Muitos são os mundos que não vemos. Nem imaginamos quantos existem, ainda ocultos, desconhecidos. Com o tempo, a ciência foi e vai descob...

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Muitos são os mundos que não vemos. Nem imaginamos quantos existem, ainda ocultos, desconhecidos. Com o tempo, a ciência foi e vai descobrindo, revelando, provando uns e comprovando outros. E parece não ter fim. Tanto na esfera sideral como na microscópica, quando se pensa ter encontrado a menor das partículas, surge uma nova, supostamente indivisível.

E vão-se descobrindo mais e mais, outrora inconcebíveis. Os ambientes moleculares, atômicos, quânticos, nanos, assim como os espaços cósmicos, estão permanentemente a desvendar novidades em direções e
dimensões que se engrandecem progressivamente, como se encontrassem nas extremidades opostas um só universo: o infinito!

E assim muita coisa veio e prossegue chegando ao conhecimento, multiplicando-se na busca curiosa e insaciável por mundos misteriosos, que se entremeiam ao que vemos, palpamos e vivemos materialmente, ainda que invisíveis a olho nu.

Quanta coisa transita por planos incorpóreos! Imagens em ultradefinição percorrem frequências intangíveis para se exibir nos vídeos de quartz com extraordinária qualidade. Dados e informações viajam pelo planeta, de pólo a pólo, imaterialmente codificados e se reconstroem em dimensões surpreendentemente reais à nossa frente. Imagine o que se há de descobrir no futuro com o crescente aperfeiçoamento tecnológico, da inteligência e da percepção humana…

Há igualmente o mundo das emoções, por onde o amor trafega, imperceptível ao tato, mas sensível ao aconchego do espírito. Não existe mais como negá-lo perante o avanço da Ciência, da Física e das experiências que se aprofundam nos fenômenos do Magnetismo.

Embora ainda não inteiramente aceita em alguns segmentos científicos, a existência dos planos espirituais por onde a vida segue fortalece-se além da percepção mediúnica e intuitiva, que vem de séculos, para se consolidar nos experimentos cada vez mais sofisticados da Ciência.

A arte e a música também orbitam esta curiosidade acerca da transcendentalidade dos mundos e fomentam a inspiração humana há milênios. Nas antigas mitologias que tanto enriqueceram a literatura, o imaginário se espargiu a universos espantosamente fecundos, cenários deslumbrantes, trágicos, místicos e misteriosos, que encantam até hoje os amantes da criação estética.

As elucubrações sobre o chamado “mundo dos mortos” e suas repercussões no íntimo de cada ser arrebataram plateias, leitores e espectadores levando-os a estados nirvânicos, catárticos ou
mesmo a intrigantes angústias existenciais. E do belo ao bizarro, do trágico ao sublime, esculpiram-se lendas épicas e monumentais epopeias.

A música desfrutou gloriosa relevância nesta atmosfera, sempre enfatizando a força de seu poder criador em muitas formas de expressão artística.

No Mito de Caronte, em busca desesperada para ter de volta a sua amada Eurídice, Orfeu consegue convencer o barqueiro de Hades, encarregado de transportar os mortos para o “outro lado da vida” através do rio Estige. Ao ouvir a inebriante canção que soava da lira de Orfeu, Caronte concedeu-lhe, mesmo temeroso, a travessia que era proibida aos vivos. Ciente dos encantos de sua música, o herói grego, sem pagar o óbolo então exigido pela travessia, garante ao lúgubre navegador que não haverá problemas ao chegar em Hades, pois com sua lira emocionará todo o mundo dos espíritos.

Este virtuoso personagem foi notadamente dramatizado na ópera de Gluck, "Orfeu e Eurídice", que estreou em outubro de 1762, em Viena, e se insere entre as mais importantes do século XVIII. O tema já havia sido musicado nas óperas “Eurídice”, de Jacopo Peri e Giulio Caccini (1600), com libreto de Ottavio Rinuccini baseado nas “Metamorfoses de Ovídio”, e “Orfeu”, de Claudio Monteverdi (1607), fielmente inspirada no mito helênico e com grande ênfase ao poder da Música. A história registra os dois dramas líricos como possíveis fundadores do gênero operístico.


