Tudo começou à época em que eremitas viviam em um monte chamado de “Tumba”, banhado e abraçado pelas marés cheias, quando se tornava...
Um monumento que brota do mar
Sob função primordial de vigilância e segurança, a Arquitetura Militar se destaca em eminentes exemplos pelo mundo. Da Idade Média, ...
A sobriedade graciosa
A música de Scriabin decola resolutamente e embarca em um vôo desenfreado através das vastas extensões do Universo. Enquanto a harm...
Apocalipse do bem, êxtase da transcendência
Roman Martynov, compositor e pianista russo
A zona campestre da Bretanha tem charme muito especial. Casinhas de pedra, cercadas de canteiros e jardins, dispostas em ruas sinuosa...
Terra de pedras e crepes
As “Opera Houses” construídas pelo mundo afora não só servem para abrigar os refinados espetáculos do gênero, que são obras de arte em...
Música petrificada
O ambiente das aeronaves em voos, sobretudo internacionais, tem seu lado gozado e pitoresco. Não tão cômico aos que sofrem com medo de ...
O sorriso de Candice
O arquiteto Clodoaldo Gouveia, capixaba de Vitória, nosso avô materno, pontuou grandiosamente a paisagem urbana da Paraíba com talento,...
Clodoaldo Gouveia: um irretocável marco arquitetônico na Paraíba
Nunca me canso de cultivar reflexões acerca das maravilhas desse mundo, tão pequenino diante da infinitude cósmica, quanto imenso peran...
Deus existe!
Ao luar, ao Lago de Como, à beira do Danúbio, foram tantas as cenas e paisagens que inspiraram grandes músicos... Harmonias da noite,...
A mãe de todas as artes
A reflexão interior nos conduziu, há algum tempo, para uma grande piedade na hora de jogar a semente de uma fruta no lixo. Imaginar ...
Que as aves do céu venham pousar em seus ramos
O mau cheiro contrastava-se com a beleza da manhã, aumentando à medida que o Sol se elevava. Percebemos assim que abrimos as janelas pa...
O direito à alegria
Refletir sobre como os arquitetos e urbanistas estão se preparando para atender às crescentes exigências de um mundo cuja população ...
Um mundo melhor para todos
Antes de tudo, falemos um pouco de Marineuma de Oliveira, nascida em Campina Grande, mas que viveu a infância e a juventude na cidade d...
O emocional coletivo em Marineuma de Oliveira
O trabalho personalizado que resulta na singular interpretação com que o regente de orquestra marca a obra que conduz vai muito além ...
Quando música e maestro se confundem
Encontrar os caminhos certos para uma vida produtiva e prazerosa deve estar entre nossos desejos mais caros. A vocação pode manifestar...
Olhos cheios de vida na FIEP-PB
A “malhação do judas” é uma prática que remonta à época da colonização, tradicionalmente mantida até hoje. Chama-nos à curiosidade que...
Paixão sem ódio
É o verão que se despede... Quem tem olhos para ver, e ouvidos para ouvir, que escute e se deleite. Observem que as tardes se colorem ...
O nascimento de Osíris
Fomos estimulados a entrar na conversa poético-literária que se estabeleceu entre a respeitável tríade de escritores composta por Milto...
O que supomos seja arte
Certa vez, já idoso, o notável pianista chileno Claudio Arrau (1903-1991) escutava em uma rádio local os 24 prelúdios para piano de...
O Bazar de Sonhos
Nas caminhadas com os pés na areia molhada, vez por outra pisando espumas, estabelece-se um elo de magnetismo, ora cósmico, ora místico...
Os verdadeiros abutres
Como é bom soltar a imaginação e, de repente, imaginar-se caminhando na superfície do imenso planeta, por uma borda de terra e mar, com o céu refletido no abismo a brilhar do chão molhado. Nesse momento as pisadas nos fazem levitar bem no meio do transparente limiar entre dois céus de nós mesmos.
Mais na frente, uma coisa de que já falamos por aqui e que sempre nos chama atenção: os privilegiados urubus destas monumentais falésias. Que animais de sorte! Livres e privilegiados, com tudo isto sob si e só para si, sem ser perturbados por qualquer intruso, nem precisar sequer movimentar as asas para flanar sobre um cenário tão paradisíaco.
Lembrei de que em outra caminhada um grupo deles se reunia em terra ao redor de um banquete trazido pelo mar. Ao noa aproximarmos, vimos que era uma tartaruga marinha cuja cabeça certamente ficou presa em uma das redes que ali são içadas indiscriminadamente. Lembrei de tê-las visto outrora brincando nos corais em frente à nossa casa, um nicho favorito de seu habitat... Pensei em denunciar... mas, que nada, vão fazer o quê?
Deixemos as tartarugas e voltemos aos urubus. A eles só a brisa e a contemplação da paisagem interessam. Vez por outra, dois ou três alçam voo e planam sem o menor esforço, com movimentos deliciosamente suaves e harmônicos.
Há uma patota que costuma estrategicamente sempre se reunir em galhos no topo de um pequeno monte da encosta colorida por nuances de argila, salpicada de arbustos, em encantadoras assembleias matinais. E lá se avistam em harmonia, sem nem imaginar que são tão discriminadas pela poesia humana... Tão repudiadas pela maioria... que além de ignorar a grande contribuição que dão à Natureza, não percebe o lirismo que costumam emprestar àqueles céus, àquela paisagem, àquela vida de liberdade, paz e aconchego. Que felicidade! Além do visual que desfrutam habitam um lugar deveras seguro, longe e protegido dos que deles se enojam e os chamam de “abutres”.
Intimamente, com certo regozijo de superioridade, eles parecem saber muito bem quem sempre foram e continuam sendo neste mundo os verdadeiros abutres...