Como todo mundo está careca de saber, em 59 A.C. o poder de Roma foi dividido entre três bacanas; Júlio César, Pompeu e Crasso. Os ...

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Como todo mundo está careca de saber, em 59 A.C. o poder de Roma foi dividido entre três bacanas; Júlio César, Pompeu e Crasso. Os dois primeiros eram generais fantásticos, enquanto Crasso estava ali mais pela sua riqueza do que pelo seu conhecimento militar. César conquistou a Gália (menos a aldeia de Asterix),
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Ataque ao império Parto CC0
Pompeu dominou a península Ibérica e Jerusalém. Crasso queria mostrar serviço e decidiu conquistar os Partos (hoje juntaria Irã, Iraque, Armênia...) porque achava que eles eram assim fraquinhos. Chegou lá com 50 mil soldados. Abandonou as clássicas táticas militares e confiando na superioridade numérica caiu numa esparrela. É que os Partos tinham uma habilidade especial; fingiam estar fugindo e lá na frente, perseguidos pelos romanos, voltavam-se nas selas e conseguiam flechar o inimigo certeiramente. A isso chamou-se o disparo Parto. Claro que foram vitoriosos e o exército romano foi dizimado. Crasso morreu ali. Daí se chamar um grande erro de erro Crasso.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre...

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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
(Luís Vaz de Camões)


Neste mês, a Feira do Livro acontece em Lisboa com grande intensidade, reafirmando o que já sabemos: cultura não é passatempo — é identidade. E, por uma feliz coincidência, ou destino marcado nas estrelas de um céu atlântico, este mesmo período assinalou o 10 de junho: dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Celebrar Camões é mais que recordar um nome ou uma obra. É compreender que ele vive. Sim, vive. No rumor das ondas que bateram na caravela de Vasco da Gama, no fado que ecoa das vielas de Alfama, no cheiro de sardinha e manjerico dos Santos
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Poeta Júlia Pereira Acervo da autora
Populares. Vive sobretudo naquilo que Portugal tem de mais valioso: a palavra. E é na palavra que resiste a alma.

Entre as muitas vozes que se levantaram nestes dias de exaltação da cultura, uma destacou-se com força e doçura: a poeta Júlia Pereira. Em Lisboa, onde cada esquina tem memória, Júlia não recita apenas Camões — ela convoca-o. Com uma presença angelical, voz segura e uma paixão que trespassa a pele, ela transforma os versos de Os Lusíadas em matéria viva. É Camões que fala por ela, ou talvez seja ela quem fala por Camões.

Júlia não é apenas presença em eventos — é símbolo. Quando sobe ao palco, diante de escritores, editores, leitores e curiosos, o tempo dobra-se. As suas palavras misturam-se ás do passado e criam um presente onde a cultura não é ornamento, mas sim chão firme. É por isso que a sua atuação é tão imprescindível: ela representa o lado resistente e generoso de um Portugal que não se rende ao esquecimento.

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Rose Pereira
A língua portuguesa é o fio condutor dessa memória partilhada. É através dela que os povos se reconhecem, que as histórias ganham corpo, que os sentimentos atravessam oceanos. Mas também é através dela que se trava uma silenciosa batalha. Ainda há quem deseje aprisionar o idioma, cristalizá-lo, impedir que ele respire os novos tempos. Há quem resista às expressões vindas do outro lado do Atlântico, aos sons que ecoam de África, às palavras reinventadas por comunidades que fizeram da língua portuguesa o seu abrigo.

Ignoram, porventura, que a língua é um organismo vivo, que se molda aos ventos da História. Querem uma língua pura, sem contaminações, esquecendo-se de que a própria origem do português é mestiça, feita do latim e de tantas vozes que vieram com o tempo — mouras, galegas, africanas, tropicais. O idioma que Camões escreveu já não é o mesmo que usamos hoje. E ainda bem.

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Na sua atuação, Júlia Pereira também representa isso: o poder de uma língua que se transforma, sem perder a sua alma. Ao recitar Camões, ela mostra como o clássico pode ser moderno, como os Lusíadas podem conversar com os desafios de agora — a migração, a mestiçagem, a multiplicidade. E ao misturar palavras, sons e interpretações, ela reafirma o valor da diversidade linguística dentro da própria língua portuguesa.

