A desesperança dói e prejudica nossos rumos quase sempre que escolhemos sozinhos um caminho tortuoso, que se torna um entrave para nov...

Nosso espelho franco e claro

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A desesperança dói e prejudica nossos rumos quase sempre que escolhemos sozinhos um caminho tortuoso, que se torna um entrave para novos planos e projetos, passíveis de execução entre o antes e o depois do infinito.

O ser humano descobre sua própria diversão quando esta lhe é retirada. Por isso, o desmame de uma colaboração mental ou financeira, à solução de nossos problemas, traz uma oportunidade de pensar em si com mais esforço e dedicação, na busca
1920: O escritor norte-americano F. Scott Fitzgerald (autor de O Grande Gatsby), um dos integrantes da Geração Perdida.
do aprimoramento de habilidades da melhor forma, em caráter solitário.

Como fizeram os jovens escritores americanos, que lutaram voluntariamente na Primeira Guerra Mundial na França, onde passaram sua vida adulta até a grande depressão. Eles buscavam realização intelectual no outro continente porque os EUA era um país jovem demais, imaturo, que impedia o surgimento de uma civilização e de um clima favorável ao crescimento da cultura literária e artística. Na França ganharam o rótulo de “geração perdida”, da escritora Gertrude Stein, se referindo à falta de direção às suas vidas nos anos seguintes ao final da Primeira Guerra.

Outros jovens, naturais de regiões em torno de Paris, moldaram gerações apaixonadas, identificadas com cada ponto do território que construíram, amaram, defenderam com armas, irrigaram com prantos de alegria e rios de sangue, durante as batalhas sangrentas. Como escreveu John Donne “nenhum homem é uma ilha”, por isso qualquer morte me diminui, deixando clara a narrativa do valor que podemos ter aos outros, imaginem para nosso espelho franco e claro.

Bélgica, outubro/1917: soldados em marcha durante a Primeira Guerra.
Em 6 de abril de 2011, o fotojornalista Anton Hammerl foi sequestrado e morto pelas milícias de Muammar Gaddafi na guerra da Líbia. Seu grande amigo, Edgar Martins, recebeu o título de fotógrafo do ano no Prêmio Sony de 2023, justamente com ensaio realizado sobre a investigação da morte de Anton.

Martins refez os passos do amigo nos lugares que visitou, conversando com quem ele se encontrou, e onde se deu seu fim. Provavelmente a qualidade das fotos tragam a saudade e a força de uma amizade vivida intensamente.


O que mais temos para sentir aqui em nossos dias ásperos e pouco iluminados, senão momentos oferecidos pela empatia e semelhança, no desejo do apego, pela vivência de um prazer único, e raro de repetir?

Escolha privilegiar quem lhe toca com sentimentos diferenciados, são possíveis de sentir, porém, à espera de um estímulo.

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