Paraíba, 4 de setembro de 2022

Pauta Cultural (Ep. 57)

Paraíba, 4 de setembro de 2022

⧏ Aconteceu
Fernando Abath Cananéa
Educação em Pauta
No dia 31 de agosto foi lançado o 26º volume do “Projeto Novos Olhares”, da ONG “Maré Produções Artísticas e Educacionais”, que tem como organizador o professor Fernando Abath Cananéa, pedagogo, mestre em educação, especialista em políticas públicas de cultura, produtor cultural e teatrólogo paraibano.

O lançamento aconteceu no Teatro Ednaldo do Egypto com uma homenagem à estudante Ruth Oliveira — por sua “incansável defesa e divulgação da educação e cultura” —, e apresentação de danças populares protagonizadas por Zenildes e Nyldete.

Teatro Ednaldo do Egypto
Ailza Freitas e Déa Limeira

O livro contém artigos de autores, autoras, professores e estudantes de diferentes cidades e estados do país. Entre os temas abordados neste 26º volume do projeto estão:

1
“Os desafios dos professores para incluir as novas tecnologias no processo de ensino”, de Beatriz Azevedo e Maria Antonieta Pereira Tigre Almeida.
2
“Experiência didática sobre a problemática do lixo eletrônico”, de Eduardo Rodrigues Viana De Lima e Márcio Balbino Cavalcante.
3
“O bibliotecário como biblioterapeuta”, de Marília Mesquita Guedes Pereira.
4
“O entrelaçamento da arte e da ciência no espaço escolar”, de Soraya De Souza De Oliveira.
A ONG “MARÉ Produções Artísticas, e Educacionais”, fundada há 10 anos, é um grupo sem fins lucrativos, de natureza civil.
Marineuma de Oliveira
Encontro Poético em Campina Grande
No dia 2 de setembro aconteceu o “5º Sarau das HUMANiDADES”, promovido pela Assessoria de Arte e Cultura do Centro de Humanidades da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

O evento, organizado pelo Assessor de Arte e Cultura da UFCG, Eugênio Felipe, e pela professora Fernanda Leal, contou com palestra da professora, mestre em Letras e doutora em Educação, Val Margarida; Exposição Coletiva de Arte “Primavera e Independência”, de mulheres artistas; apresentações musicais dos grupos “Chorata” e “Zé do Pife e Banda”, e lançamento dos livros “Ponteio” e “Entre Parênteses”, da poeta Marineuma de Oliveira.

Marineuma com Zé do Pife & Banda Instagram

Sobre sua participação, Marineuma revelou:

“Com muita alegria, voltei à Universidade de Campina Grande (UFCG), onde fiz graduação em Letras, para lançar meus livros, numa programação mais do que especial do Centro de Humanidades. É muito bom ter a oportunidade de reviver espaços que nos foram tão significativos. Feliz também por dividir o palco com o grupo CHORATA, em que meu irmão Hermes Filho tocou antes de partir e nos deixar sem sua música”.

Marineuma com o grupo musical Chorata
Recentemente, Marineuma foi escolhida como homenageada especial no “Recital Poético do Colégio Santa Dorotéia”, em João Pessoa.
⧎ Acontece Mês da Independência na ABL
A Academia Brasileira de Letras presta homenagem, durante todo o mês de setembro, ao bicentenário da Independência do Brasil, com o “Ciclo 200 Anos de Brasil na ABL”.

Sede da Academia Brasileira de Letras ▪ Rio de Janeiro
A programação foi aberta no dia 1º de setembro com discurso do embaixador Rubens Ricupero, sob o tema: “De Napoleão a Putin: o Brasil num mundo de acelerada transformação".

Rubens Ricupero, Nelida Piñon e José Murilo de Carvalho
Os encontros serão coordenados pelo acadêmico José Murilo de Carvalho, sempre às quintas feiras, às 17h30. Para acompanhar presencialmente as discussões é necessário se inscrever previamente neste link.

