Prateleiras, gavetas e caixas guardam uma coleção de objetos, coisas coletadas ao longo da vida. É um álbum, um armazém de memórias...

Armazém de memórias

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Prateleiras, gavetas e caixas guardam uma coleção de objetos, coisas coletadas ao longo da vida. É um álbum, um armazém de memórias guardadas. Volumes catalogados num repositório de lembranças jamais esquecidas, só devidamente estacionadas, que, às vezes, emergem ao se disparar gatilhos. Coisas dos humanos, um ser improvável, que equilibra-se quando bambeia mesmo sozinho.

No armário são guardados objetos de cenas várias. Todas as carteiras de vacinação desde a infância, ou as medalhas de feitos esportivos heróicos da adolescência e mais recentes, como a conquista de um campeonato
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Oskar Karlin
de travinha ou o simples completar de uma corrida de alguns poucos quilômetros. Ali estão tabelas de jogos de copas do mundo com os devidos resultados anotados ou álbuns completos com os jogadores que foram (e alguns que nem chegaram a ir) aos mundiais de futebol, assim como o ingresso de um remoto jogo de Copa do Mundo.

Há ali quebra-cabeças montados, desmontados e remontados, times de botão e um campo do tipo “Estrelão”. Existem muitos livros queridos, de García Márquez a Ariano; discos amados, do U2 a Zé Ramalho; e filmes divertidos ou não; do Poderoso Chefão ao Auto da Compadecida. E o famoso War II, jogo de tabuleiro, sucesso em horas de disputas de exércitos fictícios de muitas cores.

Perfilados estão pequenos caças históricos em miniaturas, prontos para batalhas imaginárias, além de lembranças de lugares visitados de terras remotas. Mais que brinquedos, eles têm poderes de nos aproximar de fatos do passado.

Igorovsyannykov
Por ali há até camisas históricas de um certo time pacato de cores preto, azul e verde, defendido em épocas passadas com muita alegria. E uniformes do clube da Cruz de Malta que vive e sempre vence no coração. E bonés de filmes, terras longínquas ou próximas. Existem algumas fotografias impressas, de tempos, locais, passeios. E de pessoas e bichos amados, alguns já em outras dimensões.

Um passeio memorável de revisitas. O armazém de memórias está sempre aberto para ser revisitado. Como os chaveiros sem chaves que abrem lembranças através de trens, do cangaço, de bonecos.... E até imãs de geladeira remontando pontos geográficos.

As canecas de presentes como um Incrível Hulk, uma taça de chopp. E revistas esportivas e de músicas traduzidas que ainda ecoam em muitos mundos. Diplomas díspares de aprendizados formais, já os informais a certificação fica colada ao corpo.

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Laísa Almeida
Na parede uns poucos quadros, sobretudo regionais. Um Clóvis Júnior de pássaros azuis e detalhes avermelhados, uma foto do premiada Marcus Antonius. Há blocos de notas, desenhos soltos feitos pelas mãos do talento de Laísa, a filha sempre presente. Há até recorte de jornal para guardar o trabalho, como um caderno especial de um jornal morto ou outro histórico.

A porta do armazém não se fecha e revirar o empório é matar saudade, diversão. São fontes que alimentam a alma. Um resumo de si mesmo, espécie de espelho, tradução de parte de um indivíduo, exposição de tijolos da construção do ser.

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