O Brasil, com sua imensidão territorial e diversidade cultural, é um mosaico de experiências e saberes. Ao visitar lugares como Belém, ...

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O Brasil, com sua imensidão territorial e diversidade cultural, é um mosaico de experiências e saberes. Ao visitar lugares como Belém, onde a cultura indígena se faz presente de forma vibrante, somos convidados a refletir sobre as inúmeras dimensões que compõem a identidade brasileira. A conexão dos povos indígenas com a natureza é uma lição que ressoa profundamente, especialmente em um mundo cada vez mais afastado de suas raízes naturais.

Sou do tempo em que, sem os supercomputadores de hoje pra previsões meteorológicas, em muitas residências havia a miniatura de uma casa...

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Sou do tempo em que, sem os supercomputadores de hoje pra previsões meteorológicas, em muitas residências havia a miniatura de uma casa, de que saía uma mocinha com roupas alegres ou um cara com guarda-chuva, dependendo do barômetro. Não era um prognóstico muito seguro, claro. Como os de hoje ainda não são.

Vou registrar nestas linhas algumas imagens de meu tempo de menino até que eu possa chegar ao que sugere o título do presente texto. Co...

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Vou registrar nestas linhas algumas imagens de meu tempo de menino até que eu possa chegar ao que sugere o título do presente texto. Começo dizendo que foi o melhor dos meus tempos. Jogava-se bola na rua, empinava-se pipa nos ventos de julho, fazia-se o pião girar absoluto em chão de terra batida e havia de se mostrar destreza e pontaria nas contendas com bolas de gude.

Um dos elementos mais fascinantes da literatura ficcional é a personagem. Quem não se lembra de figuras marcantes como Capitu, de Dom C...

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Um dos elementos mais fascinantes da literatura ficcional é a personagem. Quem não se lembra de figuras marcantes como Capitu, de Dom Casmurro, de Machado de Assis, com seus olhos de cigana oblíqua e dissimulada; Fabiano, de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, com sua luta bruta contra a miséria e a seca; a Gabriela, de Jorge Amado, com seu cheiro de cravo e canela,

Houve um tempo em que no quintal de minha casa existia um cajueiro, alto e frondoso, que preservei por muitos anos,...

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Houve um tempo em que no quintal de minha casa existia um cajueiro, alto e frondoso, que preservei por muitos anos, desfrutava da sombra e colhia frutos. Os pássaros se acomodavam e faziam seus ninhos. Já estava em altura que trazia incômodo para o pequeno espaço do jardim por causa das folhas secas em excesso e do cupim a infestar o madeiramento da casa.

As curvas e a vegetação mais árida trazem belezas novas. E quilômetros só de estrada, pontilhados por cidades que surgem...

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As curvas e a vegetação mais árida trazem belezas novas. E quilômetros só de estrada, pontilhados por cidades que surgem, que se cruzam, que ficam pelo retrovisor. Serras com nomes de suas cidades se aproximam e lançam blocos gigantes de rocha dependurados sobre uma estrutura ímpar. Serra de Santa Luzia e Serra do Teixeira se revelam com as suas pequenas bocas prontas para engolir a serpente asfáltica e as micros máquinas que vão e vem entre o Litoral e o Sertão.

Fala-se muito do Machado dos romances e dos contos, e pouco se comenta o Machado de Assis cronista. Mas o velho Bruxo também foi bom ne...

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Fala-se muito do Machado dos romances e dos contos, e pouco se comenta o Machado de Assis cronista. Mas o velho Bruxo também foi bom nesse gênero. Uma boa oportunidade de constatar isso é ler “Fuga do hospício”.

A felicidade é, talvez, a mais inútil das invenções humanas. Não serve para nada. Não constrói pontes, não paga contas, não resolve co...

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A felicidade é, talvez, a mais inútil das invenções humanas. Não serve para nada. Não constrói pontes, não paga contas, não resolve conflitos, não salva ninguém de um dia ruim. Ela é como a água que escorre entre os dedos de quem tenta segurá-la: quanto mais se esforça, mais se perde.

A ideia de psicopatas no poder político sempre despertou fascínio e temor, tanto nos institutos de pesquisas acadêmicas quanto na cultu...

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A ideia de psicopatas no poder político sempre despertou fascínio e temor, tanto nos institutos de pesquisas acadêmicas quanto na cultura popular. Psicopatas são indivíduos caracterizados por traços como falta de empatia, manipulação, charme superficial, ausência de remorso e uma inclinação para comportamentos antiéticos e até criminosos, sem que isso lhes gere culpa. Quando essas características se manifestam em líderes políticos, os impactos podem ser de terror social ou de guerras.

