Atualmente, existe uma proposital inversão na definição dos conceitos de “progressista” e “conservador”, que vêm sendo erroneamente utilizados para classificar as pessoas de acordo com seus ideais e posições políticas.
O Brasil, que, desde a República, tanto se esforça em imitar os Estados Unidos, mais no mal do que no bem, diga-se de passagem, nunca deu bolas para o mecenato, uma saudável prática dos milionários americanos. Aqui, o rico se preocupa em acumular para a descendência, e a sociedade, que o enriqueceu, que se lixe. Tudo para a família, nada para a cidade ou o país. E assim, vai-se perpetuando a cultura do patrimonialismo, do egoísmo e da prevalência do privado sobre o público. Tristes trópicos tupiniquins.
João Cabral de Melo Neto, em Morte e Vida Severina, escreve, através do personagem Severino Retirante, um dos trechos mais dramáticos da literatura de língua portuguesa:
Em 2010, no Centro Cultural Joacil de Brito Pereira, fizemos uma exposição de 20 mini telas de pintura em tinta acrílica, representando janelas de vários locais, daí o título – Janelas do Mundo. Elas vieram acompanhadas de cartões postais com pequenos poemas no verso dos cartões, foi um trabalho bonito do fotógrafo Adriano Franco. O artista plástico Miguel Bertollo participou deste trabalho pintando 10 janelinhas e organizando a exposição. Pintei 10. Vendemos alguns conjuntos e presenteamos pessoas amigas com esse mimo.
Adriano Franco
A professora Vitória Lima nos convidou para fazer uma exposição na UEPB, na Semana de Letras, viajamos com esses cartões para Campina Grande, não levamos as mini telas, só os cartões, e houve boa receptividade por parte dos alunos e dos professores durante a exposição.
Sem sair daqui, volto novamente à casa de D. Nininha, em minha Alagoa Nova. Há mais de setenta anos, ela me viu passar, adolescente, com o Eu de Augusto debaixo do braço, receosa em fazer-me seu reparo do alto de sua janela:
— Você é muito novo ainda para ler essa poesia.
“Ó, hieróglifos egípcios, adubas as Duas Terras, regas as margens do Nilo... criamos a escrita ao mundo!"Ode poética ao Antigo Egito
No período pré-dinástico do Antigo Egito (cerca de 4000–3100 a.C.), já existiam formas de representação pictográfica e simbólica utilizadas para marcar propriedades, identificar chefes tribais e registar aspectos religiosos. Esses sinais, inicialmente gravados em peças de cerâmica e em artefatos,
Desde a candidatura, ele se impôs como alguém que trazia consigo todos os requisitos para pleitear um lugar de sócio efetivo na Casa das Letras. Uma vez inscrito, não teve concorrente, como se estivesse fixada uma compreensão geral de que seu mérito já o consagrara. A eleição, rito necessário, trouxe o referendo da unanimidade.
Na minha “garimpagem” para descobrir pessoas, que tiveram a feliz oportunidade de conhecer, ao vivo, nosso ilustre escritor e político paraibano, José Américo de Almeida” me deparo com um texto do jornalista, escritor e colunista social Abelardo Jurema Filho. Está publicado em sua coluna semanal “Opinião”, numa das terças-feiras, no jornal A União. Seria redundante entrevistá-lo. Com uma narração cronológica e em tempo real, ele traça a trajetória de conhecê-lo, aos 16 anos, nos bancos escolares, até o momento culminante, ocasião em que se deparou com o habitante “solitário de Tambaú”, conforme era chamado na época, hoje Cabo Branco. Detalhe: a visita repetiu-se por diversas vezes.
A Batalha de Waterloo é um fato incontestável, abundantemente documentado pela História. O dia 18 de junho de 1815, a três dias do solstício de verão europeu, é o símbolo de um momento que teria dado uma feição diferente da atual à Europa e ao mundo, se Napoleão tivesse sido vitorioso.
Você pode até nem ter se dado conta, mas com certeza conhece alguém que "gosta" de dar notícias sobre mortes, sejam mortes de conhecidos, famosos ou, principalmente, mortes que resultaram de desastres. Essas pessoas não se comprazem com o mal alheio; ao contrário, ao darem as notícias demonstram um pesar genuíno e são daquelas que não perdem os velórios, motivo para mais comentários pesarosos no dia seguinte: “– Muitas coroas de flores.”, “– Me arrepiei toda com o que disse o padre.”, “– Coitada da viúva... porém poderia ter escolhido um vestido mais comprido e menos decotado, né?”.
Para quem gosta de literatura medieval, a sugestão é o livro Carmina Burana. Canções de Beuern, editado pela Editora da UFPB, escrito pelo professor Maurice Von Woensel, que traduziu os poemas/canções que compõem a cantata famosa de Carl Orff, Carmina Burana (Canções de Beuern).
Nunca usei chapéus. Conto tal coisa e, então, me vejo obrigado ao esclarecimento: mais do que mera observação isso é confissão de um desgosto. “Ainda é tempo”, respondeu minha mulher quando, dias atrás, despretensiosamente, tratei com ela do assunto. Como se quisesse me ajudar numa escolha difícil, aquela com quem há 47 anos divido cama e mesa me veio com o catálogo
Há 231 anos foi executado Maximilien de Robespierre. É um personagem que sempre me faz refletir profundamente sobre homens que, cheios de supostas boas intenções e alçados a posições de poder, constroem infernos para outros e para si mesmos.
Texto inspirado por e dedicado ao novo imortal da Academia Paraibana de Letras, Francisco Gil Messias.
A relação entre espiritualidade, erudição e razão é frequentemente abordada de maneira divergente e fragmentada. A espiritualidade é entendida como a expressão da necessidade humana diante da complexidade da existência; a erudição, como o robusto acúmulo sistemático de conhecimento; e a razão, como a faculdade crítica e analítica do pensamento. No entanto, para o amadurecimento integral do ser humano, essas três dimensões formam um cidadão sábio e comprometido com a dignidade humana, promovendo uma presença mais consciente e solidária no mundo.
A pandemia trouxe consigo um turbilhão de emoções e transformações, não apenas em nossas rotinas, mas também em nossa essência. À medida que o mundo se adaptava ao novo normal, ficou evidente que muitos indivíduos começaram a revelar facetas de si mesmos que estavam ocultas sob a superfície da convivência cotidiana. O isolamento forçado e as incertezas globais serviram como um espelho, refletindo verdades que talvez nunca tivéssemos ousado explorar.