T êm muitas delas, é claro, mas deixem que cite algumas, que estão sempre me chamando a atenção. E chego até a me imaginar exercend...

Profissões que reverencio

Têm muitas delas, é claro, mas deixem que cite algumas, que estão sempre me chamando a atenção. E chego até a me imaginar exercendo algumas delas Viva o sentimento de empatia, que é muito mais profundo do que o de simpatia. Este fica por fora, enquanto o outro é mais profundo. Sábio é aquele que o usa.
Vou começar citando a profissão de cozinheiro. O inesquecível Einstein disse que a pessoa mais importante de sua vida era a cozinheira, responsável por sua comida. E comer é o ato mais exercido no mundo. Há pesquisadores que estudam seriamente a gastronomia, a exemplo, portanto, do nosso imortal Wills Leal, meu conterrâneo de Alagoa Nova, que escreveu substancioso estudo sobre o turismo gastronômico.
Ah, o turismo! Visitar museus, salas de concerto, monumentos, paisagens e outras atrações! Depois disso, o estômago começa a pedir comida. E para matar a nossa fome turista, eis os restaurantes. E quanto mais chique melhor. E o hábito da bebida está tão presente, que mal a gente pega no cardápio, o senhor garçon vai logo perguntando se desejamos beber antes de comer.
Sim, é, justamente, esse garçon que admiro, o que já afirmei em outras crônicas. Eis aí um verdadeiro artista para não dizer equilibrista. Têm deles que demonstram uma certa cultura. Sem os senhores garçons que seria do turismo culinário? Agora vejamos outra profissão que admiro, a de médico. Como precisei deles, um tempo desses. Eles foram ótimos, não ao ponto de eu ficar com saudade do hospital, que, ainda bem que não bota, na saída aquela placa que a gente lê nos supermercados: “Volte sempre”.
Fiz referência aos médicos e me esqueci das enfermeiras, abnegadas profissionais, cujo sono, à noite, é constantemente perturbado por uma chamada do enfermo. E com que desvelo, com que dedicação, elas os atendem. Como são maternais! Usam sempre o diminutivo: ”dê-me o bracinho para a injeção”; “chegou a sopinha”. O enfermo se torna uma mimada criança.
Mas a consciência me pede para citar outros extraordinários profissionais. E como já é tarde da noite, com todo mundo já dormindo, ouço um barulho na rua. Vou à janela e avisto homens colocando no caminhão o nosso lixo. Suados e, decerto, com fome... São as raízes, que ninguém vê. Coloco-me no lugar deles. Basta isso para admirá-los.


COMENTE, VIA FACEBOOK
COMENTE, VIA GOOGLE

leia também