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Somos nossas mães. Descreva-me a mãe que você teve e eu direi como és. Se você teve uma mãe dura, sem carinho, sem sorriso, que castigava, cheia de mau humor, é evidente que jamais será um cavalheiro de fino trato, e sim um sujeito grosseiro, amargo e cético.

Da minha mãe trago imorredouras lembranças. Como está viva na minha saudade... Nunca me bateu, nunca me falou com grosseria. E o bom mesmo era quando a asma me atacava e ela ficava cuidando de mim, altas horas da noite, contando histórias e passando a mão pela minha cabeça ardendo de febre.

A boa mãe é Deus feito mulher. E como foi importante o incentivo que ela me deu para gostar de leitura. Lia livros para eu ouvir. Fazia versos para eu ler, decifrava palavras cruzadas e charadas para eu adivinhar. Uma perfeita intelectual. Não me esqueço daquele romance que ela leu em voz alta, cuja leitura provocou um dilúvio de lágrimas em meu rosto de menino. Tratava-se de “Amor de perdição”, de Camilo Castelo Branco. Não me esqueço, também, de outro livro que ela tachou de proibido. Tratava-se de “Menino de Engenho”, do nosso José Lins do Rego. Depois vieram os de Monteiro Lobato e assim por diante.

Minha mãe nasceu para ser escritora. E como gostava de música clássica. Quando jovem, tocou flauta. Muitas vezes chegava a chorar ao ouvir os concertos de Mozart e Beethoven. Lágrimas escorrendo em seu rosto já cheio de rugas. Mas, não ficava apenas em ouvir. Conhecia bem a vida dos grandes compositores. Não foi sem motivo que estimulou as duas filhas para estudar piano. Mulher de muita sensibilidade, de muita imaginação e de muito amor à vida, minha mãe Piinha, diminutivo de Pia, foi o maior estímulo que recebi na vida. O maior presente que Deus me deu, que está sempre presente nas minhas saudades. E vez por outra me aparece em sonho.

Sou ainda dos que colocam retratos na parede das pessoas queridas que se foram deste mundo. Acho que a presença delas nas fotos é um estímulo. O esquecimento mata a saudade. Não ama aquele que esquece a pessoa amada que se foi deste mundo.

Minha mãe foi uma heroína. Muito jovem ainda, submeteu-se a concurso público para telegrafista, e isto numa época em que mulher era para ficar em casa cuidando do marido.

Levava uma vida sóbria. Alimentava-se pouco e estava sempre de bom humor. Não dispensava o ponche de cenoura com laranja e beterraba. Soube vencer a velhice com a jovialidade de seu espírito. Adorava vestido estampado, de cores alegres. Sempre dizia: “meu filho, velhice quer trato”. E com essa disposição, atravessou a fronteira dos cem anos.

A verdade é que me vejo nela. Tivemos muita coisa em comum. Daí eu dizer: somos nossas mães, e saber que quando entramos na vida é através delas, que nos dão o primeiro leite e o primeiro abrigo. Resta-nos em agradecimento lhes desejar muita paz e que continuem velando por nós.

A beleza da vida está na diversidade. Já imaginou o mundo com uma cor única? Que monotonia! O mundo vestido só de branco, só de verde, só d...


A beleza da vida está na diversidade. Já imaginou o mundo com uma cor única? Que monotonia! O mundo vestido só de branco, só de verde, só de amarelo, só de preto, e assim por diante. Deus soube vestir magnificamente o nosso mundo. É verdade que ele carregou mais no verde e azul. Veja o céu, o mar, os lagos e a nossa vegetação. O astronauta russo ficou besta quando viu o nosso planta, lá de cima de sua astronave. E gritou: “A Terra é azul”.

O vermelho é a cor do alerta, do perigo, da vida. Lembrar que Deus fez o nosso sangue vermelho, justamente, para chamar a atenção. E ninguém pense que tem “sangue azul”.

E o que dizer da cor roxa? Alguns, acham-na triste... E a branca? Esta simboliza a pureza. Daí as batas dos médicos, cirurgiões, enfermeiros e enfermeiras serem brancas. Esta cor mostra logo qualquer sujeira. Mas isso não quer dizer que a cor negra seja suja, pois a sujeira depende de quem a vestiu. A cor negra apenas esconde mais o que está sujo.

Os padres outrora usavam batinas pretas, pois preto é símbolo de solenidade, de introspecção. A noite se veste de cor negra, cujas estrelas não conseguem apagá-la. As vestes dos homens da Justiça são pretas, e, outrora, as pessoas usavam luto preto. As viúvas, coitadas, tinham que o usar o chamado luto fechado. Costume que, hoje, praticamente está fora de moda. Afinal, o sentimento não está na vestimenta, sim no coração.

E o amarelo? Dizem que é a cor do desespero. Não sei a razão. Deus soube muito bem vestir o mundo das mais variadas cores. E fez esta exposição no arco-íris, onde estão expostas as sete cores e suas nuances.

