Imitação é imitação. À entrada do ano que findou, o fatídico 2020, assisti de uma varanda alta, 16º ou 17º andar, suficiente para descorti...

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Imitação é imitação. À entrada do ano que findou, o fatídico 2020, assisti de uma varanda alta, 16º ou 17º andar, suficiente para descortinar a girândola concentrada à beira-mar, desde a estátua do Almirante à ponta do Cabo Branco.

De uma chuva o prelúdio terminou virando música. Do céu de Valldemossa, nas janelas de Maiorca, no Mar das Baleares, ou mesmo da Po...

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De uma chuva o prelúdio terminou virando música. Do céu de Valldemossa, nas janelas de Maiorca, no Mar das Baleares, ou mesmo da Polônia, em Zelazowa Wola, onde antes renasceu, foi colhido o lampejo para tal composição. Imaginem que beleza!

Sobrevoando o deserto do Saara, um piloto e narrador da história, sofre uma pane em seu avião, fato que o obriga a fazer um pouso ...

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Sobrevoando o deserto do Saara, um piloto e narrador da história, sofre uma pane em seu avião, fato que o obriga a fazer um pouso forçado. Muito cansado ele adormece e acorda com uma presença singela de um principezinho de cabelos dourados que lhe afirma ter vindo do planeta chamado B612.

Já ouvi muitas vezes comentários à guisa desse nome: Jampa . Apelido, cognome, ou meme? Como queiram considerar. Definitivamente, é a cida...

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Já ouvi muitas vezes comentários à guisa desse nome: Jampa. Apelido, cognome, ou meme? Como queiram considerar. Definitivamente, é a cidade de João Pessoa, a que jamais deixará de sê-la, trançando as belezas que transbordam o matiz de suas águas, os seus mares, o seu verde e o seu barroco vetusto e belo.

Em tempos pandêmicos, mais do que nunca, nos é escassa e imprescindível a existência de referenciais. Flui, nos países da América Latina, ...

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Em tempos pandêmicos, mais do que nunca, nos é escassa e imprescindível a existência de referenciais. Flui, nos países da América Latina, subterraneamente, uma riqueza incomensurável de Arte e fazeres que a contemporaneidade pós-moderna, tenta, a grande custo, liquefazer: ao achatar toda e qualquer forma de criação humana, procurando igualá-la indistintamente. Em música é urgente que se brade em alto e bom som: nem toda música é Arte! E isso precisa ser esclarecido, sobretudo nos ambientes acadêmicos, pois é lá, seja por fins de estudos, seja por interesses seculares de alimento do mal gosto,

“Um homem médico é, pois, igual em valor, a muitos outros, para retirar dardos e aplicar fármacos calmantes.” (Idomeneu a Nestor, em plen...

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“Um homem médico é, pois, igual em valor, a muitos outros, para retirar dardos e aplicar fármacos calmantes.” (Idomeneu a Nestor, em plena batalha entre gregos e troianos. Ilíada, Canto XI, versos 514-5)

As palavras medicina e mezinha têm a mesma raiz etimológica. A primeira forma é erudita, proveniente de medicina, medicīnae, cuja origem, no latim, está ligada ao verbo depoente medeor, por sua vez, originário do verbo médio grego μέδομαι (médomai), ambos com o sentido de cuidar e tratar, alongando o significado em grego para também proteger. A segunda forma, mezinha, é uma corruptela da primeira, sendo, hoje, um arcaísmo, com sua datação em textos remontando ao século XIII, mas ainda muito empregada nas regiões mais distantes do mundo urbano. Registra-se, ainda, a forma meizinha, produto de uma ditongação natural, para a oralidade. O importante a guardar, independente da forma, é que, em princípio, o médico e a medicina encontram-se na esfera do cuidado, do tratamento e da proteção.

Sempre que vai um ano e vem outro, é comum refletir sobre o que se viveu e fazer planos para o futuro....

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Sempre que vai um ano e vem outro, é comum refletir sobre o que se viveu e fazer planos para o futuro. O tempo, afinal, existe para isto: levar-nos a esquecer as frustrações pelo que não deu certo e nos estimular a fazer novos planos. Não há dúvida de que no atual momento, com o vírus circulando por aí, as metas vão encolher bastante. Como projetar viagens não sabendo se será possível realizá-las? Como programar festas, de aniversário ou do que for, se os epidemiologistas continuamente nos alertam sobre o risco das aglomerações?

A luta contra a pandemia está sendo difícil porque nem todos estão interessados em colaborar. Se estivessem, abdicariam um pouco dos próprios interesses em benefício do bem comum. Por que não fazem isso? Talvez por se acharem “imortais”, ou pensarem que estatisticamente têm poucas probabilidades de ser acometidos pela doença. Como se ela só atingisse os outros... É o velho egoísmo triunfando sobre as nossas ralas propensões altruístas.

2021 vai ser o ano da vacina. Ou das vacinas, pois haverá muitas, com diferentes níveis de eficiência para as distintas faixas da população. O vírus não se extinguirá sem que em nosso organismo proliferem os anticorpos capazes de devorá-los. Curiosamente, ainda assim há quem se oponha a esse inestimável recurso da ciência – por ignorância, birra ou (o que parece mais comum) posicionamento ideológico. Chega-se ao ponto de desejar o fracasso de quem se empenhe em importar um tipo de vacina que tenha mais eficácia na cura da doença.