Embora as obras-primas de Gluck tenham origem nas riquezas culturais da Antiguidade, na concepção deste enredo mitológico, tudo gravita apenas e principalmente em torno dos três personagens “Orfeu, Eurídice e o Amor”, com resultado musical de rara beleza em todo o drama.

Quando Orfeu, enfim, realiza o sonho do reencontro e se depara com sua amada, ouve-se um dos mais belos solos de flauta já compostos na literatura musical erudita: A Danças dos Espíritos Abençoados , que preludia o aparecimento da ninfa Eurídice a surgir das profundezas do Tártaro. A inefável melodia sagrou-se mundialmente pelas plateias e influenciou compositores a diversas transcrições, inclusive para piano, como a versão de Giovanni Sgambati, fulgida em interpretações célebres dos pianistas Evgeny Kissin (Rússia), Hélène Grimaud (França), Yuja Wang (China) e dos brasileiros como Guiomar Novais e Nelson Freire.


Há várias curiosidades e excentricidades imaginárias acerca dos mundos dos espíritos além e derivados do governado pelo deus Hades, como o Campo de Asfódelos, o Poço do Tártaro, a Ilha dos Afortunados, os Campos Elíseos. Alguns inspiraram a música, as artes plásticas e vice-versa. Um destes emblemáticos efeitos se consagrou na “Ilha dos Mortos” — série de pinturas de Arnold Böcklin que terminou motivando Sergei Rachmaninoff em seu formidável poema sinfônico de mesmo nome.

Contrapondo-se ao esquisito barqueiro Caronte, surge na mitologia finlandesa o belo e negro Cisne de Tuonela, com a função de transportar, pelo obscuro rio Tuoni os materialmente finados aos planos espirituais. É outro mito encenado na divina arte, pelo compositor finlandês Jean Sibelius, inserido no poema sinfônico “Quatro Lendas”, também conhecido como Suíte Lemminkainen e baseado na compilação de poesias da mitologia da Finlândia.

A música tem como protagonista um dos proeminentes heróis do poema épico nacional "Kalevala" um ser místico com poderes sobrenaturais de transmutar areia em pérolas por meio da música.

Em uma das versões da lendária Tuonela (terra dos mortos), que é circundada por um rio que a separa do mundo dos vivos, navega um garboso cisne negro que, como o grego Caronte, leva os mortos à “derradeira” morada. Para descrevê-lo, Sibelius originalmente compôs, em 1895, o que seria o prelúdio de uma ópera, “A construção do barco”, ideia abandonada e depois transformada em “O Cisne de Tuonela”, um dos quatro movimentos da “Suíte Lemminkainen”, estreada em Helsinque, em 1896.


O corne inglês foi o instrumento escolhido para delinear a imagem da elegante ave que desliza pelos obscuros cenários. Alguns sopros foram suprimidos para que o canto por ele entoado se sobrepusesse à orquestra com o pretendido destaque. Há quem insira o tema deste movimento da suíte entre os sublimes solos para corne inglês, a exemplo do Largo da Nona Sinfonia de Antonín Dvořák ("Novo Mundo").

Tudo se inicia em tons de alvorada. Logo surge o canto do cisne, dialogando nostalgicamente com a orquestra e os arpejos de violoncelo, numa introdução que bem delineia o contexto místico e sombrio . Então o cisne se exibe no primeiro canto enternecedor, envolvido pela orquestra, e prossegue solitário, como a se preparar para dar início a mais um percurso pelo rio que margeia a nebulosa região.

O romântico poema é triste pela fúnebre tarefa que o destino concedeu ao principal personagem, mas nele há lirismo, há doçura. O cisne e a paisagem estão sempre a se entreolhar na solidão e o solo ressurge com picos de angústia sucedidos pela resignação,
talvez ciente da importância de seu papel .

Após um interlúdio orquestral, o cisne se ergue com seu perfil nato de altivez e elegância, e principia o suave nado pelas águas que cintilam aos raios do luar, a se infiltrar sutilmente pela vegetação que guarnece o leito do Tuoni.

