Se você confunde o bucho furado com o fofoqueiro está absolutamente errado. É do mais básico saber científico que o fofoqueiro nem sempre espalha notícias verdadeiras. Às vezes ele inventa ou adultera um fato para tornar a fofoca mais bombástica. Isso jamais ocorre com o bucho furado. Os estudos realizados pela tradicionalíssima Lies University apontam o nível de excelência das notícias dadas pelos buchos furados. E sabe por que? Porque simplesmente o que move o bucho furado é uma reação química criada no cérebro que o impede de guardar segredo.
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O cientista árabe Majnun Al Hajar foi o primeiro a identificar no bucho furado o momento da sublimação que ocorre logo após ele falar o que não deveria. E isso ocorreu de modo acidental. Deu-se que um bucho furado trabalhava no hospital da Lies University, em Londres, mesmo local de pesquisas do famoso cientista árabe e apresentou sinais de um violento infarto ou AVC. Levado para a UTI onde Majnun Al Hajar estava naquele momento, foi possível monitorar a súbita melhora do paciente tão logo o mesmo, deitado em uma maca, contou aos enfermeiros que o socorriam sobre o caso de amor do diretor da instituição com uma médica residente, fato que lhe fora confiado pela própria médica sob promessas de sigilo eterno.
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Eu teria quinhentas histórias sobre buchos furados famosos. Vou me limitar a uma. Consta que um ex-Governador da Paraíba estava conversando com um amigo que lhe contou um fato muito escandaloso, porém pedindo todo sigilo, pelo amor de Deus. Dia seguinte o amigo o procurou logo cedo: “— Mas Excelência, eu pedi para o senhor não contar aquele segredo a ninguém, porém a história já está correndo por aí!”. O político mexeu seu uísque com um dedo gordo e tonitruante rebateu: “— Amigo velho, você que era dono do segredo não o guardou, avalie eu...”.