Vermelho, branco, preto, amarelo, verde, roxo, cinzento, azul, todas têm sua significativa beleza. Mas a cor mais importante mesmo, é aquela que simboliza a vida. A cor vermelha, a cor do sangue, a cor que um acupunturista, certa vez, recomendou que eu usasse...

A música a que me refiro é a chamada Divina Arte, ou música erudita, que nos faz transcender, mas que, infelizmente, aqui não tem...

A música a que me refiro é a chamada Divina Arte, ou música erudita, que nos faz transcender, mas que, infelizmente, aqui não tem a divulgação que devia ter. E me vem a indagação: será que nos nossos colégios estão incentivando os alunos para o conhecimento da música erudita?

A h, se fosse possível a gente trocar de esqueleto... Assim como eu, vejo muitas pessoas curvadas, precisando de uma nova ossatura. Mas quem...


Ah, se fosse possível a gente trocar de esqueleto... Assim como eu, vejo muitas pessoas curvadas, precisando de uma nova ossatura. Mas quem danado pode comprar uma? Até agora os senhores ortopedistas não conseguiram fazer a troca de nosso esqueleto, substituindo-o por um novinho em folha, zero quilômetro. Impossível uma cirurgia neste sentido.

Acho que a maioria das pessoas está indo a um especialista devido a problemas como a osteoporose, do chamado bico de papagaio, hérnia de disco, lordose, dores na coluna e assim por diante.

Mas, se fosse possível uma mudança dos nossos ossos, ouviríamos uma senhora dizendo para a outra: “minha filha, fulana fez um transplante de esqueleto. E a outra: ah, por isso que a vi tão espigadinha, tão elegante!...

Mas agora vem a exploração comercial, caso tal hipótese se transformasse em realidade. Decerto, haveria uns tipos de esqueletos melhores do que outros. Só os ricos adquiririam as melhores marcas.

A verdade é que temos de nos conformar com o esqueleto que temos. Tratá-lo dele com muito carinho, fazer os exercícios de alongamento recomendados pelos especialistas, hidroginástica, ter mais cuidado com as nossas posturas. Por isso, estou sempre ouvindo minha Alaurinda dizer: “cuidado com a postura!” Sim, é a posição errada de se sentar que estraga o nosso esqueleto. Não esqueçamos que só temos uma ossatura e que esta ossatura, quando a gente morrer, permanecerá muito tempo

Lembrar que o compositor francês, Saint Saens, com a sua Dança Macabra, prestou uma justa homenagem aos nossos esqueletos, que só voltam a se encher de carne depois do Juízo Final, segundo ensinam as religiões tradicionais. Mas, antes que Lau apareça aqui novamente com a recomendação: “cuidado com a coluna”, eu vou encerrando a crônica, desejando aos queridos que cuidem de seus esqueletos, enquanto não pudermos comprar um novo...

Foi agosto saindo e setembro chegando. Agosto levando o vento e setembro trazendo o sol. Eu tenho minhas simpatias pelos dois meses. Nas...

Foi agosto saindo e setembro chegando. Agosto levando o vento e setembro trazendo o sol. Eu tenho minhas simpatias pelos dois meses. Nasci em junho, mas se dependesse de mim, teria escolhido setembro, mês primaveril, alegre, com suas flores se abrindo e nos dizendo que a vida é bela.

Se você me perguntar qual o mês de minha predileção, eu responderei em cima da bucha: setembro. Primeiro, porque não tem festa, transcorre tranquilo e silencioso. Comparado com o carnavalesco e calorento fevereiro, ou com os barulhentos junho e julho, com suas violências contra o silêncio e o meio ambiente, setembro é um mês de muita paz.

Setembro, mês de sol ameno, de clima agradável, nem muito calor, nem muito frio. Bom lembrar que foi nele que me casei com a primeira esposa, Carmen, e é nele, no dia 8, que minha Alaurinda comemora o seu aniversário.

Mas não ficam aí os motivos que dão significação a setembro, pois foi também nesse mês que o meu pai, José Augusto Romero, deu adeus ao mundo terreno. E me lembro que, de papel na mão, junto de seu túmulo, lá no Boa Sentença, eu, muito tranquilo pronunciando meu discurso de despedida, ao redor de amigos e familiares, concluí dizendo: “Até logo, papai”. E eu disse aquilo com tanta tranqüilidade e fé, que o governador Pedro Gondim, presente na ocasião, me abraçou, calorosamente, perguntando: “Parabéns! Qual a sua religião?”...

Mês de setembro... Como gostaria de ter nascido nele! Não gosto de barulhento, como fevereiro e junho, que em Alagoa Nova, onde nasci, se torna mais frio ainda.