É noite, há mistério, um certo assombro no ar, e ele prossegue lindamente fluindo no sinuoso transcurso com os pizzicatos que beliscam a melodia, insinuando pingos de luz a se refletir na superfície aquática . Silhuetas e sombras da noite dançam entre as árvores, reverenciam a passagem da exuberante plumagem negra, aveludada, que voga serena por entre o córrego brumoso.

Ao enveredar por mais uma curva, eis que surge a lua inteira, soberana, acima da majestosa e eloquente paisagem .

Solenemente Sibelius assume a cena para exercer sua personalidade nacionalista, enaltecendo as belezas das terras fínicas e a pujança de sua história mitológica, num arroubo orquestral que evoca magistralmente a circunspecção exigida pela arquitetura romanesca da alegoria mística e transcendental .

Deste derradeiro proscênio, o cisne retoma o canto em registro mais grave e personificado pelo corne inglês para prosseguir ao final e concluir o poema com sua grandiosidade e formosura.

Por fim, Sibelius reexpõe o tema inicial encerrando o "Cisne de Tuonela", que permanece navegando nos recônditos e insondáveis mundos da espiritualidade, tão bem cantados e decantados há séculos pela Música.

A nomenclatura criada pela ciência para identificar a patologia “Síndrome do Coração Partido”, por estranho que pareça, um nome meio poéti...

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A nomenclatura criada pela ciência para identificar a patologia “Síndrome do Coração Partido”, por estranho que pareça, um nome meio poético, é banhada de tons patéticos e fulminantes.

No entanto, essa pandemia não fica para trás. É carregada em nossa atmosfera de vivências humanas num clima traumático de desassossego; tem carcomido a normalidade dos nossos nervos com avidez, provocando um mar de apreensões.

Se analisarmos a história da humanidade, descontados todo o otimismo gratuito e a perplexidade diante dos avanços da tecnologia nos último...

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Se analisarmos a história da humanidade, descontados todo o otimismo gratuito e a perplexidade diante dos avanços da tecnologia nos últimos sessenta, setenta anos, chagaremos à conclusão de que somos umas bestas. Que loucura começar um texto assim, não é? Por que tanta agressividade? Não seria melhor suavizar um pouco mais o discurso?

1 Santos Dumont, ao construir o 14-bis — não havendo, na época (evidentemente) motores para aviões —, serviu-se de um Antoinette V-8, cri...

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Santos Dumont, ao construir o 14-bis — não havendo, na época (evidentemente) motores para aviões —, serviu-se de um Antoinette V-8, criado por Léon Levasseur, no ano anterior, para barcos de corrida.
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Em 1941, o engenheiro suíço George de Mestral intrigou-se com a forma com que carrapichos grudavam nas pernas de suas calças. A partir de observação ao microscópio, notou que o desgraçado é cheio de pequenos ganchos e, ao atentar para as roupas em que ele sempre... se enganchava, o homem sacou que os tecidos são sempre compostos de enorme quantidade de laços, daí que a hastezinha grudava no pano. E assim surgiu o... velcro.

Espólio Do que vivi, estou morto. Mas, no porvir, ressurreto. Haverá sempre algum porto onde ancorar meu desejo. Ao recua...

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Espólio
Do que vivi, estou morto. Mas, no porvir, ressurreto. Haverá sempre algum porto onde ancorar meu desejo. Ao recuar, continuo. Na falta, me complemento. Na dispersão, me situo. Do “não”, extraio o consenso.

O amor faz parte da poesia da vida. A poesia faz parte do amor da vida. Amor e poesia engendram-se mutuamente e podem identificar-se um c...

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O amor faz parte da poesia da vida. A poesia faz parte do amor da vida. Amor e poesia engendram-se mutuamente e podem identificar-se um com o outro.
Edgar Morin, em “Amor, poesia, sabedoria”.

