Paraíba, 18 de dezembro de 2022

Pauta Cultural (Ep. 68)

Paraíba, 18 de dezembro de 2022

⧏ Aconteceu
Naná Garcez
Teatro Paraibano
Foi lançado o primeiro volume da “Antologia do Teatro Paraibano”, que enfoca o período de 1968 a 1981), publicada pela Editora A União, da Empresa Paraibana de Comunicação, dirigida pela jornalista Naná Garcez.

O evento ocorreu na Fundação Casa de José Américo, no último dia 14, na capital paraibana. O trabalho, que foi organizado por Suzy Lopes, Diógenes Maciel e Monalisa Colaço, aborda cinco produções clássicas do teatro paraibano com grande repercussão no período incluído nesta primeira edição.

A obra destaca as peças, os autores e envolvidos, com inserção de registros fotográficos. Ao ALCR, a diretora presidente da EPC, jornalista Naná Garcez, informou que o “projeto foi concebido ainda na gestão do jornalista Walter Galvão, à frente do jornal A União, no ano anterior à pandemia, sendo sustado e agora retomado”.


O presidente da Funesc, Pedro Santos, disse que esta primeira edição de Antologia do Teatro Paraibano “nasce da necessidade de reverenciar aqueles que puseram a criatividade a serviço da cena [...] abastece-nos de memória e fortalece a potência que representa o legado desses autores”.

As cinco peças de teatro que compõem a coletânea são:

▪ Paraí-bê-a-bá (1968), de Paulo Pontes. ▪ O mundo louco do poeta Zé Limeira (1973), de José Bezerra Filho. ▪ Coiteiros (1977), texto de José Américo de Almeida adaptado, para o teatro, por Altimar Pimentel. ▪ Cemitério das Juremas (1978), de Altimar Pimentel. ▪ Beiço de estrada (1981), de Eliézer Rolim.

Everaldo Soares Júnior
Everaldo Júnior na Livraria do Luiz
O médico psicanalista Everaldo Soares Júnior lançou o livro “Tempo sem Pressa”, no último dia 15, na Livraria do Luiz, no Mag Shopping, em João Pessoa (PB). São 22 contos narrados com temas diversos, em torno do “cotidiano na vida das pessoas comuns, com traços subjetivos do caráter e da personalidade dos personagens, mas não são ensaios psicanalíticos” - informou o autor.

Editado pela MVC/Forma, dirigida pelo poeta Juca Pontes, a obra foi publicada em português e espanhol, uma vez que Everaldo Júnior havia planejado lançá-la primeiro no Recife (PE), em uma reunião de médicos psicanalistas latino-americanos, que acontece há mais de duas décadas, ocorrida no mês passado. A tradução é do médico psicanalista Ricardo Díaz, de Rosário, autor da capa e das ilustrações.

Everaldo Júnior com Tânia Oliveira
Maurício Montengero
Wilberto Trigueiro
Célia Perazzo e Philippe Catonné
Ronaldo Gadelha
Leopoldo Viana Batista Neto
Eduardo Rangel Soares
Paula Almeida
Nevita Franca
Everaldo Soares Júnior atua como psicanalista na capital paraibana, onde nasceu. É escritor e estreia no gênero “contos” com este livro que escreveu ao longo dos últimos quatro anos. O prefácio é da escritora pernambucana Lourdes Rodrigues, coordenadora da Oficina de Criação Literária Clarice Lispector, em Recife, e posfácio da professora e jornalista Joana Belarmino.

Irene Rodrigues com o filho
Ângela Bezerra de Castro
Nôra e Martinho Henriques
Maria Enilda Vieira Soares, Juca Pontes e Everaldo Júnior

O livro está disponível para aquisição na Livraria do Luiz
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Academia de Cordel
Em uma ação pioneira, no último dia 14 de dezembro, a Academia de Cordel do Vale do Paraíba acolheu em seus quadros mais 21 membros que passam a integrar o quadro efetivo e de “acadêmicos juvenis”. A ideia inovadora tem o propósito de estimular e disseminar este gênero literário popular nas escolas públicas e privadas.