Vou ouvir agora a Alla Rustica de Vivaldi, em homenagem a setembro... Ou então pedir à minha bonequinha para entoar a Primavera de Beethoven em seu "violindo". E ficar olhando o nosso jardim, cultivado com tanto amor, com suas flores e borboletas saudando o novo mês, tendo como maestro o Sol…

Para terminar, vão vocês perdoando esse meu desabafo lírico, numa época tão prosaica e tão tecnológica...



Carlos Romero é cronista e patrono do ALCR

E le era um adolescente quando o pai, num tom seco e imperioso, lhe disse: “Você vai ser padre. A família precisa de uma batina”. O menino, ...



Ele era um adolescente quando o pai, num tom seco e imperioso, lhe disse: “Você vai ser padre. A família precisa de uma batina”. O menino, que vivia solto no sítio onde se cultivava o café, só fez dizer um simples e humilde: “Sim, papai”.

A vida rígida do Seminário foi uma mudança da água para o vinho, Exagerada disciplina, muito silêncio, muitos estudos, inclusive do Latim, que era uma espécie de idioma de batina. A saudade de casa era profunda e lhe trouxe muitas lágrimas nos olhos. Saudade do sítio, saudade da vida livre, saudade da família.

E aconteceu que o menino voltou para a casa, para o sítio, para a natureza, para a liberdade, conquanto tivesse contrariado a pretensão “religiosa” do pai. Este, diante do comportamento do filho, apenas lhe disse, secamente: “Já que você não deseja vestir a batina, que escolha por si só sua profissão na vida”. O agora rapaz foi trabalhar no plantio do café, um trabalho duro, mas que ele executou com muito empenho, até que veio um bichinho lá do sul do país e contaminou o cafezal, para desespero dos plantadores. A praga arrasou tudo. Uma calamidade que teve repercussão nacional.

E o jovem, agora um homem, por sinal um atleta, resolveu ser professor, profissão com a qual se deu muito bem. Preparava a rapaziada para os exames do Liceu Paraibano, na Capital.

Deu-se bem na nova profissão. Ensinava Português, Matemática, Física e Astronomia. Ele sempre teve os olhos para cima, maravilhado com a beleza muda e mística do Universo. E cuidava do corpo, seguindo as prescrições da ginástica sueca de um tal de Muller. Era um atleta. Bonitão que só ele. Não demorou muito, ficou encantado com a beleza de uma viúva, minha mãe, com quem se casou e teve seis filhos.

Este era meu pai, José Augusto Romero, que sempre foi, sobretudo, um apaixonado pela Astronomia. Até que, um dia, convidado, foi assistir a uma sessão mediúnica, onde se manifestara o espírito de uma prima muito querida. Ficou maravilhado com o fato irrefutável. Houve revelações que só ele sabia. Não teve dúvida. Tornou-se espírita convicto, a ponto de, mais tarde, fundar um centro espírita em Alagoa Nova, para desespero do padre local. E soube-se que até pedra jogaram pela janela do centro, por ocasião de suas reuniões.

Mas não foi somente pela constatação da manifestação mediúnica, que ele se tornou adepto da doutrina codificada por Allan Kardec. O que o levou ao Espiritismo foi a leitura do livro de Leon Denis, ”O problema do ser, do destino e da dor”. Contou que ficou maravilhado com a obra do filósofo francês. E teve vontade de sair correndo pela rua, a dizer como Arquimedes, na descoberta da lei da hidrostática: “Achei, achei, achei!” Sim, ele achara a verdade que procurava.

A s eleições vão se aproximando, com muitos candidatos ansiosos pelo poder. Afinal, haverá coisa mais gostosa do que mandar e disso tirar mu...

As eleições vão se aproximando, com muitos candidatos ansiosos pelo poder. Afinal, haverá coisa mais gostosa do que mandar e disso tirar muito proveito? Mandar é ótimo, obedecer é que é chato.

Quantos levaram a existência mandando... A História está aí para não nos deixar mentir. São sempre exaltados os donos do poder. Em homenagem a eles, quanto bronze foi empregado na ereção de estátuas, bustos e hermas!

Continuando a conversa, todos gostam de mandar. O homem quer mandar na mulher, a mulher quer mandar na casa, o filho mais velho quer mandar no mais novo, e o caçula, coitado, é o quem mais sofre na vida familiar.

E o que é mais difícil, mandar ou obedecer? Claro que é obedecer. A obediência exige a virtude mais difícil de todas: a humildade. Já no mando, o que prevalece é o orgulho. Humildade é sabedoria, é consciência de nossa fraqueza. Daí dizer Emmanuel, o iluminado guia de Chico Xavier: “A humildade é o reconhecimento de nossa pequenez diante do Universo”. E aqui para nós, o orgulhoso é um bobo, que muitas vezes se torna ridículo.

O maior filósofo de todos os tempos, Sócrates, foi um exemplo de humildade. Muita gente, na sua época, que pensava que sabia alguma coisa, ficou embatucado quando ele disse “O que sei é que nada sei”...

