E então uma tristeza nos acomete. Sem saber de onde ela vem e qual o seu porquê. Um vazio nos preenche de tal forma, como se nenhuma poe...

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E então uma tristeza nos acomete. Sem saber de onde ela vem e qual o seu porquê. Um vazio nos preenche de tal forma, como se nenhuma poesia pudesse corromper esse hóspede indesejável. O que nos falta? Para cada qual, uma resposta. Como diria Caetano: “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Que ninguém nos diga que somos jovens demais para sofrer, para que os lutos nos esmoreçam.

O termômetro do ônibus marcava 44°, quando eu e um amigo professor de grego chegamos a Micenas. Havíamos saído às 08:00 horas de Atenas, ...

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O termômetro do ônibus marcava 44°, quando eu e um amigo professor de grego chegamos a Micenas. Havíamos saído às 08:00 horas de Atenas, com uma temperatura amena, para uma manhã de final de julho, numa viagem que deveria durar três dias, visitando alguns sítios arqueológicos importantes da Grécia: Epidauro, Micenas, Olímpia, Delfos.

O primeiro mérito a registrar em “Mosaicos”, livro de ensaios de Marcelo Mourão, é a faculdade que possui o autor d...

O primeiro mérito a registrar em “Mosaicos”, livro de ensaios de Marcelo Mourão, é a faculdade que possui o autor de abordar temas algumas vezes complexos, intrincados, através de uma linguagem simples sem ser simplória, plenamente palatável, inclusive, para os que se iniciam nas lides literárias. Ou seja, Marcelo Mourão não é daqueles que turvam as águas para parecer profundo, procedimento mais ou menos usual, comum, entre os que escrevem dissertações de mestrado e teses de doutoramento. Resumindo, Marcelo Mourão escreve didaticamente, mas sem pretensões professorais.

Quando somos crianças, as horas são preguiçosas. O tempo é imperceptível. Armamos nossos presentes com arcos e pedaços de invisíveis faze...

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Quando somos crianças, as horas são preguiçosas. O tempo é imperceptível. Armamos nossos presentes com arcos e pedaços de invisíveis fazeres. Não temos a constante preocupação que embaraça os adultos, os maduros, que se vergam à cronometragem de afazeres. Nossos espaços são longos. Em quaisquer classes sociais, a infância é um brinquedo; a vida parece não correr e o sono noturno traz a tranquilidade deitada em sonhos.

Logo cedo, foi o Cremosinho, o vendedor de sorvete, com sua goela de 150 decibéis. Carrinho postado na frente do prédio, lá veio o grito: ...

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Logo cedo, foi o Cremosinho, o vendedor de sorvete, com sua goela de 150 decibéis. Carrinho postado na frente do prédio, lá veio o grito: “C-R-E-M-O-S-I-N-H-O...”. Em seguida, o chamado à meninada, com todas as estridências possíveis a um ser humano: “CADÊ VOCÊÊÊS...”.

Uma menininha respondeu do quinto andar: “Vou aí”. Tratava-se de uma velha freguesa, certamente, se for possível aplicar o termo a alguém com sete ou oito anos de idade.

Todo mundo está careca de saber que passamos um terço de nossas vidas dormindo. Ou seja, ficamos na cama 8 horas a cada noite. Será que vo...

Todo mundo está careca de saber que passamos um terço de nossas vidas dormindo. Ou seja, ficamos na cama 8 horas a cada noite. Será que vocês, queridíssimos leitores, já perderam um instante de suas vidas para comparar a utilização desse tempo com outros momentos? Por exemplo, quantas horas por dia vocês ficam em seus automóveis? E já pensaram quantas horas por dia vocês utilizam para trocar de roupa ou mesmo admirarem-se no espelho para saber se estão bem vestidos?

Não tem aquele livro que faz a pessoa mudar de rumo? Pois a história do caçador mongol, exemplo de humildade e sabedoria, contada pelo exp...

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Não tem aquele livro que faz a pessoa mudar de rumo? Pois a história do caçador mongol, exemplo de humildade e sabedoria, contada pelo explorador e escritor russo Vladimir Arsenyev, e recontada no cinema, de forma encantadora, pelo mestre Akira Kurosawa, me deu outra visão de mundo, me fez outra pessoa. Sem exagero.

Há três anos ele partia, em merecida viagem, na hora certa, para então se transformar no ausente mais presente… Como somos gratos a este ...

Há três anos ele partia, em merecida viagem, na hora certa, para então se transformar no ausente mais presente…

Como somos gratos a este homem iluminado - Carlos Romero! Iluminado com simplicidade, humildade, dignidade. Puro, sem ser inocente, soube divinamente usar o talento, a poesia e a criatividade literária para propagar o amor, enaltecer as belezas da vida, da natureza, das coisas simples, cujo significado passam tão despercebidos pela maioria. Ele entendia a vida como Leonardo da Vinci: “É na simplicidade que reside o mais alto grau da sofisticação”.

