitura Carlos Romero.

Ninguém mais fala em Newton Rique. Acredito que nem mesmo em Campina Grande, cidade onde nasceu este paraibano operoso, cuja instituição ...

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Ninguém mais fala em Newton Rique. Acredito que nem mesmo em Campina Grande, cidade onde nasceu este paraibano operoso, cuja instituição bancária expandiu-se além das fronteiras estaduais, constituindo-se em emblema do empreendedorismo local, numa época que, infelizmente, ficou para trás. Refiro-me ao Banco Industrial de Campina Grande, com filial até no Rio de Janeiro.

A partir do final dos anos 1950 até meados de 1970, as suas músicas estavam sempre entre as mais tocadas nas rádios de todo o país. Compôs...

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A partir do final dos anos 1950 até meados de 1970, as suas músicas estavam sempre entre as mais tocadas nas rádios de todo o país. Compôs mais de mil canções, de todos os gêneros: baião, fado, tango, samba, bossa-nova, música de natal, marcha-rancho e até samba-enredo. Mas tinha uma habilidade especial nos boleros e nas canções marcadamente românticas. Todas as suas músicas tinham em comum uma característica: caíam no gosto popular. Ele era o que se chama, atualmente, um hitmaker. Além do mais, os seus grandes êxitos não ficaram restritos àquele determinado período temporal. Continuam a ser regravados e cantados pelo povo.

Jojoba tinha uma carreta velha. O que lhe encomendassem levar, estava pronto. Nasceu entre o condutor e a conduzido tamanha interação e ami...

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Jojoba tinha uma carreta velha. O que lhe encomendassem levar, estava pronto. Nasceu entre o condutor e a conduzido tamanha interação e amizade que dialogavam. Os parceiros de quilometragem, motoristas como ele, galhofavam: achavam que a carreta estava para lá de fuçada. Tinha freguesia certa de pequenos ou médios comerciantes. O que ganhava dava, no limite, para sustentar a pequena família, pagar as obrigações carimbadas nos boletos; no banco conservava pequena conta corrente e, para não mentir, um cartãozinho de crédito limitado, de baixo espaço para gastos

O planeta inteiro apenas para os dois irmãos povoarem! Um coordenaria e outro executaria o ousado projeto. Tal como uma tela em branco, pe...

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O planeta inteiro apenas para os dois irmãos povoarem! Um coordenaria e outro executaria o ousado projeto. Tal como uma tela em branco, perante a qual o pintor se depara sob prévia inspiração, foram incumbidos de moldar inúmeras formas de vida sobre aquele paraíso nada morto. Não havia limites. Toda criatividade era permitida, obviamente para resultados ao nível do berço em que brotariam privilegiados seres.

Faz algum tempo, escrevi: “O meu Drummond de cabeceira era o de alguns poemas experimentais do livro ‘Lição de coisas” e o de ‘No meio do ...

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Faz algum tempo, escrevi: “O meu Drummond de cabeceira era o de alguns poemas experimentais do livro ‘Lição de coisas” e o de ‘No meio do caminho”, poema-catapulta através do qual ele arremessou a pedra do inconformismo poético contra os arraiais do ‘lirismo bem comportado’. Esse o Drummond com o qual o poeta adolescente que eu fui mantinha ‘afinidades eletivas’”. E concluía: “O outro, o arguto observador da vida humana, somente o descobri passada a febre das vanguardas, pois, até então, cultivava-se um discurso metalinguístico que havia praticamente abolido a ‘autobiografia do imaginário’”

Esperei que levantassem as portas do mercado, aqui na Torre, e saí atrás da macaxeira e do inhame. Do cará, que é mais em conta e cozinha ...

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Esperei que levantassem as portas do mercado, aqui na Torre, e saí atrás da macaxeira e do inhame. Do cará, que é mais em conta e cozinha melhor

Parte I Cogumelos gigantes no vale do rio Loire: um jantar inesquecível! A Guerra dos Cem anos foi uma longa seqüência de confl...

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Parte I
Cogumelos gigantes no vale do rio Loire: um jantar inesquecível!

A Guerra dos Cem anos foi uma longa seqüência de conflitos armados entre a França e a Inglaterra, que se estendeu de 1337 a 1453. A beligerância foi motivada basicamente por interferências indevidas da Coroa da Inglaterra nos reinados da França, quando Eduardos, Carlos, Henriques, Felipes e Joões se alternaram no domínio parcial de território francês.

Deus não privilegia pessoas, por isso determinou que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios e, em consequência, Pe...

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Deus não privilegia pessoas, por isso determinou que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios e, em consequência, Pedro os batizou. Assim, está no Atos dos Apóstolos (Cap. 10, vers 34, 45 e 47)

Vou continuar, é exatamente da minha natureza nunca me sentir ridícula, eu me aventuro sempre, entro em todos os palcos. Clarice Lispect...

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Vou continuar, é exatamente da minha natureza nunca me sentir ridícula, eu me aventuro sempre, entro em todos os palcos.
Clarice Lispector

Os textos que Clarice Lispector escrevia em jornais na década de 60, entre eles o “Correio Feminino”, chegaram à TV Globo há alguns anos.