E cadê os mandões do mundo, que passaram a vida gozando as tetas do governo, os viciados em mandar? Muitos já morreram, embora seus túmulos sejam sempre visitados. Cadê Napoleão, Hitler, Herodes, Luís XIV? Todos se foram.

Mandar é ótimo, mas, o maior espirito que já veio à Terra não quis mandar. Sim, Jesus dizia que o seu jugo era suave. O jugo do amor, da misericórdia, do perdão. E o extraordinário Gandhi, com cuja fraqueza física enfrentou a poderosa e orgulhosa Inglaterra, sem dar um tiro.

Poder! Todos querem ter. Ninguém quer obedecer e, sim, ter poder.

A gosto, que começa amanhã, já sabe, é mês de vento. Mas, esse ano, o vento de Julho já deu show. Vento agitando as folhas das árvores, varr...

Agosto, que começa amanhã, já sabe, é mês de vento. Mas, esse ano, o vento de Julho já deu show. Vento agitando as folhas das árvores, varrendo o chão, afastando as nuvens, acabando com a rotina, alegrando a paisagem. Quando o vento chega, tudo se renova. Aí pergunto, que seria da vida se não houvesse o vento? Dirá você, e quando o vento vira furacão e arrasa tudo? Já se disse que Deus escreve certo por linhas tortas. Discordo do ditado. Deus tem uma ótima caligrafia. Torta é a nossa interpretação. Mas voltando ao furacão, graças a ele a atmosfera se renova, se purifica.

Gosto da presença do vento, que se, às vezes, se transforma num furacão, vez por outra vira brisa suave, que mexe com as plantas, as flores.

Viva o vento, que alegra a vida da gente. Antigamente, ele levantava as saias das mulheres, que horror! Mas, hoje, as mulheres, em sua maioria, se vestem de calça-jeans, muitas delas esfiapadas e até rasgadas. E viva a moda do feio.

E fico a pensar... que seria dos grandes descobridores, de Cristóvão Colombo a Américo Vespúcio, se não fosse o vento, o vento que empurrou suas precárias embarcações oceano a fora em busca de novas terras, façanha muito mais notável do que a das naves espaciais?

Agosto vai chegando, e como gosto dele! Não é mês de desgosto, como se diz. É ele quem dá um basta à chuva, que espalha as sementes, que diminui o frio, que canta aos nossos ouvidos, dizendo que tudo passa na vida. Nada se eterniza.

Faz gosto olhar o mar e ver o vento empurrando as ondas, que se desmancham em espumas. Espumas que são o sorriso do mar.

O vento é alegre como um sorriso. Que seria da vida se as pessoas não sorrissem? Eu tenho muita pena dos carrancudos. O sorriso é uma benção. Bem aventurados os que sorriem. Se duvida da beleza de um sorriso, vá ao espelho, logo que acordar, e se olhe no espelho. Faça primeiramente uma careta zangada, ou um feche a cara, e depois sorria... Que diferença!

Dizem que Jesus não sorria. Engano. Será que quando ele convidou as criancinhas foi de cara amarrada ou séria? E quando nos fez aquele poético convite do “olhai os lírios do campo” não foi com um meigo sorriso? E depois nem sempre a gente sorri pela boca, ou pelos dentes. A gente também sorri pelos olhos. O sorriso renova a pessoa, suaviza as rugas.

E antes de sair da crônica e desligar o computador, agora olho o céu azul que se despede de Julho, inteiramente limpo de nuvens.

O vento! Como gosto dele! Que tristeza deveriam provocar as calmarias em pleno mar, com a ausência completa do vento. Que desespero para os navegantes de outrora...

Fiquemos por aqui. Um brinde ao vento e ao sorriso, que tanto alegram a nossa vida.

I nformam que a palavra entusiasmo significa Deus em nós. Portanto, bem-aventurados os entusiastas da vida. Quando o físico Arquimedes tomav...

Informam que a palavra entusiasmo significa Deus em nós. Portanto, bem-aventurados os entusiastas da vida. Quando o físico Arquimedes tomava banho na sua banheira, percebeu que seu corpo perdia peso quando mergulhado na água. Tinha, assim, descoberto a chamada lei da hidrostática. Tomado de grande entusiasmo, perdeu o sentimento de pudor e saiu, nu, pelas ruas de Atenas, gritando “Eureka! Eureka!, que quer dizer: achei! achei!

O entusiasmo é uma força extraordinária. Sob o seu domínio fazemos grandes coisas. É o contrário do desânimo, que é uma espécie de praga.

Tal sentimento rejuvenesce a pessoa. Seja na descoberta de uma lei, seja na contemplação de um nascer do sol, seja na audição da parte final da Nona Sinfonia de Beethoven, em que o mestre de Bonn exaltou a alegria, inspirado num poema de Schiller.