No dia 08, o acadêmico Antônio Carlos Secchin proferirá a aula "Dependência ou morte: polêmicas literárias entre o Brasil e Portugal, da Independência à atualidade”. No dia 15, será a conferência do acadêmico Domício Proença Filho sobre as ações entre a língua portuguesa e a Independência. No dia 22, o jornalista Sérgio Abranches abordará o tema: "Na terceira margem: o povo na Independência ".

Antônio Carlos Secchin ▪ Div.

O ciclo de palestras e debates se encerrará no dia 29, com o discurso do acadêmico Edmar Bacha: "Que PIB é esse? Relendo o PIB no século XIX e no século XX. O que nos espera à frente?".

Edmar Bacha
As vagas estão condicionadas à lotação da Sala José de Alencar, onde acontece o evento, e serão preenchidas por ordem de inscrição. A sede da Academia Brasileira de Letras é localizada na Av. Presidente Wilson, 203, Centro, Rio de Janeiro. Todas as conferências serão transmitidas on-line pelo canal da ABL, no YouTube.
Arte no Celeiro
Também durante este mês de setembro, até o dia 7 de outubro, o “Celeiro Espaço Criativo”, na capital paraibana, abrigará a exposição de artes plásticas “Mata Branca”, que explora o tema “Caatinga do Nordeste”.

São peças assinadas pelas artistas Ana Viana, Célia Gondim, Evanice Santos, Fátima Queiroga, Fernanda Rolim, Nadja Anjos, Marletti Assis, Zélia Pessoa e Célia Romeiro, da Associação de Artistas Plásticos da Paraíba (Associart/PB).


A visitação é gratuita e pode ser feita no horário de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, no Celeiro Espaço Criativo, localizado na Avenida João Cirilo da Silva, 850, no bairro Altiplano.

As telas, esculturas e instalações artísticas da mostra são inspiradas nas belezas da caatinga, com caráter didático, temática de cunho social e referências às dificuldades da luta pela sobrevivência enfrentadas pelo povo nordestino, que têm como consequência o êxodo rural.

O organizador do evento, Ilson Moraes, curador titular do Espaço Celeiro Criativo, teceu as seguintes considerações sobre a “Mata Branca”:

Ilson Moraes
“Na maioria das vezes as imagens que nos chegam da caatinga são de aridez e pobreza. Talvez esta seja uma das visões que algumas pessoas poderão ter ao visitar a caatinga, mas, para as artistas da Associart-PB, a percepção vai além do trêmulo e quente horizonte. Elas conseguem traduzir em suas obras não só a beleza da paisagem, mas a memória, a dor, a alegria, a riqueza, a vida e a espiritualidade desse bioma”.
⧐ Acontecerá
Linaldo Guedes
O Livro de Linaldo
O poeta, jornalista e editor Linaldo Guedes, paraibano de Cajazeiras, divulgou a capa de seu próximo livro, que será lançado ainda este ano, com data a ser definida. Intitulado “Cabo Branco e outros lugares que não estão no mapa”, a obra contém poemas inéditos, escritos ao longo de alguns anos. Recentemente o livro passou a fazer parte de uma campanha de lançamento promovida pelo autor no site da Catarse.

No link é possível efetuar a pré-compra, com valor promocional, e participar de um programa de recompensas que incluem frete e aquisição de outros livros em pacotes distintos.


A obra será editada pela Arribaçã, com projeto gráfico de autoria de Luis Carlos Kehrle, prefácio de Ivy Menon, orelhas assinadas por Lenilson Oliveira. A capa é uma criação de Leonardo Guedes.
MATÉRIA DA CAPA
Em sua segunda edição, o “Festival Internacional de Piano Rio de Janeiro” (2022) homenageará o pianista Nelson Freire. Após a etapa de classificação dos candidatos, o concurso entra na fase de semifinais, a partir desta segunda-feira, dia 5 de setembro.

