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Morrer... e daí?


Pois é, no impropriamente chamado Dia dos Mortos, ou de “Finados”, aqui para nós, muita gente ainda acredita que a pessoa que não respira mais vai encerrar sua vida num bonito caixão, que é lançado na terra. Embora a Ciência prove que o corpo físico se decompõe, restando apenas os ossos, muitos acham que o que se decompõe se recomporá no dia em que uma trombeta tocará chamando os mortos. Para o Juízo Final. Dependendo do julgamento, há os que vão curtir as delícias do Paraíso, outros irão para o Purgatório e, finalmente, os que serão condenados ao Inferno eterno, onde há muito fogo, e Deus fica de braços cruzados, indiferente a essas torturas. Aqui para nós, há muita gente que ainda acredita nessa versão. Há os materialistas que pensam que tudo se acaba, que tudo vira cinzas... E os espiritualistas? Esses acham que o que fica sepultado na terra é a carcaça carnal, e que o espirito sobrevive à matéria.
Mas, voltemos ao impropriamente chamado Dia dos Mortos. Não fui ao cemitério, mas lembrei dos entes queridos que já se foram. Que tal pegar os seus retratos e orar? Que tal proferir uma oração em seu nome, enviar-lhes boas vibrações, bons pensamentos? Tive muita pena das flores que foram arrancadas para enfeitar os caixões e túmulos. Caixões mortuários... como são bonitos! E lembrar que seus fabricantes e comerciantes não têm o direito de fazer propagandas de suas mercadorias, nem em vitrines. Nem no rádio, nem no jornal, nem no outdoor, nem nos supermercados anunciam os objetos de seu comércio. Nenhum dizendo: "Compre o seu caixão agora e seus familiares pagarão em dez vezes sem juros!"
E antes de terminar a crônica vou lhe revelar uma coisa que muito estranhei. Não quis acreditar no que via. Sim, leitor, vimos numa pequena e bucólica cidade alemã, chamada Wiesbaden, um requintado caixão mortuário numa vitrina de uma luxuosa loja. Um belo caixão, talvez destinado aos mais ricos. Tive pena que caixão tão bem confeccionado fosse lançado à terra.
Mas, neste recente Dia de Finados, me lembrei muito daquela inscrição no túmulo de Allan Kardec, lá no Cemitério Père Lachaise, em Paris: "Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei". E me lembrei, também, do belíssimo livro do Prof. Waldo Lima do Vale: "Morrer, e Depois?”...

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