A propósito do entusiasmo, que é irmão da fé, Jesus sempre o exaltou, chegando a dizer que se tivermos uma fé do tamanho de um grão de mostarda, diríamos a uma montanha: “arreda-te daí”, e ela sairia mansinha como um cordeiro. E é do mestre a receita: “pedi e vos será dado, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á”.

Veja aí que força é o entusiasmo. Com ele o homem se sente um verdadeiro deus. O entusiasmo como a fé curam enfermidades. Eu adoro ver um médico alegre. Sim, a fé é um remédio. Um remédio que não se compra na farmácia. E quando o Mestre curava, costumava dizer ao enfermo: “a tua fé te curou”. Fosse ele um cego, um paralítico, um leproso, um mudo. Qual é o médico que diria isto a um doente? Perderia logo o direito à percepção dos honorários...

A conclusão é que sem entusiasmo não se faz nada. Não fosse ele, e o nosso Dumont não teria inventado o avião, contornando a torre Eiffel com aquela geringonça, embora terminasse sua vida pelo suicídio, enforcando-se numa gravata. Mas aí o problema foi de ordem mental.

E que dizer do nosso simpático e extraordinário Juscelino construindo uma cidade em pleno deserto goiano? Um presidente feito de entusiasmo, e cujo sorriso fazia bem a todos que o viam.

Dirá você que necessita de uma motivação. Concordo. Acontece que motivações não faltam na vida. O problema é saber descobri-las.

Acontece que muita gente não percebe as bênçãos que possui, deixando-se dominar pelo pessimismo, que não leva a nada, pela inatividade, pela depressão.

E viva este sol, com o seu sorriso de luz, chamando-me para caminhar. O sol é todo entusiasmo. E, percebendo mais, constataremos que tudo é alegria na Natureza: o vento, o cantar dos pássaros, o balé das ondas, o agitar dos coqueiros... O homem é que, às vezes, é triste... Dir-se-ia cercado de maravilhas e não sabe. No entanto, seu coração continua pulsando, o sangue correndo, todo o seu corpo trabalhando para que ele viva.

S e me perguntassem qual o episódio na vida de Jesus, que eu gostaria de ter testemunhado, ficaria relutante. São tantos. Dois, porém, aguça...

Se me perguntassem qual o episódio na vida de Jesus, que eu gostaria de ter testemunhado, ficaria relutante. São tantos. Dois, porém, aguçam o meu desejo: o daquela cena no Monte Tabor, em que o Mestre se transfigurou e conversou com dois espíritos: Moisés e Elias, e o primeiro sermão com que inaugurou a caminhada da evangelização.

Depois daquela festa de casamento, em que ele transformou a água em vinho – realizando, assim, o seu primeiro milagre para espanto dos presentes – Jesus proferiria o maravilhoso Sermão da Montanha.

Minha imaginação, portanto, leva-me àquele momento sublime, em que o Mestre sintetizou toda sua Doutrina. E eu tenho muita pena daquele que nunca leu essa peça oratória. Tão grande é o Sermão da Montanha que Gandhi, que não era cristão, disse: “se todos os livros religiosos fossem queimados, e apenas se salvasse o sermão inaugural da evangelização, nada teria sido perdido”. Veja a grandeza daquela mensagem proferida ao ar livre, no templo sem telhado da Natureza, sem ar condicionado, pois a brisa abrandava o calor, sem microfone, sem celulares tocando, sem cadeiras, sem nenhum conforto, porquanto o orador vivia em contato com o campo. O templo de pedra não atraía a sua atenção. Tanto é assim que nunca edificou uma igreja. Tão diferente das grandes catedrais que ergueram em seu nome...

Fico a imaginar Jesus, com a voz suave, o semblante sério e sereno, pregando a sua Doutrina Consoladora que teve como intróito as chamadas bem-aventuranças. E quem eram os bem-aventurados ou felizes, segundo o Mestre? Os ricos, os poderosos, os religiosos hipócritas, os orgulhosos e vaidosos? Não, ele se referia aos humildes, aos pacificadores, aos puros de coração, aos mansos. Jamais aos raivosos e pregadores do ódio, tão em moda, hoje em dia, na nossa política...

O engenheiro e construtor sertanejo, Stelo Queiroga, nascido em São José do Rio do Peixe (PB) e "pessoense" desde adolescente, te...



O engenheiro e construtor sertanejo, Stelo Queiroga, nascido em São José do Rio do Peixe (PB) e "pessoense" desde adolescente, tem nas veias um destacado DNA literário, e, na poesia, uma vocação natural.

