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Germano Romero é arquiteto, cronista e... bacharel em música. Eu, que tantas vezes lhe passei mensagens parabenizando-o pelos textos no...

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Germano Romero é arquiteto, cronista e... bacharel em música. Eu, que tantas vezes lhe passei mensagens parabenizando-o pelos textos nos jornais, principalmente sobre suas viagens mundo afora, já me dispunha a escrever sobre as obras arquitetônicas que tem criado na cidade, quando me deparei no Youtube com um programa Parada Obrigatória, seu, para a RCTV local e com o nome NOS CAMINHOS DE BACH.

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Germano Romero (Arnstadt, Alemanha) ALCR

MEU PRIMEIRO ALUMBRAMENTO COM OS SEGREDOS DA ARTE Eu tinha 15, 16 anos, trabalhava de dia e fazia um curso um tanto ingênuo de pint...

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MEU PRIMEIRO ALUMBRAMENTO COM OS SEGREDOS DA ARTE

Eu tinha 15, 16 anos, trabalhava de dia e fazia um curso um tanto ingênuo de pintura à noite. Foi quando meu pai me deu o Primeiro Encontro com a Arte, da Melhoramentos, obra do alemão-baiano Karl-Heinz Hansen. Aconteceu que nesse livro dei - entre tantas obras-primas espalhadas pela Europa -
com o então divulgado como o Autorretrato do artista com a barba nascente, de Rembrandt, no MASP, o que me fez passar a insistir para que alguém me levasse ao Museu de Arte de São Paulo que, na época, ficava na 7 de abril (Somente iria para a Av. Paulista em 68). Aquele filho-de-deus-na-Terra estava a hora e meia de ônibus de mim! Quem me levou foi minha irmã Wilma (que perdemos em 2019, aos 87 anos). Inesquecível, isso, porque - ao cruzarmos a rua para chegarmos ao museu -, ela teve um belo flerte com Hélio Souto (1929-2001), então galã famoso do cinema brasileiro. Anos depois, a autoria do quadro foi desautorizada por experts holandeses. Mas tudo bem. Conheci o MASP. Tive outro ganho igualmente notável, que ainda subsiste: o texto, nesse livro, que há sob a foto do Les Glaneuses (As Respigadoras), de Millet:

- Os braços das duas mulheres mostram em seu trabalho uma tendência para baixo, dão ao quadro um peso para a esquerda. Para compensar, Millet utilizou-se do cavaleiro no alto, à direita.
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"As Respigadoras" Jean-François Millet, 1857 ▪ Museu d'Orsay (Paris)
O CENÁRIO D'A VERDADEIRA ESTÓRIA DE JESUS era composto de duas torres e uma mesa, tudo feito com canos de ferro galvanizados. As torres consistiam em quatro tubos verticais cada uma, sustentando dois pisos e uma escadinha, também de ferro. Quando o diálogo dos quatro evangelistas anunciava que se ia rememorar a travessia do Mar Vermelho, havia um blecaute e, no reacender dos refletores, a cena... passava a ser vista,
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WJ Solha
pela plateia, ... de cima, Dema e Tião já na horizontal, como se os dois canos laterais das duas torres fossem balaustradas de um par de pieres. Aí o Jorge (de repente Moisés), também na horizontal, suspenso um pouco acima da mesa, via Dema alarmando que o exército egípcio se aproximava e que eles estavam encurralados pelo Mar Vermelho (a cortina do teatro, vermelha, "abaixo" deles). Aí um tubo de luz surgia da entrada da plateia sobre o grupo, que ouvia - olhando "para cima", na verdade por cima do público, para a fonte do clarão - minha voz ampliada, dizendo as palavras de Jeová: Moisés, estende o teu cajado sobre o mar... e fende-o! Jorge fazia isso, ... as cortinas do Teatro Santa Roza se abriam ao som da música imponente,... e a plateia ... delirava. Acho que foi a criação mais aplaudida de meu teatro.


MAS ACHO QUE O MAIOR "MILAGRE" que vi, em arte, como Suspension of Disbelief (Suspensão da Incredulidade ou "suspensão do julgamento sobre a implausibilidade, numa realidade secundária") foi a que me deixou pasmo no Louvre: a magnífica Vitória de Samotrácia, em que o autor desconhecido, há vinte e dois séculos, fez, na pedra, um belo corpo de mulher vestido em "transparente" tecido... de pedra!

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Vitória de Samotrácia (Museu do Louvre) Marie-Lan Nguyen

Excertos do livro "Autob/i/ografia", disponível impresso na Arribaçã e em formato Kindle na Amazon  

      Não estamos sós: a Terra, como nós, é setenta por cento água e parte dessa nossa parte está, sempre, irreal, a levitar,...

