SOU Sou a letra daquela canção, Na noite à luz do luar, Dor silente do coração, Náufrago perdido no mar. Sou versos de ...

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SOU
Sou a letra daquela canção, Na noite à luz do luar, Dor silente do coração, Náufrago perdido no mar. Sou versos de ternos poemas, Estrela no céu a brilhar, O cheiro das alfazemas, O amor que em breve virá. Sou a flor que amanhece sorrindo, Esperando a menina colher, Sou a terra que estava dormindo, Aguardando a nuvem chover. Sou sal da terra provindo, A beleza do alvorecer, Os olhos da criança sorrindo, O sol do amanhecer. Sou a bondade triunfando, O que o homem viu ascender, O que chorando prosseguiu amando, À luz do entardecer.

Ana Flávia Nóbrega começa bem seu texto sobre o Brasil Cachaças, evento dos próximos 20, 21 e 22 de outubro, no Espaço Cultural, ao lem...

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Ana Flávia Nóbrega começa bem seu texto sobre o Brasil Cachaças, evento dos próximos 20, 21 e 22 de outubro, no Espaço Cultural, ao lembrar a condição de bebida estigmatizada por ser “originária da população mais afastada dos locais de poder”. Acerta em cheio.

Não custa imaginar que a cachaça tenha sido consumida na Paraíba bem antes da ocupação portuguesa. Não era de cana ainda, mas de mandioca.

Ars poetĭca Na Póetica, Aristóteles, claramente estabelece que o poeta é quem faz trama, não quem metro sempre tece. Se de um ...

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Ars poetĭca
Na Póetica, Aristóteles, claramente estabelece que o poeta é quem faz trama, não quem metro sempre tece. Se de um lado é a trama que nos dá todo o efeito, não se deve, no entanto, tecer metro com defeito. Não importa a medida que o poeta utiliza, é preciso que ela flua de maneira bem precisa, e na construção do verso ⏤ muito pouca gente sabe ⏤, é o ritmo que impõe a medida que lhe cabe. Se no grego é o iambo que da fala se aproxima, é o verso setessílabo que a nossa fala estima. E os dois são construídos de um modo semelhante, seja o trímetro iâmbico ou ternário, é constante. E na similaridade, diferenças aparecem: com uma breve e uma longa, os iambos, pois, se tecem, vão formando o Senário, de seis pés bem construído, cada pé sendo conjunto, em um verso entretecido. Já na língua portuguesa, é a sílaba que conta,

      NOV(IDADE) A gente nasce, cresce, se reproduz, envelhece e, depois, quer fazer tudo de novo, como se isso houvesse...

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NOV(IDADE)
A gente nasce, cresce, se reproduz, envelhece e, depois, quer fazer tudo de novo, como se isso houvesse...

Venham cá, vocês acreditam nos grandes prêmios pagos pelas loterias aqui no Brasil? Estou falando da mega sena e de suas irmãs menor...

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Venham cá, vocês acreditam nos grandes prêmios pagos pelas loterias aqui no Brasil? Estou falando da mega sena e de suas irmãs menores; dupla sena, quina, dia de sorte, super sete, lotofácil... Imaginem um sortudo que acertou na mega sena sozinho, prêmio acumulado há muito tempo. Contemplado com um valor abarrotado de zeros, sua identidade jamais é revelada obviamente por motivos de segurança dele próprio. Até aí eu aceito o que se põe ao público.

The Crown  é uma série de televisão anglo-americana criada e escrita por Peter Morgan para a Netflix. A série, que estreou em novembro...

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The Crown é uma série de televisão anglo-americana criada e escrita por Peter Morgan para a Netflix. A série, que estreou em novembro de 2016, é uma história biográfica sobre a família real do Reino Unido. Foi vencedora do Globo de Ouro de melhor série dramática e também o Globo de Ouro de melhor atriz em série dramática para Claire Foy, no papel de Elizabeth II. As cinco temporadas estão distribuídas em 60 episódios. Peter Morgan, que escreveu o filme A Rainha (2006), escreve o roteiro com o diretor Stephen Daldry, de As Horas (2002).

Rua Camilo de Holanda, trecho por trás do Liceu, muito depois da meia noite. Notei, na mesma calçada, a aproximação de alguém. Eu camin...

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Rua Camilo de Holanda, trecho por trás do Liceu, muito depois da meia noite. Notei, na mesma calçada, a aproximação de alguém. Eu caminhava para a Professor Paredes, bairro da Torre, doido para cair na cama. Ele vinha na direção da Lagoa, ponto por mim ultrapassado minutos antes. “Boa noite” daqui, “boa noite” de lá e o coração se acalmou.

O reino das palavras. Cedo me encantou o poder libertário de seus estatutos. Concretizado, na memória mais antiga, por aquele Pássaro ...

O reino das palavras. Cedo me encantou o poder libertário de seus estatutos. Concretizado, na memória mais antiga, por aquele Pássaro Cativo de fala doutoral mas que me fez enxergar a escravidão e a dor, onde antes eu pudera alcançar somente a beleza e o canto. A eloquência pedagógica de Bilac estabelecendo para os meus oito anos o impacto de uma nova ordem de sentimentos e valores.

Um dia desses, li este slogan em algum perfil de rede: “Dinheiro não compra classe”. Uma grande verdade que implica também em dizer que...