Há algum tempo, através de meu filho arquiteto, Germano Romero, e seu amigo, tomei conhecimento e tive o prazer de ler alguns de seus poemas, bem rimados, bem ritmados e muito sintonizados com as raízes da cultura nordestina. Um dia desses, meu amigo e confrade da Academia Paraibana de Letras, Abelardo Jurema Filho, ressaltou, merecidamente, na sua coluna do Correio da Paraíba, as qualidades deste engenheiro sertanejo, cheio de talento e história para contar. Que ele continue edificando em pedra e concreto armado, mas também com sua prosa cheia de graça.

Abrimos espaço para esse pequeno verso, ilustrado com uma tela de autoria de Germano, fã de Stelo, que ilustra a figura do canoeiro, personagem tão presente em nossa terra.

Eu sou brasileiro, canoeiro forte,
do Sul e do norte, do rio e do mar.
Vou remando a vida, sofrida ou alegre,
sem nada que regre, meu bom labutar.
Sigo em meu balanço, sem ranço sem mágoas.
É o ritmo das águas que impõe-me rimar...

N as últimas semanas, todas as atenções andaram voltadas para uma bola. Uma bola de futebol. Não é sem razão que o nosso planeta é uma bola....

Nas últimas semanas, todas as atenções andaram voltadas para uma bola. Uma bola de futebol. Não é sem razão que o nosso planeta é uma bola. E o importante agora foi a bola da Copa, com a participação de não sei quantos países.

A Rússia, escolhida para sediar a grande maratona futebolística, esteve agora em bastante evidência. Muito me lembrei dos nossos passeios por Moscou e São Petersburgo, duas belas e monumentais cidades.

Mas, esqueçamos o anfitrião e falemos da Copa que mexeu muito com a cabeça das pessoas. E a verdade é que muita gente esteve mais preocupada com o copo do que com a Copa. Os bares, todos com tevês, ficaram lotados. E haja acidentes de automóvel com os torcedores de cuca cheia!

Mas, bem que a festa foi bonita, o Hino Nacional foi executado, os bancos diminuíram o expediente, embora o sonho de ser hexa-campeão foi, mais uma vez, sufocado.

E na euforia futebolística eu ficava procurando aquele jovem, que morou muito tempo em mim, mas que agora está maduro de experiências, e que chega a sorrir diante dessa euforia das chuteiras. O jovem que ficava de mãos frias, coração batendo, quando a seleção brasileira entrava em campo. Que chegou até, durante uma final, a sair sozinho pela praia, nervoso, coração palpitando, com medo de ver o resto do jogo, longe da TV e perto do mar, aguardando, ansioso, o barulho de um foguetão. Ele temia que o Brasil perdesse.

Hoje eu fico com uma pena danada do jovem. Que frieza, agora, diante do acontecimento. Nenhuma ansiedade. Vejo os profissionais da bola como simples mercenários, profissionais, mais preocupados com o que vão ganhar do que com a vitória. O torcedor é que é ingênuo. Ei-lo sofrendo por antecipação, ei-lo de copo na mão, gritando com o gol, gol que é uma espécie de orgasmo. Não esquecer de que todo orgasmo termina na tristeza, no vazio. Ah, as ilusões do efêmero!...

T udo no mundo ensina alguma coisa. A pedra dá lições de inflexibilidade, de dureza e de fé. Tanto é assim que Jesus disse que deveríamos co...

Tudo no mundo ensina alguma coisa. A pedra dá lições de inflexibilidade, de dureza e de fé. Tanto é assim que Jesus disse que deveríamos construir a casa na pedra, na rocha e não na areia. O firmamento leciona a beleza do infinito, lição que fazia Pascal tremer de medo. As ondas do mar mostram que tudo nasce e tudo morre, mas vale a pena ver o sorriso branco das espumas. As flores ensinam alegria e as raízes humildade. Ninguém vê as raízes, ninguém diz “que belas que elas são”, entretanto que seria da árvore sem elas?

O vento alegra, limpa e faz as árvores dançarem. E a água? Quantas lições ela nos dá! Lição de persistência, de humildade. E o sol? Que pontualidade no trabalho! Não discrimina, tanto enxuga a sujeira do rico como a do pobre. Já o fogo é violento, mas, que seria de nós sem ele? E as nuvens? Lá do alto ensinam a transcendência e o silêncio. Que maravilha aquele balé lá no céu visto do avião!

E que dizer desta oficina que é o corpo humano, que não pára de trabalhar, mesmo que haja Copa do Mundo? E a tempestade, que ensinamento dá? Ora, ora, ela limpa a atmosfera. Mas, vamos adiante na crônica e falemos da lição das crianças. A lição do entusiasmo pela vida, a lição do encantamento. Elas são inimigas da acomodação, da indiferença, da mesmice. Jesus disse bem: “Vinde a mim as criancinhas porque delas é o Reino dos Céus”. Logo o paraíso é um lugar de muita alegria.

São muitas, portanto, as lições que a Natureza e a Vida nos dão, a todo momento, é só ter olhos de ver. Até as enfermidades nos ensinam. Aquele viciado no fumo ou no álcool vai aprender com a cirrose e o enfisema.

