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Deu em A União, em reportagem de Francisco José, ter desabado parte da cobertura do mercado público de Campina Grande, agravando os problemas de acessibilidade, segurança e infraestrutura. No dia seguinte, no mesmo jornal, Laura Luna vem com a mudança do Ponto de Cem Réis em feira de frutas, verduras, eletrônicos, panos de prato, açaí, brinquedos e o mais que coube.

Quantos problemas tem a cidade que o eleitor desse domingo vai confiar aos dois finalistas da corrida eleitoral? Quantos irão somar o maio...

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Quantos problemas tem a cidade que o eleitor desse domingo vai confiar aos dois finalistas da corrida eleitoral? Quantos irão somar o maior número com o mesmo problema? Melhor ainda: quantos, independente de seu problema ou de sua simpatia, vão aplicar o recurso do voto no problema do maior número?

Eu era rapazote quando vi falar nisso pela primeira vez. A roda formara-se na calçada de seu Antônio Leal da Fonseca, na hora do pão-cer...

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Eu era rapazote quando vi falar nisso pela primeira vez. A roda formara-se na calçada de seu Antônio Leal da Fonseca, na hora do pão-certeira, ele dono da padaria e prefeito. Bem mais alto que nós todos, a gravata solta ao vento, e os seus olhos de verde esmeralda dando um brilho incomum às suas palavras.

Nunca imaginei que, de repente, Iraci viesse influir com tanta evidência nas minhas considerações de experiência pessoal no trato com os m...

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Nunca imaginei que, de repente, Iraci viesse influir com tanta evidência nas minhas considerações de experiência pessoal no trato com os mistérios da vida. Iraci como está escrito, com i mesmo.

Quando a conheci - num instante para toda a vida - não deu para ver melhor seu rosto ou detalhes de suas feições. Ia com pressa, com alguma coisa a buscar, a fazer, sem dar ou sem ter chance ou lembrança de passar outra imagem da vida.

Cedo ainda da tarde, de volta pra casa, dou com as vistas num pichamento grosseiro, do pior mau gosto, na parede que ostentava a logomarca ...

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Cedo ainda da tarde, de volta pra casa, dou com as vistas num pichamento grosseiro, do pior mau gosto, na parede que ostentava a logomarca do jornal O NORTE. Paro sem querer, o olhar no estrago a puxar pelo olhar mais generoso.

Sem dono, cercado de basculho, o mato cobrindo uma colmeia de muitos significados, e eu me vendo de repente no ânimo de cinquenta anos atrás, indo e vindo a medir o terreno de fruteiras que teríamos de derrubar, como se fosse para mim, destinado à sede moderna do futuro jornal em off set.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia elegeu a arte de Flávio Tavares como forma de reavivar no rosto de cada um dos seus protagonistas o...

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A Sociedade Brasileira de Cardiologia elegeu a arte de Flávio Tavares como forma de reavivar no rosto de cada um dos seus protagonistas o progresso dos estudos e conquistas da medicina brasileira em seus 100 anos de atuação e congraçamento.

Não sei onde estava que não mereci o convívio literário de um leitor e escritor de tantas afinidades, morando tão perto das minhas moradas...

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Não sei onde estava que não mereci o convívio literário de um leitor e escritor de tantas afinidades, morando tão perto das minhas moradas espirituais e, aqui e ali, liberando franquezas que seriam minhas se não fora a timidez. Um exemplo: minha resistência ao best-seller, que não chega a ser incomum entre os impaludados das velhas letras. E como sobro ouvindo coisas das quais não faço a menor ideia. Outra, a minha dificuldade em ler a aclamadíssima Clarice Lispector, escrevendo para o mundo mas “vivendo em sua redoma”, como bem vê Cony num texto em que vem à luz Maura Lopes Cançado, cuja obra é vista por Ferreira Gullar como “um dos mais contundentes depoimentos humanos já escritos no Brasil”.

“Para escrever bem é preciso uma facilidade natural e uma dificuldade adquirida”. Não lembro onde li. Mas é o que vejo na crônica aparentem...

