Quando estou sozinho
tenho muitas coisas que não existem.
A poesia é uma delas.
(Hildeberto Barbosa Filho)
tenho muitas coisas que não existem.
A poesia é uma delas.
(Hildeberto Barbosa Filho)
Sábado (1 de abril), não foi mentira!! fui ao lançamento duplo do poeta, crítico, professor, escritor, Hildeberto Barbosa Filho, para ver de perto os seus “pensamentos provisórios”, e quem sabe os permanentes. Aliás, desde que chegou nas redes, escrevendo suas ideias, devaneios e pensamentos, com esse título que me deixou des-norteada; que me pego meio tonta de tantas palavras mais lindas que findas, para refletir sobre tantos assuntos da vida e da literatura. Fico esperando esses escritos que me abastecem, me intrigam, me fazem mais conhecedora do universo literário, poético e filosófico da vida. Hildeberto tem imaginação, conhecimento, trajetória e ação para produzir inimaginavelmente. Como disse Paulo Sérgio Vieira na orelha do livro Cemitério Vivo:
“Hildeberto põe em prática o que sempre defendeu nos seus escritos, nas suas palestras e nos bate-papos com amigos: uma poesia discursiva, fluente, expressivamente ancorada na vida, com todos os seus elementos humanos e materiais – por mais prosaicos que estes pareçam. Tudo isso, o poeta transforma em poesia, através do uso da palavra exata, na qual reúne, com leveza e maestria, significante e significado.”
Hildeberto Barbosa Filho e a autora Acervo pessoal
Acervo da autora
“Queria o milagre
dentro de mim.
Queria que a vida
fosse assim como
não é.”
(Deus, Meu amigo)
Seguindo os passos até o Café – Bistrô 17, avistei o oitão da Catedral, lugar de tantas idas – missas, casamentos, primeira comunhão, inclusive a minha, tão circunspecta rezando para o fotógrafo. O mosteiro de São Bento, por onde ouvi cânticos gregorianos, e os seus espaços também ocupados com Juca, em reuniões da política. A igreja São Francisco nem se fala. Fiz ensaios fotográficos para o primeiro amor. Por entre os gradis e santos, alguns beijos roubados (consentidíssimos). Uma menina apaixonada naquele cenário era mesmo uma perdição inesquecível. Por do sol, azulejos, recantos, arcos, vãos, um filme! O tempo passa. E as time goes by.
Largo de São Francisco (capital paraibana) Reginaldo Marinho
Praça Dom Adauto (capital paraibana) Tripadvisor
Hoje a Páscoa, para mim, se resume ao almoço em família, ao amor ao redor, vinho, bredo, muito bredo, que amo, e a pensar na transcendência da vida.
E Hildeberto? Fiquei devendo algum outro pensamento nada provisório a esse artista, intelectual tão denso e intenso, que nos presenteou com ensaios e poemas que, feito um turbilhão em ebulição, saltam para que nós, leitores façamos a fruição e deleite.
O domingo de páscoa já passou, mas desejo em retrospectiva, bons tempos de renovação para o mundo.
Estava por aqui,
Bebendo vinho, era
Páscoa.
(Paixão)
Nota – Os poemas citados são do livro Cemitério Vivo, de Hildeberto Barbosa Filho)