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Não estamos sós: a Terra, como nós, é setenta por cento água e parte dessa nossa parte está, sempre, irreal, a levitar, mais leve do que o ar, em nuvens, até que, com quinhentas toneladas, deságua.

O fato de o Sol aparentemente girar ao redor da Terra... ou de nós, fez-nos pensar durante séculos que éramos o centro, o objetivo do ...

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O fato de o Sol aparentemente girar ao redor da Terra... ou de nós, fez-nos pensar durante séculos que éramos o centro, o objetivo do Universo e, consequentemente, de Deus. O sistema planetário concebido pelos antigos confirmava isso, assim como os autores do Antigo Testamento, que embarcaram na fantasia e criaram a cena em que Josué detém o Sol e a Lua para que houvesse tempo de terminar a batalha com a vitória sobre os amorreus.

Moacyr Scliar (1937 – 2011) é muito leve, irônico, profundo escritor judeu porto-alegrense, Prêmio Casa de Las Americas, Prêmio da APCA ...

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Moacyr Scliar (1937 – 2011) é muito leve, irônico, profundo escritor judeu porto-alegrense, Prêmio Casa de Las Americas, Prêmio da APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte –, detentor de quatro Jabutis, grau Comendador pela Ordem do Ipiranga, etc, etc, e que tem “O Centauro no Jardim” na lista dos cem melhores livros de temática judaica dos últimos duzentos anos, feita pelo National Yiddish Book Center.

Os evangelhos foram escritos em grego e - com a cultura helênica - Jerusalém recebeu, também, a influência de Platão. Em contraste com...

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Os evangelhos foram escritos em grego e - com a cultura helênica - Jerusalém recebeu, também, a influência de Platão. Em contraste com o Olho por olho, dente por dente, de Hamurabi, via Moisés, o filósofo – através de seu personagem Sócrates – dizia que - “Se alguém afirmou que a justiça consiste em dar a cada um o que lhe é devido, entendendo com isso que se deve dar aos amigos o bem e aos inimigos o mal, não foi sábio quem tal o disse, já que o dano causado a outrem não pode ser justo em caso algum.”

O SAL DO LEVIATÃ é muito estranho. Senti-me, diante desta obra de Guarnieri, como alguém do círculo mais próximo de Picasso ao ...

alexandre guarnieri cubismo picasso leviata
O SAL DO LEVIATÃ é muito estranho.

Senti-me, diante desta obra de Guarnieri, como alguém do círculo mais próximo de Picasso ao ser um dos primeiros a ver, em 1906, o Les Demoiselles d´Avignon, no qual se saca de imediato que, em meio à criação da tela, sem a mais mínima preocupação com a famosa e sempre exigida unidade, o espanhol mudara duas vezes de estilo.

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As senhoritas de Avignon Picasso
A primeira, ao introduzir naquele espaço, algo como uma página do Tratado Elementar sobre a Geometria das Quatro Dimensões, de Esprit Jouffret – em cima das visões de Poincaré que tinham virado a cabeça de Einstein. A segunda, ao transformar as caras das moças nuas d´Avignon em máscaras africanas, atônito com o que acabara de ver numa exposição delas, em Paris.

Desenho do "Tratado elementar sobre geometria quadridimensional" / Esprit Joufret B. Tourniaire
Assim,

Guarnieri faz a abertura de seu livro com cores mórbidas, meticuloso estilo tipo realismo fantástico, em que cada detalhe tem enorme destaque, como quem quer que se veja tudo ao mesmo tempo, do macro ao micro e, de um fôlego, num curto período, vemos, com poesia de alta voltagem:

“um engenho de espelhos”, “câmaras do horizonte, iluminadas”, “minério aberto, puro, casto: flor de cálcio”, “lágrimas na zona fronteiriça entre os alumínios do azul e a amarelidão molhada da areia fina”, “navalhas da erosão”, etc.

Mas eis que na página 16

“o clima declina em crise física (toda altura é esta estranha úlcera convulsa como se fosse ininterrupta a pintura de William Turner)”.

Pois bem:

Turner.

E aí se dá que na página seguinte, damos com outro Guarnieri. Que se pergunta:

“... e agora, Vasco, Pero Vaz de Caminha? a quantas anda nosso Caminho das Índias?”

É a questão que também me faço, ante esse Guarnieri, que tem a força daquele sermão de Orson Welles no Moby Dick de John Huston.

Trecho da AUTO B/I/O GRAFIA do autor

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Alexandre Guarnieri Penalux

      Aí, os envolvidos na construção do Marco vêm, fascinados, de todos os lados, ver a Paixão, que chega ao vivo, em prosa, ...