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“Para escrever bem é preciso uma facilidade natural e uma dificuldade adquirida”. Não lembro onde li. Mas é o que vejo na crônica aparentemente fácil de Luiz Augusto de Paiva, bom contador de história, paraibano depois de nascido em São Paulo, trazendo de lá, com botas de sete léguas, a soltura de Brás, Bexiga e Barra Funda a se confluir nas mesmas águas do rio Paraíba do nosso Zé Lins. Às vezes é crônica, outras é conto, num caso e noutro a prosa solta, sem amarras adquiridas, o leitor sem notar que está mergulhado.

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Adam Cain
No começo da semana meteu-se com dois meninos de praia que não passavam dos sete anos, os meninos atrás do cachorrito e o grandão do Paiva atrás deles. Atrás nos passos, no brechar da janela, nos mandados do menino que ele deve ter sido. Uma verdadeira perseguição de ternura.

E o leitor não fazendo por menos ou fazendo do jornal sua praia por conta da prosa solta, livre e sempre lírica desse narrador seguro que lembra o nosso Anco Márcio, que era mais preso, esquecido por nós que organizamos a última coletânea de prosadores paraibanos, inciativa da SEC do tempo de Neroaldo. Mas o esforço de Anco para atingir o pueril não saía tão disfarçado.

Escrevendo como se não escrevesse, apenas contasse, Luiz Augusto de Paiva traz de suas nascentes o conto-crônica que aqui se inaugurou com Silvino Lopes, nos anos 1940, nesta mesma A União que o contribuinte paga sem sentir, talvez nem muito consciente de sua obediência a um ditame de raiz. Desde o segundo decênio do século passado que a leitura, quando exigência do espírito, vem sendo liderada pelo jornal de Gama e Melo, Carlos Dias, José Américo e a descendência que os tomou como exemplo.

Foi onde Paiva veio deitar e bordar. Houve outro paulista ou paulistano, primeiro gerente da Santista no nosso Distrito Industrial, que comprava A União, menos pela notícia disputada por dois ou três outros diários, como para se identificar com o comportamento do paraibano. Chamava-se Armando Abreu, gostava de árvores, e no tempo em que a Torre era mais de casebres que de lojas comerciais, foi nela que escolheu sua morada, olhando para as biqueiras de Carlos Romero.

Paiva saiu da Barra Funda, do Brás, da Bexiga para vir se aninhar entre os meninos que somos todos nós, de 7 a 80 anos, todos capazes de botar luto porque a Chiquita comeu o que não devia e morreu. Foi um trabalho danado para o grandalhão dar a notícia aos meninos seus colegas.


Gonzaga Rodrigues é escritor e membro da APL

Aprendi com o jornalista Dulcídio Moreira que a elegância dos sapatos distingue tanto ou mais quanto a dos bons ternos. Um sapato cego, se...

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Aprendi com o jornalista Dulcídio Moreira que a elegância dos sapatos distingue tanto ou mais quanto a dos bons ternos. Um sapato cego, sem brilho nem classe, podia derrotar um terno inteiro de casimira ou de linho irlandês, luxo que não devia faltar no guarda-roupa da usina ou do alto comércio. Veja-se uma foto de evento político ou oficial dos anos 40, com Virginio Veloso, José Américo, Argemiro, Renato Ribeiro, de grupos políticos diferentes, mas alvejando iguais no diagonal york-street ou no linho irlandês.

Li ou ouvi que haviam depredado o monumento a João Pessoa, na praça de seu nome, e me apressei a conferir o estrago. Menino de grupo esc...

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Li ou ouvi que haviam depredado o monumento a João Pessoa, na praça de seu nome, e me apressei a conferir o estrago.

Menino de grupo escolar do tempo que a professora saía dando aula com as estátuas, onde chego vou logo aos monumentos, às estátuas de rua, para só depois parar na igreja. Vi primeiro São Bento, quando desci aqui, porque fica na passagem, quase encostada à cabeça da ladeira que vem da Casa do Estudante. Precisava ser toupeira para não demorar a vista na bela igreja do leão.

Não, nada e tudo com as “Relíquias” do velho Machado. A relíquia é outra. Na Academia Paraibana de Letras, excetuadas duas ou três salas d...

