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Entre novo no Ano Novo!

Se você for ao cemitério Père Lachaise, em Paris, lerá no mausoléu de Allan Kardec a seguinte inscrição: “Nascer, viver, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei.” Belo, não?

Renascer, progredir sempre. Que mensagem de esperança! E há quem fale que tudo acaba com a morte! Que estaremos, eternamente, deitados nos cemitérios, banqueteando os vermes e lembrando Shakespeare, que disse, a respeito de um personagem, que ele estaria num banquete, onde não come, mas é comido...

Nascer, viver, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei. Vale a pena repetir. Vale a pena guardar na memória esta verdade.

Tudo muda, minha gente. Que beleza, não? Tanto muda, como progride. E há quem acredita numa vida só... Uns com vida longa, outros com vida curta. Que injustiça seria se assim fosse...

Novo ano surge, nova oportunidade para a prática do bem. O momento enseja uma reflexão. Isole-se num quarto e faça um exame de consciência, exame que ninguém gosta de fazer. Gostamos de corrigir os outros.

Orar é uma maneira de conscientização. Ore o Pai Nosso, a oração que Jesus ensinou aos discípulos, que pede para não cairmos em tentação. E as tentações são numerosas: a da ambição, da vaidade, do orgulho, da riqueza.

Entre novo no ano novo. Há tanta coisa ruim para a gente tirar da gente. E a pior delas é a maledicência, que é viver falando mal dos outros.

Gosto de lembrar de que Santo Agostinho, todas as noites, antes de fechar os olhos, abria a consciência e fazia um balanço do que realizou de bom, e do que fez de ruim.

Ano Novo pede novos propósitos. Sabe quem é indiferente à passagem do ano? O animal. Um filósofo francês dizia que nunca viu o seu gato orando...

Ano Novo de novo, ano novo que é eterno. Vamos aos abraços, aos beijos. Vamos à confraternização.

Bem disse Drummond, um ano vai, outros anos virão. E a vida é isso: mudança. Mudança é a dança do tempo. E se as coisas não mudam fisicamente, mudam de outra forma. Dê um passeio até o mar. Ele dá a eterna lição da mudança. Contemplemos a dança do vento, a dança das ondas, a dança silenciosa das nuvens, que eu gosto de ver da janela do avião.

Novo ano de novo. Novos abraços, novos beijos, novos sorrisos, novas gargalhadas. E novos amigos! Eis um conselho do cronista: Faça novos amigos no ano que se inicia. Nada de inimigos. Ajuntar inimigos é como encher a alma de lixo.

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