Pense bem em tudo que você já fez e que ninguém imagina...
Aquele segredo oculto, aquela escolha impura, aquele impulso que você esconde no fundo do armário da consciência.
E as mentiras?
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Algumas para proteger.
Outras para sobreviver.
E algumas, vamos admitir, só por prazer mesmo.
Será esse o seu verdadeiro eu?
Sem censura, sem maquiagem, sem manual de etiqueta, sem dogmas, sem leis.
Mas não se preocupe.
Não é apenas você — somos todos nós.
Talvez, neste exato momento, outra pessoa esteja lendo esta crônica e também se reconheça.
A verdade é que esse “eu escondido” vive pautado por princípios de ética e moral — santa moral — vestindo uma roupagem criada para se encaixar, para sobreviver à sociedade.
Para não ser julgado, apontado, excluído.
É o crachá social.
Porque viver em sociedade exige certa performance.
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Um filtro.
Um figurino aceitável.
E aquele “tudo bem” automático, mesmo quando tudo está desabando, será apenas um disfarce?
Mas não se engane:
Todos — sim, todos — carregamos em nós uma centelha de sombra.
Como diria Hobbes, “o homem é o lobo do homem”.
Maquiavel complementa que “o homem é mau por natureza, a menos que precise ser bom”.
Já Rousseau afirma que “o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”.
A bem da verdade, todos nós temos segredos.
E alguns... a gente nem conta pra nós mesmos.