"Há um tempo para cada coisa debaixo do sol. Tempo de plantar, de colher, de nascer, de viver e de morrer"Eclesiastes 3,1
A paciência está sendo destruída pelas gratificações instantâneas. Por este motivo, quando a luta diária está difícil, a sensação do falhar e do não conseguir assume o lugar do “acreditar ser possível, apesar de...”
Perseverar em um mundo movido pelo “mínimo tempo para realização” está sendo cada vez mais incomum.
Já tivemos época em que uma carta demorava semanas para chegar ao seu destino. As chamadas telefônicas, para serem completadas, precisavam passar pelas competentes telefonistas. Então, demoravam alguns minutos até o diálogo acontecer.
Qual o melhor caminho diante de uma realidade irrefutável?
Depende daquilo que se quer fazer com o curto período de caminhada pelo planeta Terra.
O viver é um universo de liberdade pessoal, além de ser irrepetível e, consequentemente, único. Viver em dois mundos (ou seja, pé no chão e cabeça nas nuvens) é, na verdade, não vivenciar aquilo que precisa para o despertar.
Quando todas as certezas se desmancham, o sofrimento toma a forma da pior crueza. Além de fazer desabrochar questões que nem a fé consegue suprimir.
Tem um período da vida que é muito importante...
... ter um tempo sem perguntas, sem pedidos, apenas necessário para dar vazão ao choro preso na garganta, engolido a cada manhã, escondido por baixo da fantasia "sou forte, tudo aguento" .
... ser criança para não ter que explicar as lágrimas, apenas sentir o colo consolador e a certeza do "vai passar" .
... ser adolescente e acreditar no amor dos contos de fada.
Era um sábado ensolarado, digno de uma manhã na praia, mas também perfeito para lavar a roupa acumulada no cesto, durante toda a semana.
E assim seria. E assim foi.
Eu fiquei em casa com o pequeno Roberto Neto, meu primeiro filho, e nossa companheira Kely – Dálmata de ano e meio, enquanto Shuka iria, mais uma vez, levar seu tesouro – o “novo” velho Jipe, para a oficina. Programa que durava uma manhã inteira.
O sol se fazia presente em todo terreno da casa. Os lençóis e toalhas não demorariam dançando ao vento.
Quando inexistem pensamentos e diretrizes saudáveis, fica impossível ter uma mente em harmonia. As dores não conseguem assumir suas realidades de degenerações. A ilusão, como cortina de fumaça, impede que o equilíbrio existencial aconteça.
É possível superar e conviver com a dor, para isso se faz necessário refletir e renovar as energias de se bem-querer.
Me abraçou, me acordou com a força de 15 braços, me esmagando de forma imensurável, perfurando meu coração com a faca “do não tê-los fisicamente aqui”.
Já sentido fugir as forças para a caminhada de mais um dia, veio ao meu auxílio o amor. Ele me colocou em seus braços e, lentamente, me fez navegar pelo oceano das lembranças.
O choro não evaporou, mas as lágrimas, como vagalumes, foram iluminando o rosto de cada cena que vinha me abraçar.
Quando meus filhos estavam no início de suas vidas escolares e nas descobertas fora do mundo familiar, meu coração ficava acelerando ao imaginar tudo estranho e diferente que eles iriam conhecer.
Sei que para Roberto, meu primogênito, foi mais difícil. Por isso, chorava muito quando o ônibus escolar chegava. Para Matheus, nem tanto. Pegou na mão do irmão e mergulhou pelas portas do novo mundo. Vitor, meu caçulinha, nem deu cabimento para minha aflição,
Quando deparamos com nossos defeitos, erros e imperfeições.
Quando sentimos a dor de perder: seja o emprego que tanto nos dedicamos ou aquele sonhado carro, tão difícil de comprar; a casa que nascemos, e nos criamos.
Quando nos abraça: o sofrimento pela partida de alguém especial; a angústia por uma situação difícil, catastrófica.
Às vezes, sinto que a mãe (“órfã de filho”), fica sem jeito em responder quanticamente sobre os filhos... como se incluir quem já não está fisicamente, fosse errado.