Para possibilitar o ingresso dos novos acadêmicos, a instituição modificou os estatutos, inclusive instituindo o sistema de cotas para maior participação das mulheres, outra iniciativa inédita entre as academias literárias do Brasil. Os novos jovens cordelistas formarão quadro especial de aprendizes, sendo apadrinhados por acadêmicos titulares que acompanharão seu desenvolvimento no universo do cordel.

Entre os novos membros, incluem-se poetas consagrados, a exemplo de Aderaldo Luciano (sócio correspondente), pesquisadores eméritos como Beth Baltar, da Universidade Federal da Paraíba, poeta Afrânio Brito, e da professora Joseilda Diniz, da Universidade Estadual da Paraíba, membro da Academia Brasileira de Cordel.

Aderaldo Luciano
Beth Baltar
Joseilda Diniz

Sobre a adoção do sistema de cotas femininas, o poeta Marconi Araújo, presidente da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, reforçou que “a inclusão de mulheres e jovens na vida acadêmica é um passo significativo na difusão da poesia popular chamada Literatura de Cordel, Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil”.

⧎ Acontece
Eventos em São Paulo
Para quem visitar a cidade de São Paulo neste fim de ano, o ALCR sugere a visita a quatro exposições de arte que acontecem entre dezembro e janeiro na capital paulista. São mostras tematizadas que incitam reflexões sobre identidade, em sua maioria de artistas mulheres que lutam por maior inserção nos espaços culturais do Brasil e do mundo.

Masp
A fotográfa Aline Mota exibe a trilogia “Pontes sobre abismos” (2017), “Se o mar tivesse varandas” (2017) e “(Outros) Fundamentos” (2017-19), trabalhos que abordam de forma poética os caminhos da artista
diante dos “apagamentos da identidade brasileira”, com pitadas de memórias afro-atlânticas, questões de gênero, raça e classe. Em seu espaço principal, o Masp expõe retrospectiva “Desvio concreto”, com 124 obras da paulista Judith Lauand, que faleceu com 100 anos de idade, no dia 9 de dezembro. Foi “a primeira artista a furar a bolha do movimento concretista formado majoritariamente por homens”, ressaltou a crítica e mediadora de artes, Giovana Nacca.

Galeria Verve
Exposição “Animal Ferido”, mostra individual com colagens, impressões e esculturas de Igor Vidor, que retrata genealogia da violência a partir dos primeiros eventos do Brasil República, com alegorias à imagem da Segurança Pública perante a sociedade. A Verve fica na Av. São Luís, 192 (sobreloja), República.

Div.
Galeria Leme
Mostra individual da artista peruana Sandra Gamarra, intitulada “Gradación”, com três séries de obras inéditas que aludem aos imaginários coloniais em linguagem atual, sob diferentes concepções de mundo que coexistem nas Américas. A Galeria Leme se localiza na Av. Valdemar Ferreira, 130 - Butantã.

Div.
Sesc Belenzinho
Exposição “Retrato de Nise da Silveira”, que celebra o legado da psiquiatra alagoana, Nise da Silveira, pioneira na “Arteterapia”, no Brasil. A exibição parte da trajetória de Nise desde o início de sua carreira, à fundação do Museu de Imagens do Inconsciente, os caminhos abertos pela psicologia analítica, até as obras realizadas pelos artistas-clientes no ateliê do hospital psiquiátrico do Rio de Janeiro. Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho.

Paulo Freire
Paulo Freire em Quadrinhos
Dois lançamentos em HQ têm como protagonista o professor Paulo Freire (1921-1997), um dos brasileiros mais homenageados no âmbito educacional e sociológico das últimas décadas aos dias atuais.

