Há sempre uma árvore solitária na estrada... Pelos caminhos mundo afora uma hora encontramos árvores. Ali, numa curva, no meio de uma reta, aclive ou descida, onde a vegetação costuma ser menos densa, típica caririzeira ou do curimataú, mesmo brejeira, surge à distância.
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Elas soltam à paisagem, meio que acenam aos passantes, sinalizam a sua presença como quem avisa que a natureza tem poder de resistência.
Bem lado a lado da serpente de asfalto, por vezes, praticamente curvada sobre a pista, as árvores assistem ao vai-e-vem dos carros e das pessoas.
Se passamos com um olhar mais atento notamos o garbo de muitas delas. Galhos firmes, sombreando o redor com maestria, como braços de guardas-chuvas a proteger contra o sol escaldante ou o aguaceiro incessante.
As estradas e as árvores. Em um instante surgem à frente e logo diminuem pelo retrovisor. Fica a mente a perguntar qual a espécie, desde quando nasceu e cresceu, se chegou antes da estrada ou surgiu quase no canteiro da pista com a graça de escapar às derrapagens do dia a dia.
H. Dahlström
Árvores são do bem. E citando o mestre espírita citando Chico Xavier:
“Nenhuma atividade no bem é insignificante. As mais altas árvores são oriundas de pequenas sementes”.
Diria que as árvores encontradas nos recantos das estradas são espíritos ancestrais evoluídos.
PxH
As árvores falam com os motoristas. Eles, surdos, não escutam, passam reto. Ela sussurra como o vento sabedorias. Diz para não terem pressa, pois há o risco da imperfeição que impede a chegada ao destino. Também recomenda não ter tanta lentidão, porque o tempo passa e o tempo passa e pode levar a vida. E recomenda para que se ande atento ao que os cerca, incluindo, as árvores.
E lá se vai a estrada das árvores.
Florida, verdejante, colorida, em secura outonal, a árvore observa e árvore e a chuva. E fala ao tempo e ao vento ensinamentos. É guardiã e amiga do caminho, vigilante atenta aos viajantes.
Vizinha do asfalto, do cascalho, do barro... Quase posso ouvir ao passar o dizer da árvore: “Boa viagem!”