Rembrandt morreu pobre, pois – como Bach – foi rotulado, no fim da vida, de ultrapassado. Van Gogh não conseguia vender seus quadros...

Somos (todos) Marias-vão-co'as-outras

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Rembrandt morreu pobre, pois – como Bach – foi rotulado, no fim da vida, de ultrapassado.

Van Gogh não conseguia vender seus quadros, ... que tornaram sua cunhada — herdeira de todo o seu lote — rica.

El Greco foi preterido pela corte espanhola.

O retrato de Mona Lisa se tornou “o mais célebre quadro do mundo” quando foi roubado do Louvre e a imprensa tratou de realçar a notícia.

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Leonardo da Vinci / El Greco / Van Gogh

Nos anos 50 – estudando pintura - comprei a História da Arte, de Sheldon Cheney, e dei de cara com isto:

“Tempo houve, em nossos anos mais impressionáveis, em que nos ensinaram a aceitar o 'milagre grego', a 'perfeição ateniense' como conceitos inacessíveis aos paralelos”.

Mas – acrescentou Cheney — sem perceber que fazia o mesmo com os leitores:

“nas três primeiras décadas deste nosso século XX houve um desafio ao classicismo e um afastamento dos artistas mais criadores dos objetivos em ideais gregos”.

Bom, aí todo mundo se tornou cubista, suprematista, fovista, surrealista, inclusive brasileiros que se mandaram para Paris, como Portinari, Di Cavalcanti, Ismael Nery. Isso me lembra que, um tempo antes, o escândalo impressionista sufocara o impulso naturalista. Que fazer, então, se somos prisioneiros da circunstância, do universo — “como disse Ortega y Gasset”? Fazer como Bach, El Greco e Rembrandt.

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Di Cavalcanti / Ismael Nery / Portinari

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  1. É preciso reconectar o estético com o político e econômico para que se entenda a durabilidade temporal dos estilos

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