Nas comemorações do Dia de Portugal, em Lagos, a presidente da Comissão Organizadora do 10 de junho de 2025, a escritora Lídia Jorge, lembrou-nos com lucidez que “Camões, tal como nós, conheceu uma época de transição, assistiu ao fim de um ciclo”. E, de forma reveladora, acrescentou:

“Os Lusíadas expressa corajosas verdades dirigidas ao rosto dos poderes que elogia”. O seu discurso traçou um paralelo entre o tempo do poeta e o nosso, apontando para um “novo tempo, que está a acontecer à escala global”.
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Escritora portuguesa Lídia Jorge Acervo da autora
Não se trata apenas de uma mudança política ou econômica — é cultural, identitária, linguística. E ainda reforçou essa ideia: “O povo português é descendente do escravo e do senhor que o escravizou.” Uma verdade desconfortável para alguns, mas profundamente necessária. Portugal é mestiço, é plural, e essa consciência é essencial para compreender quem somos — e para aonde vamos. E a língua portuguesa, espelho desse percurso, carrega em si essa memória de encontros e confrontos. Por isso, aceitar as transformações da língua, as expressões que chegam dos trópicos, dos arquipélagos, das margens e das diásporas, não é uma ameaça à identidade nacional — é, antes, um reconhecimento da sua verdadeira essência. Como afirmou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: “Recriar Portugal e, no fundo, ler os Lusíadas. Recordar o passado, mas apostar no futuro.”

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95ª Feira do Livro de Lisboa / Rose Pereira autografa livro Estava escrito, de sua autoria Acervo da autora
A aposta no futuro passa, inevitavelmente, pela aceitação da transformação. Pela compreensão de que falar português hoje é também falar com sotaques, com gírias, com palavras novas e antigos sentidos. É reconhecer que Angola, Brasil, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são também berços da língua — e que essa língua se ergue, canta e chora em cada um desses lugares de forma única e igualmente legítima.

Camões não morreu. Porque há sempre quem o recite, quem o viva, quem o sinta. E enquanto houver uma poeta como Júlia Pereira, de voz acesa e alma inteira, Camões continuará a caminhar pelas ruas de Lisboa, a sorrir entre os livros da Feira, a acolher as novas vozes da língua que ajudou a eternizar. A língua é viva — e por isso, o poeta também o é.

Quando eu nasci, o Brasil fazia sua última declaração de guerra contra uma nação soberana, não por minha causa, é claro. Assim o fez ...

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Quando eu nasci, o Brasil fazia sua última declaração de guerra contra uma nação soberana, não por minha causa, é claro. Assim o fez por meio do Decreto Presidencial nº 18.811, de 6 de junho de 1945, dia do meu primeiro berro. Acho que o Japão, de quem hoje abrigamos a maior colônia nipônica fora da Ásia, não ligou muito para esse decreto então assinado por Getúlio e dez dos seus ministros. Tinha mais com que se preocupar.

No inverno austríaco de 1756 nasceu Wolfgang Mozart, meu milagre favorito, amor de vida inteira. Imagino isso como o sol iluminando a ...

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No inverno austríaco de 1756 nasceu Wolfgang Mozart, meu milagre favorito, amor de vida inteira. Imagino isso como o sol iluminando a brancura da neve, dourando tudo, espalhando calor e esperança.

DESPEDIDA É na transição que me despeço pois outro em torno passa a ter sentido Não que seja felicidade a sucessão de portas, im...

poesia fotografia capixaba vitor nogueira jorge elias neto

DESPEDIDA
É na transição que me despeço pois outro em torno passa a ter sentido Não que seja felicidade a sucessão de portas, imagens, e a nova transparência do Mundo Não saber o nome que se diz quando se está surpreso passa a ser a vida (o recorte de cada adeus é essa bruma triste afastada dos olhos) e algo chamado silêncio ficou atado ao último pórtico onde calamos nossas vozes e partimos, mutilados de nosso amor.

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Vitor Nogueira


SOMENTE UM PENSAMENTO
Não vou falar o nome das coisas, elas se bastam em sua incompletude Nome e sobrenome do homem, este ser de farpas e paixões O enredo, o embrenhar no azul, é uma busca do eterno no desmedido No ínfimo, substituto da razão, o consolo, o suspiro de alívio Não vou falar o nome das pessoas, elas são muitas e várias em seus tons de voz, de súplicas, de verdades.

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Vitor Nogueira


O poema não sacia, não é guloseima, é som que não aquece os corpos banidos, não embala o sono sob as marquises que escorrem nas sarjetas irrequieto, rompe o recato do Paraíso dos iguais na farsa O poema é peso morto, daí ser sincero, seu silêncio tomba ídolos e ergue os corpos dos esquecidos. Com um pouco de tinta se desfigura a realidade. Mas a foto, esta criadora de existências, é um escarro, é a verdade. Com um poema se desdiz, pois ele respinga sobre a soberba.

