O sofrimento é altamente curativo! Tal afirmação não é uma apologia à dor ou ao sofrimento. Trata-se de entender que o sofrer faz par...

O sofrimento é altamente curativo

frustracao dependencia filhos adultos
O sofrimento é altamente curativo! Tal afirmação não é uma apologia à dor ou ao sofrimento. Trata-se de entender que o sofrer faz parte da vida e, assim, não deve ser negado. Quando acolhido e digerido, ele promove o amadurecimento psicológico.

Frustrações causam sofrimento, pois, através delas, as ilusões e as fantasias são perdidas. Além disso, elas são imprescindíveis para o crescimento pessoal e para a constituição da nossa subjetividade.

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GD'Art
Quando o ambiente em que a criança cresce não lhe possibilita as frustrações ou a falta, ou quando ocorre o contrário — as frustrações são exacerbadas e as faltas são extremas —, ela pode se tornar um adulto infantilizado. Isso não significa que não haja pessoas que sigam um caminho diferente, pois, mesmo tendo sido criadas em um lar desestruturado e disfuncional, podem conseguir quebrar o ciclo e rumar para a saúde.

Por outro lado, não é raro nos depararmos com aqueles que, apesar de cronologicamente se encontrarem na fase adulta — 30, 40, 50, 60 anos... —, ainda ficam em uma posição de esperar que o outro faça sempre por eles aquilo que cabe a eles próprios fazerem por si. É muito comum, por exemplo, dentre essas pessoas, apesar da idade em que se encontram, haver aquelas que ainda dependam financeiramente dos pais já velhos. Permanecem na dependência; afinal, a vida adulta não é fácil, exige renúncias e sacrifícios, dá trabalho. Comumente, essas pessoas têm dificuldade de assumir compromissos e responsabilidades ou de abrir mão dos próprios prazeres quando uma situação mais premente exigiria a renúncia do prazer.

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Fantasiam suas realizações e projetos, situando-os em um patamar fora da sua realidade externa, o que os torna impossíveis de serem realizados. Como a criança que logo toma abuso do brinquedo novo e o abandona por outra brincadeira, pois perdeu a graça da novidade, com a mesma facilidade abandonam esses projetos, sem efeito de continuidade.

São os adultos-criança, para quem a realidade prática e a vida adulta um dia chegarão, caso venham a perder a fonte que alimenta a sua infantilização, como a morte dos pais velhos, por exemplo, e o resultado que advém desse processo é imprevisível.

É claro que cada sujeito é singular e responde particularmente às vivências existenciais, não cabendo generalizações. Mas não esqueçamos que estamos falando de um ser cuja condição de humano o faz não igual, mas semelhante, em alguns aspectos, aos demais e, nesse sentido, sim, é possível analisar alguns padrões de comportamento e de funcionamento psíquico.

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