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Não, nada e tudo com as “Relíquias” do velho Machado. A relíquia é outra. Na Academia Paraibana de Letras, excetuadas duas ou três salas destinadas às galerias dos seus imortais, onde descer a mão cai num livro. Fiz isto na semana passada e dei com um livro de 1950, escrito pelo paraibano José Caó sobre Pereira Lira, outro apagado da nossa memória cultural e política.

Antes da pandemia, quando as pessoas podiam se visitar, professor Bené, vizinho de apartamento, convidou-me para um café em que ia receber...

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Antes da pandemia, quando as pessoas podiam se visitar, professor Bené, vizinho de apartamento, convidou-me para um café em que ia receber Fernando Vasconcelos, seu amigo e ex-colega do Seminário de Ipuarana.

Dois motivos para não faltar, somados à delicadeza de Bené e da médica Rosângela Amorim, sua esposa: o de ter presente um divulgador das questões novas do Direito, como as da Informática, e o de invejar os dois, tanto ele como Bené, poeta da matemática, ambos ex-alunos do Seminário de Ipuarana.

Cabisbaixa, a moça se afasta do caixa da farmácia sem se sentir autorizada a apanhar e poder sair com a pequena sacola de compras. Recolhe l...

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Cabisbaixa, a moça se afasta do caixa da farmácia sem se sentir autorizada a apanhar e poder sair com a pequena sacola de compras. Recolhe lentamente o cartão da máquina, olha receosa as pessoas da fila — eu e uma outra — e sai meio sem jeito, sem fazer ideia do constrangimento mudo e surdo em que nos deixava.

Alguma coisa mudou, realmente. Falta apurar por conta de quem ou de quê, mas que mudou, mudou. O Pantanal pegando fogo; a Amazônia queima...

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Alguma coisa mudou, realmente. Falta apurar por conta de quem ou de quê, mas que mudou, mudou.

O Pantanal pegando fogo; a Amazônia queimada, revirada e pelada; a capital do Império, da República, de todas as culturas, o Rio, virou antro sem trégua de ladrões públicos...

Deve estar pisando nos 90 anos. Em 1945/46, aluno do Pio XI do padre escritor Odilon Pedrosa, eu me via sem cancha para entrar no time em qu...

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Deve estar pisando nos 90 anos. Em 1945/46, aluno do Pio XI do padre escritor Odilon Pedrosa, eu me via sem cancha para entrar no time em que ele e Cabralzinho jogavam por todo o resto. Balduíno de Taperoá, mas na rua de Campina, com João Loureiro, mandando nos frangotes do seu tope. Olhavam por cima no jogo ou em qualquer outra encrenca. João Loureiro do G.A.D., Balduíno do colégio do padre.

Com os cuidados que, aos poucos, se vão incorporando à vida normal, desci no elevador e fui tomar sol, cedinho, na quadra vizinha que o nos...

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Com os cuidados que, aos poucos, se vão incorporando à vida normal, desci no elevador e fui tomar sol, cedinho, na quadra vizinha que o nosso condomínio incorporou desde um bom tempo. A falta de sol e de um pouco de liberdade para sair olhando as árvores vem me roubando da melhor distração, que é não parar nem pensar o tempo. Na minha idade, o tempo, quanto mais afastado melhor.

Queria poder escrever sobre o Amazonas ou a Amazônia. Quem, no ramo, não curte essa vontade? O rio imenso, primeiro orgulho interno e fama...

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Queria poder escrever sobre o Amazonas ou a Amazônia. Quem, no ramo, não curte essa vontade? O rio imenso, primeiro orgulho interno e fama universal do Brasil, irrigando o maior bioma do mundo, a Amazônia. Mas bem cedo, menino ainda (e ainda mais por ser menino), o mapa que mandaram o menino pintar de verde de mangueira foi perdendo a alegria, ficando sempre mais escuro e impenetrável.

Súbita e casualmente cogitada, correu num rastilho, como se aguardada há tempos, a candidatura de Ângela Bezerra de Castro para concorrer...