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Vitor Nogueira


MÃOS BANDOLEIRAS
(escorrer entre os dedos é uma necessidade sagrada) O formato das mãos não se presta a guardar as lágrimas, não comportam sua rebeldia De gestos impacientes, permitem frestas e luz.

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Vitor Nogueira


A ARTE DO DESAPARECIMENTO
Em algum momento há de se aprender sobre o desaparecimento Os dentes assinam as raízes das coisas (algo desapercebido – o lapidar da esfinge) A vida tem sua fome de glória e guerra pela verdade e estende seu piso até a Terra que nos preenche com a derradeira surpresa.

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Vitor Nogueira


BLACK
Tudo é casual, até o sentido da vida, o zelo, o olhar. (Eu te trouxe, mas você não me serve mais.) Não cabe em minha tristeza o que não me sustenta, não me dá “likes”. Mas você insiste em estar, mesmo quando desiste da vida.


OUTONO É INSPIRAÇÃO
O outono colorido, as folhas de plástico, a Bíblia sob a vitrine, (receptáculo de minha esperança) As lentes do paraíso, protegidas pela Praia Forte – 3225-4170 e a minha carne, meus ossos, saltando sob os traços tribais E no reflexo da vitrine o homem com seu cigarro, seu celular e sua sensibilidade para com os excluídos.

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Vitor Nogueira


DE VENTO EM POPA
Muitas vezes percebemos o trovão e não nos assustamos com o silêncio da destruição.

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Vitor Nogueira


SANTO SUJO
Santo, sei do relicário de ossos sem céu e sem teto.


Por detrás de tudo tem o homem.


Vitor Nogueira
Poemas do livro O mais Eu de todos em mim vive me desconhecendo ■ de Vitor Nogueira e Jorge Elias Neto, disponível no site da Editora Cousa.

Nestes tempos de dicotomia nas paixões
Fernando Pessoa, o assumido poeta do EU, sabia que o olhar necessita de um objeto, daquilo em que se depositam o desejo, a angustia, a dor, a febre – e, é claro, a esperança e tudo que a circunda. Inclua nesse rol, a compaixão. Eis a questão tão inequívoca quanto necessária: como, situado neste mundo, pode o poeta abster-se do real e ignorar o que lhe cerca? A dupla Vitor Nogueira – Jorge Elias Neto encara esse real e, cada um com seu olhar – complementares, diga-se -, observa que o mundo não é exatamente o que se mostra: ele é mais intenso, mais vil e mais desigual do que imagens e palavras possam expressar. Daí a necessidade de compadecer-se e agir. A ação em “O mais EU de todos em mim vive me desconhecendo”, num certo sentido, confirma o português Pessoa: a realidade faz com que nos reconheçamos de todos os modos possíveis, e a poesia e a fotografia (ambas de uma beleza crua e essencial, definitiva) podem nos levar muito além, plenas de luz e vida, impelindo-nos a reconhecer que fazemos parte de um mundo que, ao menor descuido, tende a nos abominar e a nos rejeitar.
Estamos, todavia, todos juntos. E, felizmente, para o nosso consolo, com Vitor e Jorge nos guiando.
(Francisco Grijó - escritor)

A vida é um constante fluxo de mudanças, um rio que nunca se repete, onde as águas das experiências nos moldam e nos transformam. A...

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A vida é um constante fluxo de mudanças, um rio que nunca se repete, onde as águas das experiências nos moldam e nos transformam. Ao longo da história, a humanidade tem se deparado com transformações profundas, que muitas vezes trazem dor, mas também a promessa de renascimento e evolução. A reflexão sobre essas mudanças nos leva a ponderar sobre

Para não ser morto, Galileu Galilei teve de renegar a sua teoria heliocentrista, sendo constrangido a "concordar" com a então...

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Para não ser morto, Galileu Galilei teve de renegar a sua teoria heliocentrista, sendo constrangido a "concordar" com a então "doutrina astronômica" da Igreja medieval, segundo a qual a Terra seria o Centro do Universo.