A esta altura, você já está perguntando pelas lições do futebol. São muitas. Veja a lição da solidariedade, todos os jogadores se abraçando de alegria pelo gol feito. Outro ensinamento das chuteiras: ninguém quer a bola para sempre. Logo que a recebe, passa para o outro. Nada de egoísmo. Mais esta lição: respeito absoluto às determinações do árbitro. É preciso muito cuidado com as advertências. E viva o Direito, tão importante como o ar que respiramos. E viva a lei, a quem devemos a ordem e a paz social.

Lições que o futebol dá! O orgasmo do gol, que é uma espécie de êxtase. E a confraternização que ele provoca! Todos se abraçando, das mais diversas etnias, sem discriminação, todos se tornando um, esquecendo seus problemas, vibrando de emoção. E é capaz de um desafeto esquecer suas mágoas, restaurar uma amizade.

Como vimos em mais uma Copa do Mundo, com a França bicampeã, as chuteiras têm a sua didática. E até a religiosidade está presente quando os jogadores entram no gramado fazendo o sinal da cruz.

Mas tudo termina num apito, no apito do juiz. A partida durou tão pouco. Alegria para os vencedores, tristeza para os perdedores. Assim como na vida, tudo nasce, tudo renasce. E veja este outro ensinamento: que seria do jogo sem a grama, a humilde grama, que nasceu para ser pisada...

A palavra cemitério, etimologicamente, significa "lugar onde se dorme". Agora, durmam com uma zoada dessa... Lugar onde se “dorme...


A palavra cemitério, etimologicamente, significa "lugar onde se dorme". Agora, durmam com uma zoada dessa... Lugar onde se “dorme”? Será que os mortos lá estão de olhos fechados e ainda vivos? Decerto, como pensam muitos, estão aguardando o som das trombetas para serem julgados. Uns irão para o céu, outros para o purgatório ou inferno. Não é assim que ensina a religião tradicional?...

Bem, vamos adiante. Um escritor disse, certa vez, que estranhava muito colocarem muros altos nos chamados "campos santos", de vez que “os que estão lá não podem sair e os de fora não desejam entrar”, a não ser nos dias consagrados aos mortos... E houve um asceta budista, Milareta, que chegou a construir sua casa junto de um campo santo só para não esquecer de que morreria.


Deixemos este intróito de crônica e vamos aos cemitérios que visitei, tanto o famoso Père Lachaise, de Paris, que acabei de visitar novamente, como os que avistei de perto, no caso de um cemitério na bela cidade Queenstown, na Nova Zelândia, que fica perto da estrada, sem muro, sem nada. Dir-se-ia que os mortos, ali, talvez desejassem um contato humano.


E agora me vem à lembrança um cemitério em Barcelona, que fica situado bem no alto, no centro da cidade, num lugar privilegiado, onde se pode ter uma visão panorâmica da cidade. Quando o avistei, pensei logo que se tratava de uma favela, um ajuntamento de casinhas. Mas, era um cemitério...


Deixemos Barcelona e voltemos ao Père Lachaise, que já visitei várias vezes, sobretudo pelo original mausoléu de Allan Kardec (o mais florido), no qual se lê a seguinte inscrição: "Naitre, mourir, renaitre encore, progresser sans cesse, tel est la loi" - (nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei). É lá que estão os restos mortais de Chopin, Danton, Edith Piaf, Bizet, Gounod, Balzac, Oscar Wilde, Proust e outras celebridades.

Outro que merece ser lembrado é o principal cemitério de Buenos Ayres, que fica situado – adivinhe? No centro da cidade, num local cheio de restaurantes, e é um ponto de atração dos turistas. Muita gente alegre, sorrindo, gargalhando, bebendo, erguendo brinde e comendo, completamente indiferente ao cemitério, ali perto, por sinal muito bonito e luxuoso. E os restos mortais da bonita Eva Perón estão sepultados lá.

A verdade é que cemitério também é atração turística. Uns de muros altos, como o de Paris, outros no meio da cidade, sem muro nem portão, e outros como o de Buenos Ayres, todo iluminado e funcionando à noite... E a alguns metros de distância, a algazarra dos turistas, que me fizeram lembrar aquele poema de Bandeira "Momento no café". Como no poema, há os reflexivos e os indiferentes diante da morte.

Um cemitério em pleno centro turístico da cidade... Seriama irreverência aos mortos? Claro que não. Os que se foram não estão mais ali, seja dormindo, seja sonhando. E viva a vida do além-túmulo!

N o último dia 30 completaram-se dezesseis anos do desenlace do maior médium de todos os tempos – Chico Xavier. E me lembrei de um ligeiro b...