Nelson Freire ▪ 1944—2021
O evento acontece na Sala Cecília Meireles, no Largo da Lapa, nº 47, centro do Rio de Janeiro. Nesta fase, oito concorrentes se apresentarão, a partir das 14h, nos dias 5 e 6. São eles:Antonina Suhanova (Letônia), Hyerim Lee (Coréia do Sul), Jordan Alexander (Brasil), Noah Zhou (Reino Unido), Rafael Ruiz (Brasil, Robert Bily (República Tcheca), Xiaohui Yang (China) e Yeontaek Oh (Coréia do Sul).

No dia 10 de setembro, serão realizadas a prova final e a Cerimônia de Premiação, com apresentação dos três finalistas, acompanhados da Orquestra Sinfônica Brasileira, regida pelo maestro titular, Roberto Tibiriçá.

Roberto Tibiriçá
Dois convidados de honra foram escolhidos pela organização do Festival: João Bosco Padilha, amigo e assessor do homenageado Nelson Freire, há 30 anos; e Miguel Rosário, companheiro do pianista. O júri é composto por nove músicos internacionalmente renomados,
presidido por Piotr Paleczny, professor e pianista da Polônia, vencedor de cinco competições internacionais de piano.

A programação completa, ficha técnica, repertório musical das provas, e referências sobre os músicos e o corpo de jurados estão acessíveis no site do evento.

Os ingressos podem adquiridos apenas presencialmente na bilheteria da Sala Cecília Meireles.
Tiago Germano
Vento ao Norte
A premiada escritora paraibana Marília Arnaud escreveu resenha sobre o mais recente livro de Tiago Germano, lançado em julho passado: o romance intitulado “O que pesa no Norte”, 4º livro do autor, também paraibano, que marcou seu 40º aniversário.

Tiago é jornalista, mestre e doutor em escrita criativa, e cofundador da Edícula Literária — espaço que acolhe projetos literários, cursos e oficinas de criação, serviços de revisão, leitura crítica e preparação de originais.

“Um romance extraordinário que li em três noites, contrariada por ter de largar a leitura para dormir e trabalhar na manhã seguinte. Parabéns, Tiago!!!! Fico aqui na torcida para que o Brasil conheça o seu “vento ao norte”,
destacou Marília nos comentários sobre o livro, em sua página do Facebook.

“O que pesa no Norte”, segundo romance de Tiago Germano, foi finalista do Prêmio Cepe Nacional de Literatura, e já figura no topo da lista dos mais vendidos da Editora Moinhos. Ainda neste ano, o escritor pretende apresentar a “leitura dramática” do livro, na Usina Cultural Energisa e na Casa da Pólvora, já flertando com a atividade teatral, com a qual revela ter afinidades.

No canal da Editora Moinhos, no YouTube, Tiago falou sobre como nasceu a história de seu romance, que narra a angustiada busca de um pai, indo da Paraíba para São Paulo, à procura de resgatar para o núcleo familiar o filho que “se perdeu”. Um trecho do livro está disponível para leitura no site da editora, onde também pode ser adquirido, em formatos impresso e digital.