Dias atrás encontrei-me com Sérgio Botelho, cronista de boa cepa que vem resgatando o que dessa nossa memória pessoense merece ser res...

personagens cotidiano loucos loucura
Dias atrás encontrei-me com Sérgio Botelho, cronista de boa cepa que vem resgatando o que dessa nossa memória pessoense merece ser resgatado. Um casarão ali que está em ruínas, aquela rua que foi de um jeito e hoje é de outro, o monumento que está ligado à partes importantes de nossa história e por aí vai esse escrevinhador eternizando através de seu cálamo inspirado os tesouros que muitas vezes escapam aos nossos olhos.

Tanto o panóptico quanto o girassol representam estruturas em que o poder está relacionado ao ver e ser visto. Um gira-se para a luz, o...

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Tanto o panóptico quanto o girassol representam estruturas em que o poder está relacionado ao ver e ser visto. Um gira-se para a luz, o outro comporta-se por temor do olhar invisível. Em “Panópticos e girassóis”, de Isa Corgosinho (Urutau, 2024), seu segundo livro de poemas, a vigilância sobre o essencial da vida e a essência do eu poético se entrecruzam num jardim de possibilidades existenciais de um eu lírico marcado pelas influências

São tantas ilusões... Que cegam, envaidecem, empobrecem. Pólos que encurtam distâncias escondidas, compreensão que se restringe ao eu q...

soberba vaidade orgulho ilusao
São tantas ilusões... Que cegam, envaidecem, empobrecem. Pólos que encurtam distâncias escondidas, compreensão que se restringe ao eu que nada é.

Uma data marcante para mim é o dia 5 de fevereiro de 1975. Nesta data, minha primeira crônica foi publicada no jornal O Norte. Pouco ...

Uma data marcante para mim é o dia 5 de fevereiro de 1975. Nesta data, minha primeira crônica foi publicada no jornal O Norte. Pouco mais de uma lauda datilografada na Remington. Um texto curto que relembrava uma viagem a Serraria, quatro anos depois que de lá tinha saído.

Eu nunca tinha ouvido falar em Léo Lins até a imprensa divulgar a esdrúxula sentença proferida contra ele. Ou seja: pelo menos para mi...

censura julgamento
Eu nunca tinha ouvido falar em Léo Lins até a imprensa divulgar a esdrúxula sentença proferida contra ele. Ou seja: pelo menos para mim, a punição tornou visível a figura do comediante. Fui então conhecer os motivos pelos quais o penalizaram.

Há uma caixa no centro da mesa. Você a conhece bem: é quadrada, de paredes rígidas, com cantos precisos. Dentro dela cabem todas as r...

abstrato cubismo pensa fora caixa
Há uma caixa no centro da mesa. Você a conhece bem: é quadrada, de paredes rígidas, com cantos precisos. Dentro dela cabem todas as respostas que você aprendeu a repetir, os "porquês" que não precisam mais ser questionados e os caminhos que todos já pisaram. O pensamento dentro da caixa é seguro, previsível, quase um ritual. Mas e se, em um dia comum, você resolvesse escalar suas paredes e olhar para além das quinas?

Aqueles que se dedicam a arte como forma de humanizar nossa vida cotidiana, que caracteriza o discipulado hipocrático vem de forma te...

medicina arte ciencia humanismo
Aqueles que se dedicam a arte como forma de humanizar nossa vida cotidiana, que caracteriza o discipulado hipocrático vem de forma telúrica, sublime e sutil, propiciar um verdadeiro bailado dos seus dedos ao reproduzirem notas musicais de Rachmaninov nas teclas do piano, evidenciando o mesmo efeito do encontro digital criado por Michelangelo, no teto da Capela Sistina, entre o divino e o humano representando a criação da vida.

Ele chamou de irreverentes os seus ensaios reunidos em livro recentemente publicado (Editora A União, João Pessoa, 2025). E de fat...

clemente rosas literatura paraibana ensaios irreverentes
Ele chamou de irreverentes os seus ensaios reunidos em livro recentemente publicado (Editora A União, João Pessoa, 2025). E de fato o são, na medida em que não presta reverência acrítica aos autores que comenta, alguns deles verdadeiros ídolos para muita gente. Mas eu quero chamá-los de destemidos, já que alguns vão na contramão dos juízos estabelecidos. Clemente não se intimida com reputações e defende suas opiniões com argumentos respeitáveis. Merece respeito, pois.

Quantas páginas Ainda me resta Escrever? (Não desejo Saber) O poema que Faço de mim Não é um épico Mas inscrevo No tempo ...

antonio aurelio cassiano poesia paraibana
Quantas páginas Ainda me resta Escrever? (Não desejo Saber) O poema que Faço de mim Não é um épico Mas inscrevo No tempo que tenho Memórias