É assim que se diz lá pelas bandas da Serra da Mantiqueira, onde vim à luz numa manhã de primavera, décadas atrás. E o que exatamente se quer dizer com essa máxima? Picada é a passagem que vai se abrindo em mata fechada à foice ou a facão para ir se avançando numa caminhada, Fim da picada é quando se está diante do intransponível e não há como adiantar ou prosseguir na marcha. O caminho, a trilha, se encerram ali.
“Cuidado com o vazio de uma vida ocupada demais”. Essa frase, cuja autoria desconheço, é um lembrete do quanto temos nos esforçado para preencher nossos vazios com o pragmatismo sacal do cotidiano que está repleto de demandas, mas falta-lhe significado. Estamos ocupados demais ou culpados demais? Culpados de quê? Cada qual deve tentar responder...
Depois de percorrer as apertadas ruas de Olinda, de muitas imagens guardadas de leituras e visitas em redor do Mosteiro de São Bento, meu genro me convidou para um passeio pelo Recife antigo, pelo que resta da Veneza Brasileira de outros tempos.
Um menino de treze anos, de rosto doce e olhar assustado, é acusado de matar uma colega de escola. A série Adolescência, que narra esse drama, tornou-se a mais assistida do mundo — não apenas por sua qualidade impecável, mas porque expôs feridas que fingíamos não ver.
Alguém já se referiu à “tirania da moda”, e a expressão não poderia ser mais apropriada. A moda assemelha-se às doenças – pega. Ninguém sabe que moda vai pegar, ou de que vai adoecer. Instalado o processo patológico, no entanto, desfaz-se toda ideia de gratuidade. E a gente trata de se curar, efetivamente, do que mal que está sofrendo. No imenso mar da perplexidade moderna, a moda é a marola que se encrespa mais pelo brilho, mais para se deixar ver ao enorme sol da vaidade, e depois murcha na anônima superfície do tempo. O que é a moda, enfim, senão a eternidade do efêmero?
Desde o século passado as nações se reúnem periodicamente para debater o futuro do planeta e de todas as suas espécies. Neste contexto, as mudanças do clima passaram a ser encaradas pelo que de fato são: uma crise criada pela ação extrativista do homem com impactos em todas as camadas sociais.
Década após década, relatórios foram conduzidos por diversas ciências, contribuindo com informações verificadas, baseadas em evidências, para se entender como o processo científico-tecnológico — a partir do ponto em que estamos —, pode criar oportunidades para frear os efeitos extremos do clima.
WPBat
Atualmente sabemos que a temperatura global está diretamente ligada à concentração de gases de efeito estufa — sendo o mais abundante o dióxido de carbono, em grande parte resultado da queima de combustíveis fósseis como o petróleo, o carvão e o gás natural.
Calor, frio, chuvas e secas impactam todo o tecido social, pois dependemos do clima para a produção de alimentos, para a sobrevivência e para o bem-estar em nossa morada.
Unsp
As desigualdades econômicas e outros problemas sociais são amplificados durante as tragédias climáticas, como acompanhamos recentemente nas enchentes no Rio Grande do Sul e na grande seca do Amazonas.
O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, criado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, apontou em 2013 que a ação direta do homem na continuidade do uso de combustíveis fósseis deve ser refreada para uma nova perspectiva: a das energias renováveis. Isto a partir de um plano de transição ecológica que possa permitir que as futuras gerações ainda tenham um planeta para habitar.
Os espíritas têm um papel na mudança desta história. A partir dos ensinamentos da Boa-Nova do Cristo à luz da Doutrina Espírita, fica claro que temos uma função social centrada no amor e na fraternidade, construindo as bases para um mundo mais justo e feliz.
WPBat
Pela ótica das múltiplas existências, entendemos que vivemos anteriormente, estamos agora por aqui e retornaremos para continuidade do desenvolvimento de nossas capacidades plenas, sendo a educação intelecto-moral parte essencial desta jornada.
Em sua misericórdia e bondade, Deus nos fornece ferramentas para entender o meio em que estamos e a refletir sobre nossos hábitos, adotando comportamentos alinhados com a Lei de Amor, de Justiça, de Conservação do meio físico e espiritual, conforme organizado por Kardec em O livro dos espíritos. A mudança está nas pequenas tomadas de decisão em nossas rotinas. Juntos podemos fazer uma grande diferença!
E você, como tem contribuído para a sustentabilidade do Planeta?
É o jurista, escritor e acadêmico da ABL Joaquim Falcão, não por acaso pernambucano, quem chama a atenção para o tema na apresentação que escreveu para a republicação do Manifesto Regionalista, de Gilberto Freyre (Editora Massangana, Recife, 2016). Para quem já leu outros textos de Falcão, não é novidade suas opiniões e argumentos a respeito dessa questão e de outras assemelhadas. Sem nenhum bairrismo, ele continua firme – e convincente – em sua defesa de Gilberto Freyre contra o boicote uspiano,
Robert Louis Prevost parece ter um nome inventado por um romancista pouco inspirado. Aliás, sua identidade e trajetória seriam inverossímeis se tivessem sido criadas para um romance.
No meu caminho tem uma loja de carros. Não é fácil sair à rua sem se achar à frente de uma loja dessas. Ou de uma farmácia de rede, pois a dos farmacêuticos que receitavam, por aqui só a de Arnaldo.
Hoje é Dia das Mães. Perdi a conta de quantas crônicas já escrevi sobre o tema. E a cada vez que escrevo, penso na minha própria maternidade. Lá atrás, quando tão jovem me casei a primeira vez e adiava o projeto, por querer estudar e correr o mundo primeiro. Não deu tempo. A vida não espera. Tem outros planos.
A Batalha de Thermopylae ou das Termópilas (“Portões Quentes”), travada em 480 a.C., durante 3 dias, tornou-se um símbolo da resistência grega perante a invasão persa liderada pelo rei Xerxes I. Thermopylae era uma passagem estreita na costa leste da Grécia Central, entre o maciço de Kallídhromon e o Golfo de Maliakós, a cerca de 136 km a noroeste de Atenas (Athína).
A SEARA DE SARAMAGO
Esta língua é minha semente,
machado de mulato do morro,
pátria de poeta lisboeta.
Esta língua é minha visão,
o sol do soldado caolho,
a mão do soldado maneta.
Esta língua é minha música,
na palavra do padre pregador,
Hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm... hummmmmmmmmmmmmmmmm... meu cérebro está numa frequência baixa, bem silencioso, a sensação é de “carro descendo na banguela”, quase sem esforço, inerte, lento como aquele bicho..., qual é mesmo o nome? hummmmm... estou tentando lembrar... aquele que se arrasta no chão e deixa um rastro pegajoso e brilhante. Ah! Lembrei!
Punido por Thêmis, a Justiça divina, por haver, entre outros delitos, aprisionado Thânatos, a Morte, Sísifo é castigado a rolar uma rocha, montanha acima, na tentativa de encaixá-la ao cume. Conseguido o intento, ele estaria livre. No entanto, a pedra sempre escapa da sua mão e ele tem de retornar ao sopé, para tentar, mais uma vez, realizar a façanha.
Longe de querer provocar qualquer polêmica, reflito hoje sobre quando deve um artista parar de fazer o que faz há anos e ir, aos poucos, adaptando-se a uma nova realidade. Não falo aqui sobre se manter, ou não, em processos criativos e produtivos. Isso sempre será possível de ser ressignificado, independentemente da idade que possamos ter.