De quando em quando volto a render minhas justas homenagens ao editorial, o qual, sobretudo agora, se impõe como fonte a mais responsável na formação da opinião bem informada, tornando-se, depois da página de vitrine, minha primeira leitura.
Tomei esse caminho na própria A União, muito embora o editorial, escrito pelo diretor ou, em suas ausências, por veteranos da qualificação de Wilson Madruga ou Sá Leitão Filho, fosse costumeiramente a palavra do governo ou o que o governo (então de José Américo) julgasse mais interessante.
Tomei esse caminho na própria A União, muito embora o editorial, escrito pelo diretor ou, em suas ausências, por veteranos da qualificação de Wilson Madruga ou Sá Leitão Filho, fosse costumeiramente a palavra do governo ou o que o governo (então de José Américo) julgasse mais interessante.
Gama e Melo IHGP
Editorial de prestígio regional era o de Esmaragdo Marroquim no Jornal do Comércio do Recife, isto nos anos 1950. Um outro jornal da época que primava pelo artigo de fundo era A Imprensa, dirigida por padre Odilon Pedrosa. Chegou a incomodar o governo, batendo em cima da remoção política de professoras. Isto no governo de quem? Do grande José Américo. O padre foi confinado em Pirpirituba, recém-saída de vila, morrendo aposentado em Sapé e nos deixando quatro livros do bom escrever e do melhor pensar. Foi esse padre ilustre que me ensinou a ler jornal.
Gonzaga Rodrigues e Hélio Zenaide
IHGP
IHGP
Motivou-me voltar ao assunto o editorial dessa quinta-feira, 21, dedicado à palavra do Brasil na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas: “... Lula botou o dedo nas feridas do mundo, ao denunciar, por exemplo, a corrosão do princípio da igualdade soberana entre as nações – paridade que, diga-se de passagem, nunca houve em momento algum da história – os despropósitos do neoliberalismo e os efeitos deletérios das desigualdades sociais, dos preconceitos, dos conflitos armados e da degradação progressiva do meio ambiente.”