Pensar a demência é criar uma análise sobre o “sujeito oculto da demência”. Diante disso, existem os métodos de estudá-la nos seus sin...

Demências mental e social

comportamento psicologia sociedade demencia
Pensar a demência é criar uma análise sobre o “sujeito oculto da demência”. Diante disso, existem os métodos de estudá-la nos seus sintomas “mental” e “social”, que são caracterizados por uma disfunção do cérebro, entre esses tem-se a perda da memória, e do senso crítico, entre tantas. A “demência mental” se manifesta ao reduzirem - de forma irreversível - as habilidades cognitivas, por exemplo, a mais fatal é a diminuição gradativa da inteligência. A “demência social” se caracteriza por apresentar uma massa de indivíduos acríticos, e seus relacionamentos são limitados. Essas falhas - nos indivíduos - criam dificuldades de exercerem suas atividades com competências, e geram a violência social.
Diante de tudo isso, a irritabilidade e a atividade psicótica religiosa são os sintomas mais presentes nessa doença.

A “demência social” se apresenta sendo uma “deterioração da vida social”. Nessa situação, observa-se “grupos sociais que se manifestam como um fator de repressão e de mutilação de toda dignidade humana, seja numa sociedade ou comunidade. Apesar dessa patologia ser rejeitada por indivíduos autoritários e cruéis, por não suportarem conviver com as próprias errâncias e falhas psíquicas. Essa contradição se caracteriza sendo um dos seus sintomas mais perversos da patologia da demência. Geralmente, são cidadãos que criam uma falsa imagem de si, a fim de esconderem seus erros nos próprios ambientes familiares, os seus traumas, e seus crimes escondidos no passado.

A “demência mental” tem suas causas narcísicas, que são encontradas em ambientes familiares, e de práticas religiosas psicóticas. Diante disso, observa-se que a demência não é somente uma questão individual, também tem suas causas nas circunstancias de violência social. Essas situações conduzem indivíduos a ficarem doentes coletivamente, por conviverem numa sociedade patológica, geradas por relacionamentos primários - entre pais e irmãos - desafetados. Por isso, observa-se que um indivíduo - “demente sozinho” - não constitui uma debilidade social, entretanto, vários indivíduos débeis constituem um problema social muito grave, que se torna uma crise nas políticas de saúde pública. Essa grave situação leva a segurança social e familiar se tornarem vulneráveis.

A “boa saúde mental”, por ser um bem-estar social, é estudada com a finalidade de preservar a harmonia do diálogo entre os interesses políticos e individuais, a fim de solucionar os conflitos associativos e dissociativos. Esses dois grupos apresentam estas diferenças, em relação aos associativos tem-se estes: na “cooperação”, os indivíduos se ajudam para alcançar um objetivo em comum; na “acomodação”, existe a necessidade de estar satisfeito com a situação que é imposta por um outro ou pela comunidade ou sociedade; na “assimilação”, cidadãs e grupos antagônicos se tornam semelhantes. Dentre os “dissociativos” estão estes: a “competição”, que é a disputa regulada por normas, e geralmente harmoniza a tensão gerada pelos interesses entre os indivíduos ou de grupos sociais; o “conflito” é o processo que ocorre quando surge uma tensão social intensa, sempre apresenta uma ideologia de extermínio contra os cidadãos, bem como as suas culturas e religiões. Também gera o processo de eliminação dos partidos políticos divergentes. Isso corre através do uso da extrema violência, da guerra e do terrorismo.

A psicologia e a psicanálise nos ensinam que há um “inconsciente coletivo” dinâmico. Entende-se por inconsciente um estado mental que se encontram as forças sublimadas por algum agente repressor, que as impede de chegar ao nível da consciência. Pode-se observá-lo - o inconsciente - nestes sintomas: confusões mentais; esquecimentos; atos falhos nas palavras e tantos outros. Essas falhas revelam forças irracionais que a “razão consciente” não permitem serem conhecidas. Dessa forma, a intenção do indivíduo camufla um disfarce nas próprias atitudes, constituídas de pulsões inconscientes.

Carl Jung, fundador da psicologia analítica Os estudos que apresentam uma grande contribuição ao fenômeno “inconsciente coletivo” surgiram através do psiquiatra, psicoterapeuta e fundador da psicologia analítica Carl Gustav Jung (1875 – 1961).
Afirmava que o inconsciente é onde se encontram todos aqueles pensamentos, memórias ou conhecimentos que foram conscientes. Entretanto, não se tem acesso num determinado momento. E está - no consciente - as concepções que começam a se formar dentro de todo ser humano, porém, só serão percebidas, de forma consciente, pela razão num determinado futuro. O inconsciente de Jung apresenta estas duas características: no pré-consciente estariam conteúdos que estão a emergir à consciência a se tornarem claros para o indivíduo; o inconsciente não é acessado pela razão. As suas teses diferenciam dois tipos de inconscientes: o individual, que é pessoal e é formado a partir das experiências individuais; o coletivo, que é formado a partir de concepções herdadas da história humana, e é conservado pela coletividade.

Nos dias atuais, a soma das demências mental e social forma um “inconsciente coletivo”, que produz cidadãos acríticos, e os conduzem a afirmar que todos são loucos! Diante disso, o imperativo do fazer justiça com as próprias mãos... estimula a convicção paranoica coletiva de fazer a limpeza social, e de proteger a sociedade da ameaça dos seus “imaginários agressores”. Os desafios dos novos estudos das demências está em responder, por que uma multidão é conduzida por um grito de comando de uma “mente demente e violenta”?

COMENTE, VIA FACEBOOK
COMENTE, VIA GOOGLE

leia também