Paraíba, 31 de julho de 2022

Pauta Cultural (Ep. 52)

Paraíba, 31 de julho de 2022

⧏ Aconteceu
Biblioteca de Missoula (EUA)
A Biblioteca Pública de Missoula foi eleita pela Federação Internacional de Associações de Bibliotecas como a “Melhor Biblioteca Pública do Ano”. A modernidade de sua concepção, o acervo, a funcionalidade e a ousadia arquitetônica contribuíram para a escolha anual, com objetivo de estimular tais instituições. A biblioteca, localizada no estado de Montana, no norte dos Estados Unidos, concorreu com outras de 17 países. No ano passado, o prêmio foi concedido à Biblioteca Central de Helsinki (Finlândia).

O resultado foi anunciado no Congresso Mundial de Bibliotecas, que se iniciou em Dublin (Irlanda), no último dia 26 de julho. A instituição foi recém-construída com arquitetura impressionante, soluções inovadoras e sustentáveis, estúdios de produção, instalações para pesquisas especiais, oficinas familiares e, claro, muitos livros.


Por falar em biblioteca, o governo do estado da Paraíba concluiu, no final de junho passado, as obras de restauração da Biblioteca Estadual Augusto dos Anjos, no Centro Histórico da capital.

Biblioteca Augusto dos Anjos
Apesar das facilidades disponíveis nos meios digitais, as bibliotecas continuam sendo importantes e insubstituíveis espaços de consulta para a cultura e a educação, pois também possibilitam troca de conhecimentos e de convivência pessoal.
Abelardo Jurema Filho
O escritor e jornalista Abelardo Jurema Filho lançará novo livro, “A Casa das Letras”, no próximo dia 10 de agosto, na sede da Academia Paraibana de Letras (APL), em João Pessoa. Neste trabalho, o autor narra sua experiência sobre a realização do desejo de ingressar na APL, como e por que decidiu se candidatar, os fatos que ocorreram durante a campanha e os efeitos pessoais de sua conquista.

Foram inseridos no livro os discursos de saudação e recepção, fotos, registros relevantes sobre o pleito, e outros textos já publicados em jornais e portais da internet.

Ao ALCR, Abelardo confessou estar muito satisfeito e disse:

“Este meu novo trabalho retrata a realização de um objetivo que considero justo porque as letras foram para mim a matéria prima de uma vida de 50 anos dedicada à escrita”.

O livro tem prefácio de WJ Solha, posfácio de Gonzaga Rodrigues, Martinho Moreira Franco e Ipojuca Pontes. A criação editorial é de Juca Pontes e a capa ilustrada pelo artista plástico Flávio Tavares. A orelha coube a Damião Ramos Cavalcanti.
Hermano de França Rodrigues
Totalmente on line e gratuito, acontecerá o I Congresso Internacional de Literatura e Psicanálise, idealizado e organizado pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, Gênero e Psicanálise (Ligepsi), coordenado pelo professor Hermano de França Rodrigues e vinculado à Universidade Federal da Paraíba.

Entre os objetivos do congresso está a busca por uma compreensão maior acerca dos “efeitos políticos, em seu sentido estrito, que fomentam, ontem e hoje, os fluxos discursivos que sustentam e alimentam os sofrimentos psíquicos, diante das atuais experiências assustadoramente angustiantes”.

O evento será realizado por meio da plataforma Google Meet, no período de 12 a 16 de setembro de 2022, com palestras, mesas-redondas, minicursos e simpósios. Conta com parcerias acadêmicas e educacionais do Instituto Brasileiro de Filosofia e Psicanálise de Minas Gerais (IBRAFP) e do Núcleo de Línguas da Universidade Estadual da Paraíba. As inscrições podem ser feitas por meio deste link.
⧎ Acontece
Fábio de Melo
Em sua 437ª versão, a secular “Festa das Neves”, da padroeira da capital paraibana — cidade que um dia se chamou "Filipéia de Nossa Senhora das Neves” —, teve início no dia 27 de julho e se estenderá até 7 de agosto. Foi aberta com a tradicional missa na Catedral Basílica e apresentação do padre Fábio de Melo no palco principal, na Lagoa Sólon de Lucena, onde acontecem os shows.

Neste ano a festa contou com a encenação da peça teatral “O Milagre das Neves”, escrita e dirigida pelo dramaturgo e poeta Tarcísio Pereira, com enredo sobre a história da cidade e da santa padroeira.


O espetáculo tem música original do maestro e compositor Eli-Eri Moura, envolveu mais de 100 profissionais, entre atores, coralistas, instrumentistas e bailarinos, e foi apresentada nas noites de 28, 29, 30 e 31, na frente da Catedral.

FotosDaniel Silva ▪ Secom JP

A festa prossegue com shows de Michael Jackson Cover e Ronaldo Rossi (01/08), Alberto Bakana (02), Caronas do Opala (03/08), Padre Nilson (04/08), Jhon Jhon (05/08) e Juliette, às 22h do dia 5. Exposições do fotógrafo Gustavo Moura (Casarão 34), do artista plástico Davi Queiroz (Casa da Pólvora), e algumas oficinas permanecem em cartaz até o encerramento da festa. Veja a programação completa neste link.
Geraldo Bernardo Abrantes
O escritor, dramaturgo e historiador Geraldo Bernardo Abrantes (Sousa-PB) disponibilizou o livro “A doida paixão de um doido” (Arribaçã, 2018) em formato e-book.

A novela se desenvolve no sertão e conta a história de dificuldades e desafios enfrentados por um rapaz que sofre agressões do próprio pai e a dura realidade da seca.

