Tarde divina e sutil. Ondas deslizam calmas. Brisa que tudo afaga. Flores colorem a relva. É o crepúsculo sobre o mar! E o mar não é só para se olhar. O mar é pra nele se jogar, se abraçar, se esbaldar. O Mar é pra se contemplar, vislumbrar, tocar. O Mar é pra se banhar, boiar, nadar. O Mar é pra amar e se amar.
Depois de abraçar o mar, hora de contemplar. Hora de sonhar. Hora de mudar de cor, com o dia que já se vai. Vem, suave noite, despede o Sol andejo neste momento sublime de luz. É a vida num só lampejo.
ALCR
Pouco mais, a luz se apaga, dá lugar a outra cena. Sem ser mais ou muito menos, tanto bela como a tarde, chega a noite com a magia de um luar encantador. Hoje foi assim...
Com a noite veio ela. Serena e sutil, simplesmente discreta. Quase invisível. Já sobe tranquila à medida em que cresce, e o Sol, seu grande amigo, de longe joga luz e ali mesmo se confunde com o azul celestial que com ele Deus nos deu.
ALCR
Na manhã que se seguiu, a mesma Lua que brilhava sobre o espelho do Atlântico dá lugar ao sucessor, guardião das matinais que despontam outra vez, por cima do horizonte prateado nos trazendo mais um dia, uma manhã, e a vida que idem passa na garça que acolá alça voo sem destino.
No navio que passa longe, nas ondas que se abraçam, na tarde que se esvai, na esperança que aqui fica com a paz do aconchego. Bendita paisagem, benditas suas plantas, as aves que revoam pelo céu que se despede. Bendita seja a noite que roubou o colorido deste dia que passou sem levar o nosso amor.
ALCR