O demônio da madrugada
Há coisas que me deixam acordado à noite. Chegam como a sombra que agasalha o chão frio no fim da tarde. Como o crepúsculo se espalha no céu. Tal qual a peste negra na idade média. E, sem bater na porta nem dar ‘boa noite’, instalam-se. “Meu caro…” — dizem elas. “O que você pensa que está fazendo?” Retruco. “Ora, senhoras… Nem a humanidade teve a ousadia de fazer tal questionamento! Deixem-me apenas dormir para amanhã continuar rolando minha pedra de Sísifo.” É tudo que peço.
Há coisas que me deixam acordado à noite. Chegam como a sombra que agasalha o chão frio no fim da tarde. Como o crepúsculo se espalha no céu. Tal qual a peste negra na idade média. E, sem bater na porta nem dar ‘boa noite’, instalam-se. “Meu caro…” — dizem elas. “O que você pensa que está fazendo?” Retruco. “Ora, senhoras… Nem a humanidade teve a ousadia de fazer tal questionamento! Deixem-me apenas dormir para amanhã continuar rolando minha pedra de Sísifo.” É tudo que peço.
Tarde
Domingo Fim de tarde Tarde chuvosa Chove muito Chuva triste Depressiva Melancólica Entendiante Tédio bom Silêncio Silêncio quebrado Barulho de máquina Lavando roupa Roupa de sábado
Domingo Fim de tarde Tarde chuvosa Chove muito Chuva triste Depressiva Melancólica Entendiante Tédio bom Silêncio Silêncio quebrado Barulho de máquina Lavando roupa Roupa de sábado
O céu
Ah, o céu! Abraço de Urano Véu de Gaia Bruma incerta Plasma alvi-anil Constante camaleão Cujo reflexo cobre as cristalinas águas Do mar Aliás, outro mistério...
Ah, o céu! Abraço de Urano Véu de Gaia Bruma incerta Plasma alvi-anil Constante camaleão Cujo reflexo cobre as cristalinas águas Do mar Aliás, outro mistério...