Juca Pontes é uma daquelas pessoas que têm a infância no olhar. Talvez uma certa inocência sapeca que ele próprio redescobre nos filhos e netos que o rodeiam e o emocionam. Nasceu com “um certo talento para o pôr-do-sol”, como define Adriana Falcão para o que seja um poeta, no seu Pequeno dicionário de palavras ao vento. Ou como o menino de Manoel de Barros:

Quando quinta-feira (3) chegar, completará 120 anos que nasceu, em berço paraibano, um ilustre escritor, que conquistou projeção além-cont...

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Quando quinta-feira (3) chegar, completará 120 anos que nasceu, em berço paraibano, um ilustre escritor, que conquistou projeção além-continente, com obras traduzidas em diversos idiomas, inclusive o russo: José Lins do Rego. Considerado um autor eclético, qualquer aspecto que se pense é encontrado em sua obra, inclusive o ontológico e o sensualismo, além de narrativas que contemplam do erudito ao popular.

LUA De tão distante eu te observo Pelas frestas da janela, Noite alta, escura a rua. Só eu desperta a te sonhar ó Lua. Quem...

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LUA
De tão distante eu te observo Pelas frestas da janela, Noite alta, escura a rua. Só eu desperta a te sonhar ó Lua. Quem dera pudesse cruzar A distância infinita Que há entre mim e ti Só com a velocidade do pensar.

O poeta Jorge de Lima ao leito da morte, agonizante, sem perder a esperança, registrou em diário pensamentos que ajudam pessoas a edificar...

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O poeta Jorge de Lima ao leito da morte, agonizante, sem perder a esperança, registrou em diário pensamentos que ajudam pessoas a edificar novas paisagens. Sempre enriquecedora sua leitura.

Ocorreu-me lembrar do gesto do poeta alagoano ao escutar as palavras derradeiras do jovem prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas, que encarou a proximidade da morte com serenidade. Somente homens penhorados com harmonia espiritual são capazes de elevados gestos.

Era onde ele espatifava o minguado dinheiro recebido como escrevente de repartição pública estadual. Andava na ginga. Paletó lascado atrás...

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Era onde ele espatifava o minguado dinheiro recebido como escrevente de repartição pública estadual. Andava na ginga. Paletó lascado atrás, relógio de marca maior, anel de bacharel em Direito reluzindo no dedo. Pouco ajudava em casa, a feira era feita com a pensão deixada pelo pai quase analfabeto, comerciante de miudezas, e algumas outras despesas imprevistas pelo cansaço dos pés da mãe dele a costurar num overloque. Os outros irmãos viviam de biscates que mal davam para uma sessão de cinema ou um sorvete com as namoradas.

Napoleão Ângelo, dileto companheiro de jornal, pergunta onde fica o Conjunto João Goulart mencionado em algumas crônicas. Não acontece ...

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Napoleão Ângelo, dileto companheiro de jornal, pergunta onde fica o Conjunto João Goulart mencionado em algumas crônicas.

Não acontece muitas vezes: o João Goulart foi construído pelo Ipase num despenhadeiro depois dos Expedicionários que esbarra na Beira Rio. Recebeu esse nome, existiu, portanto... mas perdeu a identidade. No Guia da Cidade de Ernani Seixas já não constava.

Aqueles que têm mais idade irão lembrar, principalmente, os nordestinos que chegaram a ter o prazer de assistir a shows, ou mesmo de dança...

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Aqueles que têm mais idade irão lembrar, principalmente, os nordestinos que chegaram a ter o prazer de assistir a shows, ou mesmo de dançar forró ao som do fole de Luiz Gonzaga. O Rei do Baião, por quase quatro décadas, abria as suas apresentações, com o seu vozeirão, acompanhado de um solo de sanfona, cantando:

Eu tinha 13, 14 anos quando meu pai me deu o livro “Primeiro Encontro com a Arte”, da Melhoramentos, do alemão-depois-baiano Karl-Heinz Ha...

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Eu tinha 13, 14 anos quando meu pai me deu o livro “Primeiro Encontro com a Arte”, da Melhoramentos, do alemão-depois-baiano Karl-Heinz Hansen, com fotos de quadros famosos de vários museus do mundo. De repente dou com um autorretrato de Rembrandt, do... Museu de Arte de São Paulo – o MASP, a uma hora de trem ou de ônibus de Sorocaba. De tanto insistir, mandaram minha irmã Wilma - então jovem e muito bonita, que perdi há não muito tempo com 88 anos – que me levasse.

