O estômago vazio aplaude qualquer coisa que venha lhe curar a dor de passar horas sem nada em seu interior, mas, quando temos ao menos três refeições durante o dia, é diferente.
O ato de se alimentar muda. Comemos primeiro com os olhos, o cheiro, depois colocamos para o paladar comprovar, ou não, as sensações que eclodiram em nossas mentes fazendo-nos salivar de desejo por ter a iguaria derretendo entre nossos dentes. Assim acontece com a literatura.
Iniciamos pela vestimenta
O que levou Davi Queiroz da Silva a criar essa obra, incrível por sinal, para vestir as palavras aqui eternizadas? Quais sentimentos o autor despertou no paladar de Davi?
Se prestarmos atenção, cada olhar, cada boca, cada nariz, enfim, cada expressão nos conta uma história, transmite um sentimento, que eclodiu no pincel inspirado no que foi lido.
Já na contracapa temos a magnífica e significativa obra de Cris Peres, em que encontramos capturadas as palavras do escritor - “Pluralidade da singularidade de ser humano”.
A infinitude da cada um de nós está expressa nas linhas fortes e determinantes da artista. Mais um aroma que o leitor estará prestes a experienciar.
Cris Péres U. Cultural Energisa
Depois o título: “O PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE E OUTROS ANARQUISMOS – TEXTOS PANDEMÔNICOS”
Qual motivação recebemos ao nos depararmos com um livro repleto de temas tão diversos?
Textos pandemônicos… como foi latente a crueza desse período que estivemos mergulhados na volatilidade da vida. Um tempo no qual tantos desceram do trem da nossa vida sem ao menos receber nosso abraço de adeus.
Então, a leitura, com certeza, tem uma pitada de aprendizado para salgar nosso viver.
Mas, o que será que o Autor quer nos mostrar com seus escritos pandemônicos?
Milton Marques@milton.marques
Qual mensagem o autor quis passar sobre o anarquismo? Diversidade … quão vasta é.
Em nós mesmo existe um universo de diferentes.
O que encontraremos nas palavras espalhadas por cada folha para nos orientar sobre tantos de nós, em nós mesmos? Ao citar inúmeros fatos históricos, científicos, literários, ele nos faz pensar. Ao nos colocar diante de tão irrefutável verdade — “Ora, o ato de pensar, refletir, cogitar é uma das qualidades mais notáveis do humano, uma das suas principais prerrogativas”— , Helder Moura abre nosso apetite para devorar seu livro, não como se estivéssemos passando fome de boa literatura, mas como leitores conscientes que desejamos alimentar o espírito, mente, ou qualquer outro nome que damos à pele onde tatuamos o aprendizado.