No último dia 30 completaram-se dezesseis anos do desenlace do maior médium de todos os tempos – Chico Xavier. E me lembrei de um ligeiro bate-papo imaginado por mim, com ele, no qual as respostas constam de sua bela obra. Ei-lo:

Chico, qual a questão mais aflitiva para o espírito? “É a da consciência do tempo perdido”. E quem mais sofre neste mundo? “Quem mais sofre neste mundo é quem tem menos tempo para si mesmo”.

Devemos sempre dizer a verdade, doa em quem doer? “Bem, é melhor uma mentira que consola do que uma verdade que magoa”. Você já ofendeu alguém? “Graças a Deus, não me lembro de ter revidado a menor ofensa às inúmeras que sofri, certamente objetivando, todas elas, o meu aprendizado e não me recordo que tenha, conscientemente, magoado a quem quer que fosse. Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, ficaria mais triste se fosse eu o agressor.”

Defina o que é mediunidade. “Mediunidade é apenas o contato com os espíritos”.

Qual a sua opinião sobre o Brasil? “O Brasil é um país jovem. Muito temos que aprender. O essencial é que aprendamos a evitar as experiências negativas dos outros países.”

Você se sente um homem feliz? “Eu vivo muito alegre, muito feliz. Trabalho, tenho sempre muita gente em volta de mim. Há muita muita gente na minha vida e é disso que eu gosto.

E sobre o casamento? “Sem espírito de tolerância casamento algum vai adiante”.

O que pensa da homoafetividade? “Não consigo entender o preconceito com certo número de pessoas pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e fisiológicas diferentes da maioria. Acreditamos que o tempo e a compreensão humana traçarão normas sociais susceptíveis de tranquilizar quantos se vinculam a semelhante segmento da comunidade, assegurando-se-lhes o respeito devido a todos os filhos de Deus”.

S im, está chegando a hora de sairmos dessa encantadora decantada Paris, onde fomos nos meter depois de alguns dias por Luxemburgo e Aleman...


Sim, está chegando a hora de sairmos dessa encantadora decantada Paris, onde fomos nos meter depois de alguns dias por Luxemburgo e Alemanha. É final de Primavera e a cidade está apinhada de turistas estrangeiros, que vieram aqui esquecer suas preocupações, seus negócios, e gastar o dinheiro que ganharam.

Mas a vida é assim: uma eterna mudança. Agora é fazer um balanço, por sinal muito positivo. Sempre aprendemos nas viagens. E inevitavelmente chegamos à conclusão de que quatro coisas são importantes para as cidades: calçadas pavimentadas, arborização, silêncio e iluminação.

Esta Paris reúne todas estas qualidades. Seu chão é limpo, há calçadas que são lavadas, diariamente, com sabão, a iluminação é feérica e para onde se viram nossos olhos há um jardim, um canteiro, sem esquecer os parques, com suas árvores, sobretudo os plátanos, que predominam nas ruas parisienses.

Curioso, aqui na Europa, sempre vemos poucas crianças na rua. Informam que as escolas daqui são em tempo integral. Daí, o que predomina na rua é a meia-idade. Ah, como os idosos aqui sabem se divertir, se vestir, participar de todos os eventos. Vi uma senhora já bastante gasta pelo tempo, sozinha num restaurante, e se comportando como uma jovem. Depois, pegou um carro e se mandou. Velho aqui não fica em casa. Parece que tal comportamento é para as cidadezinhas matutas, ainda cheia de preconceitos.

Uma coisa lamentável que sempre me chama a atenção na Europa é o tabagismo. Há muita gente estúpida, que, apesar de tão educada e de tanta revelação negativa da ciência sobre o fumo, continuam engolindo fumaça...

Entre as principais coisas boas está a facilidade de locomoção, hoje chamada de “mobilidade urbana”. Há, nas avenidas, muitas cadeiras de rodas, manuais e eletrônicas, transitando fluentemente. Muitos hemiplégicos aqui encontram todas as facilidades para a sua locomoção. E eu que não sou besta, já adotei as rodas para me mover mais rápido e com mais conforto, graças ao “motorista”, meu filho caçula, Germano.

Agora mesmo estamos chegando na avenida Champs Elysées, que está fervilhando de turistas, que conversam, sorriem, esquecidos de seus problemas. Há pelas calçadas mil atrações, confirmando que Paris é mesmo uma festa.

E lá estão os asiáticos que adoram viajar e comprar nas lojas “Louis Vuitton”. Eles estão em todo lugar. E quase não se comunicam com os outros turistas. Também com aqueles idiomas…

Amanhã, estaremos em Lisboa, cidade que me encantou desde a primeira vez. Ainda bem que não está frio. Eu detesto frio, tanto é assim que tomo o meu banho diário com água quente.

Vamos deixar a capital francesa, a “cidade-luz”, que fica sempre na minha lembrança. Tomara que na viagem de volta, eu fique junto da janelinha do avião para ver Paris, lá em baixo. Um pontinho de terra perdido no Pacífico. Agora é hora de dizer adeus...