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Súbita e casualmente cogitada, correu num rastilho, como se aguardada há tempos, a candidatura de Ângela Bezerra de Castro para concorrer à presidência da Academia de Letras, na próxima segunda-feira, 14, 79º aniversário da entidade.

Fechada a última página do jornal, Leocádio apaga as luzes, e desabalamos pela escada em caracol da velha A União, Cabo Doge ou Doge Patada...

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Fechada a última página do jornal, Leocádio apaga as luzes, e desabalamos pela escada em caracol da velha A União, Cabo Doge ou Doge Patada – como tratávamos Dorgival Terceiro Neto - repicando o projeto várias vezes adiado de, um dia, descermos até as cabeceiras do rio Paraíba, ainda que de quatro, pelas encostas de Monteiro.

A lembrança do nome da professora Ângela Bezerra de Castro como candidata à presidência da Academia Paraibana de Letras, simultaneamente co...

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A lembrança do nome da professora Ângela Bezerra de Castro como candidata à presidência da Academia Paraibana de Letras, simultaneamente compartilhada por um número expressivo de confrades, não é mais que o reflexo da presença peculiar de quem se orgulha em não buscar mais que ser professora, dito isto no discurso de posse, há 21 anos: “Venho de outra experiência existencial. Da utopia concreta que é a resistência de uma vida inteiramente dedicada à causa da educação. Não à teoria nem aos postos burocráticos, onde o distanciamento costuma esmaecer o impacto da realidade. Venho da linha de frente desta batalha que, se perdida, com ela também se perdem todas as perspectivas da sociedade”.

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Linha de frente iniciada ainda estudante como professora do Estadual de Cruz das Armas e exercida além da Escola Técnica Federal, além da cadeira de Literatura da Universidade, no fazer, divulgar e incutir os valores da terra, sempre omitidos nas antologias da consagração nacional.

O militante literário preso à geografia da Paraíba era um escritor da “caixa prego” como sua Universidade, assim recebida, como todos lembram, pelo articulista maior dos Associados, o Austregésilo de Ataíde, presidente, até morrer, da Academia Brasileira de Letras. E nós, poetas municipais, íamos aos federais como quem vai ao Olimpo. Foi um tento extraordinário do governo de Pedro Gondim sediar na Paraíba um congresso brasileiro de crítica literária, mesmo que, com Pedro Américo, Augusto dos Anjos, Pereira da Silva, José Américo, Zé Lins e Chateaubriand, constássemos do painel de estrelas das letras e artes nacionais. Mas nem Zé Américo nem Zé Lins constavam dos exemplos inscritos nos textos passados aos alunos. Entravam em aulas com Juarez Batista e Virginius. Dávamos a vida por uma manga, mas tínhamos que comer maçãs.

Surgia um nome que haveria de se dedicar com orgulho, sem utopia, da isolada república paraibana das letras
Então, me comovi incrédulo quando Nathanael Alves entrou na redação do jornal e me deu a notícia: “Estamos lidos e passados como exemplo na escola.” E entre cético e irônico: “No lugar de Bilac, o que pouco viu e sentiu na morte de Augusto. É conosco, material de segunda, que Ângela, a filha de Miriam, minha colega do TRE, está se vingando do poeta das estrelas”.

Surgia um nome que haveria de se dedicar com orgulho, sem utopia, da isolada república paraibana das letras. Demoro nesse marco por ter sido um dos acontecimentos mais emocionantes de toda a minha militância. Tanto ou mais quanto a generosa outorga do honoris causa da nossa Universidade. Ser dado como exercício escolar a quem se inaugura no mundo da leitura é ser chamado à responsabilidade.

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E é sempre assim que, daí até hoje, me coloco diante de ngela Bezerra de Castro. Não deve ser diferente para quem a tem acompanhado na cátedra, no livro, no ensaio esparso, nas conferências de puríssima aula. E a Academia, desde a sua posse, tornou-se a sua linha de frente. Não estranha, portanto, a simultaneidade de opções por seu nome numa instituição fundada por um professor emérito para o culto e o cultivo da nossa fortuna literária.


Gonzaga Rodrigues é escritor e membro da APL