Há alguns dias o Reino Unido parou para assistir às ...
Crepúsculo real
Gilberto Freyre é realmente um assunto inesgotável, volto a dizer. Ele sempre está nos surpreendendo com novas facetas, novos ângulos,...
Gilberto Freyre comunista, quem diria
A manhã do domingo subitamente ensolarado acabara de raiar, envolta no gostoso clima invernal renovado pelas chuvas, quando até os ...
A casinha do marimbondo
Debruçando-me, e sendo genuflexo, rogando a mesma a benevolência da minha ousadia ao desejar seguir os inimitáveis passos de sua profi...
Pelas veredas liceístas de Ângela Bezerra de Castro
Se eu fosse o roteirista, Mav morreria no final e teria o segredo revelado ao seu afilhado contado por sua ex-namorada. Mas não, meu ún...
Palmas para Tom Cruise
A partir de dezembro de 1968, com a edição do Ato Institucional nº 5, o famigerado AI-5, o governo militar passou a exercer, de forma m...
Um Cantador do Nordeste
Não pertenceu à biblioteca dos reis e dos aristocratas, não ele. Jamais teve rica encadernação, letras douradas, nome na lista dos expe...
Meu pai, um livro raro
A ostensiva presença do livro, mesmo exposto pelo dorso, de costas para os que estão na sala, sempre nos tenta a pôr as mãos nele. Falo...
Como você passa mal, Sócrates
Vejo uma pequena estante a um canto da recepção, numa das clínicas, e começo a reconhecer, de alguma distância, o dorso delgado e já meio desbotado de um livro familiar. Sem ter a quem pedir licença, e também sem ser notado – todos estavam na Internet e a recepcionista no computador — fui lá e, num fechar de olhos, me vi em 1978, numa tarde friorenta, subindo a pé uma ladeira de Santos, São Paulo, ao lado de Carlos Roberto de Oliveira, no encalço da autorização
Ontem, 10 de junho, foi o aniversário da morte do poeta Luís Vaz de Camões e também o Dia Nacional de Portugal . Ao que parece, a dupla...
Camões e a Língua Portuguesa
DOS GATOS Gosto de gatos porque eles se posicionam, têm opinião. São exigentes, verdadeiros e misteriosos, num mesmo dia...
Animal
Gosto de gatos porque eles se posicionam, têm opinião. São exigentes, verdadeiros e misteriosos, num mesmo diapasão. Sua astúcia e independência contrastam com preguiça e doce carência. Como é que podem ser tão diversos, assim? Num dia, dormem ao pé de nossa cama. Em outro, somem do mapa, enfim. Querem carinho e atenção redobrada, mas só quando estão a fim. Não gostam de você incondicionalmente. É preciso que se sintam como presença desejada. Uma coisa é certa: quando você está triste, doente ou desanimada, são eles que lhe acolhem, em troca de nada.
No zoológico, a prisão, animais confinados, cujo destino é entreter as pessoas que passam. Triste sina! Urubus, harpias, cobras e jacarés. E vamos passando, admirando, como se eles fossem - e são – peças de um museu. Os pelicanos alçam tímidos voos, de lá para cá, de cá para lá. Os macacos, esses sabem de nós, e se exibem como quem diz: “Querem espetáculo? Tomem espetáculo!” E correm, de um lado para outro. Hipopótamos, camelos, leões, tigres e um urso. O urso olha nos meus olhos, como se dissesse: “Tem nada não... No futuro, quando destruírem o que lhes mantém, serão vocês a estarem aqui, nestas gaiolas-vitrine, a serem admirados, com tédio ou desdém, por seres outros...
O canto dos pássaros desperta a manhã que, rendida pela noite, dormia profundo. E eu, cúmplice, insone, finjo não ver essa troca de turno que me nega o sono e me mantém acordada.
A barata alça voo por sobre minha cabeça. Feito louca, grito e corro para me esconder. E ela nem sabe do poder que exerce sobre mim. E eu nem desconfio do porquê de ser assim.
Quando o gato me olha fixamente com seus grandes olhos azuis, sinto, da parte dele, afeto, estima e consideração.
Poemas incluídos no capítulo ANIMAL, do livro "Entre Parênteses - Poemas" (Ed. Da Autora), de Marineuma de Oliveira, com participação, em áudio, do grupo Poética Evocare.
Clique na imagem ao lado para acessar episódios completos do podcast homônimo, já publicados em plataformas de streaming (Link)
Tem toda razão o meu querido Martinho Moreira Franco, quando despreza detalhes verdadeiramente insignificantes para enxergar no velho...
O Liceu de professor Gibson
Não pode ser outro o espírito dos paraibanos, recebendo como presente de fim de ano a bela e simbólica estrutura arquitetônica, completamente restaurada e, ao mesmo tempo, internamente adaptada às exigências da sociedade contemporânea.
O médico indiano e escritor Deepak Chopra narra, em seu livro “A fonte da felicidade duradoura” um fato, deveras impressionante: uma mu...
Esqueça sua idade
— Ai, Enfermeira, com os mil e seiscentos diabos... — Calma, meu senhor. Foram arranhões profundos. Temos que remover esses cascões. ...
O amigo Einstein
— Calma, meu senhor. Foram arranhões profundos. Temos que remover esses cascões. Há inflamação debaixo deles. Está tudo purulento. Você devia ter cuidado disso logo depois do ataque.
— Ai, minha Nossa Senhora... Cuidei, moça. Lavei com vinagre.
Ao longo do tempo os mais importantes cientistas do mundo visitaram o Brasil e deixaram registradas suas impressões. Vale a pena revis...
O que eles acharam do Brasil
Começo com o Doutor George Gamow, físico russo que esteve no Brasil para dar algumas palestras em 1939 na sua área de especialização. Só que o russo descobriu os encantos do cassino da Urca e varava madrugadas nas mesas de roleta. Ninguém entendia como o professor conseguia sair do cassino ao amanhecer e logo depois fazer as tais palestras. Apesar da boemia o homem era fera.
Aumentou meu deserto. É como terminei e-mail de quatro linhas a Evandro Nóbrega, que me dá a notícia da morte de Valderi Claudino, no...
O fim da ladeira
Fez seu nome ou sua obra noutro meio, entre mineiros da saga de Guimarães Rosa, e aposentando-se, recolheu-se à Paraíba. Morando em Tambauzinho, meu vizinho de bairro, continuou o mesmo Valderi que deixei na Casa do Estudante em 1953: recolhido em seu quarto, fora da algazarra que era a nossa vida.



































