Paulo Renha, Ivan Santiago e eu estávamos a bordo de um avião vindo do Rio de Janeiro para cá. Paulo acabara de lançar o triciclo Renha, sonho de todos os jovens e somente dois exemplares haviam saído da fábrica; o dele, amarelo, e o meu, preto. Renha emprestara seu triciclo para Roberto Carlos fazer as fotos de capa do seu disco recém-lançado e a revista Quatro rodas que acabara de chegar nas bancas trazia uma matéria sensacional sobre o triciclo. Ou seja, estávamos “na moda” em todo o país; éramos os playboys do Rio de Janeiro. Com a revista em mãos comentávamos sobre a matéria quando um vizinho de poltrona pediu emprestada a Quatro Rodas porque também tinha um triciclo. Paulo gelou; será que havia um concorrente no mercado? Gentilmente perguntou ao rapaz onde ele havia comprado seu triciclo e ele orgulhosamente disse que Paulo Renha, de quem era amigo de infância, havia lhe vendido. Ele disse isso AO PRÓPRIO PAULO RENHA. Foi um resto de viagem bastante divertido.
Mathilde
Ao atendê-lo e saber que era amigo de Lafayette, o maitre abriu espaço entre as mesas de Olavo Setúbal (Banco Itaú) e Antônio Ermírio de Moraes, colocando Valderi no centro das atenções, ancorado no prestígio do suposto amigo. Em seguida perguntou ao casal o que desejavam e Valderi foi firme: “- Quero prestigiar meu amigo Lafayette. Portanto traga para nós o que de melhor ele pede aqui”. E assim foi feito. Era o sonho de Valderi que se realizava.
Quando estavam tomando o café pós sobremesa (uma deliciosa miscelânea de frutas exóticas cobertas com sorbet) foram interrompidos pelo maitre que muito sorridente,
Celyn Kang
Claro que tratando-se de gente bacana a noite terminou com Valderi, graças à sua reconhecida competência na difícil arte de contar histórias, tornando-se finalmente amigo de infância (dos mais recentes, é bem verdade) de seu querido “Lafa”, como passou a tratar Lafayette a partir de então.