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Aí, os envolvidos na construção do Marco vêm, fascinados, de todos os lados, ver a Paixão, que chega ao vivo, em prosa, sem trilha de Johann Sebastian nem Miklós Rózsa, pra ser – sem muitos porquês - o andar mil e três. — E eis encarregados de cordas, enxós e enxadas, martelos, serrotes, marretas, cutelos, com cravos e cunhas, legais testemunhas, e Longino: lança na mão, a cavalo, no embalo, a frase em hebraico, latim e grego na bolsa, junto ao pelego,

Tive algumas experiências com a palavra. Claro que escrever romances é bem diferente de escrever poemas, para os quais você puxa o fre...

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Tive algumas experiências com a palavra. Claro que escrever romances é bem diferente de escrever poemas, para os quais você puxa o freio de mão. Nos dois casos, porém, as palavras são utilizadas e, em geral, lidas em silêncio.

Aí fiz teatro, e vi atores dizendo tudo aquilo em alto e bom som, dando vida ao que eu criara. Fiz cinema e eu mesmo disse falas e vivi as que escrevera, como se as trouxesse pra outra dimensão.

Rembrandt morreu pobre, pois – como Bach – foi rotulado, no fim da vida, de ultrapassado. Van Gogh não conseguia vender seus quadros...

historia arte pintura

Rembrandt morreu pobre, pois – como Bach – foi rotulado, no fim da vida, de ultrapassado.

Van Gogh não conseguia vender seus quadros, ... que tornaram sua cunhada — herdeira de todo o seu lote — rica.

El Greco foi preterido pela corte espanhola.

O retrato de Mona Lisa se tornou “o mais célebre quadro do mundo” quando foi roubado do Louvre e a imprensa tratou de realçar a notícia.

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Leonardo da Vinci / El Greco / Van Gogh

Nos anos 50 – estudando pintura - comprei a História da Arte, de Sheldon Cheney, e dei de cara com isto:

“Tempo houve, em nossos anos mais impressionáveis, em que nos ensinaram a aceitar o 'milagre grego', a 'perfeição ateniense' como conceitos inacessíveis aos paralelos”.

Mas – acrescentou Cheney — sem perceber que fazia o mesmo com os leitores:

“nas três primeiras décadas deste nosso século XX houve um desafio ao classicismo e um afastamento dos artistas mais criadores dos objetivos em ideais gregos”.

Bom, aí todo mundo se tornou cubista, suprematista, fovista, surrealista, inclusive brasileiros que se mandaram para Paris, como Portinari, Di Cavalcanti, Ismael Nery. Isso me lembra que, um tempo antes, o escândalo impressionista sufocara o impulso naturalista. Que fazer, então, se somos prisioneiros da circunstância, do universo — “como disse Ortega y Gasset”? Fazer como Bach, El Greco e Rembrandt.

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Di Cavalcanti / Ismael Nery / Portinari

A partir dos 15 anos, de manhã e ao meio dia caminhava até o centro de Sorocaba, onde ficava a loja de eletrodomésticos Lauro Miguel ...

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A partir dos 15 anos, de manhã e ao meio dia caminhava até o centro de Sorocaba, onde ficava a loja de eletrodomésticos Lauro Miguel & Cia, de que era datilógrafo.

Tudo começava com a descida - na ladeira em que ficava minha casa - até o riacho Supiriri, que eu margeava até a rua paralela à nossa, de onde começava a subir para a cidade.

Em 68 escrevi minha primeira peça teatral, “O Vermelho e o Branco”, a pedido do colega do BB, Ariosvaldo Coqueijo, espetáculo em que ...

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Em 68 escrevi minha primeira peça teatral, “O Vermelho e o Branco”, a pedido do colega do BB, Ariosvaldo Coqueijo, espetáculo em que acabei fazendo – com barba por causa disso – o papel de líder estudantil. Disso veio o pedido de que fizesse algo... menor, sobre Santa Catarina de Siena, com as estudantes do Colégio das Freiras. Um dia, ao chegar lá, uma das religiosas – de que me lembraria muito ao ver a presepeira ama de Julieta no filme de Zeffirelli – me encaminhou para um pequeno auditório com um velho piano... e o que aconteceu em seguida - eu, meio como Depardieu no filme "Greencard" - virou capítulo de meu primeiro romance, “Israel Rêmora”, publicado pela Record em 75:

Eu lia uma dessas pesadas Histórias da Arte, quando tive um alívio enorme: depois de mais uma vez atravessar a Renascença Italiana...

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Eu lia uma dessas pesadas Histórias da Arte, quando tive um alívio enorme: depois de mais uma vez atravessar a Renascença Italiana – cheia de calvários, mártires, batalhas e juízos finais – entrei numa leve e clara abordagem da arte japonesa. Com isso entendi porque ela foi agente importante da grande revolução ocorrida com o Impressionismo. Imagine o frescor que os europeus da época sentiram na descoberta, por exemplo, das Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji, de Hokusai.