Acho que é isso. Só pode ser. O coração está com dificuldades para suportar algumas destemperanças da vida. Qual coração? O meu, é claro. ...

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Acho que é isso. Só pode ser. O coração está com dificuldades para suportar algumas destemperanças da vida. Qual coração? O meu, é claro. Essa engenhoca que me bombeia sangue para as artérias e que, segundo alguns poetas, é o órgão que manobra nossos sentimentos, sejam eles as paixões e as saudades, anda me maltratando. Pois, meus amigos, minhas amigas, ando padecendo com as fadigas de minhas coronárias. Esses dias entre o Natal e o Ano Novo, não foram fáceis.

Tinha jeito de soldado velho, o Padre Lima. O jeito, o rosto e o jeito de falar. Escrevia como professor catedrático do Liceu que ainda a...

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Tinha jeito de soldado velho, o Padre Lima. O jeito, o rosto e o jeito de falar. Escrevia como professor catedrático do Liceu que ainda alcancei, mas falava o necessário, só o necessário, como Marreiro, um soldado velho que arrastava os chinelos pela calçada do cartório de Alagoa Nova. Por sinal, Padre Lima também foi soldado.

Todo dia passava duas vezes pela janela de O Norte, numa das casas que o Bradesco derrubou para instalar seus serviços em João Pessoa: quando vinha da missa na Misericórdia e quando voltava à tarde da aula no Liceu.

DE “DeuS E OUTROS QUARENTA PrOblEMAS”     Será mais irreal Remédios, la Bella, de Cem Anos de Solidão , em ascensão, num deli...

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DE “DeuS E OUTROS QUARENTA PrOblEMAS”

 
 
Será mais irreal Remédios, la Bella, de Cem Anos de Solidão, em ascensão, num delicado viento de luz, como Jesus, do que Maria, vestida de seda e veludo, levada ao céu com... roupa e tudo? É mais irreal a farra, no Elísio, que se vê pintada em tetos de palácios, com Zeus,

Quando o dente rasga a pele da fruta e penetra a macia carne, seja do jambo e sua roxidez sensual, do caju com o suculento desejo na pel...

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Quando o dente rasga a pele da fruta e penetra a macia carne, seja do jambo e sua roxidez sensual, do caju com o suculento desejo na pele amarela ou vermelha, o roseado íntimo da goiaba, a mente se transporta. É a mordida no corpo amado, o alimentar-se do outro ser, sugar e transferir energia, conexão. Os olhos fecham-se e transportam à boca o sentido de mais sentir.

Li, certa vez, uma crônica de Danuza Leão (fui sua fã e leitora na Folha de São Paulo aos domingos, e na Revista mensal Cláudia), na qual ...

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Li, certa vez, uma crônica de Danuza Leão (fui sua fã e leitora na Folha de São Paulo aos domingos, e na Revista mensal Cláudia), na qual ela começava assim: “Momentos são coisas bobas e boas que nos acontecem e que não notamos; se notássemos, poderíamos ser mais felizes”. E ela, então, enumera os seus pequenos instantes de felicidade junto a seus gatos, na praia, no chuveiro etc...

Quando o professor Francelino Soares comunicou que havia indicado meu nome à professora Tania Castelliano para ocupar uma vaga na Academia...

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Quando o professor Francelino Soares comunicou que havia indicado meu nome à professora Tania Castelliano para ocupar uma vaga na Academia de Letras que estava sendo implantada em Cabedelo, logo aprovado em consenso pelo grupo que estava à frente da sua organização, imensa foi minha surpresa. Maior ainda mais quando conheci a lista dos 40 acadêmicos e acadêmicas e os patronos e patronesses das cadeiras que passamos a ocupar, muitos dos quais meus conhecidos e outros que agora engradeceram a fortuna da amizade.

Costuma-se destacar no “Eu” apenas o desencanto existencial e a fixação na deterioração da matéria. Articulado ao polo de tristeza e pessi...

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Costuma-se destacar no “Eu” apenas o desencanto existencial e a fixação na deterioração da matéria. Articulado ao polo de tristeza e pessimismo, no entanto, existe na obra de Augusto dos Anjos uma dimensão oposta, de erotismo e alegria. Nesse plano nem tudo se resume à fixação na morte e à apologia do verme, sendo possível perceber em algumas passagens a satisfação com a vida e a exaltação da Natureza – a mesma Natureza que em outros momentos aparece como a “velha madrasta” a cujas leis o homem está acorrentado.

Buda, Jesus e Sócrates. São estes os três sem-texto do título, como bem lembrou Juliano Garcia Pessanha. Três sábios universais que não de...

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Buda, Jesus e Sócrates. São estes os três sem-texto do título, como bem lembrou Juliano Garcia Pessanha. Três sábios universais que não deixaram nada escrito e cujas lições atravessam incólumes os séculos e os milênios, influenciando bilhões de humanos em todo o planeta. Uma coisa verdadeiramente notável e que nos faz pensar: como pode? Pois é. Como pode?