Um dia desses, li este slogan em algum perfil de rede: “Dinheiro não compra classe”. Uma grande verdade que implica também em dizer que classe e educação nada têm a ver com aparência e nem com riqueza material. Aliás, não há perigo e desperdício maiores do que dinheiro na mão de gente mal-educada.

Veio a reforma de Damásio Franca, a de Ricardo Coutinho, uma laje no lugar de outra, um reboco sobre outro, mas ficou no ar úmido da ...

Veio a reforma de Damásio Franca, a de Ricardo Coutinho, uma laje no lugar de outra, um reboco sobre outro, mas ficou no ar úmido da cal a pucumã largada pelos antigos fumos, uns vestígios de espírito do “ponto de encontro perdido”.

Desci pela 1817, botei a cabeça na livraria do Luiz, e quando menos espero acho-me no Ponto de Cem Réis. Não no Ponto de Cem Réis das reformas, mas no que descia comigo, dentro de mim, guiando os meus passos.

      Sobre adequações Vestiu uma roupa apertada demais queria pele Os sapatos de sola vermelha e saltos altíssimos n...


 
 
 
Sobre adequações
Vestiu uma roupa apertada demais queria pele Os sapatos de sola vermelha e saltos altíssimos não lhe deram os passos da alegria queria rumo Não se incluía Não se conectava Não se sabia Corria os olhos pelas capas de revista buscava o molde de ser artista óculos da moda

Numa noite muito agradável, neste dia 7 de Setembro, Ilma e eu, acompanhados do meu irmão Humberto, nos dirigimos ao teatro Pedra do R...

Numa noite muito agradável, neste dia 7 de Setembro, Ilma e eu, acompanhados do meu irmão Humberto, nos dirigimos ao teatro Pedra do Reino para assistir a apresentação de Chico Buarque em João Pessoa. Diferente de Humberto, esta seria a nossa avant-premiére, pois nunca havíamos assistido antes a um show de Chico ao vivo.

O teatro estava lotado. Do balcão dava para ver todos os lugares ocupados, a platéia predominantemente jovem, mas salpicada de cabeças prateadas de saudosistas, qual um céu estrelado. O espetáculo demorou quase meia hora para começar, mas valeu à pena esperar, tantas manifestações de humor e de criatividade aconteceram. No ar, um verdadeiro frisson pelo início do espetáculo. Para nós dois não era nada, uma espera de longos anos.

Estava a uma distância suficiente para reconhecer o talhe do rosto. Os cabelos alinhados e a barba embranquecida indicavam como sen...

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Estava a uma distância suficiente para reconhecer o talhe do rosto. Os cabelos alinhados e a barba embranquecida indicavam como sendo o poeta Waldemar José Solha à minha frente, e este, a passos cadenciados, seguia pela calçada de mãos dadas com a esposa.

Retornava de minhas atividades físicas no final da tarde. Caminhava lento quando avistei Solha, no outro lado da rua, em debanda do mercado do Bairro dos Estados.

Um velho Timbira, coberto de glória, Guardou a memória Do moço guerreiro, do velho Tupi! E à noite, nas tabas, se alguém duvidava Do qu...

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Um velho Timbira, coberto de glória, Guardou a memória Do moço guerreiro, do velho Tupi! E à noite, nas tabas, se alguém duvidava Do que ele contava, Dizia prudente: – “Meninos, eu vi!”
Décimo canto do poema épico I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias
Preso liminarmente em um desses dias de chuvas que nos atingiram nos últimos dias, preconizando a primavera que se avizinha, pus-me a imaginar como preencher esse dia. Terminei por empreender uma jornada de relembranças de tempos idos, percorrendo um itinerário, que embora não tendo o lirismo das lembranças do poeta Jomar Muniz de Brito, no seu Itinerário Lírico da Cidade de João Pessoa, me levou às ruas que marcaram a minha infância e parte da adolescência, revivendo

A primavera nem havia chegado e eu ainda apreciava o colorido das bandeirinhas e o frescor matinal da chuva madrugosa. Era um...

A primavera nem havia chegado e eu ainda apreciava o colorido das bandeirinhas e o frescor matinal da chuva madrugosa. Era um sorriso balançando estirado em cima de um terraço enfeitado que permanecia pós-festas juninas. Talvez, um sinal da cíclica passagem humana. O calendário a girar meses e retornar com estações e festas, feito um trem de passagem pelas paragens a encantar os passageiros do vagão tempo.

E passavam pelas janelas dos olhos tantas aquarelas. As casas em manchas, o rio e as árvores misturados, os carros mais céleres e aparentemente parados, os chãos em tons flutuantes e quase naufrágios, a cidade em completa transformação. Dos seres uma multicoloração das peles e pelos espalhada pelos recantos que se enroscam, miscigenam-se, agregam-se, encantados.

Já fui um adepto da corrida. Comprei o livro de Kenneth Cooper e o li com aplicação, procurando seg...

Já fui um adepto da corrida. Comprei o livro de Kenneth Cooper e o li com aplicação, procurando seguir seus conselhos para melhorar a capacidade cardiorrespiratória e ganhar mais anos de vida. Costumava acordar cedo para trotar cinco ou mais quilômetros na calçadinha da praia. Quando cursava pós-graduação no Rio participei da corrida Leblon-Leme e não fiz feio, embora terminasse o percurso esbofado como um touro de arena antes do golpe fatal.