Gosto de ver antigas gravações de concertos para piano e orquestra, com Friedrich Gulda, Daniel Barenboim, Leonard Bernstein levantand...

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Gosto de ver antigas gravações de concertos para piano e orquestra, com Friedrich Gulda, Daniel Barenboim, Leonard Bernstein levantando-se do teclado, passando a reger a sinfônica.



Gosto de ver Chaplin, Woody Allen, Orson Welles e Clint Eastwood trabalhando em filmes de que eles mesmos escreveram os roteiros e dirigem.

O poema número 8 de meu livro “DeuS e outros quarenta PrOblEMAS” abre com isto: Quando Barcelona está pronta, eis o Gaudí. Eis o ...

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O poema número 8 de meu livro “DeuS e outros quarenta PrOblEMAS” abre com isto:

Quando Barcelona está pronta, eis o Gaudí. Eis o Velásquez que chega, quando está pronta Madri. Pronta, Paris tem Rodin; e Amsterdam, o Rembrandt.

Geralmente se diz que sem a Revolução Russa não teria havido um cinema como o de Eisenstein, poesia como a de Maiakóvsky, nada como a música de Prokofiev, do mesmo modo que sem Pancho Villa e Zapata não teria existido, no México, nada parecido com aquele trio de gigantescos muralistas - Siqueiros, Orozco e Ribera.

Eu o vi abrir com “My Way” — em fabuloso solo de seu trombone – a tarde que nos concedeu, a nós poucos, happy few, band of brother...

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Eu o vi abrir com “My Way” — em fabuloso solo de seu trombone – a tarde que nos concedeu, a nós poucos, happy few, band of brothers, às 17 horas daquela quinta—feira, no segundo piso da extremamente silenciosa biblioteca da UFPb, para o primeiro encontro mensal com celebridades paraibanas que eu retratara para a série Pense Grande, capas do caderno FIM DE SEMANA do jornal O Norte, de janeiro de 2000 a julho de 2001.

Aprendi, quando fazia curso de pintura, aos 15, 16 anos, que a diferença entre assistir a um filme e ver um quadro, uma foto, é que a c...

arte olhar guernica bernini
Aprendi, quando fazia curso de pintura, aos 15, 16 anos, que a diferença entre assistir a um filme e ver um quadro, uma foto, é que a câmera e a montagem nos levam ao que interessa numa narrativa, já uma boa pintura, uma grande escultura, um belo desenho, uma boa fotografia não prevalecem se não têm um caminho fluente para os olhos, atraídos por aquela única imagem desponível, quase sempre - como ensinava Cartier-Bresson - flagrando um momento pregnante, prenhe do que aconteceu e está para acontecer.

Quando comecei a fazer literatura, primeira metade dos anos 60, com meus vinte e poucos anos, dei com o passado remoto, nessa área, tã...

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Quando comecei a fazer literatura, primeira metade dos anos 60, com meus vinte e poucos anos, dei com o passado remoto, nessa área, tão gigantesco quão deslumbrante: Ilíada e Odisseia, o teatro grego, a Eneida, Dante, a Bíblia, Shakespeare, o romance russo e o francês, o inglês e o americano, o alemão e o italiano - Os Sertões, Machado, Guimarães Rosa, Graciliano, Zé Lins, além de todo um mundo de poetas - de Eliot a Borges, de Fernando Pessoa a Pound, do Affonso Romano de Sant´Anna a Drummond - , e de pensadores - de Platão e Aristóteles a Marx, de Nietzsche e Schopenhauer a Teilhard de Chardin, Bergson e Sartre, de Celso Furtado ao Adam Smith, de Bertrand Russell aos grandes autores sobre Arte - como Élie Faure e Gombrich, e haja Brecht, Beckett, Voltaire, Molière, e eu ainda tinha meu expediente no Banco do Brasil, esposa e filhos.

Vejo Martha Argerich, no YouTube, executando o concerto número um para piano e orquestra, de Tchaikovsky e me lembro do amigo Kaplan ...

jose alberto kaplan musica arte piano
Vejo Martha Argerich, no YouTube, executando o concerto número um para piano e orquestra, de Tchaikovsky e me lembro do amigo Kaplan (1935-2009) num trecho de minha auto b/i/o grafia:

      A lua branca boiava no meio da travessia, no meio do São Francisco, no antepenúltimo dia. E Virgulino pensava na morte que ...

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A lua branca boiava no meio da travessia, no meio do São Francisco, no antepenúltimo dia. E Virgulino pensava na morte que lhe chegava e que bem clara ele via.

Maria, maravilhada, no claro olhava outra vez “Fon-Fon” e a “Noite Ilustrada” que já folheava há um mês: artistas agalegadas, vestidas feito uma fadas, lhe davam embriagues.