Nesta sexta-feira, dia 22 de dezembro, com o Sol em Sagitário, acontece o solstício de inverno, aqui no hemisfério norte, onde me encontro, em Coimbra. É o dia mais curto do ano, no sentido de que haverá mais escuridão do que claridade.
M. Marques Jr
Paralelamente, vê-se o contraste flagrante entre as árvores, ditas mortas, que já perderam as suas folhas e se fecharam para preservar a sua seiva durante o inverno, às vezes até com um certo aspecto fantasmagórico por seus galhos tortuosos, ressequidos, de aspecto aflitivo e angustiante, e aquelas que preservam a sua folhagem, mostrando o esplendor de seu verde, em meio ao frio enregelante.
Entre as primeiras se encontram, por exemplo, os plátanos, cuja belíssima folha dá vida à bandeira do Canadá. Formando o grupo das segundas, estão as que são chamadas, apropriadamente, de sempervirentes, as que se mantêm sempre verdes. São os carvalhos, ciprestes, pinheiros e os magníficos cedros dos Himalaias, se expandindo em artística simetria, cujos galhos se apresentam viçosos, como se fossem braços sempre abertos.
Para mim, acostumado ao sol sempre presente de nossa amada Paraíba, onde, neste mesmo instante, ocorre o solstício de verão, por nos situarmos no hemisfério sul, a expressão "conquistar um lugar ao sol", sempre me pareceu, mesmo no sentido metafórico, algo sem sentido.
M. Marques Jr