Geraldo Bernardo é autor de vários trabalhos literários (contos, folhetos de cordel, poesia) e também atuou em peças de teatro como diretor e ator. “A doida paixão de um doido” foi a segunda obra publicada pela Editora Arribaçã e está disponível no site da Amazon.

Geraldo anunciou para ainda este ano o lançamento de seu próximo livro, “A travessia do umbral”, ao que tudo indica, um romance cheio de mistério, como na prévia do texto homônimo divulgado pelo próprio autor:

“Aprumo-me numa pedra ainda maior, avisto todo o vale, sete vezes mais bonito que qualquer outro lugar [...] Abro os braços e me projeto com o chicote de vento na imensidão do abismo que me chama insistente para baixo, antes de saltar, porém, um bafo morno, úmido inunda-me completamente, estranho tudo em minha volta, arregalo ainda mais quando vejo o céu abrir-se em fendas, e, dele brotar labaredas vivas que avermelham a paisagem tão bucólica.”
⧐ Acontecerá
Giovanna Maropo
A cantora lírica Giovanna Maropo, que atualmente está aperfeiçoando sua arte na Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos, esteve de férias em João Pessoa neste mês de julho.

Além de descansar, rever amigos e familiares, aproveitou para algumas apresentações especiais. No Teatro José de Alencar (Sala Izaíra Silvino), em Fortaleza, cantou em duo com o violonista Cledinaldo Júnior, em um evento promovido pelo Governo do Estado de Ceará, Instituto Dragão do Mar e pelo próprio teatro. No Colégio Piamarta, de Fortaleza, também com Cledinaldo, apresentou-se em um evento beneficente. Em São Paulo, Giovanna participou do Festival Mozarteum 2022, cantando obras de Rossini com a Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro.


No dia 8 de agosto, a cantora retorna para Syracuse, onde prossegue com seu Mestrado em Performance Musical. Ao ALCR Giovanna disse:

"Tem sido uma experiência extremamente proveitosa, embora com atividades muito intensas que me fazem praticamente morar na Universidade. Mas tenho encontrado muito apoio de colegas e professores, e isso me ajuda bastante”.

Giovanna prevê a conclusão do Mestrado em maio de 2023. A propósito do Festival Mozarteum, no próximo dia 22 de agosto, na Sala São Paulo, às 21h, haverá o espetáculo “Ópera Gala” com a estreia da soprano Anna Nechaeva no Brasil, que contará com o barítono Alexander Kasyanov, ambos do Teatro Bolshoi, de Moscou.

Anna Nechaeva
Alexander Kasyanov

Os cantores serão acompanhados pela Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, sob regência de Anton Grishanin, maestro principal do Bolshoi. Os ingressos estão disponíveis no site do Mozarteum.
⧉ Imperdível
O poeta e acadêmico espírito-santense Jorge Elias entende bem de coração, pois é renomado cardiologista brasileiro. E também entende do coração das casas... casas que abrigaram, acolheram, e se desabrigaram no tempo do abandono... como retrata um de seus poemas da publicação “Cicatrizes da cidade”.

"Casas, muitas agora, não dizem nada, são cicatrizes das cidades - certezas do absurdo. Casas, casas, fileiras de desilusões. Uma ou outra manda beijos, sobras do amor. Casas com portas, outras sem destino."
Quem pensa que ser intelectual é ser sisudo, arrogante e restrito à erudição e ao seu conhecimento está muito enganado. Há quem pense que intelectual nem gosta de desenho animado, de um Reginaldo Rossi ou de umas boas gargalhadas em um botequim com amigos. O poeta Linaldo Guedes conta essa história no texto “O que é ser intelectual?”.
Numa eleição democrática, se houver mais de 50% de eleitores que se abstiveram ou invalidaram seus votos, nenhum candidato vencedor refletirá maioria. Os que não exercem o voto não podem reclamar de resultados, nem de governo algum. Ademais, dificilmente, em qualquer país, um candidato terá sido eleito pela maioria real de seu povo, somando-se os que votam e os que não votam. À luz de sofismas, doutrinação política e lógica matemática, o professor Milton Marques Júnior aborda o assunto no texto “Inania verba”.
Caix@ Postal
"O livro 'Vingança, não' marcou a nossa geração. A abordagem feita por Ângela resgata em boa hora (sempre oportuna) os seus variados aspectos - sociológico, criminológico, político e cultural - que justificam a sua importância e a sua repercussão, e mesmo a sua atualidade. Parabéns!"
Humberto Espínola ▪ 27.07.2022
Comentário sobre o texto “Vingança, não: a fatalidade histórica derrotada”, de Ângela Bezerra de Castro.


"Muito bem escrita, a crônica de Barreto. Só os que entendem que a partir do momento que nascemos, começamos a morrer, podem encarar a morte com naturalidade. Não é fácil. Viver bem, já é a preparação para encarar bem a morte. Inexoravelmente, todos temos de encará-la. O bom mesmo é estarmos preparados, como o amigo Barreto, para a sua vinda. Excelente reflexão, Barreto!"
Marconi Seixas ▪ 25.07.2022
Comentário sobre o texto “Viver a morte: coragem e resiliência”, de Francisco Barreto.


"A Revista ALCR veio para ficar, com o talento e a generosidade da equipe de Germano Romero, na divulgação de trabalhos culturais e artísticos de incontestável valor. Parabéns! Brilha, Paraíba!"
Milfa Araújo Valério ▪ 27.07.2022
Comentário sobre a "Revista ALCR nº 51".


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