O réveillon é também sinônimo de Carnaval, mas fica difícil antecipar uma folia que não vai se prolongar em fevereiro. Principalmente se a gente se lembrar de que, no período carnavalesco passado, foi o vírus quem fez a festa. A tendência (pelo menos para os prudentes) é ficar em casa abraçando os parentes próximos, com os quais se tem a certeza de não correr riscos. Haverá em tudo isso algo de sombrio, claro. É grave e penoso meditar sobre o tempo quando paira no horizonte a ameaça de um vírus letal. Ele é uma sombra que só irá se desfazer quando a vacina começar a produzir os seus efeitos.

A vida é um processo de ajustamento contínuo às circunstâncias. Chegamos aonde chegamos na escala evolucionária devido à nossa ilimitada capacidade de adaptação. O ser humano se adapta a tudo, pois o instinto de conservação o impulsiona a ir em frente. Mas “ir em frente” não significa necessariamente evoluir. Pode significar, como no atual momento, apenas sobreviver. À meia-noite do dia 31, brindaremos sobretudo à nossa sobrevivência num ano em que tantos se foram.

Há que se entender ou não o "ornitorrinco do pau oco"? Eu, por exemplo, vivo em busca de algum autoentendimento.  Só recentem...

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Há que se entender ou não o "ornitorrinco do pau oco"?

Eu, por exemplo, vivo em busca de algum autoentendimento.  Só recentemente, relendo uma definição do Breviário da decomposição, de Emil Cioran, é que me descobri um pessimista entusiasmado.

Mas, antes de uma definição psicológica, quem ler esta coletânea de meus três primeiros livros já publicados, em que incluí poemas inéditos, terá primeiro uma impressão de estranhamento e de curiosidade: o porquê de meu nome.

Todas as vezes que via essa data, 2020, imaginava algo estranho. Gostava mais do 1982, 1986, 1995... até 2019, ainda ia. Eu me sentia em c...

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Todas as vezes que via essa data, 2020, imaginava algo estranho. Gostava mais do 1982, 1986, 1995... até 2019, ainda ia. Eu me sentia em casa. Mas 2020 sempre me pareceu diferente. Mesmo nunca tendo simpatizado com ele, minhas esquisitices nunca poderiam me fazer imaginar como seria esse ano.

O Ano Novo estava para chegar. O rebuliço tomando a casa: a mesa se enfeitando de comidas variadas. Luz faiscando por toda a parte, cumpr...

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O Ano Novo estava para chegar. O rebuliço tomando a casa: a mesa se enfeitando de comidas variadas. Luz faiscando por toda a parte, cumprimentos e beijos. Abraços de quem não se encontrava há tempo. O relógio de parede no tic tac fastidioso, antigo, o mostrador em algarismos romanos.

Narinha e o marido Durvalino não perdiam um pagode nas tardes de sábado, lá no botequim do Alcides. Dos que freqüentavam aquele samba, Cel...

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Narinha e o marido Durvalino não perdiam um pagode nas tardes de sábado, lá no botequim do Alcides. Dos que freqüentavam aquele samba, Celestino era o protagonista, um danado no cavaquinho, além de que era também bom de gogó e sua cantoria era o que mais animava a gafieira. Sem Celestino o pagode perdia o fôlego, desafinados teimavam em cantar e ninguém se prontificava a arrastar as mesas para um rala-bucho.

No que pese a importância dos estruturalismos, houve quem utilizasse os gráficos, os esquemas, as chaves, os colchetes etc., como se foss...

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No que pese a importância dos estruturalismos, houve quem utilizasse os gráficos, os esquemas, as chaves, os colchetes etc., como se fossem bisturis nas mãos de um médico legista que dissecasse o texto (o cadáver) à semelhança de um redivivo Jack, o Estripador. Ou seja, dividiam-no mecanicamente em partes, reduzindo-o a um monte de roldanas, porcas, parafusos, molas, prontos para serem vendidos no ferro velho da esquina.

Parte III Um banquete na abadia Tenho verdadeiro fascínio por abadias. Antes havia lido muito sobre a primeira que iria conhece...

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Parte III
Um banquete na abadia

Tenho verdadeiro fascínio por abadias. Antes havia lido muito sobre a primeira que iria conhecer: a Abadia de Fontenay (Borgonha). Ela foi fundada no século 12, mais exatamente em 1118, por São Bernardo de Claraval que pertencia à ordem dos monges cistercienses, criada em 1008. Eles abandonaram a vida de fausto em Cluny, e abraçaram a vida simples e reclusa.

Em seu 18º episódio, a Pauta Cultural da ALCR-TV homenageia 3 textos de autoras que se revelaram pela acolhida e recepção com relevante nú...

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Em seu 18º episódio, a Pauta Cultural da ALCR-TV homenageia 3 textos de autoras que se revelaram pela acolhida e recepção com relevante número de compartilhamentos, e 3 cronistas já consagrados no mundo das letras paraibanas, que compõem a galeria de autores do Ambiente de Leitura Carlos Romero.

A pretexto do Natal de luzes falsas, mais de venda que de louvor, sem que se apresente em tempo o ouro dos paus d’arco nem o fervor amoro...

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A pretexto do Natal de luzes falsas, mais de venda que de louvor, sem que se apresente em tempo o ouro dos paus d’arco nem o fervor amoroso dos abraços (comentávamos isso), José Octávio de Arruda Melo telefona para acrescentar o luto dos visionários com a morte de Balduíno Lélis.

Sou do tempo (isto é apenas um fato, não um juízo de valor) em que experiência era algo que se fazia em laboratório, com pipetas e tubos de...

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Sou do tempo (isto é apenas um fato, não um juízo de valor) em que experiência era algo que se fazia em laboratório, com pipetas e tubos de ensaio. Coisa de cientista ou candidato a. Agora tudo mudou. Tudo se tornou experiência.