Interessante é que nunca fomos apresentados. Sabemos da existência mútua, lemos um ao outro e nos comunicamos através deste Ambiente ...

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Interessante é que nunca fomos apresentados. Sabemos da existência mútua, lemos um ao outro e nos comunicamos através deste Ambiente de Leitura Carlos Romero. Certa vez, numa das confraternizações natalinas promovidas por nosso “chefe” Germano, avistei-o de longe, achei que era ele pelos cabelos brancos e antes que pudesse cumprimentá-lo, ele se retirou, de fininho, quando a noite era ainda uma criança para alguns, mas ele, com a prudência e a sabedoria dos mais vividos, concluiu que era hora de se recolher. E lá se foi, lépido, discreto, elegante e oportuno, distribuindo cumprimentos amáveis aos que o saudavam pelo caminho…

  O vento e a maré Amo as carícias que estão em tuas mãos, Mas não adianta quereres me reter, Pois, como a areia que busca o in...

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O vento e a maré
Amo as carícias que estão em tuas mãos, Mas não adianta quereres me reter, Pois, como a areia que busca o infinito, Vou escorrer entre teus dedos macios, É assim que é. Mudar o que vai em meu coração Equivale a sacrificar o sublime Que ainda habita em mim. Sei que danço entre a amargura E a borrasca no dia seguinte.

“Há um deus único e secreto em cada gato inconcreto governando um mundo efémero onde estamos de passagem Um deus que nos hospeda nos ...

gato tombi turquia
“Há um deus único e secreto em cada gato inconcreto governando um mundo efémero onde estamos de passagem Um deus que nos hospeda nos seus vastos aposentos de nervos, ausências, pressentimentos, e de longe nos observa Somos intrusos, bárbaros amigáveis, e compassivo o deus permite que o sirvamos e a ilusão de que o tocamos”
Manuel António Pina, jornalista e escritor português premiado em 2011 com o Prémio Camões, in “Como se desenha uma casa” (Editora Assírio & Alvim)

Fazia tempo que eu não alcançava o auditório da Academia na plenitude de sua principal finalidade, que é zelar pela presença, após a m...

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Fazia tempo que eu não alcançava o auditório da Academia na plenitude de sua principal finalidade, que é zelar pela presença, após a morte, dos que empenharam o melhor de si no labor literário, sobretudo no meio provinciano. Plenitude, desta vez, não só de casa cheia como de presenças compenetradas.

Fui ver Pollock no MAM do Rio de Janeiro em uma exposição temporária. Havia dois quadros dele em uma sala só para ele. O pintor usara...

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Fui ver Pollock no MAM do Rio de Janeiro em uma exposição temporária. Havia dois quadros dele em uma sala só para ele. O pintor usara o próprio corpo, como instrumento para realizar composições abstratas num emaranhado de cores fortes. O segundo quadro era em tons monocromáticos entre um cinza forte e um matiz desmaiado em uma tela imensa. Ele é um dos grandes expressionistas abstratos da América. No momento em que surgiu o expressionismo na Alemanha, o país era assombrado pela ameaça da guerra. Os pintores usaram as

Falar de Mozart e de Mercury, como, talvez, duas máscaras, dois enredos, duas vestes de uma mesma alma é, como se lembrássemos de uma ...

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Falar de Mozart e de Mercury, como, talvez, duas máscaras, dois enredos, duas vestes de uma mesma alma é, como se lembrássemos de uma das canções mais populares do Queen, “it’s a kind of magic”!

Na ancestralidade figuram os primeiros sinais da ideia de reencarnação, no seio de alguns povos que habitaram este Planeta. Afinal, muito mais razoável e lógico supor que a renovação de oportunidades de aprendizado e progresso seria mais justa do que a unicidade existencial. De outra sorte, as crenças dos povos em tempos sequenciais também foram moldadas pelos poderes das religiões dominantes, assim como por suas culturas, para sancionar um poder divino que absolveria ou condenaria os seres, a seu talante.

José Ramos Horta, prêmio Nobel da paz de 1996, por sua luta pela independência do Timor Leste, disse, numa entrevista, que, embora a ...

lingua portuguesa
José Ramos Horta, prêmio Nobel da paz de 1996, por sua luta pela independência do Timor Leste, disse, numa entrevista, que, embora a língua tetum seja falada pela grande maioria da população malaio-papua (chineses, árabes e europeus são minoria), foi a língua portuguesa que simbolizou a resistência contra a opressão da Indonésia. Proibido pela ditadura do general Suharto que anexou o Timor Leste à Indonésia em julho de 1976, o português era ensinado às escondidas e aprendido com orgulho pelos timorenses que sonhavam com a liberdade. Pelo menos lá, o português era ensinado como um instrumento de libertação.