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Com olhar panorâmico, cheio de poesia, Juca Pontes descreve o grande Encontro de Cultura Popular que aconteceu, semana passada, na Fundação Casa de José Américo. "Mesas-redondas, palestras, debates, performances, oficinas, exposições, lançamentos, homenagens, apresentações artísticas e feiras de artesanato e de gastronomia tomaram conta do lugar, durante três dias". Leia no texto: “Outro olhar para a cultura popular”.
“Jamais permitas te maltratem a ponto de perderes a tua humanidade e veres um monstro no espelho. Vive a tua vida hoje. Aprende com o teu passado e segue em paz, pois a morte não tarda e é preciso viver bem neste exato instante, quando as oportunidades se reconstroem" - Com a percepção aguçada pelas diversidades de suas experiências de vida, a escritora Sonia Zaghetto pondera com sabedoria sobre o que elas lhe ensinaram, no texto “Cantiga para acender estrelas”.
Em virtude da diversidade e de nossas inúmeras diferenças, "há que se falar e praticar o respeito pela opinião, escolhas e direções, por mais absurdas que sejam, segundo nossa limitada compreensão". - Em seu oportuno texto “A prática da tolerância”, a escritora e poeta Vânia De Farias Castro também lembra: "Curamos a nós e aos outros, quando nos esforçamos para disciplinar nosso excesso de rigor para com as supostas falhas e/ou equívocos alheios".
Caix@ Postal
"Que delícia de texto, saudades dos tempos de brincar na rua e comprar essas delícias, o algodão doce feito na hora e os pirulitos que eram vendidos embrulhados no papel!"
Tânia Brito ▪ 30.08.2022
Comentário sobre o texto “Cavaco Chinês”, de José Leite Guerra.


"Ousada e verdadeira essa mulher que escreve: ‘Por um jardim sem serpente, sem falsos julgamentos. Nem anjos munidos de espadas de fogo. Que nada entendem da verdadeira história’. Está falando por todas nós, que temos medo de maçãs envenenadas, ardil preparado e pior, julgamentos que podem nos levar ao fundo do inferno... Parabéns, Milfa. Sua poesia é intensa e linda."
Cristina Porcaro ▪ 01.09.2022
Comentário sobre os poemas “Ser mulher é a ousadia mais libertária!”, de Milfa Valério.


"Prof. Milton, com a devida vênia, gostaria de manifestar a irrestrita anuência ao exposto. Assim como, pontuar que quiséramos poder ombrear o texto euclidiano em “Os Sertões” ao platônico da “República”, desde a tenra formação em nossas salas de aula do ensino fundamental e ao longo do processo formativo até a maturação para discussões políticas, tendo como pressuposto a busca de uma visão mais articulada e crítica sobre a formação e a convivência em sociedade.
Malgrado a existência de profícuos pensadores e obras que contribuíram para os estudos e a prática da educação durante esse vasto intervalo entre os autores citados, bem como os posteriores, os quais por grandeza e complexidade de seus feitos não caberiam ao serem elencados neste simplório comentário. Temos, em especial nas duas últimas décadas, a fuga de reflexões sobre a educação de maneira memorativa, construtiva, séria e contextualizada, as quais poderiam tomar como ponto de partida a perspectiva mais ampla proposta pelo filósofo grego, chegando à cisão cirúrgica legada a nós pelo escritor brasileiro. Nesta, Euclides inova ao abordar literária, histórica e sociologicamente, a aviltante forma beligerante e simplista com a qual a lide foi tratada, de tal forma, que ilustra como ainda somos geridos nacionalmente, pasmem, tratamento vergonhosamente perene e contemporâneo, embora distando já 120 anos da composição de sua obra testemunhal.
Outrossim, temos o uso de uma necropolítica vigendo e pautando a produção de novos discursos rasos e maldosos, intencionais e irresponsavelmente divulgados com o objetivo de macular as instituições de ensino, seus corpos discente e docente, assim como seus expoentes na forma de pensar a educação e sua importância no seio da sociedade.
Professor, seu exuberante texto chega a trazer uma esperançosa catarse ao esquadrinhar as vicissitudes e debilidades, mas também a linha de reflexão pragmática sobre possíveis abordagens redentoras ao tema; contudo, sucumbimos ao deletério desfecho, no qual, por falta de candidatos competentes à discussão sobre o caríssimo tema da educação, vislumbramos que os anos vindouros não permitem, nem ao menos, sonhar com bons auspícios sobre a almejada mudança de nossa realidade. Parabéns pela análise!"
Fábio França ▪ 30.08.2022
Comentário sobre o texto “E a Educação, para onde vai?”, de Milton Marques Júnior.


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