Todos nós temos a ideia falsa de que pessoas inteligentes são sensatas. Nem sempre. Aliás, estamos vivenciando um tempo em que aumenta c...

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Todos nós temos a ideia falsa de que pessoas inteligentes são sensatas. Nem sempre. Aliás, estamos vivenciando um tempo em que aumenta cada vez mais o número de indivíduos apontados como de bom nível de inteligência se comportando fora do que possa ser considerado atitude de bom senso. O que tem concorrido para que isso esteja acontecendo? Motivados por causas abraçadas de maneira apaixonada, abrem mão da própria racionalidade, perdendo a capacidade de discernimento.

“Les croque-morts descendaient le cercueil. Maussade sous la bise, le prêtre attendait; et des fossoyeurs étaient là, avec des pelles. Tr...

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“Les croque-morts descendaient le cercueil. Maussade sous la bise, le prêtre attendait; et des fossoyeurs étaient là, avec des pelles. Trois voisins avaient lâché en route, les dix n’étaient plus que sept” (L'Oeuvre, Chapitre XII).
“Os agentes funerários desceram o caixão. Aborrecido sob o vento frio, o padre esperava; e os coveiros lá estavam, com as pás. Três vizinhos, durante o caminho, abandonaram o cortejo, os dez não eram mais que sete.”

Desejos Mergulhar no talento, na missão, no que sei fazer Mergulhar na amorosidade e na entrega Nadar na direção da vida que pu...

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Desejos
Mergulhar no talento, na missão, no que sei fazer Mergulhar na amorosidade e na entrega Nadar na direção da vida que pulsa e que se refaz Ao mesmo tempo, saber que sou um peixe capaz de olhar em toda direção Estar atenta, ciente que no mergulho não estou só Perceber, saber ver, saber nadar Há peixes de diferentes qualidades na água caudalosa do rio Existem peixes que sobrevivem comendo peixes.

Na Paraíba, tudo começou com a Rádio Clube, em 1932. Era uma época em que a radiofonia brasileira emergia da iniciativa de um ou outro gru...

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Na Paraíba, tudo começou com a Rádio Clube, em 1932. Era uma época em que a radiofonia brasileira emergia da iniciativa de um ou outro grupo de pessoas organizadas em agremiações para a difusão de música.

É recorrente na tradição greco-romana o tema da catábase, κατάβασις, que literalmente significa a ação de andar para baixo. Trata-se da des...

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É recorrente na tradição greco-romana o tema da catábase, κατάβασις, que literalmente significa a ação de andar para baixo. Trata-se da descida de um herói ao mundo subterrâneo, denominado Hades, pelos gregos, e Infernos, pelos romanos, onde vivem as almas dos que já não existem, as denominadas sombras dos homens que um dia estiveram entre os vivos. Configura-se esta trajetória como um rito de passagem, uma vez que, ao retornar, realizando a anábase, ανάβασις, a ação de andar para cima, o herói volta transformado.

a dor em pessoa no hipocondríaco eu-lírico de Pessoa doía mais a dor fingida do que a dor em pessoa pessoalmente ...

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a dor em pessoa no hipocondríaco eu-lírico de Pessoa doía mais a dor fingida do que a dor em pessoa pessoalmente sentida

Tenho por hábito fazer alguns exercícios de memória. Costumo buscar nos escondidos do tempo, passagens de minha primeira infância lá nos e...

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Tenho por hábito fazer alguns exercícios de memória. Costumo buscar nos escondidos do tempo, passagens de minha primeira infância lá nos espinhaços da Mantiqueira. Tudo começou em Campos do Jordão, bem nos altos de Jaguaribe (olhem a coincidência), bairro que fica entre Abernéssia e Capivari. Casa de madeira, como a maioria delas por lá naqueles anos distantes. Ainda na memória, que em frente à minha, era a morada de Dona Gabriela de Seu Juca, um pouco abaixo a de Seu Zequinha que tinha banca de frutas no Mercado Municipal.