Não se deixa de ser mãe, quando um filho vai para outro plano, apenas, nos tornamos mãe em dois mundos, eternizamos nossa maternidade.
Cuida! Cuida, para não entrar no labirinto do silenciar. Ele não te deixará sair.
Por desejares muitas metades; penetrares em sonhos diversos; víveres incontáveis mentiras, por mais simples que sejam; fugires das verdades mais sublimes; enfim, por ser a fantasia tua vestimenta diária, já não sabes quem és, qual teu eu se faz presente.
As cicatrizes relembram a realidade passada. É a presença viva, ou, porque não dizer, é a verdadeira imortalidade, dos momentos bons e ruins que se foram.
Apaixonar-se costuma ser uma péssima ideia, mas, mesmo assim, nos permite mergulhar no encantador, e desafiante, oceano do amor.
Calar; apagar; esconder; desfazer; emergir; fingir, são vestimentas adquiridas, ou criadas, para ocultar, ou mesmo proteger a “essência” de brilhar, na sua totalidade e transparência.
A insegurança do “não”, lançada por outros ou por si mesmo, impede que o “verdadeiro” seja mais forte que o “cômodo”.
É mais indolor e fácil calar, e até concordar, do que retrucar, explicar e desmentir.
Quando as nuvens choravam diariamente, sua copa era frondosa, brilhava; dançava; cantava com as carícias da brisa e o frescor das gotículas que vinham do alto.
Nos dias como os de hoje, em que o astro rei se faz mais brilhante, exalando todo seu calor, quase insuportável, ela se encontra solitária.
No deserto que estamos, vejo tantos com dificuldades inúmeras para continuar.
São tantas sedes, nos impondo sofrimento e dor.
A paralisia do isolamento obrigatório, tem transformado o “tempo”, tantas vezes desejado, em verdadeiro prisioneiro da incapacidade.
A intolerância, já faz morada em nós.
A inércia, se transformou na melhor amiga.
A mente e o corpo, sentem sede do ir e vir livremente.
Apesar da cidade estar sempre em efervescência, os moradores daquela rua são pessoas que já estão colhendo os frutos de suas lavouras do viver. Por isso, a calmaria e o sentimento de comunhão lá se enraizaram.
A moradora de rua, daquele bairro, é uma senhora que gasta seu tempo observando o movimento das casas.
Na casa azul, todos os dias, filhos e netos chegam para o café da tarde.
Às vezes não é fácil atravessar a escuridão da noite, mas é indispensável que tenhas força para isso, só assim poderás ver a luz de uma nova oportunidade de fazer diferente, de vencer uma batalha, de iniciar uma nova descoberta, sentir o sorriso do sol ou as lágrimas das nuvens. Enfim, deixando para trás o dia que termina será possível escrever uma nova página no livro da tua vida.
Li que Thomas Edison teria dito: “O maior elogio que ouvi em toda a minha vida de inventor foi: ‘nunca vai funcionar’.”
Encare, também, como elogio quando ouvir: ‘não és capaz’; ‘não é para você’; ‘nunca alcançarás’; ‘não passa de sonho’; ‘não dará certo’; ‘coisa de novela’; enfim, quando acharem, ou você mesmo achar, que algo está além da tua capacidade.
Uma garotinha estava no parque com sua mãe, que lia um livro enquanto esperava a pequena se divertir.
Certo momento, procurou nos balanços e não achou a filha. Preocupada, saiu olhando nos outros brinquedos, quando, finalmente, avistou-a sentada conversando com uma senhora.
Li uma citação de Andrew Carnegie: “Há muitas pessoas vivendo numa prisão imaginária, são os prisioneiros de suas próprias mentes, ali jogados pelas limitações impostas a si mesmas, aceitando a pobreza e a derrota.”
As montanhas dos nossos obstáculos íntimos não são nada fáceis de serem vencidas. Cada um possui as suas com peculiaridades bem únicas, mas todas elas poderão ser vencidas, ultrapassadas, aproveitadas, vividas.