No dia 11 de dezembro, na Fundação Cultural Benedito Siqueira e Silva, em São Paulo, foi apresentado o livro “Paulo Freire #Presente”, com roteiros do paraibunense Rogério Faria, artes de Ricardo Sousa, Jefferson Costa e Ren Nolasco. Uma obra que narra, em quadrinhos, a vida do pedagogo que era grande incentivador das táticas visuais no ensino básico. Suas ações se inseriram no Programa Nacional de Alfabetização, de 1963, projeto em que foram utilizadas ilustrações criadas pelo artista pernambucano Francisco Brennand (1927-2019).


No dia 15 de dezembro, no Museu dos Três Pandeiros, em Campina Grande, foi a vez da escritora Thuca Kércia e do ilustrador Américo Filho, ambos paraibanos, lançarem o livro-álbum “Paulo Freire - Uma biografia em quadrinhos”. A obra faz parte do “Projeto Editorial 100 anos de Paulo Freire”, em parceria da Editora da Universidade Estadual da Paraíba (Eduepb) com a “Editora A União”, da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC).

Thuca Kércia
Américo Filho

Thuca Kércia confessa que decidiu “escrever algo diferente, que tocasse outros públicos, não só o acadêmico. Pensei nas minhas filhas, nas gerações futuras e na importância de se conhecer quem foi Paulo Freire e seu legado”.

A HQ “Paulo Freire - Uma biografia em quadrinhos” pode ser adquirida por meio de contato com o Instagram da autora e também está disponível na loja da Editora na UEPB.

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Mistério ▪ Em cenário intimista de sombras e mistérios que se confundem com relembranças vividas, com a solidão companheira de vivências cotidianas, entre "poucas coisas que talvez um dia me façam sentir saudades desses rincões perdidos onde meus dias se gastam..." — É o imaginário do artista e escritor Alberto Lacet que faz despertar sabores de muitos, em muitos, no texto “Um monte de sombras”.
Filhotes especiais ▪ Adotar animais sem teto já é uma virtude dos iluminados pela bondade. Adotar animais sem teto e deficientes, é virtude ainda mais sublime, e nela, a troca de afeto, aprendizado e gratidão são de valor inestimável. Como escreveu Charles Darwin, "a compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana". Francci Lunguinho, editor do portal literário Crônicas Cariocas, que adotou dois cãezinhos cegos, descreve sua enriquecedora experiência com os filhotes “especiais”, no texto “Duque e Rex”.
Armadilhas amorosas ▪ No conto-crônica “Paixão degradante”, Thomas Bruno Oliveira aborda um mundo comum a muitas pessoas, homens, mulheres, famílias, amantes, com suas frustrações amorosas, armadilhas da vida afetiva e as carências presentes no destino de tantas “paixões degradantes”...
Caix@ Postal
"Na Paraíba, os holandeses só saquearam e não deixaram nada. Devido à estrutura que instalaram em Recife, ainda tiraram o protagonismo da capital da Paraíba, na época, pois quando o governo português foi reestabelecido, preferiu ficar por lá. Batavos, aqui na cidade Frederica, meteram foi os pés pelas mãos."
Emerson Barros de Aguiar ▪ 18.12.2022
Comentário sobre o texto “A difícil conquista da Paraíba pelos holandeses – A segunda tentativa”, de Flávio Ramalho de Brito.


"Lá no sertão alto, trabalhava num Cartório e por conta do Jornal A UNIÃO, lia famosas crônicas dentre elas as de Antônio Barreto Neto. Ao chegar aqui, em busca da vida possível nos labirintos da cidade grande, Gonzaga me fez comensal da lendária Casa do Estudante. Com essa emocionante Carta, do Mestre Milton Marques, tive que olhar para o céu em genuflexão de agradecimento."
Francisco Rosendo Rodrigues ▪ 17.12.2022
Comentário sobre o texto “Carta a Gonzaga Rodrigues”, de Milton Marques Júnior.


"Quantas vezes caminhei pela calçada deste Hotel Globo, anos 60, e como namorava a sua charmosa arquitetura..."
Teresa Mattos ▪ 17.12.2022
Comentário sobre o texto “Imersões”, de Frutuoso Chaves.


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